Top 10: Melhores Filmes de 2017

2017Top 10: Melhores Filmes de 2017

Mais um ano se passou, e mais uma vez fiquei devendo outros top 10. Pelo menos trago o tradicional Top 10 de melhores do ano!

Peço desculpas se cito planos sequência mais de uma vez. Sou fã de planos sequência bem elaborados, e este ano a gente teve vários! (E olha que Vida e A Vilã não entraram no top 10!)

Menção honrosa para O Artista do Desastre e A Forma da Água, dois grandes filmes que vi no Festival do Rio, mas que só estreiam em janeiro de 2018…

Vamos aos filmes!

fragmentado10-Fragmentado
M. Night Shyamalan se firmando novamente nos trilhos, uma atuação impressionante de James McAvoy, e mais uma vez um final de explodir cabeças.
http://www.heuvi.com.br/fragmentado/

 

La La Land9-La La Land: Cantando Estações
Filme alegre, colorido e empolgante, com vários planos sequência complexos, cheios de coreografias de dança e sapateado, além de músicas excelentes!
http://www.heuvi.com.br/la-la-land-cantando-estacoes/

 

Mulher Maravilha8-Mulher-Maravilha
Uma personagem icônica, uma atriz carismática e várias boas sequências de ação. E, diferente do “padrão DC”, é colorido e divertido.
http://www.heuvi.com.br/mulher-maravilha/

 

Kingsman 27-Kingsman: O Círculo Dourado
Um grande elenco numa trama alucinada com ritmo desenfreado e efeitos especiais de primeira linha. Matthew Vaughn continua equilibrando bem a ação e o humor!
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logan6-Logan
Uma visão diferente do icônico super herói. E a introdução de uma excelente personagem mirim. Por fim, um belo desfecho para a longa relação entre o ator e o personagem.
http://www.heuvi.com.br/logan/

 

Guardiões 25-Guardiões da Galáxia vol. 2
Uma divertida aventura espacial, com boas piadas e personagens carismáticos. E a melhor sequência de créditos iniciais deste ano!
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Star Wars 84-Star Wars Episódio 8 – Os Últimos Jedi
Star Wars continua nas cabeças! Terceiro ano seguido com lançamentos da saga, terceira vez que emplaca um dos melhores filmes do ano. Só não teve posição melhor por causa do Cassino…
http://www.heuvi.com.br/star-wars-ep-8-os-ultimos-jedi/

 

Atomica3-Atômica
Bom elenco, boa fotografia, boa trilha sonora – e Charlize Theron linda linda linda e enfiando a porrada de um modo extremamente bem filmado. Poucas vezes a violência foi tão bela! E o plano sequência do prédio é um espetáculo à parte!
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Sing Street2-Sing Street: Música e Sonho
Uma deliciosa viagem musical aos anos 80! Na verdade, o filme é de 2016, mas como não passou nos cinemas, só soube dele este ano. Me apaixonei pela história do moleque irlandês que montou uma banda pra impressionar uma garota.
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Em Ritmo de Fuga1-Em Ritmo de Fuga
Um musical que não é um musical – todos os ruídos em cena são sincronizados e coreografados com a trilha sonora. E o plano sequência do Baby indo comprar café explodiu minha cabeça! Heu já era fã do Edgar Wright, agora mais ainda!
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Feliz 2018!

Roda Gigante

Roda GiganteCrítica – Roda Gigante

Sinopse (imdb): Em Coney Island na década de 1950, um salva-vidas conta a história de um operador de carrossel de meia-idade e sua esposa oprimida.

Costumo dizer que um Woody Allen mediano é melhor que muito filme por aí. Roda Gigante (Wonder Wheel, no original) é um exemplo disso. O filme não tem nada demais, mas acho difícil alguém sair do cinema descontente.

Já faz um tempo que não vemos um grande Woody Allen (arriscaria dizer que desde Meia Noite em Paris). Roda Gigante tem seus méritos, como a belíssima fotografia do veterano Vittorio Storaro, ou a inspirada atuação de Kate Winslet. Também gostei de alguns takes longos – não sei se podemos chamá-los de planos sequência, parecem mais com teatro filmado, são sempre no mesmo ambiente e com os mesmos personagens.

Mas o filme se passa e não empolga nunca… Ficamos com a impressão de que o filme não acrescenta nada…

No elenco, o destaque é pra já citada Winslet – curiosamente, temos uma mulher mais velha se relacionando com um homem mais novo, coisa incomum na filmografia alleniana. Também no elenco, Justin Timberlake, Jim Belushi e Juno Temple.

Enfim, nada de mais. Mas os fãs de Woody Allen vão curtir.

A Onda / Bølgen

A OndaCrítica – A Onda / Bølgen

Sinopse (imdb): Embora previsto, ninguém está realmente pronto quando a montanha acima do estreito fiorde norueguês Geiranger colapsa e cria um tsunami violento de 85 metros de altura. Um geólogo é um daqueles presos no meio dela.

Filme catástrofe norueguês… Será que presta?

O legal de ver filmes europeus é ter uma visão diferente do padrão hollywoodiano. E o problema de A Onda (Bølgen, no original) é que ele segue exatamente a cartilha do cinemão americano. Ou seja, temos uma cópia piorada.

Digo piorado porque o legal de ver num filme catástrofe é justamente a catástrofe. E aqui só temos a tal onda do título do filme, que, além de ter pouco tempo de tela, não é lá grandes coisas, tecnicamente falando.

Um detalhe me incomodou na parte final. Entendo que a produção do filme precisava de pontos de luz para as cenas noturnas, mas, vem cá, não tinha fogueiras demais para um local que acabou de ser inundado?

O diretor Roar Uthaug foi pra Hollywood depois deste filme para fazer a nova versão de Tomb Raider. Aguardemos o resultado.

A Onda nem é ruim. Mas se for pra ficar com um filme catástrofe off-Hollywood, prefiro O Impossível.

Star Wars Ep 8 – Os Últimos Jedi – COM SPOILERS

Star-Wars-8-outraCrítica – Star Wars Ep 8 – Os Últimos Jedi – COM SPOILERS

COM SPOILERS!

Acabei meu texto sobre Star Wars Episódio 8 – Os Últimos Jedi, fiquei com vontade de comentar mais, mas me segurei por causa dos spoilers. Então, assim como fiz com Rogue One, resolvi escrever um segundo post, desta vez repleto de spoilers.

Tenho lido por aí que muita gente odiou o filme porque esperava outra coisa. Pra mim, isso se chama “head canon”. É quando você imagina uma história dentro da sua cabeça, e, se você vê algo diferente, pode se decepcionar. Mas, ora, isso é culpa do espectador, e não do filme!

Meus problemas com Os Últimos Jedi não têm nada a ver com head canon. Gosto de ser surpreendido, não é à toa que sou fã do Tarantino. Vou explicar alguns problemas aqui. E também vou comentar coisas que gostei, claro.

Qurm quiser ler o texto convencional, está aqui. O que está abaixo são alguns trechos comentados. Não leia se não viu o filme!

SPOILERS!

SPOILERS!

SPOILERS!

– Achei a Leia longe demais da nave na hora da explosão. Entendo que queriam criar um momento dramático, e entendo que queriam mostrá-la usando a Força. Mas se ela estivesse mais perto teríamos o mesmo efeito numa cena menos forçada.

– Esse plano da Primeira Ordem de ficar seguindo as naves dos rebeldes é um plano ruim. Era só mandar umas naves na velocidade da luz para frente e cercar os rebeldes.

– Desnecessária a participação da Maz Kanata. Se é pra ter a personagem, criem uma cena melhor.

– Todo o plot do cassino foi fraco. E ainda criou uma expectativa errada entre os fãs, porque TODOS imaginaram que apareceria o Lando.

– Não achei ruim a morte do Snoke. Mas acho ruim um personagem tão poderoso sem explicação, num universo que a gente já conhece. Acho ruim porque provavelmente só vão explicar em livros.

– A luta entre Rey, Kylo Ren e guardas do Snoke é sensacional. Um dos melhores momentos de toda a saga. A única coisa ruim dessa cena é que quero saber mais sobre esses guardas, coisa que dificilmente vai acontecer. Detalhe: Snoke estava morto, os guardas poderiam simplesmente ir embora.

– Quando o Luke aparece como a projeção da Força, na hora do duelo com Kylo Ren, ele aparece com o visual mais novo – cabelo mais curto e barba “Tyrion”. Isso foi uma dica muito na cara. Acho que seria bem melhor se fosse algo mais sutil, tipo só o sabre de luz (que tinha quebrado). A surpresa final ia ser muito maior.

– Achei que não precisavam matar o Luke. Pelo menos não daquele jeito. A morte do Han Solo foi épica, uma das cenas mais marcantes de 2015. A morte do Luke foi fuén.

FIM DOS SPOILERS!

Enfim, gostei do filme. Só queria ter gostado mais. Sei que tem muito “fã” por aí revoltado com o que viu, mas afirmo que não sou um desses. Só que gosto muito de Star Wars. Se um filme da DC ou da Marvel tem um roteiro fraco, ok. Mas num filme de Star Wars, quero mais!

Star Wars Ep 8 – Os Últimos Jedi

Star Wars 8Crítica – Star Wars Episódio 8 – Os Últimos Jedi

(SEM SPOILERS!)

Sinopse (imdb): Depois de dar os primeiros passos no mundo Jedi, Rey junta-se a Luke Skywalker em uma aventura com Leia, Finn e Poe, que desbloqueia os mistérios da Força e segredos do passado.

Finalmente, o filme mais aguardado do ano!

O complicado ao falar de Star Wars Episódio 8 – Os Últimos Jedi (Star Wars: Episode VIII – The Last Jedi, no original) é a expectativa. Porque, depois dos excelentes Star Wars: O Despertar da Força (2015) e Rogue One (2016), fica difícil ir ao cinema sem nenhuma expectativa.

Com relação a isso, podemos dizer que, para o bem ou para o mal, a história andou pra frente. As maiores críticas que li sobre o Ep. 7 falavam que era tudo muito parecido com o Ep. 4; e todos sabem que o final de Rogue One foi catártico para os fãs. Neste aspecto, Os Últimos Jedi tem menos coisas repetidas.

Como tem sido comum nas mega produções da Disney, mais uma vez há um diretor pouco conhecido: Rian Johnson, que fez Looper cinco anos atrás, e de lá pra cá, só dirigiu três episódios de Breaking Bad. Johnson não só dirigiu, como também foi o roteirista. E aqui talvez esteja o maior problema do filme: um roteiro que tem uma enorme barriga no meio. Além de Os Últimos Jedi ser longo demais (duas horas e trinta e dois minutos, o mais longo de todos os nove até agora), o meio do filme é arrastaaado…

Sorte que o início e o fim são excelentes, além do filme ser repleto de bons momentos ao longo da projeção. Ok, algumas cenas parecem cópias dos outros filmes (como a Millenium Falcon dentro da Estrela da Morte em O Retorno do Jedi), mas vemos soluções que nunca apareceram em nenhum momento da saga, tanto no espaço (o “momento boliche” foi genial!), quanto em terra (a luta de sabres de luz no salão vermelho foi tão boa que desde já peço: quero um spin off sobre a academia que forma aqueles guardas!).

Hoje, em 2017, numa produção deste porte, não tem mais o que se falar sobre os efeitos especiais, são simplesmente perfeitos. O visual do filme é bem legal – toda a parte no planeta branco e vermelho é sensacional, e adorei o cenário vermelho da sala do Líder Supremo Snoke, me lembrou o Flash Gordon dos anos 80. E a trilha sonora, mais uma vez nas mãos de John Williams, é fantástica ao retomar velhos temas – em certo momento, a história é contada pela trilha, primeiro com o tema “Luke and Leia”, depois com “Han Solo and the Princess”. Emocionante!

Sobre os novos personagens, alguns foram bons, outros nem tanto. Gostei muito da Holdo (Laura Dern), uma personagem fora do maniqueísmo habitual da saga. Por outro lado, a Rose (Kelly Marie Tran) não me convenceu. E Benicio Del Toro foi algo desnecessário – um grande ator para um papel fuén. O resto do elenco repete os nomes do ep. 7: Daisy Ridley, Oscar Isaac, John Boyega, Adam Driver, Mark Hamill, Carrie Fisher, Anthony Daniels, Domhnall Gleeson, Gwendoline Christie, Andy Serkis e Lupita Nyong’o (numa cena curta e completamente desnecessária com a sua Maz Kanata).

Ainda preciso falar sobre o merchandising. Foi o primeiro Guerra nas Estrelas que, quarenta anos atrás, inventou essa coisa de ganhar dinheiro com merchandising em torno do filme. E é claro que a venda pra Disney só aumentou a quantidade de produtos ligados à saga. Assim, vemos várias coisas no filme que parecem estar lá só pra “vender bonequinho”. E vários fãs estavam com medo dos porgs, bichinhos fofinhos que aparecem no trailer. Mas, olha, assim como aqueles “cachorros de cristal”, os porgs não atrapalham. E aposto que serão um grande sucesso nas vendas de bichos de pelúcia…

Ainda podia falar mais, afinal, Guerra nas Estrelas sempre foi um dos meus assuntos preferidos. Mas chega, vá ao cinema e volte, porque vou postar um outro texto, com spoilers!

A Babá

A BabáCrítica – A Babá

Sinopse (imdb): Os acontecimentos de uma noite têm uma terrível e inesperada reviravolta para um jovem tentando espionar sua babá.

Pouco a pouco a Netflix vai se firmando como uma produtora de conteúdo. A novidade agora é um terror slasher com um pé no trash.

A Babá (The Babysitter, no original) é terror, mas é um terror leve e divertido, coerente com a carreira do diretor McG (que fez os dois filmes d’As Panteras, Guerra é Guerra e 3 Dias Para Matar). Em momento nenhum o filme tenta assustar o espectador, e o gore é controlado – dá pra ter “nojinho”, mas não precisa virar o rosto.

Algumas mortes são acidentais (não me lembro se todas). Neste aspecto, o menos conhecido Tucker and Dale vs Evil é mais eficiente e mais divertido. Mas como ninguém viu Tucker and Dale, deixa pra lá…

O elenco principal funciona bem, a dupla Judah Lewis e Samara Weaving está bem como o adolescente e sua babá gostosa – a interação entre os dois é convincente. No resto do elenco, Bella Thorne, Leslie Bibb, Ken Marino, Robbie Amell, Hana Mae Lee e Emily Alyn Lind fazem o feijão com arroz. Alguns estão caricatos, mas o filme pede personagens assim.

A Babá não é lá grandes coisas, mas o fato de ser despretensioso ajuda. Em momento algum o filme se leva a sério. Assim, quem estiver no clima certo pode se divertir.

O Bar / El Bar

El BarCrítica – O Bar / El Bar

Sinopse (imdb): No movimentado centro de Madrid, um tiro e duas mortes misteriosas aprisionam alguns personagens urbanos heterogêneos em um bar central decrépito, enquanto a paranoia e a suspeição forçam os frequentadores a acusarem uns aos outros.

Sabe quando você é fã de um cara que quase ninguém conhece? Sou assim com o diretor espanhol Álex de la Iglesia. A maior parte das pessoas que conheço nunca ouviu falar, mas contei agora no imdb, O Bar (El Bar, no original; The Bar, em inglês) é o décimo longa dele que vejo – e gosto de quase todos!

O Bar mantém o estilo do diretor: personagens bizarros, clima tenso e uma pitada de humor negro. O jeitão de “festa estranha com gente esquisita” aqui ganha um clima claustrofóbico, porque quase toda a trama se passa em ambientes fechados e apertados.

A claustrofobia é boa pra desenvolver a crescente tensão entre os personagens. E aqui preciso destacar Jaime Ordóñez, que brilha no papel do mendigo alucinado. Também no elenco pouco conhecido por estas bandas, Blanca Suárez, Mario Casas, Carmen Machi, Secun de la Rosa e Terele Pávez.

A parte final muda um pouco o clima do filme. Li críticas negativas por aí com relação a isso, mas isso não me incomodou. Até gostei da mudança – apesar de achar que um dos personagens não conseguiria passar pelo espaço apertado.

A boa notícia é que, diferente de outros filmes do Álex de la Iglesia, este é fácil de encontrar: está no Netflix!