Operação Presente

Crítica – Operação Presente

Continuando o espírito natalino…

Operação Presente explica uma coisa que intriga muitas crianças: como é que Papai Noel consegue entregar todos presentes de Natal, para milhões de crianças, em apenas uma noite? Infelizmente, o sistema usado ainda é passível de falhas, e por isso uma criança corre o risco de ficar sem o presente. Arthur Christmas, o filho do atual Papai Noel, resolve tentar consertar o erro.

Trata-se da nova produção da Aardman Animation, responsável pelos filmes em stop motion A Fuga das Galinhas e toda a série Wallace & Gromit. Aqui não é stop motion – os traços são arredondados, mas é uma animação por computador, como é mais comum hoje em dia.

Se por um lado rolou uma certa decepção por não ser em stop motion, por outro lado a animação por computador conseguiu uma qualidade com detalhes impressionantes. São milhares de elfos trabalhando ao mesmo tempo, ia ser complicado se cada um deles fosse animado individualmente por stop motion… E o resultado final ficou muito legal, a cena onde os elfos mostram a logística da entrega dos presentes é genial!

O roteiro, escrito pela diretora Sarah Smith juntamente com Peter Baynham, equilibra bem uma história que poderia ter caído em clichês fáceis. Ok, a trama não é algo assim tão inédito. Mas é uma boa história, bem contada, e com personagens cativantes.

Como de praxe, o tom do desenho é o humor. Não chega a ser de causar gargalhadas, como algumas animações atuais (uma recente produção da Aardman, Por Água Abaixo, era de rolar da poltrona), mas é bem divertido, tanto pra criançada quanto pros pais.

Como acontece frequentemente, fiquei com pena de ter visto a versão dublada. O elenco da versão original é impressionante, e traz as vozes de James McAvoy, Bill Nighy, Hugh Laurie, Jim Broadbent, Imelda Staunton, Laura Linney, Eva Longoria, Michael Palin, Robbie Coltrane, Joan Cusack, Andy Serkis e Dominic West! Pelo menos a dublagem brasileira é boa…

A única cópia que ainda estava em cartaz na zona sul do Rio de Janeiro era em 3D. Não vou falar que o 3D foi ruim, mas acho que não precisava. Se visto em 2D, acho que Operação Presente não perde nada.

Por fim, preciso falar que foi desnecessário ser obrigado a ver um videoclipe do Justin Bieber cantando uma música de natal antes do filme. Caramba, a música já está na trilha sonora, durante os créditos. Precisa mostrar antes também? Decisão lamentável do exibidor…