Transformers 4 – A Era da Extinção

Transformers-A-Era-da-Extincao-posterCrítica – Transformers 4 – A Era da Extinção

Ninguém pediu, mas, olha lá, tem Transformers novo na área…

Quatro anos depois dos eventos do terceiro filme, um inventor e sua família se unem aos Autobots, quando estes viram alvo de um caçador de recompensas de outro mundo.

A franquia Transformers tem uma posição curiosa no mercado. Quem não gosta, passa longe dos cinemas; quem gosta, só quer saber dos efeitos especiais e de possíveis bonequinhos para a sua coleção. Ou seja, “detalhes” como roteiro ficam em segundo plano.

O novo filme é mais uma vez dirigido por Michael Bay (diretor dos outros três), famoso por privilegiar explosões exageradas em vez de tramas inteligentes. O roteiro de Transformers 4 – A Era da Extinção (Transformers: Age of Extinction, no original), escrito por Ehren Kruger, traz um monte de situações completamente ilógicas, além de diálogos péssimos.

Olha, entendo que a gente precisa de suspensão de descrença pra assistir um filme com robôs alienígenas que se transformam em carros. Mas o filme deveria seguir a lógica proposta pelo próprio roteiro. Mas antes de prosseguir, vamos aos avisos de spoilers.

SPOILERS!

SPOILERS!

SPOILERS!

Os novos transformers são construídos com uma tecnologia “mágica”, que divide o metal em milhões de pedacinhos, que depois se juntam em outra forma. Isso torna o bicho quase indestrutível, porque quando ele leva um golpe, se desmonta e remonta novamente. Isso acontece na primeira luta entre Optimus Prime e Galvatron.

Aí a gente vai pra luta final, com 50 transformers com a nova tecnologia. E todos se quebram no primeiro golpe. Caramba, cadê a lógica?

Outra coisa: se o Optimus Prime pode voar, por que nunca tinha voado antes???

Ah, não posso deixar de citar: numa franquia onde o vilãozão se chama MegaTRON, alguém tinha dúvida se o GalvaTRON seria da galera do mal?

FIM DOS SPOILERS!

Mas, como dito antes, Transformers tem o seu público, e este vai sair satisfeito do cinema. São várias as cenas de ação e destruição, e os efeitos especiais são muito bons – tive a impressão de ter menos câmera tremida nas cenas de luta do que nos filmes anteriores.

Sobre o elenco… São todos coadjuvantes, o filme precisa de atores pra passar o tempo enquanto os robôs não estão na tela. Ninguém se destaca positivamente, nem negativamente. Gostei de ver que Mark Wahlberg finalmente assumiu que é um quarentão, e faz um pai de uma adolescente. Ainda no elenco, Stanley Tucci, Sophia Myles, Bingbing Li, Kelsey Grammer, Jack Reynor, Titus Welliver, Thomas Lennon, e Nicola Peltz como a “bonitinha da vez”.

Por último, um aviso importante: são duas horas e quarenta e cinco minutos de filme. Interminável! A sorte é que dá pra ir ao banheiro ou pegar uma pipoca e não perder nada importante do filme…

O Que Esperar Quando Você Está Esperando

Crítica – O Que Esperar Quando Você Está Esperando

Mais um “filme painel”, como os recentes Idas e Vindas do Amor e Noite de Ano Novo.

Cinco casais vivem experiências diversas ligadas à gravidez, em tramas paralelas que às vezes se encontram, explorando diferentes situações vividas por famílias que estão esperando bebês.

Dirigido por Kirk Jones, O Que Esperar Quando Você  Está Esperando teoricamente é uma adaptação do livro homônimo. Mas não se trata exatamente de uma adaptação, já que é um livro “não ficção” de dicas sobre gravidez que virou uma comédia romântica.

Como toda boa comédia romântica, O Que Esperar Quando Você  Está Esperando é raso, previsível e cheio de clichês. A vantagem é que aqui são vários núcleos, cada um com a sua trama independente, então temos diferentes opções para resolver as tramas. Quem curte o estilo vai gostar.

O roteiro é bem equilibrado entre os diversos núcleos – coisa que nem sempre acontece em “fillmes painel”. Os cinco casais têm aparentemente o mesmo tempo de tela e a mesma importância no filme. E ainda rola um divertido alívio cômico: os pais que levam os filhos para passear no parque, responsáveis por algumas das melhores cenas do longa.

O elenco, como era de se esperar, é o maior destaque de O Que Esperar Quando Você  Está Esperando. Afinal, não é todo dia que temos, juntos, Cameron Diaz, Elizabeth Banks, Jennifer Lopez, Anna Kendrick, Brooklyn Decker, Dennis Quaid, Chris Rock, Rodrigo Santoro, Chace Crawford, Ben Falcone, Mathew Morrison, Thomas Lennon e Joe Manganiello

Rodrigo Santoro merece um parágrafo à parte. Não só ele está muito bem, como fala um inglês perfeito e fluente ao longo de todo o filme (ele foi criticado na época d’As Panteras, porque seu personagem era marrento e não falava nada). Além disso, ele conseguiu um certo destaque num filme onde a trama é dividida entre diversos núcleos, já que ele faz parte de dois deles (um dos casais e o grupo de pais que passeia no parque). E tem mais: ele “pega” a Jennifer Lopez…

O fim do filme força um pouco a barra, colocando todos os bebês nascendo no mesmo hospital e na mesma hora. Mas, ora, é uma comédia romântica, alguém imaginava um fim criativo? 😉 Pelo menos podemos dizer que o público sai do cinema feliz e de bem com a vida…

Um Natal Muito Louco

Crítica – Um Natal Muito Louco

O primeiro Madrugada Muito Louca é bem divertido. O segundo tem alguns bons moments, mas é bem mais fraco. Heu não esperava muita coisa do terceiro. Mesmo assim, fui ver qualé.

Seis anos depois dos acontecimentos do último filme, hoje Harold e Kumar estão distantes um do outro. Uma misteriosa encomenda faz os dois se reencontrarem, e por causa de um acidente, eles precisam encontrar uma árvore de natal urgentemente.

Um Natal Muito Louco (A Very Harold & Kumar 3D Christmas, no original) é um filme “honesto”, não engana ninguém. O título original do filme já entrega o que veremos: piadas do mesmo estilo dos outros dois filmes, só que desta vez usando efeitos em 3D e tendo o Natal como pano de fundo.

O estilo de humor usado aqui não agrada a todos. Heu mesmo achei bobas boa parte das piadas. Mas admito que algumas são realmente engraçadas. Adorei os momentos politicamente incorretos do bebê experimentando drogas!

O elenco repete a dupla principal, John Cho e Kal Penn, e a participação de Neil Patrick Harris, como acontece nos outros dois filmes. Aliás, como acontece nos outros, a pequena participação de Harris é uma das melhores coisas do filme. Além dos três, o elenco ainda conta com Elias Koteas, Danny Trejo, Thomas Lennon e Paula Garces.

Ah, ainda preciso falar do 3D. Aqui o efeito é usado com o espírito “parque de diversões”, que nem acontece nos divertidos filmes de terror Piranha e Dia dos Namorados Macabro – qualquer coisa é desculpa para se atirar um monte de coisas na direção do espectador. Bem mais interessante do que um filme convertido em 3D apenas pra aumentar o preço do ingresso!

Quem curtiu os outros, pode ir sem medo. Só não sei se vai passar no cinema, acho que por enquanto só por download.

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Se Beber Não Case
Um Parto de Viagem

Eu te amo, cara

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Eu te amo, cara

Um sujeito propõe a namorada em casamento. Mas na hora de escolher um padrinho, ele desobre que não tem nenhum amigo. Então ele começa uma procura por este “melhor amigo”.

O que é esquisito nesta boa comédia é a ideia de alguém com uma vida social normal e sem nenhum único amigo. Mas, se a gente “comprar esta ideia”, o filme é até divertido.

Na verdade, o filme dirigido por John Hamburg é dos atores Paul Rudd e Jason Segel (este tem um dos papéis principais da sitcom How I Met Your Mother). A química entre os dois funciona bem, deu até vontade de procurar um outro filme que ambos fizeram juntos, Ressaca de Amor (Forgeting Sarah Marshall).

Ainda no elenco, Rashida Jones, J.K. Simmons, Jane Curtin (do seriado 3rd Rock From the Sun), Andy Samberg, Thomas Lennon (de 17 Outra Vez), e Jaime Pressly e Jon Favreau (diretor de Homem de Ferro) como um casal muito divertido em sua relação de amor e ódio. Aliás, para os fãs de Friends: Favreau fez um namorado de Monica, enquanto Rudd fez um namorado de Phoebe!

Enfim, não vai mudar a vida de ninguém, mas pode ser uma boa diversão.

17 Outra Vez

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17 Outra Vez

Confesso que tinha grande curiosidade de ver como o Troy de High School Musical iria virar o Chandler de Friends. Não acho que os dois sejam fisicamente parecidos. Mas sabe que o filme funcionou?

A trama é batida, mas eficiente: Mike, um cara com seus trinta e muitos anos está passando por um inferno astral: seu emprego é ruim, seus filhos adolescentes não dão bola pra ele, e ainda por cima está se divorciando. Aí, como na magia dos clichês cinematográficos, de repente ele volta a ter 17 anos. E tem a chance de refazer as escolhas que tornaram a sua vida ruim.

Sim, sim, a ideia não é nova. Na verdade, acho que a única coisa que diferencia um pouco do clichê de sempre é que ele não volta no tempo. Ele passa a ter mesma idade dos seus filhos, mas nos dias de hoje.

Mas, como quem me lê por aqui sabe, nada tenho contra os clichês, desde que sejam bem usados. E este é um daqueles que chamo de “clichê do bem”.

Voltemos ao filme. Gosto do Mathew Perry, mas admito que ele é um bom personagem, e não um bom ator. Já o vi várias vezes depois de Friends, e ele sempre repete o mesmo jeitão de Chandler – seja nos filmes Meu Vizinho é Mafioso, seja na boa e curta série Studio 60 on the Sunset Strip. Bem, aqui, em 17 Outra Vez, ele novamente está no “mesmo papel de sempre”, e novamente funciona.

Na verdade, o filme é do Zac Efron. O astro dos três High School Musical já tinha mostrado que tinha algo a mais, quando todo o elenco saiu em turnê caça-níqueis com um show baseado no filme, menos ele – que foi fazer um dos papéis principais de Hairspray, ao lado de gente como John Travolta, Michelle Pfeiffer e Christopher Walken. O garoto é boa pinta, bom ator, e ainda canta e dança. Esse aí, se souber administrar a carreira, vai longe!

E aqui o filme é feito pra ele. Como em HSM, ele também joga basquete. E ainda arranja uma desculpa para dançar…

O filme ainda tem um trunfo: Ned (Thomas Lennon), o nerd, um coadjuvante sensacional. Aqueles que curtem cultura pop, como heu, vão se divertir com as vááárias citações nerds existentes na vida de Ned. Rola até um duelo de sabres de luz! Legal!

Uma das cenas que envolve Ned é muito interessante: quando Mike fica novo inexplicavelmente, Ned vai procurar casos semelhantes na ficção. Ou seja: até o roteiro brinca com o clichê.

Tem um defeito que me incomodou: no início do filme, vemos que se passa em 1989, ou seja, vinte anos atrás. Ora, se 20 anos se passaram desde que a namorada engravidou, a filha dele deveria ter pelo menos 19 anos! Portanto, já estaria fora da escola! Acho que eles não souberam fazer as contas direito, o início do filme deveria ser em 1991!

Anyway, mais uma boa diversão despretensiosa!