Entourage: Fama e Amizade

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Crítica – Entourage: Fama e Amizade

E mais uma série ganha uma versão para cinema…

A estrela de cinema Vincent Chase e seus amigos estão de volta, desta vez envolvidos em um arriscado projeto: a estreia de Vince na direção.

Entourage foi uma série feita pela HBO entre 2004 e 2011, mostrando uma estrela hollywoodiana que sempre carregava seus amigos de infância por tudo quanto é canto. A série foi inspirada no ator Mark Wahlberg e seus amigos “não atores”, só mudaram as personalidades dos personagens – Vince Chase é bem mais “bom moço” que Wahlberg.

Entourage: Fama e Amizade (Entourage, no original), foi escrito e dirigido pelo mesmo Doug Ellin que criou a série, e segue o mesmo clima – aliás, parece até um episódio estendido. E o roteiro traz algumas tiradas geniais, satirizando o glamour das estrelas. Quem curte os bastidores de Hollywood vai se divertir, temos inúmeras pontas de famosos, alguns fazendo piadas com as próprias carreiras (como a Jessica Alba negociando um novo projeto).

Falando nisso, o elenco é muito bom. Provavelmente pelos anos trabalhando juntos, rola uma boa química entre os atores principais Kevin Connolly, Adrian Grenier, Jerry Ferrara, Kevin Dillon e Jeremy Piven – os cinco estiveram em todos os 96 episódios da série. E não é só a química – vemos que os personagens são bem desenvolvidos, outro legado da série. E o elenco ainda conta com Billy Bob Thornton, Haley Joel Osment, Emmanuelle Chriqui, Debi Mazar, Emily Ratajkowski e Ronda Rousey (as duas últimas interpretam elas mesmas) – isso porque não estamos falando de cameos de gente como Liam Neeson, Jon Favreau, Gary Busey, Mike Tyson, Ed O’Neill, Armie Hammer, Kelsey Grammer e – claro – Mark Wahlberg, entre muitos outros – o filme parece uma brincadeira de “Onde está Wally” em Hollywood.

Agora, temos que reconhecer que Entourage é raso. Quem não curte o “hollywood way of life” talvez ache o filme meio bobo, afinal, o tema não muda muito – é quase o tempo todo falando de celebridades e de sexo…

Por fim, sabe quando rola um “filme dentro do filme”? Fiquei com vontade de ver o filme que Vince dirigiu…

Matador em Conflito

Matador em Conflito

Matador em Conflito

Divertida comédia de humor negro, Matador em Conflito (Grosse Pointe Blank no original) traz uma trama um tanto surreal: um assassino profissional é convidado para uma reunião de dez anos de formatura no colégio, em sua cidade natal. Já que tem um “trabalho” para fazer na cidade no mesmo fim de semana, resolve ir para lá e participar da reunião…

Dirigido por George Armitage em 1997, um dos méritos deste filme é o elenco. Encabeçado por um como sempre inspirado John Cusack, ainda temos Dan Aykroyd, Minnie Driver, Alan Arkin, Joan Cusack e, de quebra, Hank Azaria e Jeremy Piven em papéis menores. Aykroyd interpreta um  rival de Cusack, que quer convencê-lo a criar um sindicato de assassinos (!); Arkin, por sua vez, faz um psiquiatra apavorado porque descobriu que seu paciente mata outras pessoas como profissão.

Quer mais? A trilha sonora também é muito boa, só de hits dos anos 80 – afinal, temos uma reunião de formandos de 87!

O filme não é daqueles “imperdíveis”. Tá mais pra cult. Mesmo assim, é uma boa e despretensiosa diversão.

Smokin’ Aces – A Última Cartada

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Smokin’ Aces – A Última Cartada

Não levei muita fé quando este filme foi lançado. Parecia ser apenas “mais um daqueles filminhos tentando ser cool”. Mas sabe que esse é divertido?

Explico: depois de Pulp Fiction, surgiu um novo estilo: filmes policiais que mesclavam atores cool em papéis cool, edição de imagens ágil, muita violência, tudo muito estilizado e de preferência com uma trilha sonora também cool. Alguns até funcionam, o Guy Ritchie por exemplo sabe usar esse estilo. Mas às vezes falta talento…

Felizmente Smokin’ Aces não é o caso. O diretor quase desconhecido Joe Carnaham acertou a mão ao contar a história de Buddy Aces, um misto de mafioso e performer de Las Vegas, que, ao ganhar proteção da polícia por testemunhar contra a Máfia, vira alvo de vários assassinos profissionais, quando sua cabeça é colocada a prêmio, no valor de um milhão de dólares.

O elenco é cheio de nomes legais, como Ray Liotta, Andy Garcia, Ryan Reinolds, Ben Affleck, Jeremy Piven e Jason Bateman. E a história tem espaço prum monte de personagens interessantes, quando vemos os diferentes assassinos com seus diferentes estilos.

Sobre o elenco, vou citar duas curiosidades pros antenados de plantão:

– Um dos irmãos Tremor – 3 irmãos neonazistas completamente malucos – é interpretado por um certo Chris Pine. Já leu esse nome em algum lugar? Bem, ele é o novo Capitão Kirk, no próximo Star Trek

– Um dos assassinos é interpretado por Nestor Carbonell, o misterioso Richard Alpert, personagem secundário da série Lost. Bem, em uma das cenas, Carbonell contracena com Mathew Fox, o Jack, personagem principal de Lost… (aliás, falando em Lost, outro dos irmãos Tremor também está na ilha de Lost!)

O filme é um pouco confuso, são muitos personagens e algumas subtramas ao fundo. Mas pode ser uma boa diversão. Agora estamos esperando pra ver como será o prequel, anunciado pro ano que vem…