Another Me

Another MeCrítica – Another Me

Suspense estrelado pela Sansa Stark!

Uma adolescente tem sua vida colocada de cabeça para baixo quando descobre uma misteriosa doppelganger que tenta assumir sua identidade.

A Sansa Stark é um dos piores personagens da boa série Game of Thrones. Sempre tive dúvidas se a culpa era do roteiro ou da atriz Sophie Turner. Que tal um outro filme com a mesma atriz?

Escrito e dirigido por Isabel Coixet (do drama Minha Vida Sem Mim), Another Me é a adaptação do livro homônimo, escrito por Cathy MacPhail, direcionado ao novo nicho “jovens adultos”. Não sei qual é o tom do livro, mas o filme é uma tentativa frustrada de se fazer um suspense, usando um fantasma doppelganger.

Mas não funcionou. Apesar de curto (apenas 86 min), o filme é chato e arrastado. E o fim é bobo e previsível. Além disso, de suspense o filme não tem nada.

E o pior é que o elenco tem vários bons nomes, como Claire Forlani, Rhys Ifans, Jonathan Rhys Meyers e Geraldine Chaplin – o imdb também cita Leonor Watling, mas admito que não a vi no filme.

É, ainda não foi desta vez que a gente descobriu se Sophie Turner é uma boa atriz. E um filme destes é uma mancha no currículo…

Minha Vida Sem Mim

Crítica – Minha Vida Sem Mim

Com apenas 23 anos, mas já mãe de duas meninas, Ann descobre que está com câncer terminal e só tem mais dois meses de vida. Diferente do esperado, ela não conta para ninguém sua nova situação. Mas resolve criar uma lista de coisas para fazer antes de morrer.

A premissa parecia aquele filme Antes de Partir, onde Jack Nicholson e Morgan Freeman fazem uma lista de coisas para fazer antes de “chutar o balde” (o título original é The Bucket List). Mas não, a lista de Ann é muito mais modesta, e com coisas mais reais, como “dizer mais às minhas filhas que eu as amo”. E por isso mesmo, muito mais próxima do público comum.

Pelo elenco principal – Sarah Polley, Mark Ruffalo, Scott Speedman – a gente poderia achar que se trata de um filme americano. Nada disso, é uma co-produção entre Canadá e Espanha. E, realmente, Minha Vida Sem Mim (My Life Without Me, no original, lançado em 2003) tem cara de filme europeu. Afinal, foi escrito e dirigido pela pouco conhecida espanhola Isabel Coixet. E ainda tem a El Deseo, produtora dos irmãos Agustín e Pedro Almodóvar, na produção executiva.

Aliás, o elenco é o que Minha Vida Sem Mim tem de melhor. Sarah Polley (que curiosamente fez Madrugada dos Mortos no ano seguinte) lidera o elenco de maneira espetacular como a jovem mãe que se vê num beco sem saída. Mark Ruffalo, hoje badalado como o “Hulk que deu certo” (antes dele, Eric Bana e Edward Norton não convenceram no mesmo papel) também está perfeito como o amante amargurado. E ainda tem alguns europeus, como Maria de Medeiros (a cabelereira), Leonor Watling (a vizinha) e Alfred Molina (o pai), contracenando com as americanos Deborah Harry (sim, a Debbie Harry do grupo Blondie, aqui fazendo a mãe) e Amanda Plummer (a colega de trabalho). Todos estão muito bem. Só não gostei muito do marido, interpretado por Scott Speedman – mas não sei se isso foi por causa do ator ou do personagem escrito para ele.

O filme é triste, claro – um filme onde a protagonista tem uma doença terminal não poderia ser de outro jeito. Mas não é depressivo, a gente até consegue dar algumas risadas ao longo da projeção.

Minha Vida Sem Mim não é para qualquer hora. Mas é um belo filme.

p.s.: Curiosidade para os fãs de Supernatural: o médico é interpretado por Julian Richings, que fez “A Morte” no seriado. Olhando pra cara dele, heu diria que ele tem mais cara de morte do que de médico…

The Oxford Murders / Los Crimenes de Oxford

The Oxford Murders / Los Crimenes de Oxford

Na Universidade de Oxford, um professor inglês (John Hurt) e um aluno americano (Elijah Wood) ajudam a polícia a tentar solucionar uma série de crimes aparentemente ligados a símbolos matemáticos.

O filme é daquele tipo “mistérios misteriosos”, onde a gente fica tentando adivinhar quem será o próximo a morrer, como e por que, e logo vem uma virada de roteiro que nos joga em outra direção. Neste ponto, o filme flui bem, apesar da trama ser um pouco confusa. O problema é que certas coisas na história parecem meio forçadas demais, e aí o que antes funcionava perde a credibilidade.

Sou fã do diretor espanhol Álex de la Iglesia. Gosto de quase todos os seus filmes: Ação Mutante, O Dia da Besta, Perdita Durango, A Comunidade, Crime Ferpeito… Todos trazem um delicioso ar de filme B, um irresistível humor meio trash. Bem, quase todos. Este The Oxford Murders não tem cara de Álex de la Iglesia… Não falo isso só porque o filme se passa na Inglaterra e os atores principais são hollywoodianos. Perdita Durango é em inglês e se passa na América! The Oxford Murders simplesmente parece ser feito por outra pessoa. Não é um filme ruim, apenas não tem a cara do diretor.

Elijah Wood e John Hurt estão bem em seus papéis, o aluno e o professor que desconfiam um do outro. Nos papéis femininos, temos Julie Cox e Leonor Watling (o único nome espanhol no elenco principal). O francês Dominique Pinon faz um pequeno e importante papel.

A trama usa muitas referências matemáticas e é um pouco difícil de acompanhar, mas pelo menos a solução do filme tem uma certa lógica, apesar de também soar meio forçação de barra – ainda não “enguli” o terceiro assassinato, e achei muita viagem o quarto.

Não vi nada sobre este filme aqui no Brasil, apesar dele ser de 2008. Nem título em português! Por enaquanto, só via download…