A Hora do Pesadelo (2010)

A Hora do Pesadelo

Freddy Kruger, um dos melhores vilões do cinema dos anos 80, está de volta, e agora “sob nova direção”!

Trata-se da refilmagem do primeiro filme da famosa franquia. Só que, desta vez, Wes Craven, criador de Kruger e diretor de dois dos filmes da franquia, não teve nada a ver com isso. Aliás, ele declarou que nem queria saber da refilmagem…

Também temos uma ausência ainda mais marcante: Robert Englund, o próprio Freddy Kruger. Englund interpretou o vilão em todos os filmes da série, no “crossover” Freddy vs Jason e ainda na série de tv que rolou em 1998.

A história todos conhecem, né? Jovens começam a ter o mesmo pesadelo, onde são perseguidos e ameaçados por um cara queimado que usa uma luva com uma faca em cada dedo. Mas o detalhe é que, se a pessoa morre no sonho, o mesmo acontece na vida real.

Preciso confessar que sempre fui um grande fã do Freddy Kruger. Diferente de vilões-estrelas de slashers como Michael Myers (Halloween) ou Jason Vorhees (Sexta Feira 13), que simplesmente são mortos-vivos que saem matando os outros e nunca morrem, Freddy Kruger me parece mais legal. Ele é meio um fantasma, ele está dentro dos sonhos. E, dentro dos sonhos, ele faz o que quiser. Mas se a pessoa estiver acordada, ele não pode agir.

Dirigido pelo especialista em videoclipes Samuel Bayer, o novo A Hora do Pesadelo tem virtudes e defeitos. Um dos acertos deste novo filme é o uso comedido de cgi. O fato da trama falar de sonhos e ambientes oníricos poderia resultar num uso excessivo de efeitos de computador. Mas não, felizmente eles se atrelaram à história original, que funcionava perfeitamente com efeitos especiais “analógicos”.

A trama não traz novidades, afinal, trata-se de uma refilmagem de uma história que todo mundo conhece, e todos nós sabemos que se a bilheteria for boa, teremos continuações. Mesmo assim, o roteiro é bem escrito e traz alguns sustos interessantes em momentos pouco óbvios.

No elenco, só um nome chama atenção, justamente o novo Freddy E faz-se necessária uma comparação entre os dois Freddys. Admiro muito Jackie Earle Haley, mas acho que foi uma escolha ruim. O cara é bom ator, foi indicado ao Oscar por Pecados Íntimos, fez um excelente trabalho como o Roschach em Watchmen, esteve num papel chave no último Scorsese, Ilha do Medo… Mas não precisa de tudo isso pra ser Freddy Kruger. Robert Englund é o oposto disso, um ator fraco e caricato. Mas é “o” Freddy Kruger… Faltou ao novo Freddy um pouco mais de ironia e sarcasmo nas piadinhas constantes.

No fim, fica a pergunta: vale a pena? Olha, achei este filme mais fraco que o original. Mas preciso admitir que é melhor que a maior parte das continuações!

p.s.: Tive show ontem, e fui dormir muito tarde. E tive que acordar muito cedo hoje pra ir trabalhar. Dormi umas três horas só. Aí, a vida imitou a arte: heu estava cheio de sono, vendo um filme onde os personagens estavam cheios de sono! 😛

Categorias: Refilmagem, Terror

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