Artur e a Vingança de Maltazard

Artur e a Vingança de Maltazard

Cinco anos atrás, Luc Besson largou uma “aposentadoria” de seis anos e voltou à cadeira de diretor com o drama Angel-A e com um simpático filme infantil, Arthur e os Minimoys. Assim que soube que a continuação, Artur e a Vingança de Maltazard, também dirigida por Besson, estava à venda aqui no Brasil, corri pra comprar o dvd.

A continuação segue o formato do primeiro filme: parte é filme com atores, parte é animação. Neste novo filme, Artur está prestes a sair da casa de seus avós quando recebe um chamado de socorro escrito num grão de arroz, e precisa voltar para o pequeno mundo em dos minimoys.

Artur e a Vingança de Maltazard tem um grave defeito – não tem fim! Acaba com um “continua em Artur e a Guerra dos Dois Mundos“. Detalhe: isto não é avisado em nenhum lugar da capa do dvd. Sem ver o fim do filme, fica difícil saber se o filme é bom…

Pra piorar, o título do filme fala sobre a “vingança de Maltazard” (vilão do primeiro filme). Mas o Maltazard só aparece no fim do filme!

De positivo, podemos falar que a animação é deslumbrante. Besson mais uma vez caprichou com o visual – aliás, como ele costuma sempre fazer. Em algumas cenas dava pena de ser em dvd, a imagem pedia uma tela de cinema, como as cenas na cidade de Max.

O elenco deste filme não tem tantos nomes famosos como o anterior, mas ainda é um grande elenco. Freddie Highmore (A Fantástica Fábrica de Chocolates, As Crônicas de Spiderwick), um pouco mais velho, volta ao papel de Artur, tanto na parte “live action” quanto na animação. Mia Farrow é novamente a avó; Jimmy Fallon e Snoop Dogg voltam a emprestar suas vozes para Betameche e Max. Uma coisa me incomodou no primeiro filme: a princesa Selenia, par romântico do jovem Artur, tinha a voz da cinquentona Madonna; a voz agora é da popstar teen Selena Gomez, mais compatível com a idade de Freddie Highmore. A voz de Maltazard também mudou, era do David Bowie, agora é do Lou Reed. Robert De Niro, Harvey Keitel e Emilio Estevez não voltaram para a continuação; os cantores pop Fergie e Will i Am dublam novos personagens.

Vou procurar o terceiro filme pra poder julgar melhor. Porque esta segunda parte ficou devendo.

Rebobine por favor

Rebobine por favor (Be Kind Rewind)

Confesso que não vi esse no cinema. Já tinha lido sobre ele antes, e baixei da internet. Quando vi que ele estava na programação do Festival do Rio, aproveitei pra vê-lo de uma vez, pra falar dele por aqui. Ainda mais quando vemos que é o novo filme de Michel Gondry, que fez o ótimo Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças!

A idéia é muito boa: um acidente apaga todas as fitas de uma velha locadora – provavelmente um dos últimos pontos da cidade que ainda trabalha com VHS. E o funcionário da locadora e seu amigo resolvem refilmar os filmes por conta própria. Criam versões de 20 minutos, com eles mesmos nos papéis principais. E essas versões começam a fazer mais sucesso que as originais…

Sem dúvida, o melhor do filme está nas soluções criativas para estas versões. Eles conseguem refilmar Os Caça-Fantasmas, A Hora do Rush 2, Rei Leão, 2001, MIB, Robocop, entre outros. E todas as soluções criativas para recriar os elementos característicos de cada filme são geniais!

Mas o que o filme tem de melhor acaba atrapalhando. O filme em si não é tão interessante quanto os filminhos recriados. A situação criada posteriormente parece forçada, e a subtrama sobre o pianista nascido na cidade não é tão boa.

O elenco conta com bons nomes, como Mos Def, Danny Glover, Mia Farrow e Sigourney Weaver. Jack Black é que parece um pouco deslocado, parece oscilar entre a seriedade que o filme pede e a caricatura que funciona melhor nos filminhos refilmados. Mesmo assim não chega a incomodar.

Não chega a ser uma obra prima, mas vale o ingresso!