Roubo nas Alturas

Crítica – Roubo nas Alturas

Filme novo com Ben Stiller, Eddie Murphy e Mathew Brodderick? Ok, vamos ver qualé.

Quando funcionários de um prédio de luxo de Nova York descobrem que caíram em um golpe, aplicado pelo rico morador da cobertura, eles resolvem se unir para tentar roubá-lo e recuperar o dinheiro perdido.

Roubo nas Alturas (Tower Heist, no original) é um daqueles filmes onde um bom elenco sustenta uma trama divertida e improvável. O plano do assalto tem algumas situações meio forçadas, mas o filme não deixa de ser interessante por isso.

O melhor de Roubo nas Alturas é sem dúvida o elenco. Eddie Murphy está bem diferente do “estilo Norbit” – onde ele faz vários papeis em uma comédia com humor de gosto duvidoso. Aqui, Murphy tem um papel secundário, e seu personagem lembra os bons tempos de comédias policiais, como Um Tira da Pesada. Gosto do Ben Stiller, ele não é um grande ator, mas sabe muito bem escolher os seus projetos, tanto como ator, quanto como diretor (tipo Trovão Tropical). E sou fã de Mathew Brodderick – pô, o cara é o Ferris Bueller! Brodderick tem um papel menor aqui, e mesmo assim é uma das melhores coisas do filme. E os três não estão sozinhos, o elenco ainda conta com outros bons nomes como Téa Leoni, Alan Alda, Casey Affleck, Michael Peña e Gabourey Sidibe.

A direção ficou a cargo de Brett Ratner, profissional competente mas sem muita personalidade – o cara dirigiu A Hora do Rush, Dragão Vermelho, X-Men 3… Como o filme é construído em cima do bom elenco, Ratner só tem que ficar quieto e não atrapalhar. E a parte técnica segue a mesma filosofia de não atrapalhar o trabalho dos atores – tudo certinho, tudo até meio previsível. Gostei das locações, com algumas belas paisagens de Nova York.

Roubo nas Alturas não vai virar o filme preferido de ninguém. Mas pode ser uma boa diversão, se você estiver no clima certo.

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Tiras em Apuros
Trovão Tropical
Red
Assalto em Dose Dupla

Norbit

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Norbit

Acho injustiça vir aqui falar mal de um filme como Norbit. Afinal, qualquer um com um mínimo de bom senso sabe exatamente o que vai ver quando assiste um filme como esse. Alguém espera algo a mais do que uma ou outra piada razoável no meio de um monte de piadas bobas, tudo isso num roteiro pra lá de previsível?

E é exatamente isso. Um bom momento aqui, uma boa piada acolá. E só.

Norbit é um garoto feio, criado num orfanato. Ainda criança, Rasputia, uma menina “grande”, o escolhe como namorado. Já adultos, se casam, e Rasputia e seus irmãos (todos grandes) fazem da vida de Norbit um inferno. Até que uma amiguinha de infância reaparece na sua vida…

O que mais me incomodou, mais do que as piadas sem graça, foi o roteiro, previsível ao extremo. Conseguimos adivinhar quase todas as próximas situações! Bem, quem vê um filme desses não quer roteiros com grandes reviravoltas, né?

Uma das graças do filme é o ator Eddie Murphy interpretando 3 papéis: Norbit, Rasputia e Wong, o dono do orfanato. Isso não é novidade, desde os anos 80 Murphy faz essas coisas – lembro dele, ao lado do Arsenio Hall, fazendo vários papéis cada um em Um Príncipe em Nova York.

E isso funciona? Bem, às vezes fica engraçado. Mas, de um modo geral, é caricato demais…

Aliás, isso rendeu ao filme 3 prêmios Framboesa de Ouro: pior ator, pior ator coadjuvante e pior atriz coadjuvante, todos para Murphy! Ele ainda foi indicado a pior dupla (Murphy & Murphy), além de pior filme, pior diretor, pior roteiro e pior ator (Cuba Gooding Jr).

Bem, se você quiser deixar o cérebro de lado, pode até se divertir…