Cada Um Na Sua Casa

0-cada-um-na-sua-casaCrítica – Cada um na sua Casa

Dreamworks novo!

A Terra é invadida pelos boovs, alienígenas que vivem em fuga. Oh, um boov atrapalhado e solitário, fica amigo da menina Tip, que está à procura de sua mãe.

Cada um na sua Casa (Home, no original) é a nova animação da Dreamworks. Talvez este seja um dos filmes mais infantis da história da produtora, mas não é por isso que a qualidade do filme é fraca. A parte técnica, como era de se esperar, é impressionantemente bem feita – os cabelos de Tip parecem reais, e aquela cena da nave Gorgon atravessando os anéis de Saturno foi de encher os olhos.

Cada um na sua Casa foi baseado no livro infantil “The True Meaning of Smekday”, de Adam Rex, e, como toda história infantil, traz uma mensagem. Mas o melhor do filme é a parte comédia – alguns trechos são muito engraçados! Se a história é bobinha, pelo menos os risos estão garantidos.

A sessão para imprensa foi com a versão dublada. A dublagem foi bem feita, como tem sido ultimamente, mas fiquei com vontade de ver com o som original – afinal, os atores principais são Jim Parsons (o Sheldon de The Big Bang Theory) e Steve Martin. As cantoras Rihanna e Jennifer Lopez fecham o elenco principal.

Agora, sobre a Rihanna… Nada contra o seu trabalho como atriz, mas precisava ter um monte de músicas suas? O filme tem sérios problemas de ritmo porque precisa ficar forçando a barra pra encaixar um monte de músicas chatas e melosas – uma delas aparece pelo menos três vezes! Também tem a Jennifer Lopez na trilha sonora, mas pelo menos é só uma música. Ok, entendo o lado do marketing da Dreamworks, mas isso cansou.

Mas acho que os pequenos não vão se importar…

A Pequena Loja dos Horrores – Versão Estendida

A Pequena Loja dos Horrores – Edição Estendida

Sou muito fã deste A Pequena Loja dos Horrores desde que vi no cinema na época do lançamento, na segunda metade dos anos 80. É um musical sobre uma planta carnívora, dirigido pelo Frank Oz (o Yoda!), baseado no musical da Broadway que por sua vez se baseou num filme de terror do Roger Corman feito em 1960.  Comprei o LP importado com a trilha sonora em 88 (não tinha aqui no Brasil); e este foi o primeiro vhs que pirateei, ainda nos anos 80, antes do filme ser lançado oficialmente por aqui – era bem mais difícil, a gente tinha que levar o videocassete pra casa de um amigo! (depois comprei o vhs “selado”). Já tenho o dvd oficial há anos, mas nunca tinha saído em blu-ray. Até agora…

Comprei o blu-ray gringo assim que saiu (sei lá quando vão lançar por aqui). Comprei pelo filme, para ter o filme na minha coleção, nem sabia de extra nenhum, muito menos de um final diferente. Foi uma agradabilíssima surpresa descobrir o final estendido. E que final estendido!

Trata-se de um filme de 27 anos atrás, mas mesmo assim cabem os avisos de spoilers. Vou falar do novo fim do filme!

SPOILERS!!!

SPOILERS!!!

SPOILERS!!!

No fim “oficial”, depois de salvar Audrey, Seymour levanta dos escombros, pega um cabo de energia elétrica e eletrocuta a planta. Ok, final feliz. Neste “novo” final, Audrey morre, e Seymour a leva para a planta comer. Não satisfeita, a planta também come o Seymour. Ouvimos uma música nova (que não estava na trilha sonora nem vinil nem em cd), e vemos várias mudas sendo vendidas nas lojas. E depois vemos várias “Audrey 2” gigantescas destruindo a cidade!

Peguei no google uma cena da destruição. Vejam:

FIM DOS SPOILERS!

Não sei se A Pequena Loja dos Horrores vai ser lançado em blu-ray no Brasil. Tampouco sei se vai ser lançado com esta opção de final alternativo. Então fica a recomendação: se você é fã do filme como heu, encomende o seu blu-ray na “amazon mais próxima”. Mesmo sem legendas em português, vale a pena!

Muppets – O Filme (1979)

Muppets – O Filme (1979)

No fim do ano estreará um novo filme dos Muppets. Aproveitei uma promoção das Lojas Americanas e comprei este Muppets – O Filme, de 1979, pra rever com meus filhos.

Caco, o sapo, vai até Hollywood para tentar um emprego no meio do entretenimento. Ao longo do caminho, conhece vários personagens famosos, como Fozzie, Gonzo e Miss Piggy. E eles precisam evitar um ganancioso empresário dono de um restaurante de pernas de rã, atrás das pernas de Caco.

Antes de falar sobre o filme, falemos dos Muppets. Para quem não conhece (existe alguém que não conhece?), são personagens criados por Jim Henson (auxiliado por Frank Oz) que estrelaram vários filmes e programas de tv, quase sempre com humanos interagindo com os bonecos, que podem ser animais, humanóides, monstros, extraterrestres ou criaturas inventadas.

O que falar sobre o filme, hoje, mais de 30 anos depois? Acho que a única coisa negativa é que os convidados especiais “perderam a validade” – heu mesmo, com meus 40 anos, não reconheci todos os atores, o que dirá a molecada de hoje em dia… A maior parte dos elenco era composta de atores de comédia famosos nos anos 80. Reconheci Steve Martin, Mel Brooks, Dom DeLuise, Elliot Gould e até Orson Welles. Mas ninguém conhecido das crianças de hoje.

Fora isso, o filme ainda é excelente. Hoje estamos acostumados com cgi em toda parte, mas aqui todos os muppets são bonecos animados por gente de verdade, e em momento algum isso parece tosco. Pelo contrário, em alguns momentos, a animação impressiona. Logo no início, Caco aparece tocando banjo – dentro de um lago! Onde estava o animador? E pouco depois ele aparece andando de bicicleta… hoje em dia isso seria mole de fazer, seria tudo cgi – mas, parem para pensar: como é que um fantoche anda de bicicleta? Se bem que é melhor não parar pra pensar, e sim acreditar na “mágica”… 🙂

Mas não é só isso. Uma das coisas que mais gosto nos Muppets é o seu genial e raro humor, que agrada tanto a criançada quanto os adultos. Diferente dos “primos” da Vila Sésamo, indicados somente para os pequenos, os Muppets podem ser apreciados por qualquer um que goste de comédias. (Falando em Vila Sésamo, Garibaldo faz uma ponta aqui!)

Aliás, compartilho aqui uma informação que heu não sabia: os Muppets são uma espécie de spin off de Vila Sésamo – Caco fazia parte do “elenco” da Vila Sésamo! Taí, admiro os dois programas, mas são bem diferentes. E heu não tinha a menor ideia de que eram relacionados, a não ser pelo fato de ambos serem criações de Jim Henson…

Agora procurarei os outros filmes de Caco e sua turma e aguardarei ansiosamente pelo novo filme, que estreia em dezembro!

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Os Smurfs
Toy Story 3
A Pedra Mágica

Simplesmente Complicado

Simplesmente Complicado

A ideia era boa: uma comédia romântica usando os veteranos Meryl Streep, Alec Baldwin e Steve Martin. Pena que o resultado ficou a desejar…

Jane, bem sucedida profissionalmente, mantém uma relação amigável com seu ex, pai de seus três filhos, de quem está separada há dez anos. Até que um dia, ela tem uma “recaída” e eles começam a se ver de novo. Detalhe: ele está casado com uma outra bem mais nova. Detalhe 2: a separação aconteceu porque ele começou a ter um caso com a atual esposa.

Vejam bem, Simplesmente Complicado não é um filme ruim. É que, não sei vocês, mas heu esperava mais.

Escrito, produzido e dirigido por Nancy Meyers (de Alguém Tem Que Ceder e O Amor Não Tira Férias), Simplesmente Complicado foi vendido como uma comédia. E tem poucos momentos engraçados. E, pra piorar, o filme é longo, são mais de duas horas!

Sobre o elenco, Meryl Streep está ótima, como sempre. Alec Baldwin, que era um galã meio canastrão nos anos 80 (época que era casado com a então gostosona Kim Basinger), atualmente está bem cotado pelo seu bom personagem na sitcom 30 Rock, e aqui também está bem. Já Steve Martin parece que está no filme errado… Seu papel é sério, deu saudade dos bons tempos, quando ele era um dos atores mais engraçados de Hollywood.

O filme é correto. Tecnicamente bem feito, tem boas atuações, e vai emocionar o público alvo nos momentos-chave. Só que poderia ser melhor, bem melhor…

Três Amigos

Três Amigos

Outro dia, um leitor deste blog disse que era uma perda de tempo, porque heu só falava de “filmes de sessão da tarde”. Pois bem, vamos então falar de um filme desses? 🙂

Início do sec. XX. Sem saber do perigo, três atores desempregados são chamados para ir para o pequeno vilarejo Santa Poco, no México, que é aterrorizado pelo bando do cruel bandido El Guapo.

O filme é uma grande bobagem. E é divertidíssimo!

Acho que o melhor do filme é o elenco. Steve Martin, Chevy Chase e Martin Short têm uma boa química juntos, e ainda temos Alfonso Arau como o vilão El Guapo. Isso sem contar com uma pequena participação de Joe Mantegna e Jon Lovitz!

O roteiro foi escrito pelo Steve Martin e Lorne Michaels, que escreveu mais de quinhentos episódios de Saturday Night Live. E a direção está nas mãos de John Landis, um dos melhores diretores de comédia e terror dos anos 80 (entre outros, nessa época Landis fez Irmãos Cara de Pau, Um Lobisomem Americano em Londres, Trocando as Bolas, No Limite da Realidade, Mulheres Amazonas Na Lua – isso sem contar no videoclipe Thriller, de Michael Jackson). E ainda tem músicas de Randy Newman!

Ah, sim, o trio de atores funciona muito bem, não? Pois, numa entrevista, Steve Martin falou que a ideia incial era fazer o filme ao lado de John Belushi e Dan Aykroyd – os Blues Brothers! E, no início dos anos 80, Steven Spielberg quase dirigiu este filmes, que teria Martin ao lado de Bill Murray e Robin Williams. Quer mais? O diretor John Landis disse que, se Martin Short recusasse o papel, este seria oferecido a Rick Moranis…

O resultado do filme é simples e genial. Boas piadas, diversão garantida.

Sim, sou bobo, admito. E a cena do arbusto cantor continua genial!

A Pequena Loja dos Horrores

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A Pequena Loja dos Horrores

Antes de falar do filme certo, vou começar falando de algumas décadas antes…

Nos anos 50 e 60, um diretor chamado Roger Corman ficou famoso por fazer muitos filmes de terror de baixo orçamento. Eram vários por ano! Um dos casos é famoso: em 63, ao ter um “grande” orçamento para filmar O Corvo, baseado em Edgar Allan Poe, ele aproveitou partes do cenário e do elenco e fez outro filme, O Terror, em apenas 4 dias. Não satisfeito, ele filmou um prólogo como se fosse alguém contando uma história, e incluiu o que já tinha filmado, criando um terceiro filme! Perder dinheiro era algo que ele não sabia fazer!

Bem, no meio de tanta coisa, pouco se aproveitava. Roger Corman é considerado genial até hoje, mas a qualidade da maioria dos seus filmes é questionável…

Um de seus filmes, A Pequena Loja dos Horrores, mostrava uma planta carnívora alienígena que mudava a vida de um pacato funcionário de uma floricultura. Uma curiosidade sobre esse filme: um jovem Jack Nicholson fazia um pequeno papel como um paciente masoquista de dentista sádico!

Bem, anos se passaram, e criaram uma versão musical pra esse filme, no teatro Off-Broadway.

Até que (enfim!) chegamos a 1986, data de lançamento do filme do qual estou falando. Uma versão da peça de teatro que por sua vez era uma versão do filme de terror B!

A Pequena Loja dos Horrores de 1986, claro é um musical. Dirigido por Frank Oz, um dos criadores dos Muppets (e criador do boneco e da voz do Yoda!), conta a história de um funcionário de uma floricultura, um típico “loser”, que tem sua vida mudada, quando encontra uma planta diferente e especial. Aos poucos, descobre que a planta se alimenta de sangue, e que ela veio de outro planeta.

O elenco é perfeito! Rick Moranis era o perfeito “loser” dos anos 80, época que fez papéis semelhantes em Os Caçafantasmas, Querida, encolhi as crianças, S.O.S. – tem um louco solto no espaço, e vários outros. E não é que aqui ele até canta? Ellen Greene, como Audrey, foi “reaproveitada” do elenco do musical, e impressiona quando solta o vozeirão. Steve Martin está perfeito como o dentista sádico. Vincent Gardenia faz o dono da floricultura, e o filme ainda conta com participações de John Candy, James Belushi e Bill Murray. E, last but not the least, temos Levi Stubbs, a voz principal do grupo Four Tops, como a voz da planta!

A planta! Audrey 2, como é chamada, é um espetáculo à parte. Numa época sem efeitos computadorizados, a planta cresce, se movimenta, pula, fala e canta! Os movimentos labiais são perfeitos! Audrey 2 fez o filme concorrer ao Oscar de melhores efeitos especiais – na época se falava que era o “monstro de Hollywood” mais perfeito desde E.T.!

Outra coisa a ser destacada no filme é a direção de arte. O filme tem um maravilhoso visual kitsch. É exagerado de propósito – o filme é todo feito em estúdio, com cenários caricatos. Se formos analisar, o filme é extremamente bem feito, apesar de parecer extremamente vagabundo.

E, claro, as músicas são sensacionais. Recomendo esse filme para qualquer fã de cinema. Mesmo aqueles que não gostam de musicais.