Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio

Critica – Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio

Sinopse (imbd): Os Warren investigam um assassinato que pode estar ligado a uma possessão demoníaca.

James Wan é “o cara” do cinema de terror recente. O problema é que nem sempre a qualidade se mantém quando colocam outro diretor. Os dois primeiros Sobrenatural, dirigidos por Wan, foram excelentes; já o 3 e o 4, com outros diretores, não foram tão bons assim. O mesmo com Invocação do Mal: os dois primeiros, dirigidos por ele, foram excelentes; os spin offs Annabelle (todos os 3), A Freira e A Maldição da Chorona não foram tão bons.

E agora? Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio também não é do James Wan, foi dirigido por Michael Chaves, o mesmo de A Maldição da Chorona. Mas… Aqui Chaves fez um trabalho melhor, e não faz feio na cadeira de diretor. Aliás, tem um take que achei bem legal, pouco depois da introdução, quando conhecemos o canil – o take começa aéreo, chega na porta da casa, entra e vira um breve plano sequência apresentando o local.
Aliás 2, a sequência inicial é muito boa. Um exorcismo tenso e muito bem filmado!

Diferente dos dois filmes anteriores, aqui o clima não é casa mal assombrada, e sim possessão demoníaca. Invocação do Mal 3 é um filme tenso e sério (só me lembro de uma única piada, que faz referência à Annabelle), com alguns bons jump scares.

Se posso falar mal de uma coisa, vou falar mal da parte final. Sem entrar em spoilers, mas, a trama se divide em dois locais diferentes, e um dos locais era muito mais interessante que o outro. Na minha humilde opinião, a sequência do exorcismo na prisão enfraquece o filme (principalmente se a gente lembrar que aquilo era uma prisão, por que um padre estaria lá?), era melhor ignorar isso e focar só na outra coisa que acontece simultaneamente. Mas, Invocação do Mal 3 é baseado no casal Warren, o caso do preso possuído está registrado na história deles, e o outro acontecimento não. Pena, porque cinematograficamente falando, o outro é bem melhor.

Sobre o elenco, Patrick Wilson e Vera Farmiga são ótimos juntos, já perdi a conta de quantas vezes os vimos interpretando Ed e Lorraine Warren, e eles sempre funcionam bem, são a melhor coisa do elenco. Gostei de ver John Noble, da série Fringe. Já o garoto Julian Hilliard não está muito bem, ele estavava melhor como o moleque de óculos de A Maldição da Residência Hill. Também no elenco, Ruairi O’Connor, Sarah Catherine Hook, Eugenie Bondurant e Shannon Kook.

Invocação do Mal 3 estreia nos cinemas amanhã, dia 02 de junho. Lembre-se que os cinemas já reabriram, mas sempre com distanciamento e de máscaras!

Annabelle 3: De Volta Para Casa

Crítica – Annabelle 3: De Volta Para Casa

Sinopse (imdb): Enquanto cuida da filha de Ed e Lorraine Warren, uma adolescente e sua amiga inconscientemente despertam um espírito maligno preso em uma boneca.

A galera gosta de falar mal dos spin offs derivados dos filmes do James Wan (Invocação do Mal e Sobrenatural). Mas estes são sucesso de bilheteria, então vão continuar sendo feitos…

Dirigido por Gary Dauberman (estreante como diretor, mas roteirista dos três Annabelle, além de A Freira e os dois It), Annabelle 3: De Volta Para Casa (Annabelle Comes Home no original) não traz nenhuma novidade ao gênero, mas segue a fórmula passo a passo e vai agradar a maior parte da audiência.

A história se passa entre Annabelle 2 e Invocação do Mal. Vemos como a boneca Annabelle chegou na casa dos Warren. E, pra quem gosta do “waniverse”, vemos vááárias outras opções para possíveis futuros spin offs…

O casal Patrick Wilson e Vera Farmiga está presente (talvez para dar maior legitimidade à franquia), mas sua participação é pequena. O filme é do trio feminino Madison Iseman, Katie Sarife e Mckenna Grace (sim, a menina que foi um dos destaques infantis de A Maldição da Residência Hill).

Como disse lá em cima, nada de novo. Mas vai agradar os menos exigentes. Que, claro, vão se divertir falando mal do filme.

O Passageiro

O PassageiroCrítica – O Passageiro

Sinopse (imdb): Um ex policial está preso em uma conspiração criminosa durante sua viagem diária de trem.

Liam Neeson já fez outros três filmes com o diretor Jaume Collet-Serra. Todos foram legais. Será que cabe mais um?

O Passageiro (The Commuter, no original) é um bom thriller, cheio de boas cenas de ação. Mas é basicamente uma repetição do que já vimos antes – principalmente em Sem Escalas, com a diferença que trocaram o avião pelo trem.

Bem, já falei aqui antes, não me incomodo com ideias recicladas se o resultado final for bom. Pra mim, é o caso. Gostei do filme.

O Passageiro pode não ser novidade, mas tem algo básico: tem bom ritmo e prende a atenção com cenas eletrizantes. Collet-Serra ainda consegue inovar criando vários ângulos pouco convencionais (dentro do trem!) ao longo do filme. E ainda tem uma boa luta em plano sequência. Tá bom assim?

Olha, admito que gostei do filme, mas a gente precisa reconhecer que tem algumas coisas forçadas demais. Aquela teoria da conspiração é complexa demais, forçaram a barra um pouco. Alguns momentos do filme você pensa “menos, gente, menos”…

No elenco, mais uma vez Liam Neeson é “o cara” – ele faz muito bem este tipo de personagem. O elenco traz outros nomes famosos, como Vera Farmiga, Patrick Wilson, Sam Neill e Elizabeth McGovern, mas em papéis pequenos. O pessoal que aparece mais ao longo do filme é desconhecido.

No fim, parece que estamos vendo uma versão atualizada de Assassinato no Expresso Oriente – um “whodoneit” dentro de um trem. Uma versão mais ágil e moderna. Apesar de não ter nenhuma novidade.

A Invocação do Mal

Crítica – A Invocação do Mal

Uêba! Filme de terror bom novo!

1971. Uma família se muda para um velho casarão, mas passa a sofrer nas mãos de espíritos que moram na casa. Para manter as cinco filhas seguras, os pais contratam o casal Ed e Lorraine Warren, famosos por desvendar casos paranormais.

Diz a divulgação que A Invocação do Mal (The Conjuring, no original) foi baseado em fatos reais. O casal Ed e Lorraine Warren realmente existiu, eles lançaram vários livros e disseram que investigaram mais de dez mil casos paranormais – o mais famoso deles originou o filme Horror em Amityville. Só não sabemos até que ponto a história contada aqui realmente aconteceu…

A direção ficou com James Wan, famoso por seu filme de estreia, Jogos Mortais (o primeiro), filme muito bom, mas com excesso de sangue e gore. Wan foi ainda mais eficiente em seu quarto filme, Sobrenatural, um dos melhores “filmes de fantasma” dos últimos tempos. Curiosamente, Sobrenatural é um “terror à moda antiga” – não tem nada de sangue e gore.

A Invocação do Mal está mais próximo de Sobrenatural do que de Jogos Mortais. Mais uma vez Wan brinca com o medo sem apelar para o gore. Ponto para Wan! Seu novo filme não só é muito bom, como consegue algo não muito fácil: provocar medo.

Alguns críticos vão reclamar dos clichês. Verdade, A Invocação do Mal está repleto de clichês. Mas são “clichês do bem”. Wan usa muito bem a velha casa, truques de câmera e efeitos sonoros, e consegue criar um ótimo clima assustador.

O casal principal é interpretado por Vera Farmiga (A Órfã) e Patrick Wilson (que também estava em Sobrenatural). Mas é Lili Taylor quem chama a atenção com uma interpretação impressionante. Ainda no elenco, Ron Livingstone e as desconhecidas meninas Shanley Caswell, Hayley McFarland, Joey King, McKenzie Foy e Kyla Deaver, que estão bem como as cinco irmãs.

Boa opção para quem gosta de filmes de terror daqueles que assustam sem precisar apelar pro gore!

p.s.: Acabei de ver no imdb que tem filme novo do James Wan estreando essa semana nos EUA, Sobrenatural: Capítulo 2. Será que vai ser lançado aqui?

Protegendo o Inimigo

Crítica – Protegendo o Inimigo

Africa do Sul. Um novato do FBI é designado para tomar conta de um perigoso traidor. Quando seu esconderijo é atacado, ele precisa se virar para proteger o prisioneiro, e ao mesmo tempo impedir a sua fuga.

Cheguei a pensar que Protegendo o Inimigo (Safe House, no original) era “o novo filme do Tony Scott” – parecia seguir a linha de O Sequestro do Metrô 123 e Incontrolável. Nada disso, trata-se da estreia hollywoodiana de Daniel Espinosa, diretor sueco de ascendência chilena.

E, vendo o filme, a gente vê que o estilo de Espinosa é diferente. Muita câmera na mão, muitos closes, cenas escuras, imagem granulada. Acredito que a câmera na mão era pra dar um ar meio documental ao filme. Mas trouxe um problema: as cenas de ação ficaram confusas com a imagem trêmula. Heu, particularmente, prefiro ver melhor o que está acontecendo na tela.

Mas isso é um detalhe estilístico, não chega a ser um defeito. O grande defeito de Protegendo o Inimigo é o roteiro, previsível e cheio de clichês. Fico me perguntando se em pleno 2012 alguém ainda “compra” uma trama onde o grande segredo que o vilão esconde é tão óbvio.

O elenco funciona bem. Denzel Washington, bem como sempre, às vezes parece estar no piloto automático, seu personagem lembra o papel que ele fez em Dia de Treinamento; Ryan Reynolds está sério, deixou o ar engraçadinho de lado (o que não combinaria aqui). Ambos têm boa química. Ainda no elenco, Vera Farmiga, Brendan Gleeson, Robert Patrick e Sam Shepard.

O resultado final nem é muito ruim. Mas Protegendo o Inimigo também está longe de ser um bom filme.

Contra O Tempo

Crítica – Contra O Tempo

Uêba! Um filme a partir de uma ideia nova, no meio do mar de refilmagens, releituras e ideias requentadas que assola os cinemas atualmente!

Colter Stevens, um piloto de helicóptero do exército, de repente acorda dentro do corpo de outra pessoa, num trem em movimento. Aos poucos, ele descobre que faz parte de um plano para tentar impedir um grande ataque terrorrista.

É complicado falar de Contra o Tempo (Source Code, no original), porque esse é daquele tipo de filme que o quanto menos você souber, melhor. Mas posso adiantar que a trama fala sobre viagem no tempo e universos paralelos, e o roteiro é bem amarrado.

É o filme novo do diretor Duncan Jones, o mesmo da ficção científica Lunar, outro bom filme, que também é difícil de falar sobre sem entregar spoilers. Definitivamente, Duncan Jones entrou na listinha de “diretores a serem acompanhados”.

Contra o Tempo tem um problema: a segunda metade não é tão boa como a primeira. E o fim é um pouco confuso. Felizmente isso não o impede de ser um bom filme.

No elenco, um inspirado Jake Gyllenhaal convence como o atordoado Colter Stevens. Assim como o público, ele não sabe o que está acontecendo, e só descobre ao longo da narrativa. Também no elenco, Michelle Monaghan (Um Parto de Viagem), Vera Farmiga (A Órfã) e Jeffrey Wright (Cadillac Records).

Gostei muito dos efeitos especiais. Uma cena, em particular, achei belíssima: a “cena do beijo”, no fim, quando a imagem congela e a câmera passeia pelo vagão, num estilo meio “bullet time” de Matrix, mas com a câmera em movimento. Só esta cena já valeria o ingresso, mesmo se o filme fosse meia bomba (o que, felizmente, não é).

O imdb não menciona a data de lançamento aqui no Brasil, mas já existe o poster, então o lançamento deve estar próximo.

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Se você gostou de Contra O Tempo, o Blog do Heu recomenda:
Lunar
A Origem
Sem Limites

Amor Sem Escalas

Amor Sem Escalas

Ryan Bingham (George Clooney) é um especialista em demitir pessoas. Por isso, ele passa a maior parte do ano viajando de cidade em cidade, de aeroporto em aeroporto. Até que a sua empresa resolve cortar os custos com viagens, e Ryan precisa pensar em se assentar.

Este novo filme de Jason Reitman (Obrigado Por Fumar, Juno) está badaladíssimo, foi até indicado a Oscar de melhor filme. Mas heu achei tão fraquinho…

George Clooney está bem, interpretando o mesmo George Clooney de sempre. E a bonitinha Anna Kendrick, apesar das manchas no currículo (ela é coadjuvante da saga Crepúsculo), foi até indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante! Ainda no elenco, Vera Farmiga, Jason Bateman, Amy Morton, Melanie Lynskey e Dany McBride, isso sem contar com pontas de J. K. Simmons, Sam Elliott e Zach Galifianakis.

A edição do filme é bem interessante – as sequências de Clooney arrumando e desarrumando as malas são muito boas. Mas, de resto, o filme é apenas “correto”. Não achei motivo para as seis indicações ao Oscar – além de filme e atriz coadjuvante (Anna Kendrick), o filme ainda concorre a diretor, roteiro adaptado, ator (Clooney) e novamente atriz coadjuvante (Vera Farmiga). Sei lá, parece que o pessoal da Academia não viu direito os concorrentes…

O filme não é ruim, não me entendam errado. Só não achei isso tudo o que estão falando por aí…

A Órfã

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A Órfã

Nada como um bom filme de terror, não acham? Daqueles que não subestimam a inteligência da platéia, usam bons atores e têm uma trama bem montada. A Órfã é assim.

Um casal que acabou de perder um bebê ainda na barriga resolve adotar Esther, uma adorável e inteligente órfã de 9 anos. O que eles não sabem é que Esther não é uma menina comum.

Isabelle Fuhrman, que interpreta a pequena Esther, é o grande nome do filme. A menina é sensacional! Esther é uma das crianças mais sinistras da história do cinema! E o resto do elenco também está bem, com o casal Vera Farmiga (Os Infiltrados) e Peter Sasgaard (A Chave Mestra) e as crianças Aryana Engineer e Jimmy Bennett.

O diretor Jaume Collet-Serra, que antes fez o fraco Casa de Cera, desta vez acertou a mão. O filme consegue segurar duas horas de tensão, e sem precisar apelar pro gore. E, ainda por cima, tudo na trama é crível.

Filmão. E assustador!