Divergente

0-DivergenteCrítica – Divergente

Ué? Já tá na época de um novo Jogos Vorazes? Ah, é outro filme…

Em um futuro distópico dividido em facções baseadas em virtudes, uma menina descobre que é uma Divergente e por isso não se encaixa em uma única facção. Quando ela descobre um plano para matar todos os Divergentes, ela precisa descobrir por que estes são perigosos – antes que seja tarde demais.

Rótulos, rótulos. A mídia precisa de rótulos, fica mais fácil de vender. Com o sucesso da franquia Jogos Vorazes, apareceu o rótulo “jovens adultos” pra classificar aquela garotada que cresceu com o Harry Potter e, mesmo sem admitr, acompanhou a saga Crepúsculo.

Claro que fariam mais filmes na mesma onda, né? Assim como as três franquias citadas no parágrafo acima, Divergente também é baseado em uma série de livros, escritos por Veronica Roth.

Tudo aqui lembra Jogos Vorazes, até o cartaz. Mas a história do filme dirigido por Neil Burger (Sem Limites) está mais próxima de Matrix – o escolhido que pode destruir o sistema. Tudo isso, claro, numa trama cheia de clichês. Todos os eventos esperados estão lá, tudo no seu lugar, tudo bem previsível.

Não achei muita lógica nesta sociedade distópica – por exemplo, não tem nenhum velho na Audácia? Mas, para mim, o pior de Divergente foi a temática adolescente. Tanto que a revista Capricho oferece um teste para você saber qual facção pertenceria…

O elenco não está mal. Shailene Woodley e Theo James fazem o par principal, e têm tudo para virarem nomes mais conhecidos. Ashley Judd está bem, apesar de parecer mais velha do que é (ela faz 46 anos esta semana, mas aqui parece ter mais de 50). Kate Winslet tenta fazer uma vilã mas não consegue acertar o tom. Ainda no elenco, Ray Stevenson, Zoë Kravitz e Maggie Q.

Divergente não tem fim, claro, é uma série de três livros. Mas o pior não é ter um fim aberto, o pior é que a gente já consegue adivinhar o que vai acontecer no próximo filme. Tomara que façam que nem na franquia “prima” Jogos Vorazes e a trama se desenvolva por um caminho menos óbvio.

Sem Limites

Crítica – Sem Limites

Sem Limites parte de uma premissa muito interessante: o que faria uma pessoa com capacidade de usar 100% do cérebro? E o resultado final ficou muito legal. Mas alguns furos no roteiro impediram o filme de ser ainda melhor.

Eddie Morra (Bradley Cooper) é um escritor em crise criativa. Por um acaso do destino, ele experimenta o NZT, uma droga experimental que lhe permite usar a capacidade total do cérebro, diferente dos 10 a 20% habituais. Com isso, Eddie vira um gênio em tudo. Mas tem que tomar cuidado com as armadilhas que aparecerão.

Vamos primeiro ao que funciona no filme dirigido por Neil Burger (O Ilusionista). A edição, combinada a eficientes efeitos especiais, deu a Sem Limites um visual incrível. Rolam uns travellings alucinantes (um deles durante os créditos iniciais) que deixam o espectador tonto, mesmo sem usar efeitos no estilo 3D. E os efeitos funcionam perfeitamente pra ilustrar o poder da droga tomada por Eddie – até a cor do filme muda.

O elenco também está bem. Aos poucos, Bradley Cooper se firma como estrela hollywoodiana. Há pouco ele era um desconhecido no elenco de Se Beber Não Case; agora ele tem no currículo um dos papeis principais de Esquadrão Classe A e ainda contracenou com Julia Roberts em Idas e Vindas do Amor e com Sandra Bullock em Maluca Paixão. E o filme tem um coadjuvante de luxo, Robert de Niro. Ainda no elenco, Abbie Cornish, também em cartaz com Sucker Punch, e uma ponta de Anna Friel.

Agora vamos falar das falhas no roteiro. Mas, antes, os avisos de spoiler!

SPOILERS!

SPOILERS!

SPOILERS!

São vários pontos:
– Às vésperas de uma grande reunião, Eddie não deixaria os comprimidos longe.
– Por que diabos ele não pagou o agiota russo?
– Se ele ficou tão inteligente a ponto de aprender piano e línguas estrangeiras quase automaticamente, por que não ele mesmo tentar fabricar a pílula? Precisava contratar um laboratório?
– Heu não tomei nenhuma pílula, e sabia que o agiota russo não ia parar. Só se morresse. Por que ele não contratou os seguranças pra matar o cara?
– O apartamento novo era um bunker. Não ia ser tão fácil de entrar! Um apartamento daqueles ia ter ligações diretas com a delegacia mais perto!
E por aí vai…

FIM DOS SPOILERS!

Mesmo assim, Sem Limites é um bom filme, uma boa opção em cartaz nos cinemas.

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