Quando Chega A Escuridão

Quando Chega a EscuridãoCrítica – Quando Chega A Escuridão

Há tempos queria rever este filme, que só tinha visto na época do lançamento, ainda nos anos 80. Aproveitei o podcast de vampiros para rever.

Ao dar em cima de uma garota, sem saber que ela não era humana, um jovem caipira acaba se unindo a um cruel grupo de vampiros.

Quando Chega a Escuridão (Near Dark, no original) frequenta listas de melhores filmes de vampiros feitas por críticos. Lembro que gostei muito quando vi na época. Mas acho que o filme envelheceu mal, achei meio lento demais quando revi. Hoje em dia, prefiro rever Garotos Perdidos, lançado no mesmo ano de 1987.

Quando Chega a Escuridão apresentou um novo conceito de vampiros. Aliás, a palavra “vampiro” não é mencionada nenhuma vez durante o filme. Sua aparência também é diferente, são feios e sujos. Mas não há dúvidas sobre o que eles são, afinal, matam pessoas para beber o seu sangue, e queimam com a luz do sol. São vampiros, mas sem o glamour do vampiro clássico do cinema.

A direção é de Kathryn Bigelow, hoje muito conhecida por ter ganhado o Oscar de melhor diretora por Guerra Ao Terror e por ser a ex de James Cameron. Mas nessa época, Kathryn era apenas uma diretora de filmes “legais”, como Caçadores de Emoções (1991), Estranhos Prazeres (1995) e este Quando Chega a Escuridão.

O papel principal é de Adrian Pasdar, que ficou mais famoso quase vinte anos depois, com o Nathan Petrelli da série Heroes. Também no elenco, Jenny Wright, Lance Henriksen e Bill Paxton.

Por fim, queria levantar um questionamento sobre o download de filmes. Sim, a gente sabe que é errado. Mas… Quando Chega A Escuridão nunca foi lançado em dvd por aqui. Ok, sem problemas, no mundo globalizado de hoje, posso comprar um dvd importado. Fiz isso, comprei um dvd original gringo. Mas não tem legendas, nem em inglês. Tentei ver mesmo assim, mas não consegui acompanhar os diálogos. Sei que na análise fria da lei, baixar filme é errado. Mas, se o cara já tem o filme original, se o cara pagou por uma cópia oficial, ele não deveria ter o direito de ver o filme – nem que precise baixar uma cópia para isso?

O Exterminador do Futuro

Crítica – O Exterminador do Futuro

Sábado passado teve Cineclube Sci-Fi, evento organizado mensalmente pelo Conselho Jedi RJ no Planetário. O filme era o primeiro O Exterminador do Futuro. Há tempos que não via este filme, aproveitei a oportunidade e fui lá prestigiar o evento.

Alguém ainda não viu? No futuro, as máquinas dominam a Terra, e enviam um robô exterminador ao passado para eliminar Sarah Connor, mulher que será mãe do futuro líder dos humanos

Ver um filme de quase trinta anos atrás (O Exterminador do Futuro é de 1984), tem seus problemas. Reparamos em muita coisa que não vimos na época. A maquiagem é muito mal feita, toda a sequência onde o robô conserta o braço e tira o olho é muito tosca. O stop motion é muito inferior ao d’O Retorno do Jedi, lançado um ano antes. Ainda tem a trilha sonora datada, mas isso a gente não tinha como ver na época… 😉

Outra coisa: precisamos de uma boa dose de suspensão de descrença para relevar as inconsistências do roteiro – se um robô pode voltar no tempo se tiver carne em volta, por que não envolver armas pesadas em carne e mandar junto? Mesmo assim, considero este um dos melhores roteiros de viagem no tempo. Cada detalhe da história é importante, o roteiro não deixa pontas soltas.

Além da boa história, O Exterminador do Futuro ainda é um excelente filme de ação. O ritmo do filme é ótimo, o quase novato diretor James Cameron já mostrava talento. Cameron antes tinha feito apenas um longa (de qualidade duvidosa), Piranhas 2 – Assassinas Voadoras. Mas depois, sua carreia deslanchou e ele virou um dos nomes mais importantes da Hollywood contemporânea. Ele fez Aliens – O Resgate, O Segredo do Abismo, O Exterminador do Futuro 2, True Lies, e depois bateu recordes de bilheteria e ganhou 11 Oscars com Titanic – e ainda nem falei de Avatar, outro recordista de público.

O Exterminador do Futuro também foi um marco importante na carreira de outro nome “gigante” hoje em dia: Arnold Schwarzenegger, que era um fisiculturista tentando fazer carreira como ator. Ele já tinha sido o Conan no filme de 1982, mas ainda estava longe de se firmar. O forte sotaque (Arnold é austríaco) e o talento limitado como ator eram compensados pelo enorme carisma. O papel do Exterminador lhe caiu como uma luva: poucas falas e poucas expressões faciais não atrapalharam e Arnoldão teve o seu primeiro grande sucesso. E daí para o estrelato foi um pulo – Schwarzenegger se tornou um dos nomes mais fortes do cinema de ação pelas décadas seguintes.

Os outros dois atores principais, Linda Hamilton e Michael Biehn, não fizeram filmes relevantes fora dos anos 80. Mas o elenco ainda traz algumas curiosidades. Lance Henriksen tem um papel menor como um dos policiais; e Bill Paxton aparece numa ponta, como um dos punks que são atacados pelo Exterminador no início do filme.

Agora, uma história com spoilers leves (pode spoiler de um filme de quase trinta anos atrás?). Lembro, na época do lançamento, o cinema lotado, com todos gritando cada vez que achavam que o Exterminador estava morto, mas depois se levantava – mais uma vez. Era uma histeria divertida!

O Exterminador do Futuro teve três continuações e gerou uma série de TV. E diz a lenda que em 2015 vem mais um filme por aí…

Monster Brawl

Crítica – Monster Brawl

Oito monstros clássicos se enfrentando num ringue de luta livre? Taí uma boa ideia! Pode sair um crossover sensacional daí!

A sinopse é simples: Frankenstein, Lobisomem, Zumbi, Cíclope, Bruxa, Vampira, Monstro do Pântano e Múmia se enfrentam, em duplas, em um letal torneio de vale-tudo.

Claro que um filme com uma premissa dessas não ia ser bom – tudo é trash demais! Mas poderia render um trash divertido, se a ideia fosse bem desenvolvida. Pena que não foi…

Pra começar, o roteiro é muito ruim. Não existe uma linha narrativa – dois monstros lutadores são apresentados através de um rápido flashback, rola a luta (igual a lutas fakes de telecatch) e vamos para a dupla seguinte.

Mas isso não é o pior. Poucas vezes vi furos de roteiro tão grosseiros como dois que rolam aqui. Primeiro: os monstros são divididos em peso médio e peso pesado. E o torneio dos pesos médios é simplesmente deixado de lado, só vemos a final dos pesos pesados. Depois, pra piorar, aparecem vários zumbis na história. E assim como não há explicação para o surgimento, do nada eles somem…

O gore é bem feito, essa parte não vai decepcionar os apreciadores. A maquiagem também é boa, só não gostei do Cíclope, seu único olho não enganou ninguém. Mas acho que são as únicas qualidades do filme, e isso é pouco… Quem aguardava um grande crossover entre monstros clássicos vai continuar esperando…

Star Wars: The Old Republic

Crítica – Star Wars: The Old Republic

Hoje, 4 de maio, é o “Star Wars Day”! Por causa de um trocadilho infame com a data em inglês (may the fourth), os fãs de Guerra nas Estrelas comemoram o dia de hoje!

Procurei algo novo de Star Wars pra ver e comentar aqui hoje. Achei este Star Wars: The Old Republic. Vamos lá?

Peguei a sinopse que tá no legendas.tv: “É um material ‘histórico’ da mitologia Star Wars a partir dos arquivos dos próprios Jedis, narrado pelo guardião dos arquivos Jedis, Mestre Jedi Gnost-Dural (voz do ator Lance Henriksen), sobre os acontecimentos das eras que antecederam o Tratado de Coruscant, eventos com mais de 3000 anos antes do surgimento de Darth Vader.”

Na verdade, Star Wars: The Old Republic não é um filme nem uma série. São 12 animações curtas, com duração entre 3 e 4 minutos cada. Uma voz em off conta a história, enquanto imagens muito pouco animadas passam na tela.

Sabe qual o problema? As histórias são curtinhas, então a gente fica com a impressão de estar vendo uma introdução para algo legal que viria depois – e nada acontece. É só uma narração em off. Tudo chaaato…

Não saco de videogames. Se cada filminho é a introdução para uma nova fase do game, pode até funcionar. Mas aqui, um filminho atrás do outro fazem de Star Wars: The Old Republic um programa quase insuportável de quase 50 minutos de duração…

Heu deveria ter escolhido os desenhos animados da série Clone Wars. Bem mais interessantes…

Enfim, “May the Forth be with you”!

Contatos Imediatos do Terceiro Grau

Contatos Imediatos do Terceiro Grau

Está acontecendo um festival de filmes dos anos 70 no Instituto Moreira Salles. Fui lá no domingo, e, antes de O Império Contra-Ataca, revi Contatos Imediatos do Terceiro Grau, um dos melhores filmes do diretor Steven Spielberg. E olha que estamos falando cara que dirigiu Caçadores da Arca Perdida, E.T., Tubarão, Parque dos Dinossauros, O Resgate do Soldado Ryan e A Lista de Schindler, dentre outros!

A trama: depois de um breve contato com discos voadores, algumas pessoas começa a ter alucinações com uma montanha e um tema de cinco notas musicais. Ao mesmo tempo, um cientista francês investiga misteriosos acontecimentos pelo mundo, desconfiando que tudo tem a ver com os discos voadores.

Considero Contatos Imediatos do Terceiro Grau um grande marco na história do cinema. Até então, os filmes de ficção científica tinham efeitos especiais tão capengas que os filmes não conseguiam ser levados a sério. (A honrosa excessão é 2001, feito em 1969 por Stanley Kubrick. Os efeitos especiais de 2001 impressionam até hoje, mais de 40 anos depois!)

Até que, em 1977, surgiram dois filmes que mudaram a história do cinema de ficção científica: este Contatos Imediatos do Terceiro Grau e um tal de Guerra nas Estrelas, de George Lucas. (Coincidência ou não, Spielberg e Lucas já eram amigos…) A partir daí, os efeitos especiais começaram a ficar mais convincentes, e durante a década seguinte, já eram usados facilmente por muito mais filmes.

O elenco, encabeçado por Richard Dreyfuss, traz um nome curioso: François Truffaut, diretor de filmes como Farenheit 451 e A História de Adelle H, que interpreta o cientista francês. Ainda no elenco, Melinda Dillon, Teri Garr e Lance Henriksen.

Ainda no elenco, preciso mencionar que achei sensacional o papel do filho do meio de Richard Dreyfuss. O moleque é uma peste, em todas as poucas cenas onde ele aparece, ele está aprontando alguma arte. Me diverti muito vendo o moleque endiabrado! Sensacional!

Enfim, um clássico da ficção científica. Recomendado a todos, mesmo que nos dias de hoje.