Antiporno

antipornoCrítica – Antiporno

Sinopse (Catálogo do Festival do Rio): Kyoko tem 21 anos e é uma artista promissora, repleta de autoconfiança. Quando algo não sai como o esperado, ela desconta sua frustração em Noriko, sua assistente de 36 anos. Imatura, Kyoko se comporta como uma rainha absoluta e faz Noriko passar por humilhações sexuais diante do resto da equipe.

O Festival do Rio tem umas mostras paralelas. Este ano teve uma mostra “pornochanchada à japonesa”. Queria ver pelo menos um deles. Quando vi que tinha um filme do Sion Sono, não tive dúvidas sobre qual seria o escolhido.

Explico: já tinha visto outros três filmes do Sion Sono em outras edições do Festival do Rio – Paz e Amor em 2015; Tokyo Tribe em 2014; e Por Que Você Não Vai Brincar no Inferno? em 2013. Os três são esquisitos. Já tinha ideia do que ia encontrar.

E, claro, Antiporno (Anchiporuno, no original) é um filme esquisito. Cenários bizarros, personagens bizarros, situações bizarras… Quem gosta de filmes bizarros vai curtir.

Não quero falar muito sobre a trama pra não dar spoilers, até cortei parte do que estava na sinopse do catálogo (apesar de desconfiar que NENHUM dos meus leitores vai ver este filme). Só digo que Antiporno faz umas brincadeiras bem legais com metalinguagem. Quando a trama começa a cansar, rola um plot twist bizarro e tudo muda de rumo.

Esses plot twists mudam completamente a personalidade das personagens principais, o que faz o trabalho das duas atrizes principais ficar muito mais complexo e interessante. Gostei muito das performances de Ami Tomite e Mariko Tsutsui. Aliás, segundo a wikipedia, Mariko Tsutsui tem 57 anos. Acho que nunca vi uma cinquentona tão bem conservada. Parabéns, sra. Mariko!

Não foi o melhor Sion Sono que já vi (Tokyo Tribe é imbatível!), mas me diverti. Que venha outro filme dele em um festival futuro.