Hotel Transilvânia 3: Férias Monstruosas

Hootel Transilvania 3Crítica – Hotel Transilvânia 3: Férias Monstruosas

Sinopse (imdb): Durante as férias com sua família, o Conde Drácula encontra uma afinidade romântica.

Drácula e seus amigos estão de volta!

Como este é o terceiro filme da série, a gente já sabe mais ou menos o que esperar. Dirigido pelo mesmo Genndy Tartakovsky dos outros dois filmes, Hotel Transilvânia 3: Férias Monstruosas (Hotel Transylvania 3: Summer Vacation, no original) mantém o mesmo padrão. Quem gostou dos outros dois vai curtir.

A animação não tem a qualidade de uma Pixar, mas não é nada que incomode. Temos alguns personagens novos, mas a estrutura é a mesma. Algumas boas piadas, algumas piadas bobas, tudo meio previsível, mas mesmo assim tudo leve e divertido.

O elenco original é ótimo – Adam Sandler, Andy Samberg, Selena Gomez, Kevin James, Fran Drescher, Steve Buscemi, Molly Shannon, David Spade, Kathryn Hahn e Mel Brooks. Pena que vi a versão dublada. Pelo menos a dublagem é muito bem feita.

Férias escolares chegando, Hotel Transilvânia 3: Férias Monstruosas não é nada excepcional, mas vai agradar os pequenos, sem ofender os pais.

Hotel Transilvânia 2

Hotel Transilvania 2 - posterCrítica – Hotel Transilvânia 2

Agora avô, Drácula pede ajuda aos seus amigos para tentar aflorar o lado monstro em seu neto meio humano meio vampiro.

Continuação do longa de animação de 2012. Mais uma vez, a direção ficou a cargo de Genndy Tartakovsky, que sempre vai morar no nosso coração – afinal, ele é um dos nomes por trás da série Clone Wars.

Como acontece quase sempre em continuações, Hotel Transilvânia 2 (Hotel Transylvania 2, no original) segue os passos do primeiro filme – inclusive, temos a repetição de algumas piadas. Desta vez temos menos foco nas diferenças entre o humano Jonathan e os monstros, porque boa parte da trama acompanha o novo personagem, o bebê.

Um dos roteiristas é Adam Sandler. Lembram do post de Pixels, onde falei sobre roteiros com “cara de Adam Sandler”? Bem, a boa notícia aqui é que, assim como o primeiro, Hotel Transilvânia 2 não tem “cara de Adam Sandler”. O humor flui bem, sem se basear nas piadas sem graça que todos nós conhecemos.

Vi a versão dublada, muito boa, por sinal. Mas a gente fica triste quando lê o elenco da versão original: Adam Sandler, Andy Samberg, Selena Gomez, Steve Buscemi, Kevin James, David Spade, Fran Drescher, Molly Shannon, Megan Mullally, Dana Carvey – e ninguém menos que Mel Brooks como o vampiro bisavô. Deve ser legal ver a versão legendada…

Ainda sobre a dublagem: não sei como é a voz do lobisomem Wayne no original, mas achei muito engraçada a ideia de deixá-lo com sotaque paulista exagerado…

Enfim: Hotel Transilvânia 2 não está aí para ser uma das melhores animações do ano. Mas vai divertir quem entrar no clima.

p.s.: Cuidado com os bonequinhos que vêm no McLanche Feliz, porque um deles traz um spoiler sobre o fim do filme!

Pixels

0-Pixels-posterCrítica – Pixels

A premissa era genial: Quando alienígenas interpretam uma transmissão de videogames dos anos 80 como uma declaração de guerra, eles atacam a Terra – como se fossem videogames dos anos 80. Mas aí a gente vê o nome “Adam Sandler” no elenco e já fica com o pé atrás.

Vejam bem: não tenho nada contra o Adam Sandler. Ele já provou que é capaz de fazer filmes legais, como Embriagado de Amor, Tratamento de Choque e Click, isso porque não estou falando de seu trabalho em dramas recentes como Tá Rindo do Que?Homens, Mulheres e Filhos. O problema é quando o filme tem “humor de Adam Sandler” – algo que acontece frequentemente. Por isso o pé atrás.

Pixels infelizmente sofre com este problema, e acho que sei por que. Um dos roteiristas é Tim Herlihy, e uma rápida olhada em sua página no imdb, vemos que ele já tinha escrito outros 9 longas para o Adam Sandler, isso sem contar com alguns roteiros de Saturday Night Live. Resultado: o roteiro está cheio de situações forçadas com “humor de Adam Sandler”, como ele invadindo uma reunião de crise militar só porque é amigo do presidente dos EUA, ou toda a relação de seu personagem com a “mocinha” – no mundo real, um cara daqueles NUNCA invadiria o closet dela daquele jeito.

O que dá mais pena é ver que o filme foi dirigido por Chris Columbus, um grande nome do cinema infanto-juvenil contemporâneo, hoje mais conhecido como diretor de filmes como Percy Jackson e o Ladrão de Raios, os dois primeiros Esqueceram de Mim e os dois primeiros Harry Potter, mas que no início da carreira era roteirista, e escreveu Goonies, Gremlins e O Enigma da Pirâmide. Podiam ter perguntado se ele queria voltar a escrever roteiros…

Bem, a boa notícia é que se a gente deixar o cérebro fora da sala do cinema e não der bola pras piadas bobas, pode se divertir. Pixels tem um bom ritmo e excelentes efeitos especiais – e, acreditem, algumas boas piadas.

Achei os efeitos especiais sensacionais. Assim como o título do filme sugere, os videogames são pixelados. Tudo é gigantesco e em baixa definição! Digo mais: quando os alienígenas atiram em alguma coisa, transforma tudo em quadradinhos. Depois de uma explosão, vemos dezenas de cubos espalhados. Genial! E quem curte videogames antigos vai se divertir. Vemos Pac Man, Galaga, Space Invaders, Tetris, Q-Bert, Donkey Kong, Space Invaders, Frogger, Centipede e vários outros.

O filme traz algumas boas piadas, o roteiro acerta quando mira em referências à cultura pop – principalmente quando o alvo são ícones da década de 80 como Madonna e Daryl Hall & John Oates. Pena que essas piadas têm que brigar pelo espaço na tela com o Adam Sandler fazendo caretas no trânsito para a Michelle Monaghan, ou o Josh Gad deslumbrado porque viu um robô.

O elenco está prejudicado pelo roteiro. Claro, a gente não esperaria muita coisa de atores como Kevin James e Josh Gad, mas mesmo bons atores como Peter Dinklage, Brian Cox e Sean Bean estão caricatos demais. E Michelle Monaghan, coitada, é a mais prejudicada pelo roteiro, com um papel com zero de realidade. Também no elenco, Ashley Benson, Jane Krakowski e Dan Aykroyd.

No fim, fica a sensação de uma boa ideia desperdiçada num filme mediano. Pixels merecia outro roteirista…

p.s.: O longa Pixels foi baseado em um curta homônimo, dirigido por Patrick Jean, facilmente encontrável no youtube. Vale ver o curta!

Homens, Mulheres e Filhos

0-Homens Mulheres e FilhosCrítica – Homens, Mulheres e Filhos

Um grupo de adolescentes do ensino médio e seus pais tentam lidar com as mudanças sociais que a internet impôs a seus relacionamentos, sua comunicação, autoimagem e vidas amorosas. Um olhar sobre a anorexia, a infidelidade, a busca pela fama e a proliferação de material não autorizado na internet, revelando que ninguém está imune às armadilhas criadas por nossos smartphones, tablets e computadores.

Baseado no livro homônimo de Chad Kultgen, o novo filme de Jason Reitman (Juno, Amor Sem Escalas), Homens, Mulheres e Filhos (Men, Women & Children, no original) é um bom retrato das relações interpessoais através do uso da internet na sociedade atual.

Às vezes Homens, Mulheres e Filhos parece um Picardias Estudantis contemporâneo – assim como o filme de 1982, Homens, Mulheres e Filhos parece uma comédia, mas na verdade é um drama que mostra um retrato de uma sociedade e seus personagens comuns, e como eles se relacionam entre si. Inclusive, alguns temas aparecem nos dois filmes, como o garoto com postura de pegador mas com problemas sexuais ou a menina que tem uma experiência frustrante com a primeira vez (e acaba engravidando sem querer).

A grande diferença, além das três décadas que separam os filmes (e de toda a tecnologia conectada à internet), é que Homens, Mulheres e Filhos também mostra o lado dos pais, ignorados no filme dos anos 80.

A narrativa de Homens, Mulheres e Filhos vai seguindo estes personagens (não temos um personagem principal) em seus dramas pessoais, e Reitman consegue envolver a audiência, consegue trazer o espectador para dentro daquele mundo.

O elenco está muito bem. Adam Sandler surpreende em uma atuação contida, bem diferente do seu caricato habitual. Jennifer Garner é outro destaque, fazendo a mãe paranoica – que nos ensina “o que não fazer”. Ainda no elenco dos adultos, Judy Greer, Rosemarie DeWitt, Dean Norris, Dennis Haysbert, J.K. Simmons e a voz de Emma Thompson como narradora. No elenco “jovem”, acho que o único conhecido é Ansel Elgort, de A Culpa é das Estrelas. Será que em breve ouviremos falar mais de nomes como Olivia Crocicchia, Elena Kampouris e Kaitlyn Dever? (Lembrem-se que Picardias Estudantis tinha, entre outros, Forest Whitaker num papel pequeno e Nicolas Cage numa ponta, sem falas…)

Por fim, preciso falar que gostei muito dos efeitos especiais usados para demonstrar o mundo virtual paralelo ao mundo real. Realmente criativos, os efeitos serviram pra ilustrar como o mundo atual funciona.

Gente Grande

Gente Grande

Depois do fracasso comercial de Tá Rindo Do Que?, Adam Sandler resolveu apostar em um projeto menos arriscado: este Grown Ups (no original), uma comédia despretensiosa com quatro antigos companheiros da época do Saturday Night Live.

Um grupo de cinco amigos da época da escola se reencontra 30 anos depois, para o enterro do antigo técnico de basquete. Na ocasião, aproveitam o feriado para alugar uma casa à beira de um lago e, ao lado de suas famílias, relembrar momentos da infância.

O que o filme traz de bom é a boa química entre os atores. Adam Sandler, Kevin James, Chris Rock, David Spade e Rob Schneider se conhecem há muito tempo e já trabalharam juntos diversas vezes – isso ajuda na velocidade das piadas. Ok, Schneider é tão ruim que não adianta química, suas piadas são sem graça. Mas os outros funcionam bem juntos, apesar do humor meio bobalhão de Rock e Spade.

Mas uma boa química não adianta muita coisa, se o roteiro é fraco. Não existe desenvolvimento nem da trama nem dos personagens, o filme é inteiramente baseado nas piadas nem sempre engraçadas.

E assim, um bom elenco foi desperdiçado numa comédia boba. E quando falo em bom elenco, não me refiro apenas aos cinco protagonistas. Salma Hayek e Maria Bello fazem duas das esposas, e ambas têm papéis bestas. E ainda tem o bom Steve Buscemi num papel completamente idiota!

Gente Grande me lembrou Encontro de Casais, filme onde a gente vê que os atores estão curtindo mais do que o público. Tudo bem que este Gente Grande não é tão ruim quanto o outro – aqui, pelo menos algumas piadas são engraçadas, diferente de Encontro de Casais, onde nada se salva.

O fim do filme tenta trazer uma lição de moral, mas nem isso funciona. “Joe Hollywood” (Sandler) precisaria ter mais humildade antes de tentar ensinar isso aos seus filhos.

Só pra aqueles dias que não estamos exigentes.

Tá Rindo Do Quê?

Tá Rindo Do Quê?

É o filme novo do comediante Adam Sandler; é dirigido por Judd Apatow, o mesmo das comédias O Virgem de 40 Anos e Ligeiramente Grávidos; e ainda se chama Tá Rindo Do Quê?. E mesmo assim, trata-se de um drama!

George Simmons (Sandler) é um comediante rico e famoso, que faz stand-up comedy e estrelou várias comédias-pastelão, e mora sozinho numa enorme mansão. Até que descobre que tem uma grave doença e pode morrer em breve. Numa desesperada busca por um amigo, ele contrata o comediante iniciante Ira (Seth Rogen) como redator e ajudante pessoal.

Tá Rindo Do Quê? (Funny People no original) é um filme bem feito, bem construído. Mas tem dois defeitos graves. Um é justamente o filme ser vendido como uma comédia, quando, no máximo, rolam alguns momentos engraçados, quase todos nos palcos de stand-up. O outro é a duração – são quase duas horas e meia! Menos, sr. Apatow! Fica cansativo assim!

Adam Sandler, menos careteiro do que o usual, consegue uma das melhores atuações da carreira. Acredito que o tipo de papel ajudou o equilíbrio: ele continua careteiro nos palcos de stand-up e nos personagens de Simmons. Além disso, rola uma boa química com Rogen, que está lembrando o nosso Selton Mello: faz sempre papéis iguais, mas sempre funciona muito bem dentro deles. Temos outros atores da “apatowta” 😀 , além de Rogen, Leslie Mann e Jonah Hill estiveram nos dois filmes anteriores de Apatow. Completam o elenco principal Eric Bana e Jason Schwartzman, que também estão bem. Por fim, as duas meninas, Maude e Iris Apatow, são filhas de Leslie Mann com o diretor – elas também interpretaram as filhas dela em Ligeiramente Grávidos.

Vários comediantes aparecem interpretando eles mesmos, mas só reconheci alguns, como a Sarah Silverman, o Andy Dick e o Ray Romano…

Enfim, o filme não é ruim, mas tampouco é bom, chega a ficar chato às vezes, pelo seu ritmo lento. Se fosse mais curto e mais engraçado, seria bem melhor.

p.s.: Seth Rogen está bem mais magro! Será que tem algo a ver com o papel do Besouro Verde, que ele está filmando com Michel Gondry?