Guardiões da Galáxia Especial de Festas

Crítica – Guardiões da Galáxia Especial de Festas

Sinopse (Disney+): Com a missão de tornar o Natal inesquecível para Quill, os Guardiões vão à Terra em busca do presente perfeito.

James Gunn é “o cara”. Se antes já era impressionante o fato dele ter saído da Troma (sua estreia foi o roteiro de Tromeu & Julieta) e chegar na Marvel, agora ele está ligado a projetos simultâneos na Marvel e na DC!

Guardiões da Galáxia Especial de Festas (The Guardians of the Galaxy Holiday Special, no original) é uma divertidíssima brincadeira. Gunn aproveitou as filmagens de Guardiões 3 e juntou o elenco para filmar um especial de natal, independente dos filmes, de pouco mais de quarenta minutos. Pretensão zero, diversão nota 10.

O filme segue uma ideia maluca (e coerente com tudo o que o diretor já tinha feito com os Guardiões): tirando Peter Quill, todos são alienígenas e não sabem o que é o Natal. Então Mantis e Drax resolvem vir até a Terra para trazer um presente para Quill: o Kevin Bacon! Sim, afinal rolou uma piada no primeiro ou segundo Guardiões onde Quill fala que Kevin Bacon foi um herói que salvou uma cidade com a dança.

Uma coisa bem legal dessa fase atual da Marvel é que cabem experimentações em formatos diferentes. Depois de uma sitcom de uma advogada Hulk e de um filme sério com homenagem ao Pantera Negra, agora tem espaço para uma bobagem divertida.

Em sua incursão pela DC, em Esquadrão Suicida e na série Peacemaker, James Gunn usou muita violência gráfica, mas aqui em Guardiões da Galáxia Especial de Festas o clima é família, mantendo a linha dos filmes dos Guardiões. Outra característica constante em seus filmes, a trilha sonora é importante, e a música de Natal que toca no início é sensacional. Não achei informações no imdb, mas desconfio que seja a banda Old 97’s caracterizada interpretando a música no filme.

O elenco é fantástico. Mesmo sendo uma produção simples, direto para o streaming, Guardiões da Galáxia Especial de Festas traz de volta quase todo o elenco dos filmes (só Zoe Saldana não está aqui). Os principais são Pom Klementieff e Dave Bautista (que estão ótimos em sua incursão pela Terra), e temos também Chris Pratt, Karen Gillan, Michael Rooker, Bradley Cooper, Vin Diesel e Sean Gunn. De novidade, Maria Bakalova faz a voz do cachorro Cosmo, ela deve estar no próximo filme. Claro, Kevin Bacon também tem uma grande participação, e sua esposa Kyra Sedgwick é quem fala ao telefone com ele.

Por fim, não me lembro de personagens da DC sendo citados no MCU. E aqui falam do Batman! Olha, se alguém for fazer um crossover Marvel x DC nos cinemas, acho que já temos a pessoa certa para tocar o projeto!

Possessão

Crítica – Possessão

Uma menina compra uma antiga caixa de madeira numa venda de jardim. Misteriosamente, ela se torna obcecada pela caixa e seu comportamento muda radicalmente, tornando-se cada dia mais agressiva. Seu pai decide investigar a origem da caixa e descobrem que ela liberou um dibbuk, um antigo espírito maligno.

Dois anos atrás passou no Festival o filme A Substituta, uma espécie de Prova Final infantil feito na Dinamarca. Já tinha visto um filme do mesmo diretor, o dinamarquês Ole Bornedal, O Principal Suspeito, do fim dos anos 90. Guardei o nome do cara. Agora, quando anunciaram este Possessão e vi seu nome, já tinha ideia do que veria.

Possessão não traz nada de novidade ao subgênero “terror com possessão demoníaca”. Mas pelo menos Bornedal fez um feijão com arroz bem feito. Possessão é um terror “à moda antiga”. Com um clima tenso e sério do início ao fim e alguns sustos aqui e acolá, ajudados por efeitos especiais discretos e eficientes e uma boa trilha sonora acrescida por efeitos sonoros nos lugares certos.

Gostei da jovem Natasha Calis, que faz um bom trabalho ao alternar inocência e medo (assim como Isabelle Fuhrman em A Órfã). Aliás, não sei se sou o único, mas achei Natasha bem parecida fisicamente com Anna Paquin na época d’O Piano. Ainda no elenco, Jeffrey Dean Morgan, Kyra Sedwick e Madison Davenport.

Por fim, preciso falar que não gostei do nome. Por que fazem filmes com nomes repetidos? Além do Possessão de 1981, com Isabelle Adjani e Sam Neill; existem outros 18 filmes chamados Possession segundo o imdb. Por que não usar outro nome?

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À Beira do Abismo

Crítica – À Beira do Abismo

Um ex-policial, atualmente fugitivo da prisão, se hospeda em um hotel e vai para o parapeito, de onde ameaça se suicidar. Ao mesmo tempo, um intrincado roubo de diamantes está prestes a acontecer do outro lado da rua.

Sabe quando um filme não chega a ser ruim, mas também não consegue ser bom, devido a muita coisa forçada no roteiro? É o caso aqui. Dirigido pelo desconhecido Asger Leth, À Beira do Abismo (Man on a Ledge, no original) tem um bom ritmo, bons personagens e uma história atraente. Mas o roteiro tem tantas inconsistências que só com muita suspensão de descrença a gente consegue chegar ao fim do filme!

O papel principal é de Sam Worthington, aquele que ameaçou virar uma grande estrela meteórica quando estrelou Avatar e o novo Exterminador do Futuro, mas depois mostrou que é fogo de palha. Aqui ele nem está mal, mas também o papel não exige muito. Minhas críticas ao elenco vão para outros dois nomes: Edward Burns, o primeiro policial a chegar; e Kyra Sedgwick, a repórter sensacionalista. Dois bons atores em dois papeis sem nenhuma importância. Ainda no elenco, Elizabeth Banks, Ed Harris, Genesis Rodriguez, Jamie Bell, William Sadler e Anthony Mackie.

À Beira do Abismo é um filme divertido. Mas só se a gente não parar pra pensar…

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Gamer

Gamer

No futuro, um gênio da informática cria jogos de realidade virtual, usando pessoas de verdade com o cérebro modificado, para obedecerem como personagens de videogame. Prisioneiros condenados à morte são usados em um dos jogos, o popular e violento “Slayers”, um jogo onde quase todos morrem antes de chegar ao fim.

É o novo filme da dupla de diretores / roteiristas Mark Neveldine e Brian Taylor, os mesmos do primeiro Adrenalina. Sim, em alguns momentos, o filme segue a mesma velocidade absurda. Absurda, porém eficiente, como acontece em Adrenalina! Muitos tiros, muitas explosões e muitos cortes ágeis. Ah, sim, os cortes ágeis também estão no outro jogo, o que não tem tiros nem explosões, uma espécie de “second life” com gente real.

Um dos trunfos do filme é o seu ator principal, Gerard Butler. O cara está administrando bem a carreira, depois do sucesso conseguido ao fazer o Leônidas de 300. Ele alterna entre filmes mais “masculinos”, como esse Gamer ou RocknRolla; e filmes mais “femininos”, como A Verdade Nua e Crua e PS Eu Te Amo. Esse cara vai longe! Ainda no elenco, Amber Valletta, Michael C. Hall, Kyra Sedgwick, Logan Lerman e Alison Lohman.

Nem tudo funciona, algumas cenas ficaram meio sem sentido, como a dancinha à la Broadway do vilão. Mas, no fim, quem gosta do estilo não vai se decepcionar.