Resident Evil 5 – Retribuição

Crítica – Resident Evil 5 – Retribuição

Mais um Resident Evil!

Alice (Milla Jovovich) é capturada e levada para dentro de uma instalação da Umbrella. Para fugir de lá, terá que passar por vários estágios (que parecem fases de um videogame).

Quando soube que Resident Evil 5 – Retribuição estava pra estrear, resolvi fazer algo que todos deveriam fazer sempre antes de ver uma continuação: revi os quatro filmes anteriores. Só que neste caso em particular, não sei se foi a melhor coisa a se fazer, pois vi muitos defeitos que passariam em branco. Vou chegar lá daqui a pouco!

Primeiro, vamos ao que funciona. A parte técnica é impecável. Os efeitos especiais são de cair o queixo, todas as lutas são bem coreografadas, e a câmera lenta está inspiradíssima. Gostei até do 3D, apesar de atualmente não ter muita paciência pro efeito.

A série Resident Evil sempre foi boa em colocar mulheres bonitas lutando. Agora são várias (Milla Jovovich, Sienna Guillory, Michelle Rodriguez e Bingbing Li), e com roupas colantes de cheias de decotes. Fetichista ao extremo! Me lembrou Sucker Punch

Outra coisa: dos cinco filmes, este é o que mais tem cara de videogame. Cada cena parece uma nova fase do jogo. Só não sei se é igual ao videogame original porque nunca joguei.

Agora, vamos ao que deu errado…

O roteiro, apesar de ser escrito pelo mesmo escritor de todos os outros filmes, não faz o menor sentido. O quarto filme tinha um gancho empolgante, mas, assim como aconteceu entre o terceiro e o quarto filmes, o gancho logo foi esquecido e a história foi recomeçada do zero – como se nada tivesse acontecido, Alice acorda em um novo lugar e temos uma nova trama.

Também achei estranho o papo de usar clones, me pareceu uma desculpa pra tapar buracos no roteiro. Mas criou falhas na lógica: se uma Rain (Michelle Rodriguez) não tem nada a ver com a outra, como Alice sabe usar a linguagem de sinais para falar com a menina?

Outras coisas mudaram também e parecem erros de continuidade. Jill Valentine tinha cabelos pretos no segundo filme, mas reapareceu loura – fato que nos lembra que os cabelos de Alice eram mais claros nos primeiros filmes. Caramba, se é a mesma atriz fazendo a mesma personagem, por que não usar o mesmo cabelo? Isso porque não tô falando dos zumbis, que no primeiro filme eram lentos como os zumbis clássicos do George Romero, mas parece que contrataram um personal trainer e agora correm com o pique do Usain Bolt.

Falando em zumbis: o primeiro Resident Evil era um filme de zumbis; agora não mais. Aparecem alguns tipos de monstros, mas não sei se algum deles é um zumbi. Tem aqueles bichos que a boca se abre em quatro, tem aquele gigante com o machado, tem os soldados zumbis com metralhadoras, tem o monstrão grandão… E cadê os zumbis? Tão em outro filme…

A direção ainda é de Paul W.S.Anderson, o mesmo do primeiro e quarto filmes, e marido de Milla Jovovich. Na direção, ele faz um bom trabalho. Mas ele também é o roteirista, e nesta função, ficou devendo.

O elenco traz um monte de gente de volta de outros filmes da quadrilogia. Além de Milla, temos a volta de Sienna Guillory, Michelle Rodriguez, Oded Fehr, Boris Kodjoe e Colin Salmon, e novos papeis interpretados por Bingbing Li, Aryana Engineer, Johann Urb e Kevin Durand.

Com mais erros que acertos (na minha humilde opinião), este quinto filme se tornou o mais fraco de todos. E, pra piorar, termina com um empolgante gancho. Mas que sabemos que pode ser ignorado no sexto filme…

Resident Evil 2 – Apocalipse

Crítica – Resident Evil 2 – Apocalipse

Continuemos com a série Resident Evil!

Logo depois dos eventos do primeiro filme, Alice sai das instalações da Umbrella Corporation e precisa agora lidar com um apocalipse zumbi em Racoon City.

Desta vez, a direção ficou com Alexander Witt (que curiosamente só tem este único filme no currículo de diretor) – Paul W.S. Anderson, diretor do primeiro, ficou só no roteiro. Mas o estilo é bem semelhante: bom equilíbrio na mistura entre ação e terror, belas lutas coreografadas, muita câmera lenta e a dose certa de gore. A diferença é que enquanto o primeiro filme se passa dentro das instalações da Umbrella, aqui a ação acontece pela cidade devastada.

Milla Jovovich mais uma vez manda bem como a protagonista Alice. Afinal, apesar de bonita e de aparência frágil, ela luta bem, e, desta vez anabolizada com o vírus T, bate ainda mais do que no primeiro filme – a luta contra o “projeto Nêmesis” é muito boa.

A “personagem feminina coadjuvante forte da vez” ficou com Sienna Guillory (The Big Bang), que faz quase um cosplay de Lara Croft. Ainda no elenco, Oded Fehr, Sandrine Holt, Mike Epps, Thomas Kretschmann, Jared Harris e Iain Glenn.

Como acontece no primeiro filme, os destaques estão nos efeitos especiais, na trilha sonora e na edição. Resident Evil 2 – Apocalipse não supera o primeiro filme, mas é uma boa continuação.

O fim tem um problema, mas antes de falar disso, vamos aos avisos de spoiler:

SPOILERS!!!

SPOILERS!!!

SPOILERS!!!

A última cena mostra Alice matando, à distância, um cara que a observa através de uma câmera, apenas usando o olhar. Ela olha pra câmera e o cara começa a botar sangue pelos olhos e nariz. Caramba, legal, como isso será desenvolvido no próximo filme? Bem, não será desenvolvido. Porque o terceiro filme ignora este fim do segundo…

FIM DOS SPOILERS!!!

Apesar deste gancho desnecessário no fim do filme, Resident Evil 2 – Apocalipse, gostei bastante do filme. Manteve a vontade de continuar seguindo a série.

Em breve, falo aqui do terceiro filme…

The Big Bang

The Big Bang

Com edição ágil, personagens cool e efeitos especiais legais, lembrando o estilo do Guy Ritchie, The Big Bang é uma agradável surpresa.

O detetive particular Ned Cruz (Antonio Banderas) está sendo interrogado por três policiais, que querem saber por que todos que cruzaram o seu caminho nos últimos dias – desde que ele começou a procurar uma stripper – apareceram mortos.

The Big Bang foi dirigido por Tony Krantz, que não tem muita experiência como diretor, mas está desde o fim dos anos 90 produzindo filmes e séries. Gostei desse filme, vou procurar os outros dois que ele dirigiu…

O elenco de The Big Bang não tem nomes “arrasa quarteirão”, mas é acima da média: Antonio Banderas, Sienna Guillory, Autumn Reeser, Thomas Kretschmann, William Fichtner, Delroy Lindo, Sam Elliott, James Van Der Beek, Jimmi Simpson, Rebecca Mader, Snoop Dogg e o grandalhão Robert Maillet.

(Aliás, como estão bonitas Sienna Guillory e Autumn Reeser! E a cena da nudez de Reeser mostra que nem sempre a nudez precisa ser gratuita…)

O roteiro é bem construído e faz bom uso dos flashbacks. Toda a história é contada por Cruz, que vai revelando aos poucos os detalhes da trama. E a cereja do bolo são os efeitos especiais, simples e bem colocados, usando referências à física. Muito legal!

The Big Bang não tem pretensões de ser um grande filme, e isso é positivo. O resultado final é um aprazível filme “moderninho”.

Pelo que li no imdb, The Big Bang ainda não foi lançado, mas já existe para download. Curioso, não?