Trolls

TrollsCrítica – Trolls

Dreamworks novo!

Trolls são pequenos e coloridos seres que gostam de cantar, dançar e se abraçar. Depois que os malvados Bergens invadem a vila e raptam alguns Trolls, a princesa Poppy, a Troll mais feliz que já nasceu, parte em uma viagem para resgatar seus amigos.

A Dreamworks costuma ser bem mais irregular que a Pixar. Mas desta vez acertou. Trolls é uma das melhores animações do ano!

(Um pequeno parágrafo pra falar sobre “trolls”. Pra mim, troll era um monstro grande e feio, como no filme O Caçador de Trolls, e não bichinhos fofos e coloridos. Descobri que esses trolls do filme são baseados numa boneca criada no fim dos anos 50, e que foi moda nos anos 70 e 80. Aqui no Brasil tivemos uma boneca parecida, mas não sei se tinha o mesmo nome. Mas voltemos ao filme.)

Ok, a história é meio clichê – claro que Tronco vai seguir Poppy, e claro que no fim eles vão cantar juntos. Mesmo assim, o resultado final ainda é acima da média. Sabe quando tudo está no lugar certo? Bom ritmo, personagens carismáticos, boa trilha sonora, um visual alucinante e muito colorido, e com qualidade técnica impecável – tudo em Trolls funciona perfeitamente.

Aliás , a qualidade técnica impressiona mesmo nos dias de hoje, quando nossos olhos já estão acostumados com animações top. A textura dos personagens parece algo palpável. E todos os cenários são impressionantes.

Trolls tem momentos engraçadíssimos – adorei a Nuvem. E ainda tem espaço para momentos emocionantes. A parte onde cantam True Colors vai tirar lágrimas de alguns…

A dublagem está ótima – como costuma ser a dublagem nacional hoje em dia. Mas, mais uma vez, deu vontade de ver com o elenco original: Anna Kendrick, Justin Timberlake, Zooey Deschanel, Christopher Mintz-Plasse, Christine Baranski, Russel Brand, Gwen Stefani e John Cleese, entre outros. Não só pelo elenco, mas também pela trilha sonora, que usa músicas conhecidas inseridas na trama. E, como fazem parte da trama, foram dubladas. E heu preferia ouvir músicas como Hello (Lionel Ritchie), True Colors (Cyndi Lauper) e Total Eclipse of the Heart (Bonnie Tyler) com as letras originais. Entendo a opção pelas versões, por causa da criançada, mas ouvir “Eclipse total do coração” enfraqueceu…

Mais uma bronca sobre as músicas dubladas. Entendo por que dublaram. Mas por que deixar algumas com o som original? Ok, Can’t Stop the Feeling deve ser uma das músicas indicadas ao Oscar ano que vem, mas… por que The Sound of Silence estava em inglês?

Mesmo assim, Trolls ainda é um grande filme . Diversão garantida !

Your Highness

Crítica – Your Highness

O que esperar de uma comédia escrita, produzida e estrelada por Danny McBride, e dirigida por David Gordon Green, o mesmo de Segurando as Pontas? Pouca coisa, não?

Nesta comédia épica, um príncipe galã sai em uma missão para salvar sua noiva, sequestrada por um malvado feiticeiro, e leva o seu covarde irmão mais novo.

O filme é bobo. Mas, como falei no primeiro parágrafo, qualquer um que leia sobre o que se trata vai saber de antemão que vai ver um filme assim. Ou seja, se você gostar de piadas envolvendo sexo e palavrões, talvez se divirta. Não foi o meu caso, achei que rolou muita baixaria desnecessária. Sabe quando um humorista fraco coloca um palavrão no meio da frase só pra tentar tirar graça? Isso rola direto no filme – aliás, li que boa parte dos diálogos foi improvisada, deve ser por isso que tem tanto palavrão gratuito e fora de contexto.

O elenco nem é ruim. Além de McBride, temos James Franco, Zooey Deschanel, Justin Theroux, e uma inexplicável Natalie Portman, logo depois de ganhar o Oscar de melhor atriz por Cisne Negro. Às vezes não dá pra entender certas escolhas…

Enfim, Your Highness está longe de ser o pior filme do ano. Mas está ainda mais longe de ser um dos melhores.

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Se você gostou de Your Highness, o Blog do Heu recomenda:
Segurando as Pontas
Se Beber, Não Case!
Madrugada Muito Louca

500 Dias Com Ela

500 Dias Com Ela

Mais uma comédia romântica nos cinemas…

Como o cartaz explica: Tom (Joseph Gordon-Levitt, de Killshot) conhece Summer (Zooey Deschanel, de Fim dos Tempos), ele se apaixona, ela não. E o filme mostra, num interessante modo não-linear, como foram os 500 dias entre os dois.

A estrutura do filme dirigido pelo estreante Marc Webb é interessante, os dias vão e vêm, e antes de cada cena temos um contador mostrando quantos dias já se passaram. Aliado a isso, temos alguns lances geniais, como o momento musical (com direito a coreografia no parque e um passarinho em desenho animado), ou quando a tela é dividida, mostrando a diferença entre a expectativa e a realidade.

A crítica está falando deste filme como uma comédia romântica diferente. Ora, não achei diferente, aliás, é bem “normal” – chega até a ser chatinho em alguns momentos. Comédias românticas seguem quase sempre a mesma linha, com pouquíssimas variações. A única diferença aqui é que Summer, desde o início, deixa sempre claro que não quer saber de nada! Ou seja, fica difícil torcer por um final água-com-açúcar para o casal romântico.

O nome da personagem principal, Summer, faz um bom trocadilho com o intraduzível título do filme (500 days of  Summer/ 500 dias de verão). E traz um outro bom trocadilho para o fim para o filme.

O Guia do Mochileiro das Galáxias

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O Guia do Mochileiro das Galáxias

Outro dia descobri que no dia 25 de maio é comemorado o “dia da toalha”. Se você não sabe o que é isso, é porque você não leu o livro nem viu o filme O Guia do Mochileiro das Galáxias!

Vou aproveitar a ocasião e falar do filme – não ter falado ainda desse filme aqui neste blog é uma falha grave, afinal, gostei tanto quando vi no cinema que logo comprei o livro, e em seguida, compri o dvd para rever…

Arthur Dent (Martin Freeman) é um cara normal, mas que está tendo um péssimo dia. Sua casa está prestes a ser demolida, e ele descobre que Ford Prefect (Mos Def), seu melhor amigo, é um extra-terrestre. Pra completar, fica sabendo que a Terra está prestes a ser destruída para que se possa construir uma nova auto-estrada hiperespacial por burocráticos e desagradáveis Vogons. Arthur só tem uma saída: pegar carona junto com Ford em uma nave espacial que está de passagem. E eles levam com eles, além das toalhas, um importante livro com tudo o que precisam saber sobre sua nova vida: o Guia do Mochileiro das Galáxias.

E a história segue por esse caminho “festa estranha com gente esquisita”. Personagens bizarros em situações ainda mais bizarros! São várias as cenas hilárias e geniais!

A “troupe” de Arthur Dent ainda tem Trillian (Zooey Deschanel), uma humana que também escapou da destruição da Terra e Zaphod Beeblebrox (Sam Rockwell), o presidente da Galáxia – e que tem duas cabeças! Isso sem contar com o genial e depressivo robô Marvin (Warwick Davis e voz de Alan Rickman) – um robô que passa o tempo todo reclamando da vida! Ainda no elenco, temos Bill Nighy como um construtor de planetas (!) e John Malkovich, num papel criado especialmente por Adams para a versão cinematográfica.

Douglas Adams, autor do livro e do roteiro do filme, tem no currículo uma breve participação no seriado Monty Python Flying Circus, como ator e roteirista. Isso levou, claro,  a comparações entre O Guia… e os filmes do Monty Python. Bem, são estilos diferentes, O Guia… não quer ser pythoniano. Mas uma ou outra cena bem que poderia estar num filme do sexteto britânico… Como a sensacional sequência da baleia caindo…

(Não podemos deixar de citar que os Vogons parecem extraídos de um filme do Terry Gilliam!)

Existe uma narração no início do filme, feita por Stephen Fry, que, curiosamente, foi dublada em português nas versões legendadas. Normalmente sou contra dublagens, mas sabe que funcionou?

O “dia da toalha” também é chamado de “dia do orgulho nerd”. Bem, feliz “dia da toalha” atrasado para você, caro leitor nerd!

p.s.: o filme tem a resposta para a pergunta fundamental sobre a vida, o universo e tudo mais! Mas não vou dizer aqui, por causa dos spoilers… 😀

Fim dos Tempos

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Fim dos Tempos

Inexplicavelmente, pessoas nas grandes cidades perdem a vontade de viver e começam a cometer suicídio em massa. A princípio se pensa em atentados terroristas, mas logo se descobre que a natureza está se vingando dos maus-tratos.

Algum tempo, um trailer como o do Fim dos Tempos, seguido da informação “do mesmo diretor de O Sexto Sentido” poderia ser uma boa promessa. O trailer é muito legal, e ainda por cima o cartaz nos remete a Contatos Imediatos do Terceiro Grau.

Mas… Depois do Sexto Sentido, veio Corpo Fechado, que é muito legal, mas apenas copia a idéia do filme anterior. E depois veio Sinais, que é um bom filme, mas com um fim péssimo. E depois tivemos A Vila, que poderia ser um episódio de Twilight Zone, mas não se sustentava como filme longa metragem. E depois veio Dama na Água, que é ruim, muito ruim, mas tão ruim que não vale nem como filme trash.

E aí ficamos com pé atrás: será que o cara conseguiu se recuperar?

Bem, infelizmente, não. O filme é bem fraquinho… Só não é tão ruim quanto o Dama na Água, afinal, se leva menos a sério. (O principal problema do Dama na Água é que o filme é pretensioso e se propõe a ser um filme sério! Se se assumisse trash, talvez fosse divertido…)

M Night Shyamalan, depois do fracasso de seu último filme, prometia aqui uma volta por cima. Mas agora fica uma dúvida no ar: será que ele é um bom diretor vivendo maus momentos, ou apenas um diretor tosco que teve apenas uma grande idéia para um grande filme – O Sexto Sentido?

As cenas são paupérrimas. Os diálogos são fracos, as atuações são fracas… Pouca coisa se salva no filme, talvez a trilha sonora de James Newton Howard.

O elenco todo está ruim. Mark Wahlberg interpreta Elliot Moore, um professor que traça teorias enquanto foge do inexplicado. Talvez se ele se assumisse um pouco mais vagabundo, fosse melhor. Afinal, existe até um monólogo dele com uma planta de plástico! Completam o elenco John Leguizamo e Zoey Deschanel, além da garotinha Ashlyn Sanchez.

Fica a dica: veja pensando que é um filme trash. Talvez você se divirta…