Dupla Explosiva

dupla-explosiva-posterCrítica – Dupla Explosiva

O melhor guarda-costas do mundo recebe um novo cliente, um velho inimigo, que que deve testemunhar na Corte Internacional de Justiça em Haia. Eles devem colocar suas diferenças de lado e trabalhar juntos para chegarem ao julgamento no tempo.

Apesar de ter um nome nacional horrível (parece filme para a Sessão da Tarde!), Dupla Explosiva (The Hitman’s Bodyguard, no original) é uma agradável surpresa, uma boa mistura de ação com comédia.

Com muito bom humor e uma edição ágil, cheia de cortes rápidos e flashbacks, o diretor Patrick Hughes consegue aqui um resultado bem melhor que o seu último trabalho, o fraco Mercenários 3. Ok, não vemos nada de novo. Mas pelo menos o feijão com arroz está bem temperado.

Acho que o grande mérito aqui é dos dois atores principais. Ryan Reynolds e Samuel L. Jackson parecem estar se divertindo muito – ambos são carismáticos e têm bom timing para o estilo. Dupla Explosiva não é uma comédia de ação, e sim um filme de ação bem humorado – existe uma sutil diferença na proposta entre um Anjos da Lei e um Em Ritmo de Fuga, por exemplo.

Claro que os dois são destaques. Mas outros dois nomes também merecem ser citados. Salma Hayek está ótima como a esposa do Samuel L. Jackson – o flashback que mostra como eles se conheceram é sensacional. E Gary Oldman está ótimo, como sempre, interpretando o vilão bielorrusso. Também no elenco, Elodie Yung, Richard E. Grant, Joaquim de Almeida e Tine Joustra.

Um aviso: uma piada presente no trailer não aparece no filme. O trailer brinca com o nome “Guarda Costas” e usa a icônica música da Withney Houston. Mas a música não aparece no filme.

Ah, tem uma cena pós créditos, um erro de gravação. Me identifiquei, já passei diversas vezes pelo mesmo problema na minha carreira de diretor independente.

Atômica

AtomicaCrítica – Atômica

Em 1989, uma agente do MI6 é enviada a Berlim para investigar o assassinato de um colega e recuperar uma lista desaparecida de agentes duplos.

Quando vi os dois John Wick, reparei que as sequências de ação eram extremamente bem filmadas. Os diretores do primeiro filme, Chad Stahelski e David Leitch, têm uma vasta carreira como dublês e como coordenadores de dublês. Atômica (Atomic Blonde, no original), o primeiro projeto solo de Leitch, é uma adaptação da HQ “The Coldest City”, escrita por Antony Johnston e ilustrada por Sam Hart (que é inglês, mas vive no Brasil). E, se John Wick já era empolgante, agora temos cenas de ação com a mesma veracidade e violência, mas dentro de um pacote muito mais elaborado. Bom elenco, boa fotografia, boa trilha sonora, cenas de ação de tirar o fôlego… Estamos diante de um dos melhores filmes do ano!

As cenas de “tiro porrada e bomba” são excelentes. Como o diretor manja dos paranauês no que diz respeito a dublês, tomou cuidado com detalhes que normalmente passam despercebidos, como o modo dos personagens portarem suas armas, ou um personagem que leva uma facada nas costas e depois sente a dor desta facada (já repararam que nos filmes os personagens “se esquecem” das dores?).

São várias sequências antológicas. Mas uma delas chama a atenção: um plano sequência de mais de dez minutos, onde personagens entram num prédio: tiro, porrada, porrada, tiro, sangue, mortes, mais tiro, mais porrada, gente rolando escada abaixo, mais tiro, mais porrada, mais sangue, mais mortes, personagens saem do prédio, entram num carro, começa a perseguição, carro batendo, carro capotando… Tudo sem corte!!! Ok, houve cortes. Li no imdb que foram cerca de 40 planos, emendados digitalmente. Mas não tiro o mérito da concepção de uma cena assim. Sr. Leitch, antes você tinha a minha curiosidade; agora você tem a minha atenção. ;-)

A trilha sonora merece um parágrafo à parte. Como o filme se passa em 1989, a trilha só traz clássicos oitentistas. New Order, Depeche Mode, George Michael, David Bowie, Siouxsie and the Banshees, The Clash… Todas bem inseridas no contexto.

Charlize Theron já tinha mostrado que é muito boa em filmes de ação (ela foi o highlight do último Mad Max, e ainda entrou pra franquia Velozes e Furiosos). Mas este é o seu melhor momento no estilo. Ela está linda – como sempre – e sai na porrada de um modo que ninguém vai sentir falta dos velhos “action heroes”. Aliás, já existe a expressão “action heroin”? Se ainda não existe, pode ser inaugurada aqui.

Falei da Charlize Theron, o grande nome aqui. Mas ainda não falei do resto. James McAvoy mostra mais uma vez no mesmo ano (pouco depois de Fragmentado) que é um dos melhores atores da atualidade. Sofia Boutella não está mal, mas heu esperava mais de seu personagem (afinal, não podemos nos esquecer que ela mostrou habilidades em KingsmanStar Trek). O elenco ainda conta com John Goodman, Toby Jones, Eddie Marsan, Bill Skarsgård e Til Schweiger.

Atômica: um filme para ver e rever, e depois comprar o blu-ray.

Na Mira do Atirador

Na Mira do AtiradorCrítica – Na Mira do Atirador

No Iraque, dois soldados americanos se veem encurralados por um atirador letal, com apenas uma parede instável entre eles.

Sinal dos tempos. A Netflix tem lançado muito conteúdo original, mas não é o único novo “estúdio alternativo”. A Amazon (que, não podemos nos esquecer, estava na produção de Manchester À Beira-Mar, que chegou a concorrer ao Oscar) também quer se firmar como produtora de conteúdo, e agora apresenta seu novo longa metragem.

Apesar de trazer um diretor (Doug Liman) e um protagonista (Aaron Taylor-Johnson) com um certo star power, Na Mira do Assassino (The Wall, no original) é uma produção bem pequena. São apenas três atores, sendo que um (John Cena) aparece pouco, e o outro, Laith Nakli, nem aparece, só ouvimos a sua voz. E tudo se passa no mesmo cenário. Não sei se o filme é uma peça de teatro filmada, mas funcionaria nos palcos. A Amazon foi esperta: Na Mira do Assassino pode ter cara de superprodução, mas deve ter sido um filme bem barato.

O ritmo é um pouco lento, mas como o filme é curtinho (88 minutos), tudo flui mais fácil. Além disso, Aaron Taylor-Johnson está bem, e seus diálogos pelo rádio conduzem bem a trama.

Nada essencial, mas pode ser uma boa opção pra quem curtir o estilo.

A Torre Negra

A Torre NegraCrítica – A Torre Negra

O último Pistoleiro ficou preso em uma batalha eterna com o Homem de Preto, determinado a impedi-lo de derrubar a Torre Negra, que mantém o universo unido. Com o destino dos mundos em jogo, o bem e o mal entrarão em colisão na batalha final.

Antes de tudo, preciso avisar uma coisa: nunca li nenhum dos livros “A Torre Negra”, do Stephen King. Minha crítica será somente sobre a adaptação cinematográfica.

Li comentários negativos de quem leu os livros – pudera, 7 ou 8 livros foram condensados em uma hora e meia de filme. Mas posso dizer que, visto como uma obra isolada, o filme A Torre Negra (The Dark Tower, no original) funciona redondinho. História curta e enxuta, bons atores em bons personagens, efeitos especiais eficientes e uma trama envolvente. Ok, muitos clichês, mas clichês bem usados.

Confesso que tinha receio de ver um filme confuso, cheio de pontas soltas e que só quem leu os livros seria capaz de entender. Sorte que estava errado. Conseguimos entender todos os elementos deste novo universo, sem precisar de muitas explicações.

A direção é de Nikolaj Arcel, também responsável pelo roteiro. Não conhecia esse nome, mas vou ficar de olho.

Como não li o livro, não sei quais referências estão presentes. Mas reconheci alguns easter eggs do universo stephenkinguiano, como o letreiro escrito Pennywise no parque de diversões ou o código 1408 para se usar o portal. Citações discretas, quem não conhece não vai ficar perdido. Ah, King é mais conhecido por escrever terror, mas A Torre Negra está mais perto da ficção científica e da fantasia do que do terror.

(Aliás, nada a ver com Stephen King, mas a luta final é muito jedi! E o final da luta parece John Woo – só faltou uma pomba voando ao fundo em câmera lenta…)

No elenco, Matthew McConaughey e Idris Elba mandam bem, como era esperado. A boa surpresa está no jovem Tom Taylor, garoto que divide o protagonismo com Elba. Mais um nome pra anotar no caderninho! Também no elenco, Dennis Haysbert, Jackie Earle Haley, Claudia Kim, Abbey Lee e Katheryn Winnick.

Existe um projeto de uma série de tv baseada na série de livros. Mas acredito que isso esteja atrelado a uma boa bilheteria. Aguardemos…

The Black Room

TheBlackRoomCrítica – The Black Room

Um casal acabou de se mudar para a casa dos seus sonhos. Mas seu casamento feliz está prestes a ser testado à medida que eles descobrem lentamente o segredo por trás de um quarto negro no porão.

Terror meio vagaba, mesmo assim comecei a assistir pra ver qualé. Depois de uma divertida introdução de sete minutos, onde somos apresentados a uma trama que mistura sexo e forças sobrenaturais, aparecem os créditos iniciais – AO SOM DE TARKUS, DO EMERSON LAKE & PALMER!!! Ok, The Black Room ganhou a minha atenção!

Tudo é muito vagabundo no filme escrito e dirigido por Rolfe Kanefsky (que está aí dirigindo filmes desde os anos 90, e heu nunca tinha ouvido falar. Shame!). O clima de filme B reina ao longo de toda a projeção. Mesmo assim, me diverti com as aventuras com um pé no trash e outro no erótico softcore.

A ideia é legal – usa o mito da súcubo (segundo a wikipedia, “um demônio com aparência feminina que invade o sonho dos homens a fim de ter uma relação sexual com eles para lhes roubar a energia vital)”. Pena que o final do filme dá uma escorregada, e entra definitivamente no trash – preferia antes, quando era só um flerte.

No elenco, Natasha Henstridge mostra que virou uma quarentona bonitona – mas o filme é de Lukas Hassel, canastrão no ponto exato. Dominique Swain e Lin Shaye aparecem em papeis pequenos.

Nada de mais. Mas quem estiver no clima certo vai se divertir.

Annabelle 2: A Criação do Mal

Annabelle2Crítica – Annabelle 2: A Criação do Mal

Doze anos após a trágica morte de sua filha, um fabricante de bonecas e sua esposa recebem uma freira e várias meninas de um orfanato fechado em sua casa, logo se tornando o alvo de uma boneca possuída, Annabelle.

Em 2014, tivemos Annabelle, spin-off de A Invocação do Mal. Agora é a vez do seu prequel. Isso mesmo, Annabelle 2: A Criação do Mal (Annabelle: Creation, no original) é um prequel de um spin-off. Aos poucos vamos vendo a criação de um “Waniverso”…

Mas, apesar da aparência de caça-níqueis, Annabelle 2: A Criação do Mal é um bom filme. Talvez melhor que o anterior, arrisco dizer.

James Wan, diretor dos dois Invocação do Mal, mais uma vez está apenas na produção. A direção ficou com David F. Sandberg, o mesmo de Quando as Luzes se Apagam. Sandberg faz um bom trabalho criando tensão com bons movimentos de câmera e poucos efeitos especiais. Annabelle 2 é recomendado pra quem gosta de “filme de susto”!

No elenco, Anthony LaPaglia e Miranda Otto, os dois nomes mais famosos viram coadjuvantes para Talitha Bateman e Lulu Wilson, duas meninas que, apesar de muito menos conhecidas, tomam conta do filme. As duas atuam como gente grande.

No final do filme tem um epílogo que conecta este filme ao Annabelle anterior – é uma boa rever pra refrescar a memória. E não saiam antes do fim: tem uma breve cena pós créditos que indica qual será o próximo filme do “waniverso”!

Zaschitniki / The Guardians

zashchitniki_posterCrítica – Zashchitniki / The Guardians

Durante a Guerra Fria, uma organização chamada “Patriot” criou um esquadrão de super-heróis, que incluía membros de múltiplas repúblicas soviéticas. Durante anos, os heróis tiveram que esconder suas identidades, mas em tempos difíceis eles devem aparecer novamente.

Um tempo atrás, “pelas internetes da vida”, rolou um trailer de um filme russo de super-heróis. Finalmente o filme está pronto e disponível!

É complicado julgar um filme como Zaschitniki (The Guardians, em inglês). A concorrência hollywoodiana é desleal, hoje temos muitas boas opções no estilo. Claro que um filme de um país sem tradição em blockbusters tende a ser inferior.

É o caso aqui. Dirigido por Sarik Andreasyan e estrelado por Sebastien Sisak, Anton Pampuchniy, Sanzhar Madiev, Alina LaNina, Valeria Shkirando e Stanislav Shirin, Zaschitniki tem algumas boas ideias, mas muita coisa parece reciclada de outros filmes de super heróis – tem um “Magneto”, mas que move pedras em vez de metais; um “Noturno”, que tem até as nuvenzinhas que ficam no ar quando se move; além de dois personagens com superpoderes “comuns” – uma mulher que fica invisível e um homem que vira urso. Mas o pior é o vilão, um fortão genérico, com um plano tão confuso que ninguém entendeu o que ele queria. Ah, tem um clone da Brigitte Nielsen da época do Rocky IV.

Sobre os efeitos especiais, alguns realmente não convencem, mas outros estão num nível excelente. Tem uma cena com a “Sue Storm genérica” na chuva que é mais bem feita que o último filme da Sue Storm oficial.

No fim, fica assim: se comparar com o cinema contemporâneo de super-heróis, perde feio. Mas se a gente pensar que é um filme russo, sem dinheiro hollywoodiano e sem atores conhecidos, até vale ser visto.

E quem venham mais filmes de super heróis off Hollywood!

Valerian e a Cidade dos Mil Planetas

ValerianCrítica – Valerian e a Cidade dos Mil Planetas

Uma força misteriosa ameaça Alpha, uma vasta metrópole espacial, lar de espécies de mil planetas. Os militares Valerian e Laureline devem correr para identificar a ameaça e salvar não apenas Alpha, mas o futuro do universo.

Sabe O Quinto Elemento? Luc Besson apresentando uma saga espacial com uma boa história, bons personagens e um visual alucinante? Poizé. Besson aqui acertou no visual alucinante. Só.

Valerian e a Cidade dos Mil Planetas (Valerian and the City of a Thousand Planets, no original) é a adaptação dos quadrinhos franceses “Valerian e Laureline”, da década de 60 – diz a lenda que um tal Guerra nas Estrelas usou esta HQ como inspiração. Nunca li os quadrinhos, meus comentários serão só pelo filme em si.

Antes de tudo, preciso falar que sou fã do Luc Besson, desde os anos 80, quando vi Nikita no Estação Botafogo, e minha cabeça explodiu – um bom filme de ação pode ser em outra língua diferente do inglês! Desde aquela época, acompanho tudo o que Besson faz: Subway, Imensidão Azul, O Profissional, O Quinto Elemento, o fraco Joana D’Arc

Boa parte das pessoas não acompanhou sua carreira de diretor depois de Joana D’Arc, quando ele escreveu roteiros pra vários filmes de ação (Carga Explosiva, B13, Busca Implacável, Dupla Implacável…). Mas heu vi tudo. Vi o esquisito Angel-A (2010) no cinema e tenho o dvd (autografado pela atriz principal, Rie Rasmussen). Vi a divertida trilogia Arthur e os Minimoys (06, 09, 10). Vi a boa aventura As Múmias do Faraó (10); o drama Além da Liberdade; a comédia fraquinha A Família (13). E, claro, Lucy (14), a volta do diretor ao cinema de ação / ficção científica.

Claro que a expectativa era alta. Principalmente porque vi o trailer, e já sabia que teríamos mais uma vez imagens de encher os olhos, num visual que lembrava O Quinto Elemento!

Mas assim como Lucy é inferior a Niklita e O Profissional, Valerian não é O Quinto Elemento. Não adianta um visual elaborado se o roteiro (também escrito por Besson) é fraco. O roteiro de Valerian não tem fluidez. A história é previsível, e mesmo assim explicada demais (tem até um “momento Scooby Doo”, quando os mocinhos revelam o plano do vilão). E algumas partes são inúteis à trama – por exemplo, se você tirar toda a participação da Rihanna e do Ethan Hawke, o filme não perde nada.

O que se salva é o visual do filme. Desde as cenas iniciais, quando somos apresentados ao conceito de Alpha, a “cidade dos mil planetas”, passando por todos os mundos e espécies alienígenas. Aliás, gostei tanto de Alpha, que veria uma série inteira baseada nos seus mundos e submundos.

Alguns comentários sobre o elenco. Dane DeHaan nem é um ator ruim, mas o seu personagem é um galã conquistador. Na boa, DeHaan não tem o physique du rôle pra um papel assim! E, pra piorar, ele não tem o carisma necessário ao personagem. Cara Delevigne não está tão mal quanto em Esquadrão Suicida, mas ainda não dá pra elogiá-la como atriz. Mas o ponto é que ninguém vai se importar com os personagens principais.

(Isso porque não estou falando da atual tendência de personagens femininas fortes. Laureline combina bem com o estilo “donzela em perigo”, que era frequente no cinema décadas atrás…)

Ainda no elenco, além dos já citados Rihanna e Hawke, temos Clive Owen, Herbie Hancock, a voz de John Goodman, e uma participação rápida de Rutger Hauer no início do filme.

No fim, depois de mais de duas horas de história vazia, fica a sensação de que valeria mais a pena ter revisto O Quinto Elemento. Ei, seu Luc, ainda tô aguardando a sua volta, hein?

Planeta dos Macacos: A Guerra

Planeta dois Macacos A GuerraCrítica – Planeta dos Macacos: A Guerra

Depois que os macacos sofrem perdas inimagináveis, Cesar luta contra seus instintos mais escuros e começa sua própria busca mítica para vingar seus semelhantes.

Depois dos bons Planeta dos Macacos: A Origem (2011) e Planeta dos Macacos: O Confronto (2014), Cesar está de volta!

Dirigido pelo mesmo Matt Reeves do segundo filme, Planeta dos Macacos: A Guerra (War for the Planet of the Apes, no original) faz um bom encerramento na saga de Cesar. E o fim do filme abre espaço para o primeirão, aquele de 1968, com o Charlton Heston – dois personagens novos podem (ou não) ser elos de ligação com o filme clássico. Inclusive, uma coisa que sempre me incomodou no original, a perda da fala dos humanos, é explicada aqui.

Matt Reeves mantém o clima dos filmes anteriores. Tensão contínua entre homens e macacos, sociedade humana em decadência, boas cenas de ação, excelentes efeitos especiais, e um trabalho soberbo de captura de movimento.

Parágrafo à parte pra falar algo que não é novidade, mas sempre vale lembrar. Como já tinha acontecido nos filmes anteriores, uma das coisas que mais chama a atenção é a captura de movimento, onde atuações humanas são misturadas com os efeitos digitais. Os macacos são simplesmente perfeitos, e, mais uma vez, Andy Serkis mostra que é “o cara” quando se fala nesta técnica. Dá até pra pensar que a academia deveria criar uma categoria pra este tipo de atuação. O único problema é que o Andy Serkis ia ganhar todo ano…

Planeta dos Macacos: A Guerra traz um alívio cômico no personagem Bad Ape, dublado por Steve Zahn. Gosto de filmes bem humorados, mas, sei lá, achei que o Bad Ape ficou deslocado do resto do filme.

O grande nome “humano” do elenco é Woody Harrelson, apenas ok como o novo vilão. A menina Amiah Miller é importante na trama, mas não é um personagem forte e marcante, como uma Laura (Logan) ou uma Eleven (Stranger Things). Além de Serkis e Zahn, o elenco dos macacos traz Karin Konoval, Terry Notary, Ty Olsson e Toby Kebbell.

Findo este filme, fica a dúvida: vão deixar a história quieta, ou vão começar a refilmar a pentalogia clássica?