Mundo Estranho

Crítica – Mundo Estranho

Sinopse (imdb): Os lendários Clades são uma família de exploradores cujas diferenças ameaçaram derrubar sua última e mais crucial missão.

O longa de animação, Mundo Estranho (Strange World, no original) é o novo lançamento da Disney nos cinemas. Sim, nos cinemas – depois de lançar alguns títulos direto no streaming, este vai para o circuito e só chega no Disney+ no fim de dezembro. Quais os critérios pra decidir? Pinóquio foi ruim, ok, mas tinha Tom Hanks e Robert Zemeckis, será que não merecia a tela grande? Sei lá…

Mundo Estranho se vende como uma aventura em um local com visuais fantásticos. Realmente, esse “mundo estranho” tem um visual bem legal, com montanhas com patas, rios de peixes voadores, e seres com tentáculo saindo da boca. O visual realmente impressiona. Mas… É basicamente isso, o filme podia explorar muito mais essas paisagens e seres fantásticos, mas parece que tudo o que tem no filme a gente já tinha visto no trailer.

Não gostei dos personagens. É um excesso de “daddy issues”, o cara tem problemas com o pai e também tem problemas com o filho, e o filme foca demais nesses problemas. É tanto “daddy issues” que a mãe foi jogada pra escanteio, inventaram que ela é piloto pra ela ter alguma função na trama. E acaba que como ninguém se importa com os protagonistas, o único personagem que conquista alguma simpatia do público é o Splat, bichinho que claramente foi criado com a intenção de vender bonequinho, adaptado à geração slime.

É animação de Disney, mas não é musical. Tem uma única música, dentro de um contexto. Ah, e não tem cena pós créditos.

A parte final traz um plot twist que achei bem legal. Não vou entrar em detalhes, claro. Mas digo que me lembrei de dois filmes que trazem semelhanças no conceito, um de 1966, outro de 1987.

Está rolando uma polêmica na Internet porque o protagonista é gay. Acho isso uma grande bobagem, qual é o problema do garoto ser gay? Sério que em 2022 isso ainda incomoda alguém? Agora, dito isso, o filme podia ter feito uma piada com o avô. Um cara mais velho, de outra geração, até podia achar estranho, mas o filme não usou essa piada.

No fim, fica a sensação de que poderia ter sido melhor. E a dúvida de quando vão lançar o boneco do Splat nas lojas.

Midway – Batalha em Alto-Mar

Crítica – Midway – Batalha em Alto-Mar

Sinopse (imdb): A história da Batalha de Midway, contada pelos líderes e pelos marinheiros que lutaram ela.

Não costumo ler muito sobre filmes que vou ver. Mas sempre checo quem é o diretor. Claro que sabia que estava indo ver um filme do Roland Emmerich.

Com uma breve análise na carreira de Emmerich (Independence Day, O Dia Depois de Amanhã, 2012) a gente vê que ele gosta de grandiosidade. Midway – Batalha em Alto-Mar (Midway, no original) é coerente com sua filmografia. Tem um tom exageradamente épico, meio forçado até – alguns personagens parecem heróis imaculados.

Pelo menos precisamos admitir que as batalhas (cheias de cgi) são muito bem filmadas. Neste aspecto, o fã de filmes de guerra não vai se decepcionar.

O elenco é bom – Ed Skrein, Patrick Wilson, Woody Harrelson, Luke Evans , Mandy Moore, Dennis Quaid. A narrativa do filme não tem espaço pra um único protagonista, a trama funciona bem entre os núcleos.

No fim, nada de mais. Mas tem o seu público.

Para Maiores

Crítica – Para Maiores

Fiquei dividido quando vi o trailer deste Para Maiores (Movie 43, no original). Por um lado, o elenco é um dos mais impressionantes que já vi. Por outro lado, o filme parecia ser uma comédia apelativa muito ruim.

Para Maiores é uma série de doze filmes curtos, todos de comédia, sempre usando humor ofensivo. Os filminhos são independentes entre si.

O formato lembra os divertidos Kentucky Fried Movie e As Amazonas da Lua – principalmente o segundo, pelo elenco estelar. A diferença é que Para Maiores é uma comédia sem nenhuma boa piada. Parece que os idealizadores procuraram a polêmica em vez do engraçado. O humor é grosseiro, adolescente – e bobo.

E, inexplicavelmente, o elenco conta com Kate Winslet, Hugh Jackman, Naomi Watts, Halle Berry, Emma Stone, Anna Faris, Gerard Butler, Johnny Knoxville, Sean William Scott, Chloe Grace Moretz, Chistopher Mintz-Plasse, Elizabeth Banks, Josh Duhamel, Richard Gere, Kate Bosworth, Kristen Bell, Leslie Bibb, Uma Thurman, Jason Sudeikis, Liev Schreiber, Justin Long, Terrence Howard, Patrick Warburton, Katrina Bowden e Jack McBryar, entre outros. Como convenceram essa galera a entrar nessa roubada?

Entre os diretores, alguns nomes também surpreendem. Ok, um nome como Peter Farrelly (Quem Vai ficar Com Mary) é coerente. Mas o que os atores Elizabeth Banks e Griffin Dunne estão fazendo dirigindo filminhos aqui?

Pelo imdb, tem gente dizendo que o filme é “ofensivo”. Sim, é. Para Maiores é um mix de vários tipos de piadas de baixo calão. Mas este não é o problema. O problema é ser uma comédia sem graça. Ted, uma das comédias mais divertidas do ano passado, tinha humor grosseiro e politicamente incorreto, mas era um filme engraçado. Não tenho nada contra humor grosseiro; mas tenho tudo contra humor sem graça. Só adolescentes descerebrados vão achar graça em piadas com fezes, menstruação, testículos ou pelos pubianos.

Enfim, dispensável.

p.s.: Descobri que existem duas versões do filme. Segundo o imdb, o filme é guiado por um segmento estrelado por Dennis Quaid e Greg Kinnear, que não está no arquivo disponível nos torrents por aí. No lugar, tem um filmete bobo estrelado por adolescentes. Não sei por que as versões diferentes. Mas, de qualquer maneira, duvido que o segmento de Quaid e Kinnear seja bom…

Ponto de Vista

Crítica – Ponto de Vista

Não me lembro exatamente por que, mas perdi o lançamento de Ponto de Vista no cinema. Aproveitei o dvd gringo com legendas em português na promoção de um site…

Uma tentativa de assassinato do presidente dos Estados Unidos durante uma visita à Espanha é contada várias vezes, sob diferentes pontos de vista – e cada novo ponto de vista traz uma novidade.

Dirigido pelo estreante Pete Travis (que este ano fez Dredd), Ponto de Vista (Vantage Point, no original) é um daqueles casos de roteiro bem montado, que vai revelando aos poucos os detalhes da trama. O roteiro do também estreante Barry Levy é muito bem escrito – revemos os mesmos acontecimentos várias vezes, mas cada vez sob um novo ângulo. (Curiosamente, só agora estão filmando o segundo roteiro de Levy.)

O clima lembra um pouco a boa série 24 Horas, com conspirações envolvendo ataques terroristas ao presidente dos EUA em ritmo acelerado. Até a trilha sonora lembra o seriado do Jack Bauer.

Claro que a gente precisa de um pouco de suspensão de descrença (até aqui é parecido com 24 Horas) – acredito que não seja tão fácil se alcançar o presidente dos EUA, assim como não deve ser fácil planejar o aparato que foi feito para dar os tiros. Mas nada grave, é só relaxar e deixar o ritmo frenético te levar.

O elenco é bom – apesar da falta de currículo do diretor. Como a trama é fragmentada, alguns bons nomes como Sigourney Weaver, Forest Whitaker e William Hurt têm pouco tempo na tela – acho que só Dennis Quaid (eficiente como sempre) tem um papel maior. Ainda no elenco, Zoe Saldana, Matthew Fox, Eduardo Noriega, Saïd Taghmaoui e James LeGros.

Ponto de Vista foi lançado em 2008, então já tem muita coisa sobre ele por aí pela internet. Curiosamente, li muitas críticas negativas. Acho que esse povo que não gostou deve ter algum preconceito contra filmes de ação bem escritos…

O Que Esperar Quando Você Está Esperando

Crítica – O Que Esperar Quando Você Está Esperando

Mais um “filme painel”, como os recentes Idas e Vindas do Amor e Noite de Ano Novo.

Cinco casais vivem experiências diversas ligadas à gravidez, em tramas paralelas que às vezes se encontram, explorando diferentes situações vividas por famílias que estão esperando bebês.

Dirigido por Kirk Jones, O Que Esperar Quando Você  Está Esperando teoricamente é uma adaptação do livro homônimo. Mas não se trata exatamente de uma adaptação, já que é um livro “não ficção” de dicas sobre gravidez que virou uma comédia romântica.

Como toda boa comédia romântica, O Que Esperar Quando Você  Está Esperando é raso, previsível e cheio de clichês. A vantagem é que aqui são vários núcleos, cada um com a sua trama independente, então temos diferentes opções para resolver as tramas. Quem curte o estilo vai gostar.

O roteiro é bem equilibrado entre os diversos núcleos – coisa que nem sempre acontece em “fillmes painel”. Os cinco casais têm aparentemente o mesmo tempo de tela e a mesma importância no filme. E ainda rola um divertido alívio cômico: os pais que levam os filhos para passear no parque, responsáveis por algumas das melhores cenas do longa.

O elenco, como era de se esperar, é o maior destaque de O Que Esperar Quando Você  Está Esperando. Afinal, não é todo dia que temos, juntos, Cameron Diaz, Elizabeth Banks, Jennifer Lopez, Anna Kendrick, Brooklyn Decker, Dennis Quaid, Chris Rock, Rodrigo Santoro, Chace Crawford, Ben Falcone, Mathew Morrison, Thomas Lennon e Joe Manganiello

Rodrigo Santoro merece um parágrafo à parte. Não só ele está muito bem, como fala um inglês perfeito e fluente ao longo de todo o filme (ele foi criticado na época d’As Panteras, porque seu personagem era marrento e não falava nada). Além disso, ele conseguiu um certo destaque num filme onde a trama é dividida entre diversos núcleos, já que ele faz parte de dois deles (um dos casais e o grupo de pais que passeia no parque). E tem mais: ele “pega” a Jennifer Lopez…

O fim do filme força um pouco a barra, colocando todos os bebês nascendo no mesmo hospital e na mesma hora. Mas, ora, é uma comédia romântica, alguém imaginava um fim criativo? 😉 Pelo menos podemos dizer que o público sai do cinema feliz e de bem com a vida…

Batalha Por T.E.R.R.A.

Crítica – Batalha Por T.E.R.R.A.

Quando todos os últimos recursos da Terra são exauridos, os sobreviventes saem à procura de um novo planeta para recomeçar a vida. O planeta T.E.R.R.A., habitado por seres pacíficos e que vivem em harmonia, é uma opção. O problema é que a atmosfera é incompatível com a sobrevivência dos humanos.

Batalha Por T.E.R.R.A. é um desenho animado incomum. A história é séria, diferente da maioria das animações atuais, quase sempre em tom de comédia – não rola nem um alívio cômico. Mesmo assim, a temática não é adulta. Talvez isso seja um problema, porque a criançada pode se cansar, enquanto os adultos podem não curtir o visual infantil.

O traço do desenho não é tão impressionante quanto o “padrão Pixar”, mas gostei do resultado, o visual do planeta e de seus habitantes é muito interessante. E a trama é simples mas não é óbvia, boa notícia quando se fala de animações atualmente.

Vi a versão dublada, o que foi uma pena. O elenco da versão original é impressionante: Evan Rachel Wood, Brian Cox, Chris Evans, James Garner, Danny Glover, Amanda Peet, Luke Wilson, Justin Long, Rosanna Arquette, Beverly D’Angelo, Ron Perlman, Dennis Quaid, Danny Trejo e Mark Hammil. Nada mal!

Teve uma coisa que me deixou encucado: por que escolheram o nome “T.E.R.R.A.” para o novo planeta? No mundo globalizado em que vivemos, será que ninguém avisou aos gringos como é, em português, o nome do nosso próprio planeta? E tem mais: são quantas letras “R”? No estojo do dvd (original), é “T.E.R.A.”, com um “R” (como a imagem acima); nas legendas do dvd (original), é “T.E.R.R.A.”, com dois. Na dúvida, fui ao imdb, onde está com dois “R”s…

Batalha Por T.E.R.R.A. não entrará para a história como um desenho “obrigatório”. Mas não vai decepcionar ninguém.

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Se você gostou de Batalha Por T.E.R.R.A., o Blog do Heu recomenda:
9 A Salvação
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A Fera do Rock

A Fera do Rock

Inspirado pela cinebiografia das Runaways, resolvi rever a cinebiografia de um dos meus artistas preferidos, A Fera do Rock, que conta a vida de Jerry Lee Lewis, que tinha o “simpático” apelido The Killer – “O Matador”.

Nos anos 50, o jovem pianista Jerry Lee Lewis é um aspirante a estrela deste novo estilo musical, o rock’n’roll. Ele consegue um contrato com Sam Philips, da Sun Records, gravadora que lançara Elvis Presley pouco antes, e alcança o sonhado sucesso. Mas seu estilo extravagante de viver atrapalha o estrelato.

Vou contar pra vocês que este filme me influenciou no estudo de piano. Se a vida pessoal de Lewis não foi motivo de orgulho, seu estilo de tocar piano é digno de se espelhar!

A Fera do Rock (Great Balls Of Fire, no original) foi baseado no livro escrito por Myra Lewis, a prima e esposa adolescente de Jerry Lee Lewis, e foi dirigido por Jim McBride em 1989. Desconfio que McBride seja um fã do Killer, afinal, seis anos antes ele fez outro filme que também citou Lewis: Breathless (aqui chamado de A Força da Paixão, pra lembrar outro filme com o mesmo ator protagonista, Richard Gere).

Dennis Quaid está excelente como Jerry Lee Lewis. Careteiro e exagerado, Quaid estudou piano para aparecer tocando no filme. Ok, existia um “dublê de mãos”, e todas as músicas foram regravadas pelo próprio Killer. Mas Quaid está lá, com as mãos no piano – ele até toca numa das músicas da trilha sonora! Winona Ryder, então com 18 anos, interpreta Mira, a prima adolescente de Lewis. Ela está ok, mas, pena, ela não parece de jeito nenhum ter 13 anos… Ainda no elenco, Alec Baldwin, John Doe, Stephen Tobolowsky e Trey Wilson.

Falei aqui em cima que o próprio Lewis regravou seus sucessos para o filme, né? Por um lado, isso foi muito legal, as regravações são muito boas, o disco da trilha sonora é sensacional (tocou muito na minha vitrola!). Mas isso trouxe um problema para o filme: a voz de Quaid não é igual à de Lewis. Em algumas cenas, como o show na Inglaterra, ficaram esquisitas, com as duas vozes se alternando.

O filme mostra o início, a ascençao e a queda de Lewis. Outro problema é que o fim do filme é muito deprê, acho que um filme sobre uma das estrelas do rockabilly poderia ser mais pra cima…

Mesmo assim, A Fera do Rock é obrigatório para os fãs de rock!

Legião / Legion

Legião

Sabe quando um filme promete ser legal, e até começa bem, mas de repente se perde, e a gente fica com aquela sensação de que poderia ter sido bem melhor? Isso acontece com Legion, que deve se chamar Legião quando estrear por aqui.

A trama começa bem, usando aquele clichê de pessoas desconhecidas tendo que se unir contra forças misteriosas depois da chegada de um estranho, num restaurante no meio do nada. Lembrei de Banquete do Inferno, que usa esse clichê muito bem!

O início do filme é muito bom. A cena da velhinha é sensacional – toda a seqüência, desde o momento que ela chega no restaurante. A parte do sorveteiro também é legal. Mas depois disso, parece que acabaram as boas ideias. Nada mais interessante acontece, nem mesmo a entrada de mais um anjo na briga serve para trazer o filme de volta ao ritmo inicial.

O elenco é até bom para um filme de terror de orçamento modesto. Paul Bettany está bem como o anjo Miguel. Dennis Quaid está um pouco careteiro demais, ele é um bom ator, heu esperava mais dele. Gostei da escolha do grandalhão Kevin Durand, o Keamy de Lost, para viver o anjo Gabriel. O resto do elenco, Lucas Black, Adrianne Palicki, Charles S. Dutton, Tyrese Gibson, Kate Walsh e Willa Holland, funciona dentro do esperado.

Não achei o filme tão ruim quanto alguns caras no imdb estão falando. Mas, que foi uma decepção para quem viu o trailer, ah, isso foi!

Pandorum

Pandorum

Nova ficção científica com toques de terror!

No futuro, o nosso planeta não tem condições de abrigar a crescente população. O filme se passa dentro de uma enorme nave espacial que está indo em direção a Tanis, um novo planeta semelhante à Terra – a possível salvação para a raça humana.

O maior nome do elenco é Denis Quaid, mas o ator principal na verdade é Ben Foster, coadjuvante em X-Men 3 e na série A Sete Palmos. Além deles, Cam Gigandet, Cung Le e a bela Antje Traue.

O clima claustrofobico e escuro do filme é muito legal. Já o roteiro é um pouco confuso, quase tudo é explicado de uma só vez, e não fica exatamente claro o que aconteceu.

Pandorum perdeu a chance de se tornar um clássico da ficção científica. Se o roteiro fosse um pouco melhor amarrado e a direção fosse um pouco mais firme… Faltou pouco para o filme ser muito bom!

Mesmo assim, vale o download, já que esse filme tem cara de que não será lançado por aqui.

Dreamscape – A Morte nos Sonhos

dreamscape

Dreamscape – A Morte nos Sonhos

Outro dia, no cinema, vi o trailer do novo Tarantino, Bastardos Inglórios, e lembrei que seu filme anterior, À Prova de Morte, nunca foi lançado aqui. É um bom exemplo de filme com inexplicáveis problemas no lançamento brasileiro. Outro exemplo é este Dreamscape – A Morte nos Sonhos, filme de 1984, que nunca passou nos cinemas brasileiros, e, até onde heu saiba, tampouco apareceu em vhs ou dvd.

A trama é boa: uma universidade faz pesquisas com jovens paranormais para usar a habilidade destes para entrar no subconsciente e manipular os sonhos de outras pessoas. Alex Gardner (Dennis Quaid) trabalha como um destes paranormais, até que descobre uma conspiração para matar o presidente dos Estados Unidos.

A premissa é parecida com o terror A Hora do Pesadelo, aquele do Freddy Krueger, onde pessoas também são abordadas durante os sonhos – e se você morre no sonho, isso também acontece na vida real. Mas este não só é do mesmo ano que o primeiro Pesadelo, como ainda foi lançado três meses antes. A diferença está no enfoque: Dreamscape está mais pro lado da ficção científica do que terror.

Por que será que nunca chegou aqui? O filme é bom, os efeitos especiais dos sonhos são bem feitos, mesmo vistos hoje, um quarto de século depois. Aliás, o visual dos sonhos é muito interessante! O elenco é ótimo, temos um Dennis Quaid pós Os Eleitos e uma Kate Capshaw pós Indiana Jones e o Templo da Perdição (quando ela virou sra. Steven Spielberg!), isso sem contar com os veteranos Max von Sydow e Christopher Plummer.

Outra coisa interessante é a trilha sonora eletrônica de Maurice Jarre. Os produtores queriam uma trilha orquestrada, mas Jarre insistiu nos temas eletrônicos, porque achou que tinha mais a ver com o tema. E ele estava certo!

Ah, sim, esqueça o cartaz à la Indiana Jones. O filme não é de aventura…