10 Curiosidades sobre Good Omens

10 Curiosidades sobre Good Omens

Sinopse da segunda temporada (Amazon Prime): Um arcanjo nu aparece na porta da livraria do anjo renegado Aziraphale, sem nenhuma memória de quem ele é ou como chegou lá, e a vida de Aziraphale e do demônio aposentado Crowley se torna extremamente complicada. O Céu e o Inferno estão desesperados para encontrar o fugitivo. À medida que Crowley e Aziraphale tentam consertar um romance humano, as coisas tornam-se cada vez mais inseguras para eles, no passado e no presente.

A segunda temporada de Good Omens / Belas Maldições está em cartaz no Amazon Prime. Gosto muito do estilo da série, não sei por que não fiz um post sobre a primeira temporada. Resolvi então fazer algo diferente: um post com 10 curiosidades sobre a série.

Vamulá?

– Uma das melhores coisas de Good Omens são os protagonistas. Aziraphale e Crowley são ótimos personagens, e Michael Sheen e David Tennant são grandes atores. Digo mais: Sheen e Tennant são amigos na vida real e têm uma química excelente. Eles até fizeram um seriado na época da pandemia, chamado Staged, onde eles interpretam versões fictícias deles mesmos.

– Terry Gilliam tentou adaptar o livro várias vezes ao longo de dez anos, até que desistiu, com Robin Williams como Aziraphale e Johnny Depp como Crowley. Gilliam declarou que, numa época pós 11 de setembro e pré Piratas do Caribe, todos os estúdios e produtores diziam que “ninguém mais quer filmes com o Johnny Depp”.

– Mais Terry Gilliam: foram várias ideias para os créditos iniciais: bonecos de marionete manipulados por Deus, ou um tapete medieval, ou um manuscrito bíblico. Mas no final decidiram por uma animação no estilo que Gilliam usava nos tempos de Monty Python.

– Muitas músicas do Queen tocam na trilha sonora ao longo de vários episódios. É uma piada usada no livro de referência, que dizia que cada fita cassete esquecida no carro do Crowley virava uma coletânea “Best of Queen”.

– A placa do carro que carrega os pais do Arthur, no primeiro episódio, é “510RAT”, que é “TARDIS” ao contrário. Isso é uma das várias referências a Doctor Who, série que teve vários atores que também estão em Good Omens – principalmente David Tennant, que é um dos principais aqui e também foi um dos doutores.

– O demônio Crowley leva o nome do ocultista inglês Aleister Crowley. O Crowley original conduziu rituais para tentar produzir o Anticristo, que ele chamou de Moonchild. Jimmy Page, guitarrista do Led Zeppelin, era um grande fã de Crowley e até comprou sua antiga casa em Boleskine, perto do Lago Ness.

– Neil Gaiman declarou que na época do livro eles não pesquisaram sobre os diferentes modelos de carros. No livro, o Bentley usado pelo Crowley era um modelo de 1929. Mas quando foram fazer a série, descobriram que o modelo de 1929 não tinha o visual que eles queriam, então usaram um Bentley de 1934.

– Michael Sheen, que interpreta o Aziraphale, disse numa entrevista: “Li “Good Omens” pela primeira vez quando era adolescente e tem sido uma das minhas histórias favoritas desde então”. Michael Sheen nasceu em 1969, “Good Omens” foi publicado pela primeira vez em 1990 – Sheen não era mais um adolescente.

– No episódio que conta a história de Jó, Jó é interpretado por Peter Davison, sogro de David Tennant; e o filho de Jó, Enon, é interpretado por Ty Tennant, filho de Tennant.

– Tanto Jon Hamm quanto Michael Sheen interpretaram namorados da Liz Lemon na série 30 Rock

Top Gun Maverick

Crítica – Top Gun Maverick

Sinopse (imdb): Após mais de trinta anos de serviço como um dos melhores aviadores da Marinha, Pete Mitchell está onde pertence, ultrapassando os limites como um piloto de teste intrépido e evitando a promoção de posto que o manteria em terra.

36 anos depois, tem um novo Top Gun nos cinemas!

No texto sobre Pânico 5 falei sobre o conceito de “requel”, mistura de reboot com sequel, que é quando temos um novo filme, com espaço para uma nova franquia, mas com elementos do original, e com um forte apelo à nostalgia (Pânico, Halloween, Caça Fantasmas, Star Wars, Cobra Kai). Dirigido por Joseph Kosinski (Oblivion), este novo Top Gun pode se enquadrar nesta categoria.

O início do filme é igual ao filme de 1986. Igual em dois aspectos diferentes. Em primeiro lugar, a sequência inicial é idêntica. Vemos várias imagens de um porta aviões, com aviões pousando e aterrissando, e as pessoas que trabalham nessa rotina, tudo isso ao som de Danger Zone, do Kenny Loggins – EXATAMENTE IGUAL ao filme anterior, nem sei se filmaram algo novo ou se pegaram os takes do filme original e repetiram. E também é igual na estrutura da primeira parte do roteiro: Maverick desafia seu superior e faz algo ousado, o que ele fez dá certo, e quando ele acha que vai ser repreendido, é mandado para o Top Gun. E depois, em um bar, calouros têm contato com uma pessoa “de fora”, que na cena seguinte descobrem que é seu novo instrutor.

Acredito que isso foi colocado desta forma pra trazer um quentinho para o coração dos fãs. O novo filme é cheio de momentos que dialogam com o filme anterior. Tem até uma cena com o pessoal jogando um esporte na praia (só trocaram o esporte, não é mais vôlei).

Mas, e quem não viu o filme de 86? Digo mais: e quem não gostou do filme de 86?

Independente de se gostar do filme original, é preciso reconhecer que as sequências de ação aérea são fantásticas. Segundo o que foi informado, não existe cgi nem tela verde nas sequências aéreas, eram aviões reais fazendo aquilo tudo. Será que podemos acreditar nisso?

Real ou não, as sequências são muito boas. Uma delas, ainda na primeira parte do filme, onde vemos Maverick tirando onda perante os mais novos, é quase um novo videoclipe de Won’t Get Fooled Again, do The Who. E a parte final é de tirar o fôlego. (Mas preciso falar que achei forçado o jeito como eles escaparam…)

Falando em trilha sonora, tem pelo menos três momentos emocionantes, todos os três ligados ao filme original. Primeiro, claro, o tema principal, Top Gun Anthem, do Harold Faltermeyer, que toca na introdução e em momentos chave do filme. Depois, o já citado Danger Zone. E também temos uma nova versão da cena do Goose cantando Great Balls of Fire ao piano (cena que traz um flashback auto explicativo com Anthony Edwards e Meg Ryan).

Sobre o elenco, esse é um “filme do Tom Cruise”. Cruise é o cara, aos sessenta anos de idade ele tem um porte invejável, tem presença e carisma, e ainda faz as cenas sem dublê – a gente vê o cara pilotando os caças, tem uma câmera dentro do cockpit do avião!

No resto do elenco, preciso falar de três nomes. Jennifer Connelly, que está com 51 anos, está linda linda linda. E faz uma “mocinha” coerente com os padrões atuais: independente e dona do seu caminho (Ah, a personagem já existia no primeiro filme, mas não aparece). Miles Teller também está ótimo como o filho do Goose, a gente entende os problemas pessoais do personagem. E por fim, Val Kilmer, que está muito doente, tratando de um câncer na garganta, mas que aparece em uma cena emocionante. Também no elenco, Jon Hamm, Ed Harris, Glen Powell e Monica Barbaro.

(Ainda nas homenagens emocionantes, quando acaba o filme vemos uma dedicatória ao Tony Scott, diretor do primeiro filme, que estava desenvolvendo uma continuação antes do seu falecimento em 2012.)

Por fim, queria falar que não entendi os comentários que inundaram a internet na última semana, acusando este Top Gun Maverick de masculinidade tóxica. Sério isso?

Te Peguei!

Crítica – Te Peguei!

Sinopse (imdb): Um pequeno grupo de ex-colegas de turma organiza um elaborado jogo anual de tag que exige que alguns percorram todo o país.

À primeira vista, Te Peguei! (Tag, no original) parece mais uma comédia besta igual a várias outras por aí. A boa notícia é que, assim como aconteceu em A Noite do Jogo, o nível aqui é um degrau acima.

Vejam bem, não estou falando que Te Peguei! é um novo clássico da comédia. Mas o elenco está bem, o filme é divertido, e – importante – quase não usa humor de baixo calão (na minha humilde opinião, isso conta pontos).

Te Peguei! ainda usa uns divertidos efeitos de câmera lenta em algumas cenas. E apesar de algumas sequências exageradas, o diretor Jeff Tomsic acerta o tom em quase todo o filme, inclusive nos momentos de drama.

O elenco mostra bom entrosamento, coisa essencial para a proposta. Jeremy Renner (que às vezes lembra o Gavião Arqueiro), Ed Helms, Jon Hamm, Jake Johnson e Hannibal Bures funcionam bem como o grupo de velhos amigos. Não gostei muito da personagem da Annabelle Wallis, ela não me convenceu nas suas intenções. Isla Fisher, Leslie Bibb e Rashida Jones completam o elenco.

Como falei lá em cima, Te Peguei! não vai mudar a vida de ninguém. Mas vai divertir os menos exigentes.

p.s.: O filme foi baseado numa história supostamente real. E no fim do filme vemos filmagens do que seria o grupo real que brinca de tag ao longo da vida adulta.

Em Ritmo de Fuga

Em Ritmo de FugaCrítica – Em Ritmo de Fuga

Um jovem piloto de fugas, que devido a um problema no ouvido, ouve música o tempo todo, é coagido a participar de um roubo condenado a falhar.

Fim do ano passado gravamos um podcast sobre as “expectativas para 2017”. Um dos filmes na lista era um tal de “Baby Driver”, e na época não tínhamos nenhuma informação sobre o filme. Mas, quando li que o diretor era Edgar Wright, falei “aguardo ansiosamente”. Riram de mim. Mas agora ninguém mais ri. Caros leitores, estamos diante de um dos melhores filmes do ano!

Edgar Wright fez poucos filmes, mas até agora não errou – pelo menos não segundo o meu julgamento. Sou muito fã da trilogia Cornetto (Todo Mundo Quase Morto, Chumbo Grosso e Heróis de Ressaca), e também gosto de Scott Pilgrim. E digo mais: acho que Wright fez um filme ainda melhor do que os anteriores com este Em Ritmo de Fuga (Baby Driver, no original). será que finalmente seu nome entrará para o primeiro escalão?

A história em si não tem nada demais. Mas a edição do filme é primorosa. Todos os ruídos em cena são sincronizados com a trilha sonora. O filme não é um musical, mas mesmo assim, tudo é coreografado.

Logo no início do filme temos um plano sequência sensacional quando Baby vai comprar café. Tudo se encaixa neste balé entre a câmera, a música que estamos ouvindo e as movimentações dos atores. Li no imdb que a cena foi repetida vinte e oito vezes! Valeu a pena…

Outro exemplo é a cena que usa Hocus Pocus, da banda holandesa Focus. Essa música já tinha sido bem utilizada no Robocop do José Padilha, mas aqui ficou ainda melhor. Os tiros estão no ritmo da música!

Ah, desconfio que Edgar Wright deve gostar de Queen. Em Todo Mundo Quase Morto, a música Don’t Stop Me Now foi usada numa cena icônica. Agora é a vez de Brighton Rock, que é usada num momento importantíssimo.

Vale lembrar que, apesar do histórico do diretor na comédia (com os três filmes da trilogia Cornetto), Em Ritmo de Fuga é um filme de ação. É um filme bem humorado, com algumas boas piadas, mas não é uma comédia. As cenas de perseguição de carro são muito bem feitas.

O papel principal é do jovem Ansel Elgort (conhecido por A Culpa é das estrelas), que, se não impressiona, pelo menos não atrapalha. Por outro lado, Kevin Spacey e Jamie Foxx estão fenomenais, e Jon Hamm não está atrás. ainda no elenco, Lily James, Eiza González, Jon Bernthal e CJ Jones.

Imperdível. Para ser visto e revisto, e depois ter o dvd / blu-ray na prateleira.

Minions

MinionsCrítica – Minions

Estreou o filme “solo” dos Minions!

Os minions Stuart, Kevin e Bob estão à procura de um vilão para seguirem, até que são recrutados por Scarlet Overkill, uma super-vilã que tem planos para conquistar o mundo.

A ideia de ter um filme onde os minions são os protagonistas é ao mesmo tempo tentadora e perigosa. Todo mundo concorda que os minions são engraçados, carismáticos e fofinhos – e protagonizam alguns dos melhores momentos dos dois filmes Meu Malvado Favorito. Mas eles são ótimos como coadjuvantes, como alívios cômicos – será que funcionariam como personagens principais?

A resposta é meio óbvia. Minions traz algumas piadas excelentes, mas a falta de um protagonista atrapalha o ritmo do filme e o coloca um degrau abaixo dos outros dois.

Pelo menos é um trabalho bem cuidado. A franquia não foi “terceirizada”, um dos diretores é o mesmo Pierre Coffin, que não só esteve na direção dos dois Meu Malvado Favorito como ainda faz a voz dos três minions principais, Stuart, Kevin e Bob. A qualidade da animação também é perfeita. E adorei alguns números musicais – boa parte do filme se passa no fim dos anos 60, excelente época para a música!

Sobre o humor: algumas piadas são geniais. Pena que o trailer deste filme foi exibido incessantemente, várias das piadas já eram conhecidas por todo mundo antes do filme estrear.

Ou seja: um filme divertido, mas sem a pretensão de ser um grande clássico. Dá pra levar a criançada ao cinema e se divertir com as piadas “de adulto” – ri muito com a citação a Beatles e no momento Hair.

E aguardem, porque os minions provavelmente estarão de volta em breve em mais um filme da franquia…

Ah, ninguém deve ir embora antes do fim dos créditos! Rolam piadas durante os créditos, e um número musical quando acaba tudo!

p.s.: Hoje começo uma participação no programa Primeira Página, da rádio Roquete Pinto (94,1 fm), entre 11h e meio dia, comentando as estreias da semana! Ouçam!

Clear History

Crítica – Clear History

Um filme escrito e estrelado por Larry David e dirigido por Greg Mottola, o mesmo de Paul? Claro que quero ver!

Às vésperas de um lançamento de um novo modelo de carro elétrico, um dos sócios encrenca com o nome do produto e decide abrir mão de sua parte na sociedade. Mas o carro é um sucesso e ele deixa de ganhar milhões. Dez anos depois, vivendo sob um pseudônimo, ele decide armar uma vingança contra seu antigo sócio.

Larry David é um dos criadores de Seinfeld, ao lado do Jerry Seinfeld, mas hoje em dia ele é mais famoso pela série Segura A Onda / Curb Your Enthusiasm, escrita e estrelada por ele. Acompanhei algumas temporadas, a série tinha uma fórmula básica: David interpretava ele mesmo, sempre se metendo em situações sociais constrangedoras.

Clear History só não parece um episódio esticado de Curb Your Enthusiasm pelo aspecto técnico – a série tinha estética de câmera na mão e imagem de vídeo caseiro, opção felizmente não usada pelo diretor Greg Mottola. Mas o personagem Nathan / Rolly parece ter saído direto da série.

A lógica social de Larry David muitas vezes soa forçada no “mundo real”. Me parece quase sempre uma “tempestade em copo d’água. Por exemplo: determinado momento do filme, cria-se um clima tenso por causa de talheres colocados em cima da mesa de um restaurante. Este é o problema de Clear History. A trama se baseia em um sujeito constrangido porque perdeu muito dinheiro em um negócio mal conduzido. Mas para o filme funcionar, TODOS precisam se lembrar dos detalhes da história, mesmo dez anos depois. E na vida real, as pessoas iam se esquecer por ser um fato menos relevante.

Deixando esse detalhe de lado, o filme é bem divertido. Os órfãos da série (foi ao ar entre 2000 e 2011) podem se reencontrar com o velho rabugento que questiona várias convenções sociais, e quase sempre sem o menor tato ao fazer isso…

O elenco é cheio de nomes legais, como John Hamm, Kate Hudson, Eva Mendes, Amy Ryan, Bill Hader, Danny McBride e Philip Baker Hall, além do próprio Larry David, claro. Mas o melhor do elenco sem dúvida é Michael Keaton, que parece fazer uma versão “viva” do seu Beetlejuice!

Clear History é um “filme de tv”, foi feito pela HBO e não foi lançado nos cinemas lá fora. Por isso, não sei se vai entrar no circuito por aqui…