30 Rock – Series Finale

Crítica – 30 Rock – Series Finale

Acabou 30 Rock

Pra quem nunca viu, a série mostrava os bastidores de um programa no estilo do famoso Saturday Night Live. Falei sobre a série aqui: “30 Rock mostra os bastidores do TGS, um programa de humor ao vivo no estilo do Saturday Night Live. Acompanhamos a rotina de Liz Lemmon (Tina Fey), chefe dos roteiristas do programa TGS, as crises de suas estrelas Tracy Jordan (Tracy Morgan) e Jenna Maroney (Jane Krakowski), e seu relacionamento com seu chefe Jack Donaghy (Alec Baldwin).“.

30 Rock era uma sitcom diferente. Nunca teve claque – aquelas risadas artificiais que te avisam quando você deve rir, e que quase sempre ditam o ritmo das sitcoms. Ao contrário, o ritmo das piadas era bem acelerado, rolavam várias tiradas de humor completamente nonsense no meio dos diálogos, muitas tão rápidas que heu frequentemente voltava trechos pra “pescar” a piada.

30 Rock é criação de Tina Fey, que veio do Saturday Night Live, programa onde escreveu e atuou de 1997 a 2011. É complicado falar de Tina sem mencionar a série, conheço muito pouca coisa que ela fez fora daqui (ela escreveu o roteiro de Meninas Malvadas e estrelou Uma Noite Fora de Série). Espero vê-la mais por aí, tanto como atriz quanto como roteirista, depois destes sete anos de série, virei um fã do seu trabalho.

Sobre o elenco, acho que o grande nome é Alec Baldwin, ex-galã dos anos 80 que estava com a carreira em baixa, e aqui mostrou um excelente timing pra comédia, com seu Jack Donaghy frio e calculista e ao mesmo tempo extravagante. Baldwin inclusive ganhou vários prêmios pelo seu personagem, incluindo três Globos de Ouro, dois Emmys e sete Screen Actors Guild Awards (simplesmente um prêmio por cada temporada).

Outros atores “cresceram” com o sucesso da série. Por exemplo, Jack McBryer é uma das vozes principais de Detona Ralph; e Tracy Morgan estava ao lado de Bruce Willis no penúltimo filme de Kevin Smith, Tiras em Apuros.

Por ser uma série badalada, teve uma grande quantidade de atores famosos participando. Julianne Moore, Elizabeth Banks, Susan Sarandon, Matt Damon, Salma Hayek, Chloë Grace Moretz e James Marsden tiveram papeis secundários. E ainda rolaram participações especiais de James Franco, Steve Martin, Jennifer Aniston, Whoopy Goldberg, Jerry Seinfeld e Bryan Cranston, entre muitos outros.

O último episódio, duplo, foi emocionante, sem deixar de ser engraçado. Obrigado, Tina Fey, por sete anos de boas piadas!

Rio

Crítica – Rio

Estreou nos cinemas a animação Rio, dirigida pelo carioca radicado em Hollywood Carlos Saldanha, diretor dos três A Era do Gelo (no primeiro, ele era co-diretor; nos outros dois, era o principal).

Blu é uma arara azul macho domesticada, que mora nos Estados Unidos e não sabe voar. Um ornitólogo descobre que ele é o último macho de sua espécie, e o leva para o Rio de Janeiro para conhecer Jewel, a última fêmea. Mas, no Rio, eles são roubados por traficantes de pássaros.

Moro no Rio de Janeiro e sou cinéfilo. Pra mim, rolava uma grande expectativa sobre este filme – acho que é a primeira super-produção hollywoodiana que se passa no Rio e é dirigida por um carioca. Será que desta vez os gringos teriam uma visão mais correta do que é o Rio de Janeiro?

Bem, nesse aspecto, o filme é “quase” perfeito. Rolam algumas irregularidades geográficas, mas nada grave. E o fato do filme ser muito bom me faz relevar as pequenas imperfeições.

Sim, Rio é muito bom. A animação é perfeita, os personagens são bem construídos e a história é boa. E, como de habitual, os momentos de comédia são de rolar de rir! E, de quebra, ainda temos várias paisagens conhecidas na tela, como a Praia de Copacabana, o Corcovado, o Pão de Açúcar e os Arcos da Lapa.

Queria poder falar do elenco, mas vi a versão dublada…. O elenco original é de alto nível: Jesse Eisenberg, Anne Hathaway, Leslie Mann, Jamie Foxx, George Lopez, Tracy Morgan e o “nosso” Rodrigo Santoro como o ornitólogo brasileiro.

Não curti muito os números musicais. Mas sei que é uma tendência que acompanha os longas de animação há tempos, quase todos os desenhos de hoje em dia têm o seu “momento Broadway”, então não adianta reclamar. E o 3D não é ruim, mas também não é necessário, rolam pouquíssimas cenas onde o efeito faz alguma diferença.

Minha reclamação tem outro alvo. Como carioca, preciso fazer alguns comentários…

(SPOILERS LEVES ABAIXO!)

– Nasci aqui, vivi toda a minha vida aqui, e não gosto de samba. E conheço muitos outros cariocas que também não gostam!
– Temos muitos pássaros, ok. Mas acho que nunca vi um tucano aqui no Rio. Mas, ok, tucanos são sempre identificados como aves brasileiras, deixa ter um tucano no “elenco”. Mas… O que fazia um flamingo na cena logo antes do bondinho de Santa Teresa???
– Entendo que queiram mostrar a asa delta voando ao lado do Cristo Redentor, a estátua é famosa, é uma das 7 maravilhas do mundo… Mas… Uma asa delta que pulou da Pedra Bonita, em São Conrado, NUNCA vai chegar ao lado do Cristo…

(FIM DOS SPOILERS!)

Mas isso não desabona o resultado final. Rio é um ótimo desenho animado, divertido e bem feito. Desde já uma das melhores animações do ano!

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Se você gostou de Rio, o Blog do Heu recomenda:
A Era do Gelo 3
Monstros S.A.
Toy Story 3

30 Rock

30 Rock

A sitcom 30 Rock já está na quarta temporada e até agora nunca falei dela aqui no blog. Vou aproveitar o ótimo episódio da semana passada, a primeira vez que eles gravaram ao vivo, pra falar da série.

30 Rock mostra os bastidores do TGS, um programa de humor ao vivo no estilo do Saturday Night Live. Acompanhamos a rotina de Liz Lemmon (Tina Fey), chefe dos roteiristas do programa TGS, as crises de suas estrelas Tracy Jordan (Tracy Morgan) e Jenna Maroney (Jane Krakowski), e seu relacionamento com seu chefe Jack Donaghy (Alec Baldwin).

Tina Fey é o grande nome por trás disso tudo. Ela criou a série, escreve os roteiros, é uma das produtoras e ainda é a protagonista. Parabéns a ela!

Um dos méritos da série é ter personagens muito bem construídos. Liz Lemmon vive entre crises pessoais e com os colegas de trabalho; Jack Donaghy é um executivo à moda antiga, acostumado com extravagâncias; Jenna Maroney é a loura gostosa que não aceita ser deixada pra trás; Tracy Jordan é uma estrela de cinema completamente irresponsável. Os personagens secundários também são muito bons – sou fã do ingênuo caipira Kenneth, uma espécie de boy que é fã de tudo relativo à emissora.

A série coleciona prêmios. Ganhou três Emmys consecutivos de “melhor série de comédia”, e, só no ano passado, a série foi indicada para 22 Emmys, um recorde para um seriado de comédia num único ano. E Alec Baldwin deve estar sorrindo de orelha a orelha – depois de ter sido um galã nos anos 80 e 90, sua carreira estava em baixa, até que o seu Jack Donaghy lhe rendeu vários prêmios, incluindo três Globos de Ouro de melhor ator de comédia (2007, 2009 e 2010) e dois Emmys (2008 e 2009). Nada mal, não?

30 Rock goza de grande prestígio, e já teve várias participações especiais. Nas cinco temporadas, já passaram pelos estúdios do TGS nomes como Steve Martin, Salma Hayek, Jennifer Aniston, Whoopy Goldberg e Jerry Seinfeld. E, este episódio ao vivo contou com Matt Damon, Bill Hader e Julia Louis-Dreyfus, esta interpretando uma dublê de Tina Fey, numa piada genial. Aliás, é bom avisar: existem duas versões do episódio ao vivo, uma feita para a Costa Leste, outra para a Costa Oeste. É quase a mesma coisa, tem umas duas ou três piadas diferentes.

Boa opção para aqueles que curtem uma boa sitcom!

p.s.: O nome 30 Rock é uma referência ao endereço 30 Rockefeller Plaza, endereço do estúdio onde filmam o TGS. Mas não gostei, o nome ficou parecido demais com outra sitcom que sou fã, 3rd Rock From The Sun… Acho que é a única coisa que não gosto na série…

p.s.2: N0 mesmo ano 2006 que começou esta sitcom, começou também uma outra série com a mesma premissa – bastidores de um programa de humor ao vivo, no estilo do Saturday Night Live – era o Studio 60 on the Sunset Strip, estrelado por Mathew Perry, o Chandler de Friends. Só que o formato era outro, era drama, de quarenta e poucos minutos. Era uma boa série, pena que só durou uma única temporada…

Tiras em Apuros

Tiras em Apuros

Epa! Como assim, tem filme novo do Kevin Smith já nas locadoras brasileiras, e heu nem sabia?

Em Tiras em Apuros (Cop Out no original), os policiais Jimmy (Bruce Willis) e Paul (Tracy Morgan) são suspensos por indisciplina. Precisando de dinheiro, Jimmy resolve vender um card raro de baseball. Mas o card acaba roubado, e agora Jimmy precisa recuperá-lo para pagar o casamento da filha.

Tiras em Apuros tem um grande problema: Tracy Morgan. Ele é um ator limitadíssimo, só funciona bem em papéis de paródia, como é o caso da série 30 Rock. Lá ele tem um papel que funciona justamente porque é caricato. E aí vem o segundo problema: fica difícil de “comprar a ideia” de Morgan como parceiro de Bruce Willis.

Mas, se a gente “compra” tudo isso, Tiras em Apuros é até divertido!

Kevin Smith conseguiu fazer um filme com cara das comédias de ação dos anos 80. Chamou até o Harold Faltermeyer, autor do tema de Um Tira da Pesada, para fazer a trilha sonora. Se o Tracy Morgan tivesse o talento do Eddie Murphy, Tiras em Apuros seria um novo clássico!

O filme traz outra coisa divertidíssima: apesar de ser a primeira vez que Kevin Smith não filma um roteiro seu (o filme foi escrito por Mark Cullen e Robb Cullen), o filme traz várias referências a outros filmes. Paul vive querendo fazer homenagens a filmes famosos, e muitas frases são usadas por seu personagem. E uma das melhores piadas do filme está na genial sequência inicial de homenagens, quando Paul grita “Yippie-ki-yay, motherfucker!” (frase clássica da série Duro de Matar), e Jimmy fala que não conhece este filme…

Sinto saudades do Kevin Smith do início de carreira. O Balconista, Barrados no Shopping, Procura-se Amy, Dogma, O Império do Besteirol Contra-Ataca, O Balconista 2… Acho que Jay e Silent Bob poderiam aparecer rapidamente em seus novos filmes, como uma homenagem aos velhos tempos. Mas isso ficou pra trás. Inclusive, só o Jason Lee está no elenco, não tem nem o Jason Mewes, nem o Ben Affleck…

Pelo menos é mais divertido que Pagando Bem, Que Mal Tem!