Interestelar

0-InterstellarCrítica – Interestelar

Filme novo do Christopher Nolan!

Num futuro próximo, onde recursos naturais estão cada dia mais escassos, um grupo de exploradores usa um recém descoberto “buraco de minhoca” para ultrapassar os limites da exploração espacial.

A expectativa era alta. Depois da elogiada trilogia do Batman e do também elogiado A Origem / Inception, Nolan anunciou uma ficção científica “correta”, dirigida por ele e escrita por ele ao lado do seu irmão Jonathan Nolan. Interestelar (Interstellar, no original) fala da tentativa de conquista espacial através de “buracos de minhoca” (wormholes).

Mas… Parece que faltou humildade a Nolan, que, aparentemente, queria “brincar de Kubrik” e fazer um novo 2001. Interestelar até tem alguns bons momentos de tensão, mas o ritmo é muito irregular, e o resultado ficou longo, pretensioso – e chato. São quase três horas de filme (169 minutos) de muito papo cabeça! Sinceramente, não precisava ser tão longo.

Não entendo de astronomia, então não posso julgar se o filme é cientificamente correto como se propôs. Mas entendo de cinema, e posso afirmar que tecnicamente, o filme é excelente. O visual do filme é muito bem feito, e algumas cenas são impressionantes – a morte de um dos personagens pode figurar fácil em listas de melhores cenas do ano. Interestelar só deu azar de ter vindo um ano depois do impressionante Gravidade – Nolan não usa tantos planos-sequência alucinantes quanto o Alfonso Cuarón…

Interestelar é daquele tipo de filme que foca mais nos efeitos especiais do que nos atores, mas mesmo assim Matthew McConaughey faz um bom trabalho, liderando um bom elenco, que conta com Anne Hathaway, Jessica Chastain, John Lithgow, Michael Caine, Matt Damon, Casey Affleck, Topher Grace, Wes Bentley e Ellen Burstyn

Por fim, preciso falar do robô TARS. Admito que gostei como alívio cômico, mas… não sei de quem foi a ideia de fazer os robôs daquele formato. Vou te falar que o cinema deu gargalhadas quando o robô correu pela água. E acho que essa não era a objetivo dos realizadores…

Tudo Por Justiça

0-Tudo-Por-JustiçaCrítica – Tudo Por Justiça

Dá uma sacada no elenco desse filme: Christian Bale, Zoe Saldana, Forest Whitaker, Woody Harrelson, Willem Dafoe e Casey Affleck. Nada mal, hein?

Quando Rodney Baze misteriosamente desaparece e a lei se mostra incompetente, Russell, seu irmão mais velho, resolve procurar justiça com as próprias mãos.

Trata-se do segundo filme de Scott Cooper, que, quatro anos antes, com seu filme de estreia, Coração Louco, deu o Oscar a Jeff Bridges. Tudo Por Justiça (Out Of The Furnace, no original) tem um elenco excelente e inspirado, mas tem dois problemas básicos: previsibilidade e falta de ritmo.

Vamos ao que funciona: o elenco está quase todo muito bem. Disse quase todo, porque Zoe Saldana tem muito pouco tempo de tela, e o personagem de Forest Whitaker parece perdido – não me pareceu culpa do ator, e sim da (falta de) construção do personagem (tire Whitaker e coloque um extra qualquer, não muda nada na trama). Por outro lado Bale, Affleck, Dafoe e, principalmente, Harrelson, estão muito bem. O filme não fica cansativo, apesar de longo, por causa das inspiradas atuações.

A violência física também está muito bem retratada. Tudo Por Justiça é um filme muito violento, os golpes soam secos e parecem doer mais do que os socos estilizados que estamos acostumados a ver.

Mas… O roteiro é tão previsível… Só de ler a sinopse e ver 10 minutos de filme, a gente já adivinha todo o caminho até a cena final. E o ritmo lento e arrastado não ajuda.

Enfim, os fãs do Christian Bale vão curtir, mais uma vez ele mostra que é muito mais do que “o Batman”. Mas ele já fez coisa melhor.

Roubo nas Alturas

Crítica – Roubo nas Alturas

Filme novo com Ben Stiller, Eddie Murphy e Mathew Brodderick? Ok, vamos ver qualé.

Quando funcionários de um prédio de luxo de Nova York descobrem que caíram em um golpe, aplicado pelo rico morador da cobertura, eles resolvem se unir para tentar roubá-lo e recuperar o dinheiro perdido.

Roubo nas Alturas (Tower Heist, no original) é um daqueles filmes onde um bom elenco sustenta uma trama divertida e improvável. O plano do assalto tem algumas situações meio forçadas, mas o filme não deixa de ser interessante por isso.

O melhor de Roubo nas Alturas é sem dúvida o elenco. Eddie Murphy está bem diferente do “estilo Norbit” – onde ele faz vários papeis em uma comédia com humor de gosto duvidoso. Aqui, Murphy tem um papel secundário, e seu personagem lembra os bons tempos de comédias policiais, como Um Tira da Pesada. Gosto do Ben Stiller, ele não é um grande ator, mas sabe muito bem escolher os seus projetos, tanto como ator, quanto como diretor (tipo Trovão Tropical). E sou fã de Mathew Brodderick – pô, o cara é o Ferris Bueller! Brodderick tem um papel menor aqui, e mesmo assim é uma das melhores coisas do filme. E os três não estão sozinhos, o elenco ainda conta com outros bons nomes como Téa Leoni, Alan Alda, Casey Affleck, Michael Peña e Gabourey Sidibe.

A direção ficou a cargo de Brett Ratner, profissional competente mas sem muita personalidade – o cara dirigiu A Hora do Rush, Dragão Vermelho, X-Men 3… Como o filme é construído em cima do bom elenco, Ratner só tem que ficar quieto e não atrapalhar. E a parte técnica segue a mesma filosofia de não atrapalhar o trabalho dos atores – tudo certinho, tudo até meio previsível. Gostei das locações, com algumas belas paisagens de Nova York.

Roubo nas Alturas não vai virar o filme preferido de ninguém. Mas pode ser uma boa diversão, se você estiver no clima certo.

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Se você gostou de Roubo nas Alturas, o Blog do Heu recomenda:
Tiras em Apuros
Trovão Tropical
Red
Assalto em Dose Dupla

The Killer Inside Me

The Killer Inside Me

Lou Ford (Casey Affleck) é o xerife de uma pequena cidade do Texas, e tem um enorme carisma e goza da simpatia de todos à sua volta. Porém, por trás dessa aparência tranquila e segura, reside uma personalidade perigosamente instável e violenta.

Além de ser um filme demasiado lento, The Killer Inside Me tem outro problema: o seu protagonista. Não li o livro homônimo de Jim Thompson onde o filme se baseou, não sei como era o Lou Ford original. Mas o de Casey Affleck não empolga.

E Affleck não é o único sub aproveitado no elenco. Kate Hudson está apagada, nem parece a mesma de filmes como Quase Famosos e A Chave Mestra. Jessica Alba está ok, mas, convenhamos, ela fez alguns filmes legais (Sin City, Machete), mas nunca foi mais do que um rosto bonito…

(O elenco traz outros bons nomes, como Elias Koteas, Bill Pullman Simon Baker e Ned Beatty. Mas todos também com atuações burocráticas.)

A violência presente no filme causou uma certa polêmica, mas acho que foi por mostrar com crueza cenas de mulheres apanhando. Afinal, o cinema hoje em dia mostra coisa bem pior.

O diretor é Michel Winterbottom, que já fez filmes convencionais como A Festa Nunca Termina, mas também polêmicos como o quase pornô 9 Songs. Este The Killer Inside Me, apesar da violência, está entre os convencionais.

Enfim, não é ruim, mas tem coisa melhor por aí.