Missão: Impossível – Acerto de Contas – parte 1

Crítica – Missão: Impossível – Acerto de Contas – parte 1

Sinopse (imdb): Ethan Hunt e sua equipe do IMF devem rastrear uma arma perigosa antes que ela caia em mãos erradas.

E vamos a mais um filme sem fim! Só este ano já é o quarto (depois de Os Três Mosqueteiros, Velozes e Furiosos 10 e Aranhaverso 3). Pelo menos neste aqui fizeram da maneira correta. Depois volto a esse assunto e explico.

Mais uma vez dirigido por Christopher McQuarrie (mesmo diretor dos dois anteriores, Nação Secreta e Efeito Fallout), este novo Missão: Impossível traz o agente Ethan Hunt envolvido com outra trama rocambolesca que envolve sequências alucinantes. Resumindo: um filmão, já candidato a lista de melhores de 2023.

Todo fã de cinema tem que agradecer que existem pessoas como Tom Cruise. Em tempos de streamings trazendo boas opções dentro do conforto de casa, muitas vezes o espectador se pergunta se vale pagar o ingresso caro para ver um filme. Assim como o Top Gun Maverick do ano passado, Missão: Impossível – Acerto de Contas – parte 1 é outro daqueles filmes que pedem para serem vistos num cinema, de preferência com a maior tela possível!

Missão: Impossível – Acerto de Contas – parte 1 tem algumas sequências muito bem filmadas. Tem uma perseguição de carros em Roma que é muito boa (curiosamente, na mesma escadaria onde tem uma cena parecida em Velozes e Furiosos 10). E toda a longa sequência do trem é sensacional – e nem estou falando da impressionante cena do pulo de moto no abismo. A parte final da sequência é ainda melhor.

(Um breve parênteses sobre o momento mais emocionante ser na parte final do filme. Comentei no texto sobre Resgate 2 que foi frustrante ver a melhor sequência na primeira metade do filme. Aqui, guardaram a melhor parte pro final.)

“Ah, mas tem muita mentira!” Caramba, TODOS os filmes da saga são assim! Está até no titulo da franquia: missão “impossível”. Claro que vai ter momentos inacreditáveis. O negócio aqui é como esses momentos são apresentados ao espectador.

A trilha sonora é muito boa. O tema clássico composto por Lalo Schifrin é em 5/4 (vou fazer um short comentando esse compasso composto), e em alguns momentos deste filme a trilha segue no mesmo compasso.

Sobre o elenco, Tom Cruise continua sendo “o cara”. Agora sessentão, continua em forma e dispensando dublês, e continua com charme e carisma suficientes pra segurar uma franquia deste porte. Também estão de volta Simon Pegg, Ving Rhames e Rebecca Ferguson. Não gostei muito do novo vilão, interpretado por Esai Morales, achei que ele tem poder demais, mas não chega a atrapalhar.

Queria comentar duas novidades no elenco. Hayley Atwell está muito bem como uma exímia ladra que não sabemos se merece ou não a nossa confiança. Mas, na minha humilde opinião, a melhor adição ao elenco foi Pom Klemetieff. Muita gente não vai reconhecer apesar de já ter visto outros filmes com ela – ela fez a Mantis em Guardiões da Galáxia. Pom está ótima, parece uma versão da Arlequina, meio louca. Ainda no elenco, Vanessa Kirby, Shea Whigham, Cary Elwes, Henry Czerny e Indira Varma.

Por fim, queria comentar sobre a “parte 1”. Reclamei de Velozes e Furiosos e Aranhaverso, primeiro porque não avisam que não tem fim; depois porque interrompem a trama no meio de forma abrupta. Aqui em Missão: Impossível – Acerto de Contas – parte 1 fizeram essa divisão da maneira correta. Por um lado, está no título do filme; por outro, a trama não é interrompida. Acaba a missão que eles estavam, mas a história deixa pontas soltas, que vão ser concluídas no próximo filme.

Filmão. Tomara que o próximo mantenha o nível!

Missão: Impossível – Efeito Fallout

Crítica – Missão: Impossível – Efeito Fallout

Sinopse (imdb): Ethan Hunt e sua equipe do IMF, juntamente com alguns aliados conhecidos, correm contra o tempo depois de uma missão que deu errado.

Sexto filme da franquia Missão Impossível!

Pela primeira vez na franquia, temos a repetição de um diretor. Christopher McQuarrie tem pouca experiência (este é apenas o seu quarto filme como diretor), mas ele segura bem a responsabilidade, e entrega um dos melhores filmes do ano até agora.

(Aliás, McQuarrie deve ser um bom amigo de Tom Cruise. Não só ele escreveu e dirigiu o quinto Missão Impossível e o primeiro Jack Reacher, como escreveu os roteiros de Operação Valquíria, No Limite do Amanhã e A Múmia. Seis filmes com Cruise em 11 anos!)

Missão: Impossível – Efeito Fallout (Mission: Impossible – Fallout no original) segue o estilo dos outros filmes: trama rocambolesca através de belos cenários internacionais, ação desenfreada e sequências de tirar o fôlego. Com o detalhe que a gente já conhece: Tom Cruise dispensa dublês!

Cruise aproveita para fazer marketing em cima disso. Se no filme anterior ele ficou pendurado fora de um avião, agora ele aprendeu a pilotar um helicóptero para fazer manobras arriscadas. Além disso, ele faz cenas de moto sem capacete, pula de para quedas e corre pelos telhados (num desses pulos, quebrou o tornozelo). Isso aos 56 anos de idade!

No elenco, além de Cruise, claro, temos a volta de Simon Pegg, Ving Rhames, Rebecca Ferguson, Alec Baldwin, Michelle Monaghan e Angela Bassett. A grande novidade é Henry Cavill, com seu bigode que causou problemas nas refilmagens de Liga da Justiça.

Se teremos um sétimo filme? Não sei. Mas se mantiver a qualidade, que venham mais!

p.s.: Achei um erro de casting termos Rebecca Ferguson e Michelle Monaghan no mesmo filme. Gosto das duas, mas, ninguém mais acha que elas são parecidas?

p.s.2: JJ Abrams está na produção. Mas às vezes parece que é ele na direção, visto a grande quantidade de lens flare…

Guardiões da Galáxia vol. 2

Guardiões 2Crítica – Guardiões da Galáxia vol. 2

Enquanto o heterogêneo grupo formado no filme anterior foge de vários inimigos, Peter Quill descobre informações sobre seu pai.

Em 2014, o primeiro Guardiões da Galáxia foi uma boa surpresa. Ninguém esperava nada de um filme onde um dos protagonistas era um guaxinim, e outro, uma árvore. E foi um dos melhores filmes do ano! Claro que agora já existia expectativa. E aí, será que mantiveram a qualidade?

Boa notícia! Guardiões da Galáxia Vol. 2 (Guardians of the Galaxy Vol. 2, no original) é tão bom quanto o primeiro!

Logo de cara já vemos o tom do filme, na melhor sequência de créditos iniciais desde Deadpool. Enquanto o Baby Groot dança em primeiro plano, uma briga violenta acontece ao fundo. Sequência muito bem filmada (plano sequência!) e muito divertida, que dá vontade de rever várias vezes. E que já diz que não é pra levar o filme a sério.

(Parênteses pra falar do Baby Groot. Rolava um certo receio: será que vai funcionar um filhote de Groot, ou vai encher o saco? Respondo com convicção: o Baby Groot é um personagem excelente, que vai ganhar vários fãs a cada exibição do filme!)

Assim como o primeiro filme, Guardiões da Galáxia Vol. 2 é uma divertida aventura espacial. É Marvel, faz parte do MCU, mas nem parece um filme de super heróis. Aliás, é curioso como a Marvel sabe construir seu universo cinematográfico sem nenhuma pressa. Todo mundo sabe que daqui a alguns anos os Guardiões vão se unir aos outros heróis da Marvel. Mas este segundo filme continua completamente independente dos outros. Palmas para a organização do MCU!

A direção e o roteiro estão novamente com James Gunn, que mais uma vez entrega um filme redondinho. Trama bem amarrada, personagens carismáticos, efeitos especiais de primeira, tudo funciona bem. Ah sobre os efeitos, temos, de novo, um ator “coroa” rejuvenescido digitalmente. Impressionante!

Se no primeiro filme tivemos as apresentações dos personagens, agora temos o aprofundamento de cada personalidade. Conhecemos melhor suas peculiaridades e seus problemas. E vemos que, no fundo, Guardiões da Galáxia Vol. 2 é um filme sobre a família. Não necessariamente uma família careta de pai, mãe e filho; mas qualquer tipo de relação familiar, consanguínea ou não. Steven Spielberg deve ter gostado (ou ficado com inveja, sei lá).

No elenco, temos a volta de todos os atores principais do primeiro filme. Claro que o protagonista é o Peter Quill de Chris Pratt, hoje uma estrela do primeiro time; mas o resto do elenco principal tem maior importância: Zoe Saldana, Dave Bautista e as vozes de Bradley Cooper e Vin Diesel (aliás, é curioso ver como Bautista está muito bem como Drax!). Michael Rooker, Karen Gillan e Sean Gunn têm mais espaço nesta segunda parte; e, de novidades, temos Kurt Russell, Elizabeth Debicki e Pom Klementieff. Também temos pontas de Sylvester Stallone e David Hasselhof, e, claro, Stan Lee. Por fim, cameos de Ving Rhames, Michelle Yeoh e Miley Cyrus me fazem acreditar que teremos um spin off…

Assim como no primeiro filme, a trilha sonora é essencial para a trama. As músicas são boas, e se encaixam perfeitamente na narrativa. Agora, na minha humilde opinião, a seleção musical do primeiro filme é melhor… Ah, além das músicas, temos outras referências à cultura pop, como Pac Man, Mary Poppins e a série Cheers.

Por fim, são cinco cenas pós créditos, além de várias piadinhas inseridas no texto dos créditos. Não saia do cinema antes de acabar tudo!

Missão: Impossível – Nação Secreta

MI5-posterCrítica – Missão: Impossível – Nação Secreta

Ethan Hunt está de volta!

Ethan Hunt e sua equipe enfrentam a missão mais impossível de todas: erradicar o Sindicato – uma organização internacional semelhante à IMF, com ex-agentes altamente qualificados, oriundos de vários países.

O nome da franquia cinematográfica Missão Impossível é Tom Cruise, tanto faz que é o diretor – tanto que, mais uma vez, temos um diretor novo. Depois de Brian De Palma, John Woo, JJ Abrams e Brad Bird, a direção e o roteiro ficaram a cargo de Christopher McQuarrie (Oscar de melhor roteiro por Os Suspeitos), que tem se mostrado um grande parceiro para Tom Cruise – McQuarrie escreveu e dirigiu Jack Reacher e escreveu No Limite do Amanhã e Operação Valquiria.

Mudou o diretor, mas o espírito da franquia continua. O nível também: Missão: Impossível – Nação Secreta (Mission: Impossible – Rogue Nation, no original) é tão bom quanto os outros. Claro que em alguns momentos o espectador vai pensar “ora, mas isso forçou a barra” – mas, ora, estamos vendo um “Missão Impossível”! Claro que vão forçar a barra! 😉

Logo na sequência inicial temos a cena mais famosa deste novo filme da franquia, a cena onde Tom Cruise ficou pendurado do lado de fora de um avião – Cruise dispensou dublês, e aproveitou pra capitalizar em cima disso, a cena ficou famosa bem antes do filme estrear. Mas isso é só o começo: temos uma angustiante cena subaquática, e uma perseguição de motos de tirar o fôlego, dentre outras cenas emocionantes (e que, claro, forçam a barra).

Uma das vantagens de uma superprodução deste porte é que tudo é bem cuidado. Missão: Impossível – Nação Secreta foi filmado em diversos países, tem uma fotografia caprichada e efeitos especiais bem cuidados. E um grande elenco, claro.

No elenco, Tom Cruise mostra excelente forma. O cara é rico, bonito, charmoso, e ainda dispensa dublês! Tom Cruise é “o cara”! Simon Pegg, Jeremy Renner e Ving Rhames voltam aos seus papeis, e Rebecca Ferguson tem um personagem interessante, que até o fim do filme a gente não sabe de que lado está. Ainda no elenco, Alec Baldwin, Sean Harris, Simon McBurney e Jens Hultén.

Por fim, uma curiosidade: o “Sindicato”, vilão deste filme, vem do seriado da TV, aquele mesmo, que começou em 1966 e acabou em 73. Fiquei na dúvida agora: será que as pessoas que conhecem os filmes lembram que ele veio de um seriado?

Anjo Maldito / Evil Angel (2009)

anjo malditoCrítica – Anjo Maldito / Evil Angel

Na Chicago dos dias de hoje, o antigo demônio vingativo Lilith tenta arruinar a vida de um jovem paramédico, enquanto destrói qualquer um que interfere com seu plano.

Anjo Maldito (Evil Angel, no original) tem algumas boas ideias, mas, no geral, se perde. Por exemplo, a sequência inicial onde um homem vê vários demônios é uma prova que o roteiro não teve muito cuidado. A sequência é até boa, mas não tem nada a ver com o resto do filme!

O filme foi escrito, dirigido e produzido por Richard Dutcher – que também faz um dos papeis. Acredito que esta centralização possa ter sido o problema. Talvez Dutcher devesse ter alguém por perto para dar uma outra visão. O filme tem pouco mais de duas horas, de repente algo poderia ser enxugado no roteiro e/ou edição.

Evil Angel tem outro problema: usa atores desconhecidos em tramas paralelas (o único nome famoso do elenco é Ving Rhames). O espectador que não é bom fisionomista (meu caso) tem dificuldades para acompanhar o desenvolvimento da trama.

Resumindo: Evil Angel não é todo ruim. Mas está bem longe de ser um bom filme.

Por fim, um comentário divertido. Os créditos iniciais passam com uma mulher sensual fazendo striptease ao fundo. Determinado momento do filme, entre “Music Composed by John Frizzell” e “Producer Richard Dutcher”, lemos “You Are Not Even Reading This” (“Você nem está lendo isso”). Genial!

p.s.: Não confundam este “Evil Angel” com a famosa produtora de filmes pornôs!

Piranha 2

Crítica – Piranha 2

Continuação do divertido Piranha, dirigido por Alexandre Aja em 2010!

Depois dos eventos do primeiro filme, as piranhas pré-históricas agora se aproximam de um parque aquático. Claro, às vésperas da grande inauguração.

Desta vez, a direção ficou a cargo de John Gulager, que fez um bom trabalho em Banquete do Inferno, mas não tão bom em sua continuação, Feast II (preciso procurar o terceiro filme da série…). A produção aqui aparentemente tinha mais recusros que na trilogia Feast. O resultado ficou inferior ao primeiro Piranha, mas até que esse segundo filme é divertido.

Mais uma vez, o filme é em 3D. Este é o único tipo de 3D que defendo – não acho graça em usar o 3D para “dar profundidade” à cena. Gosto de ver soluções divertidas, o 3D sendo usado para atirar coisas na direção da câmera. Você precisa se abaixar pra se desviar da piranha que está vindo em sua direção!

O elenco é melhor do que o esperado para uma continuação de um filme assumidamente B. Temos pequenas participações de Christopher Lloyd e Ving Rhames, repetindo os papeis do primeiro filme; temos Gary Busey e Clu Gulager (pai do diretor) numa pequena cena inicial; e temos David Hasselhof, engraçadíssimo, interpretando ele mesmo. O papel principal ficou com Danielle Panabaker, forte candidata a “scream queen” do novo milênio (ela também esteve em Aterrorizada, A Epidemia e no remake de Sexta Feira 13 feito em 2009). Ainda no elenco, Katrina Bowden (Tucker And Dale Vs Evil), Matt Bush e David Koechner.

Algumas coisas funcionam bem justamente porque são caricatas ao extremo, como a cena de sexo com Katrina Bowden, ou toda a participação de David Hasselhof (ele corre em câmera lenta, ao som do tema de Baywatch!). Mas outras coisas ficaram over – tipo, boa sacada a arma na perna mecânica, mas aí a entra uma música nada a ver na trilha sonora e tudo fica em câmera lenta, e a cena perde o timing. Isso acontece algumas vezes durante o filme…

Isso sem contar com algumas incoerências brabas, como piranhas que são fortes, rápidas e inteligentes para destruir um pier, mas não conseguem chegar a tempo de atacar quem é derrubado do mesmo pier. Não, né?

Mas, quem se propõe a ver um filme como Piranha 2 vai curtir mais os momentos engraçados. E isso o filme tem de monte – assim como no primeiro filme, temos boa quantidade de nudez, muito sangue, muito gore e várias mortes legais. E tudo dentro de um adorável clima trash.

Pra quem curte, boa opção! E, pelo fim, são boas as chances de um terceiro filme…

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Missão Impossível – Protocolo Fantasma

Crítica – Missão Impossível – Protocolo Fantasma

Depois de rever os três primeiros filmes, fui ao cinema ver o novo Missão Impossível.

O Kremlin é bombardeado, e a culpa cai sobre a IMF, agância de Ethan Hunt (Tom Cruise). Agora sem o apoio da agência, ele e sua equipe precisam evitar uma guerra nuclear.

Este é o primeiro filme “live action” de Brad Bird, diretor de Os Incríveis e Ratatouille. Bem, em Os Incríveis, o cara mostrava que tinha boa mão para ação, agora eles faz isso com atores e cenários reais.

Bird fez um bom trabalho e manteve o bom nível da série. Missão Impossível – Protocolo Fantasma é tão bom quanto seus antecessores. Vi uns sites por aí elegendo este quarto filme como o melhor da franquia – não, não é. Desconfio que quem achou isso deve ser novinho e não deve ter visto os outros no cinema, só em reprises na tv… A cena do “pendurado no computador” continua imbatível!

Aliás, Missão Impossível – Protocolo Fantasma é um bom filme, mas não é perfeito. Algumas coisinhas me incomodaram. Por exemplo: Paula Patton é bonitinha, mas tem um tipo comum demais para ser aquela sedutora fatal que fez a cabeça do milionário (pelo menos para nós, brasileiros – aqui no Rio tem dúzias de mulheres mais interessantes em cada esquina). Ou então o vilão, mal construído, diferente dos outros filmes. Aliás, falando em vilão, achei forçada a luta no estacionamento, acredito que alguém com o treinamento de Hunt derrotaria mais facilmente um oponente com aquela idade. Por fim, falar de guerra nuclear é tão “anos 80″…

Independente disso, Missão Impossível – Protocolo Fantasma é um bom filme. São várias as sequências de ação de tirar o fôlego. E Tom Cruise mais uma vez manda muito bem nas cenas de ação – segundo a divulgação, ele dispensou os dublês e fez as cenas perigosas. E, pra manter a tradição, Cruise fica pendurado (o que aconteceu nos outros três filmes). A diferença é que ele se pendura no exterior do prédio mais alto do mundo, em Dubai – em uma cena eletrizante!

Uma coisa boa e diferente que acontece aqui é o alívio cômico, através do personagem do sempre eficiente Simon Pegg. Os outros filmes eram mais sérios; Pegg acerta o tom, o filme fica mais leve mas não fica “engraçadinho”.

No elenco, Ving Rhames só tem uma ponta, diferente dos outros três filmes. A equipe é composta pelos já citados Paula Patton e Simon Pegg (repetindo o papel do terceiro filme, agora com mais destaque), mais Jeremy Renner (rola um boato que ele seria o protagonista de um possível quinto filme). Ainda no elenco, Léa Seydoux, Josh Holloway (o Sawyer de Lost) e Anil Kapoor; Tom Wilkinson tem uma participação não creditada, e tem um outro personagem que volta, também não creditado, mas é spoiler falar sobre isso.

Nesses tempos de última semana do ano, pululam pela internet listas de melhores filmes de 2011. Missão Impossível – Protocolo Fantasma não entrou na minha lista, mas está mais próximo dela do que dos 10 piores do ano!

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Missão Impossível 2

Crítica – Missão Impossível 2

Vamos ao segundo filme da série!

Desta vez, Ethan Hunt (Tom Cruise) precisa encontrar e destruir o vírus Chimera. Mas terroristas liderados por um ex-colega de Hunt roubaram a cura e também querem o vírus.

Assim como o primeiro filme tinha a cara de seu diretor Brian De Palma, este segundo segue a mesma fórmula. Missão Impossível 2 é um “puro John Woo”!

Missão Impossível 2 tem tudo o que se espera de um filme do diretor chinês. Todos os clichês estão presentes: muita câmera lenta, um antagonista parecido com o protagonista (os dois trabalhavam juntos), várias cenas com o mocinho atirando com uma arma em cada mão e – claro – pombos voando!

(Heu arriscaria dizer que Tom Cruise deixou o cabelo crescer para ficar melhor na câmera lenta de Woo!)

Claro, o resultado foi um filme muito mais exagerado que o primeiro. Se o filme de De Palma era mais sério e cerebral, esta segunda parte nunca se leva a sério, e tudo aqui é propositalmente acima do tom. Um prato cheio para quem gosta do estilo de John Woo – um dos melhores diretores de filmes de ação da história do cinema.

No elenco, mais uma vez, o filme é de Tom Cruise. Inclusive, diz a lenda que foi ele que fez o trabalho de dublê – pelo menos a cena no início, a da escalada, era o próprio Cruise. Ele estava com os cabos de segurança, que foram apagados digitalmente, mas era ele mesmo.

Além de Cruise, o único ator do primeiro filme que também está aqui é Ving Rhames. O resto é novidade: Anthony Hopkins (não creditado, assim como Emilio Estevez no primeiro), Thandie Newton, Dougray Scott, Richard Roxburgh, Rade Serbedzija, William Mapother e Dominic Purcell. Aliás, não é só o elenco que é novo, todo o filme é construído para ser independente do primeiro (o mesmo acontece com o terceiro, você não precisa ver os filmes anteriores para acompanhar a história).

Parece que Woo queria um filme de mais de 3 horas de duração. Como os produtores bateram o pé pra ficar com 2 horas (foram 2h3min, no fim), já vi gente reclamando de falhas no roteiro. Mas heu não achei nada tão grave – o único “problema” de Missão Impossível 2 é seu exagero. Mas isso faz parte do “pacote”!

Excelente continuação! E, em breve, falo aqui sobre o terceiro!

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Missão: Impossível

Crítica – Missão: Impossível

Agora no fim do ano estreia o quarto filme da série Missão: Impossível. Pensei que era uma boa oportunidade para rever os outros três.

Durante uma missão em Praga, um grupo de agentes especiais cai em uma cilada. Ethan Hunt (Tom Cruise), um dos únicos sobreviventes, escapa e tenta desvendar a trama por conta própria.

Missão: Impossível é uma adaptação de seriado, e também um veículo de ator, um “filme do Tom Cruise”. Mas, antes de tudo, heu considero um filme do diretor Brian De Palma.

Já falei aqui o quanto sou fã do Brian De Palma. Disse antes e repito: De Palma é um dos últimos artesãos do cinema. Cada ângulo, cada tomada, tudo é bem cuidado e bem pensado para aparecer bem na tela. Cada plano-sequência, cada travelling, cada câmera lenta, tudo no filme nos mostra que tem alguém com muito talento por trás das câmeras, que se preocupou com cada fotograma do filme. Algumas sequências são simplesmente sensacionais – aquela onde Cruise fica pendurado dentro da sala do computador se tornou um dos momentos mais marcantes do cinema dos anos 90!

Mesmo assim, Missão: Impossível não decepciona como veículo de ator. Cruise assume a responsabilidade e não faz feio como protagonista. Se seu papel não exige muito no lado dramático, o faz no lado físico. Cruise corre, pula, se pendura e faz acrobacias, e não faz feio.

O filme ainda tem vários coadjuvantes legais. O elenco conta com Jon Voight, Ving Rhames, Jean Reno, Henry Czerny, Vanessa Redgrave, um Emilio Estevez não creditado (não entedi o motivo) e uma Emanuelle Béart belíssima, como poucas vezes se viu em Hollywood.

A trilha sonora usa um dos melhores temas de seriado da história. O tema em 5/4 composto por Lallo Schiffrin é bem utilizado, tanto na sua versão original, quanto numa nova versão adaptada por Danny Elfman.

Missão: Impossível não é unanimidade, o povo mais cabeça vai achar pop demais. Mas, pra quem curte filmes de ação (o meu caso), é um dos melhores filmes dos anos 90 dentro do estilo. O filme foi um grande sucesso e abriu portas para as continuações. Em breve falo aqui dos outros filmes!

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Pulp Fiction

Crítica – Pulp Fiction

Um curso de cinema me convidou para falar de Quentin Tarantino. Então resolvi rever os seus filmes. Primeiro revi Cães de Aluguel, já falei dele aqui no blog. Depois foi a vez de Pulp Fiction, um dos meus filmes favoritos de todos os tempos!

O filme mostra algumas histórias interligadas, envolvendo uma dupla de assassinos profissionais, um boxeador e a mulher de um chefão do crime organizado.

É difícil resumir a sinopse de Pulp Fiction, que, entre outros prêmios, levou a Palma de Ouro de melhor filme em Cannes. O genial roteiro (ganhador do Oscar de 1995), escrito pelo próprio Tarantino, foge dos clichês comumente usados pelo cinema – inclusive na linha temporal usada, fora da ordem cronológica.

O roteiro é perfeito. Diálogos afiados ao longo das duas horas e meia de filme, e várias cenas imprevisíveis. Uma das coisas que mais gosto em Pulp Fiction é justamente a ideia de distorcer clichês muito usados no cinema. Por exemplo, a cena que acontece depois da perseguição entre Butch e Marsellus é completamente diferente do que qualquer um poderia imaginar. Digo mais: algumas caracterizações, como a dupla Vincent e Jules (John Travolta e Samuel L Jackson), seguem essa onda – aquele visual dos dois é muito incomum!

O elenco é fantástico. John Travolta, Samuel L Jackson, Uma Thurman, Bruce Willis, Tim Roth, Amanda Plummer, Ving Rhames, Eric Stoltz, Rosanna Arquette, Maria de Medeiros, Harvey Keitel, Christopher Walken e o próprio Tarantino (rola até uma ponta de Steve Buscemi como Buddy Holly), entre outros menos conhecidos – e todos estão ótimos.

Ainda tem a trilha sonora, cheia de boas músicas que eram pouco conhecidas antes do filme – e que viraram hits em festinhas na época.

Lembro que, nos anos 90, quando vi pela primeira vez, gostei mais da crueza de Cães de Aluguel. Revendo hoje, digo que prefiro a sofisticação de Pulp Fiction

Heu poderia continuar falando do filme. Afinal, Pulp Fiction foi um marco, muita coisa em Hollywood passou a seguir o estilo criado por Tarantino (filmes como Coisas Para se Fazer em Denver Quando Você Está Morto, O Nome do Jogo e Um Amor e uma 45). Mas chega. Se você não viu, corra e veja. Se já viu, é hora de rever!

P.s.: Posso contar um último “causo” ligado a este filme? Como falei no post “Quem sou heu“, tive uma videolocadora nos anos 90. O nome era “Pulp Vídeo”! 😀

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