xXx: Reativado

XXXCrítica – xXx: Reativado

Depois de um acidente envolvendo o agente Gibbons, a CIA consegue encontrar Xander Cage, que estava escondido, dado como morto, e convocá-lo para voltar à ativa.

Vamulá. Muita gente vai falar mal mesmo sem ver o filme. xXx: Reativado (xXx: Return of Xander Cage, no original) é daquele tipo de filme onde é legal dizer que é uma porcaria. Afinal, é um filme genérico de tiro, porrada e bomba. Agora, quem se propõe a ir ao cinema ver um filme desses não espera algo diferente disso. Escreverei a crítica pensando nisso.

Voltemos uns anos no tempo. No início dos anos 2000, Vin Diesel começou a aumentar o seu star power e entrou numa de não fazer continuações – não quis fazer o segundo Velozes e Furiosos (2003), nem o segundo xXx (2005). A indústria mudou, a cabeça do Vin Diesel mudou, ele voltou à franquia Velozes e Furiosos e virou uma estrela. Por que não reativar outra franquia?

A direção coube a D. J. Caruso, um nome compatível com o projeto – tem bons filmes no currículo (Paranoia, Controle Absoluto, Eu Sou o Número 4), mas nada que se destaca. Aqui ele faz “o de sempre” – mais um filme competente, mas esquecível. Porque o importante aqui é que temos uma boa quantidade de sequências de ação bem filmadas e bem humoradas. Veracidade? O cara que pagou ingresso não quer veracidade, quer ver tiro, porrada e bomba…

Claro que xXx: Reativado tem muitos absurdos. Um deles me lembrou outra franquia do mesmo Vin Diesel. Sabe aquela cena final do Velozes 6, onde um avião fica tempo demais numa pista de aeroporto? Desta vez um avião fica tempo demais caindo. O tempo da queda é tão absurdo quanto no outro filme.

Uma das falhas é que o elenco tem muita gente, e não sabe equilibrar bem esses personagens. Alguns estão bem, como Donnie Yen (Rogue One). Mas outros parecem desperdiçados, como Tony Jaa, que dá uns dois saltos e só. Se é pra colocar muitos personagens, que eles estejam equilibrados, como aconteceu em Sete Homens e um Destino.

Uma tendência do cinema de ação contemporâneo está presente: o empoderamento feminino. Temos 3 mulheres no time principal: Deepika Padukone e Ruby Rose nas cenas de ação e Nina Dobrev como um dos alívios cômicos. Isso porque não falei que a Toni Collette faz a chefa da CIA. Ainda no elenco, Kris Wu, Rory McCann e Michael Bisping, em papeis que se fossem cortados do filme, ninguém sentiria falta. Ice Cube e Samuel L. Jackson aparecem em pontas (ambos repetindo papeis da franquia). Ah, também tem o Neymar – sim, o jogador de futebol – numa cena onde vemos claramente que ele não estava no mesmo ambiente que seu interlocutor (o que nos faz pensar se existem outras versões do filme com outros atletas mais famosos em outros países).

O fim do filme deixa clara outra tendência do cinema atual: temos um gancho para continuar a franquia (o nome já dizia, né? “Reativado”…). Um aviso aos haters: em breve deve aparecer um quarto filme…

Enfim, como falei lá em cima, é legal dizer que xXx: Reativado é uma porcaria. Mas pelo menos é uma porcaria divertida.

Eu Sou o Número 4

Crítica – Eu Sou o Número 4

Depois de uma guerra no planeta Lorien, nove crianças conseguem fugir e se esconder na Terra. Aqui, separados, cada um vive sua vida, tentando se misturar aos humanos sem chamar a atenção. Eles se escondem dos Mogadorians, inimigos que pretendem eliminar todos, na ordem certa, e que já conseguiram assassinar os números Um, Dois e Três…

Ok, a história não é novidade. A gente já viu isso outras vezes. Podemos então analisar Eu Sou o Número 4 sob dois pontos de vista: ou é um bom filme de ação; ou é mais uma história igual a dezenas de outras.

A trama é realmente batida. Um alienígena está escondido na Terra, porque o seu planeta foi atacado por uma raça muito muito malvada. Aqui, enquanto ele vive todos os clichês de high school americana, os malvadões vêm atrás dele, que terá que desenvolver seus poderes para se defender.

É batido, mas é bem feito. Dirigido pelo competente D.J. Caruso (Controle Absoluto), o filme demora um pouco a engrenar, mas, quando engrena, vira um empolgante filme de ação, como não se vê todos os dias. Os efeitos especiais são excelentes, e o terço final do filme é de tirar o fôlego. Batalhas envolvendo monstros, super poderes e super explosões. Ah, se todos os filmes de super-herois tivessem essa adrenalina…

O elenco não traz muita gente conhecida. Timothy Oliphant (The Crazies – A Epidemia, A Trilha) e Kevin Durand (Lost, Legião) são coadjuvantes no filme estrelado por Alex Petyfer (Alex Rider Contra o Tempo) e Dianna Agron (Glee), que ainda conta com Teresa Palmer, Callan McAuliffe e Jake Abel. Ninguém se destaca, tampouco ninguém faz feio.

Eu Sou o Número 4 tem cara de ser “o início da série”. Não sei se vêm outros filmes, ou se vai virar série de tv, mas é clara a intenção de que a ideia é continuar a história. O fim do filme é aberto, outros personagens ainda vão entrar na trama.

Quem não curte o estilo vai ver primeiro os defeitos. Mas é uma boa opção para os fãs de filmes de ação e, por que não, para os fãs de super-herois…

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Controle Absoluto

Controle Absoluto

Jerry (Shia LaBeouf) é um sujeito normal, que, apesar de não gostar muito do sistema, leva uma vida tranquila trabalhando numa loja de xerox (chamada “Copy Cabana”, gostei!). Rachel (Michelle Monaghan) também tem uma vida comum de mãe solteira, cuidando de seu filho. Até que ambos começam a receber telefonemas de uma mulher desconhecida, que usa toda a tecnologia em volta para controlar todos os seus atos, transformando-os em perigosos fugitivos.

Dirigido por D. J. Caruso – que um ano antes fez Paranóia com o mesmo LaBeouf – Controle Absoluto (Eagle Eye no original) é daqueles filmes com ação de tirar o fôlego. O filme é uma correria só!

O elenco é muito bom. Não só LaBeouf e Monaghan estão bem em seus papéis, como o filme ainda conta com coadjuvantes como Rosario Dawson, Billy Bob Thornton e Michael Chiklis.

O filme tem um problema: a ideia é absurda demais! Mesmo depois de sabermos quem está por trás de tudo, fica difícil de acreditar que tudo aquilo pode ser controlado daquele jeito. E também fica difícil de acreditar num plano tão mirabolante, afinal, se eles têm “controle absoluto” sobre tudo, não seria mais fácil fingir um acidente?

Se a gente aceitar os absurdos propostos aqui, é um excelente filme de ação.