Jornada nas Estrelas 2 – A Ira de Khan

Crítica – Jornada nas Estrelas 2 – A Ira de Khan

Star Trek 2 novo nas telas, é o momento de rever o Star Trek 2 de 82.

Em crise de meia idade, o agora almirante James T. Kirk acompanha sua velha espaçonave, a USS Enterprise, atualmente um “navio escola”, quando reencontra um velho inimigo, Khan Noonien Singh, um guerreiro modificado geneticamente.

Ao lado do quarto filme, este segundo Jornada nas Estrelas é considerado pelos trekkers um dos melhores filmes com esta tripulação da série clássica. O primeiro filme, lançado em 1979, não foi bem aceito, nem pela crítica, nem pelos fãs. Jornada nas Estrelas 2 – A Ira de Khan recuperou o clima do seriado e agradou a todos. Lembro que gostei muito quando vi na época, no cinema. Mas hoje sinto dizer que o filme envelheceu mal…

Jornada nas Estrelas 2 – A Ira de Khan tem dois defeitos previsíveis. Um é que os efeitos especiais perderam a validade, algo compreensível quando falamos de um filme de 30 anos atrás – os efeitos são toscos, mas compatíveis com as produções da época. O outro é a canastrice do elenco, principalmente do protagonista William Shatner e seu James T. Kirk sempre acima do tom – diz a lenda que até os companheiros de elenco faziam piadas sobre a falta de talento dramático do ator principal.

Mas não é só isso. A história é fraca, uma trama boba e nada criativa de vingança, e ainda traz subtramas mal desenvolvidas como a do filho de Kirk. Isso porque não estou falando de detalhes como o drama do Scotty quando morre um tripulante durante um ataque (as portas se abrem, e ele está vindo para a ponte carregando o corpo); ou o próprio Kirk quase derrubando um outro tripulante quando, no final, corre para socorrer Spock. O filme tem seus pontos altos, mas fica devendo. O final seria corajoso, se o terceiro filme que viria dois anos depois não jogasse a ideia no lixo.

No elenco, além dos “de sempre” (William Shatner, Leonard Nimoy, DeForest Kelley, James Doohan, Walter Koenig, George Takei e Nichelle Nichols), Jornada nas Estrelas 2 – A Ira de Khan conta com Ricardo Montalban (o sr. Roarke do seriado Ilha da Fantasia), um pouco exagerado, mas ainda assim a melhor atuação do filme. Kirtsie Alley, nova (e magrinha) também tem um papel importante.

Os trekkers ainda acham este um grande filme, mas vou falar que heu preferia ter ficado com as boas lembranças dos anos 80. Na época do lançamento, Jornada nas Estrelas 2 – A Ira de Khan era um grande filme; hoje é apenas uma ficção científica mediana e envelhecida.

Transformers 3: O Lado Oculto da Lua

Crítica – Transformers 3: O Lado Oculto da Lua

Confesso que não sou fã da franquia Transformers – aliás, nunca achei graça no brinquedo, nem no desenho animado. Mas a crítica falou que este era melhor que o segundo, aí resolvi dar uma chance.

Neste terceiro filme, os Autobots descobrem que existe uma nave de Cybertron no lado escuro da Lua, e precisam pegar antes dos Decepticons.

Não há muito o que se falar aqui. Transformers 3 é tudo o que se espera de um filme dirigido pelo Michael Bay sobre carros-robôs: muita ação e pouco cérebro. E o resultado final fica devendo, assim como nos dois primeiros filmes…

Talvez o filme não fosse tão ruim se se preocupasse com alguns “pequenos” detalhes, como a duração – ninguém merece duas horas e quarenta minutos de uma história fraca.

Aliás, acho que a “história fraca” é pior que a “duração excessiva”. O roteiro tem tantas inconsistências que se heu fosse listar, não acabava hoje. Por exemplo: como é que um cara recém formado, cheio de contatos, que acabou de ganhar uma medalha do presidente, está desempregado?

Mas tem mais, muito mais. Toda a sequência onde Shia Labeouf conhece Frances McDormand no galpão é patética. Se a Frances McDormand fosse tão poderosa, o casal seria preso imediatamente. E aquele diálogo entre ela e o Sentinel Prime é completamente sem sentido.

Pra piorar, o filme é repleto de personagens secundários com alívios comicos sem graça: os dois robôzinhos, o John Turturro, o Ken Jeong (Se Beber Não Case)…

Mesmo assim, nem tudo se joga fora. Os efeitos especiais são de primeira linha. Algumas sequências são boas – gostei da parte do prédio “caindo”. Gostei também do esquema meio Forest Gump pra mostrar presidentes antigos no início do filme.

Sobre o elenco, o nome de Steven Spielberg na produção ajuda a trazer bons nomes para os papeis secundários – além dos já citados Turturro, McDormand, LaBeouf e Jeong, o filme ainda tem John Malkovich, Patrick Dempsey, Josh Duhamel e as vozes de Hugo Weaving e Leonard Nimoy em robôs. E ainda tem Rosie Huntington-Whiteley como a “bonitinha da vez” – como Megan Fox brigou com a produção, tinham que arranjar outra pra vaga dela. Rosie é tão bonita quanto, e tem uma característica parecida: lábios grossos – na minha humilde opinião, grossos demais…

Pra finalizar, preciso dizer que não entendi o nome original: “The Dark of The Moon” – que bom que não traduziram ao pé da letra, “O Escuro da Lua”…

Star Trek

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Star Trek

Pra quem não sabe, existe uma rivalidade entre os fãs de Star Wars e os de Star Trek. Como nasci em 71, e sempre gostei mais de cinema do que de seriados de tv, acho que isso me coloca no grupo fã de Star Wars… Mesmo assim, nada tenho contra Star Trek!

Esse novo Star Trek era um projeto complicado, envolto num perigoso hype. J.J. Abrams, o homem mais incensado (e super-valorizado) de Hollywood nos úlimos anos, resolveu dirigir a história do início de tudo: como Kirk conheceu Spock e o resto de sua tripulação, e como virou capitão da USS Enterprise.

(Vou explicar o meu pé atrás com relação ao marqueteiro J.J. Abrams. Como diretor, tudo o que ele fez até agora pro cinema é o terceiro Missão Impossível, na minha opinião bem inferior aos dois primeiros (dirigidos por Brian De Palma e John Woo). Ele também é famoso por ter criado as séries Alias (que acho bem fraquinha), LostFringe (que são muito boas, mas deixam tantas pontas soltas que dá medo de nunca explicarem tudo). Além disso, ele usou o seu hype pra vender Cloverfield, que também não foi lá grandes coisas…)

Mas podemos ficar tranquilos. Desta vez J.J. acertou! Não é que o filme é bom?

Tudo o que se espera num filme desses está lá. Batalhas espaciais com efeitos especiais de cair o queixo, num roteiro redondinho que usa tudo o que a gente conhece sobre o universo trekker.

O elenco está afiado. Enquanto Kirk é interpretado pelo quase desconhecido Chris Pine, o emblemático Spock é feito por Zachary Quinto, o Sylar, vilão da série “Heroes”. Aliás, os dois estão muito bem juntos, mostrando a emoção de um versus a lógica do outro. E todo o elenco da série clássica está lá: Karl Urban como McCoy, Zoe Saldana como Uhura, Anton Yelchin como Checov, John Cho (Madrugada Muito Louca) como Sulu e um inspirado (como sempre) Simon Pegg (Um Louco Apaixonado) como Scotty. De quebra, ainda temos o próprio Leonard Nimoy como o Spock velho e a Winona Ryder como sua mãe. E ainda tem um Eric Bana como um vilão romulano…

(Nada contra os romulanos. Mas, na minha opinião pessoal, acho que poderia ser um vilão klingon. Os klingons são mais legais! 😀 )

Ok, existe o problema que assola todo e qualquer prequel: já sabemos que alguns daqueles personagens estarão lá depois, então algumas coisas ficam meio óbvias. Ora, se existe uma missão super perigosa onde temos o Kirk, o Sulu e mais um carinha qualquer, não é difícil prever qual dos três vai se dar mal, né?

Particularmente, não gostei muito das viagens no tempo e realidades paralelas, ficou meio forçado. E o filme ainda tem alguns exageros, típicos de filmes de ação. Tipo, não foi uma certa coincidência o Kirk ter caído acidentalmente naquele planeta, justamente pertinho de dois personagens importantes? Mas nada que atrapalhe o andamento do filme… Relaxe e aproveite a adrenalina!

Enfim, bom programa. E “que a força esteja com vocês”! Ops, não, filme errado! Aqui é “vida longa e próspera”!