Jason Bourne

Jason BourneCrítica – Jason Bourne 

O ex-agente mais perigoso da CIA está de volta para descobrir verdades ocultas sobre o seu passado.

Depois do terceiro filme do personagem Bourne, parece que Matt Damon teria dito que queria largar a franquia para diversificar a carreira. Pelo jeito, mudou de ideia e repensou a decisão – afinal, só dá franquia no cinema blockbuster contemporâneo.

Pelo menos este novo Jason Bourne (idem no original) mantém a qualidade da franquia. Inclusive o diretor é o mesmo Paul Greengrass do segundo e terceiro filmes.

A volta de Greengrass é uma boa notícia para os fãs da franquia, porque garantiu o padrão. Mas preciso confessar que não gosto do estilo do diretor, de usar câmera tremida na mão o tempo todo. Isso inclusive atrapalha nas cenas de ação. Na minha humilde opinião, o filme seria bem melhor se a câmera temesse menos.

Agora, o problema real de Jason Bourne é que a gente já viu tudo isso antes. Se o primeiro Bourne, lá longe, em 2002, inovou e revolucionou o conceito dos espiões no cinema contemporâneo, este novo é apenas mais um bom filme de ação.

Pelo menos Jason Bourne é um filme competente. Os fãs da franquia vão curtir. E admito que, mesmo com a câmera tremida, a “obrigatória” cena de perseguição de carros é de tirar o fôlego.

Outro destaque é o elenco. Além da volta de Damon e Julia Stiles, o filme também conta com a recém oscarizada Alicia Vikander, além de Tommy Lee Jones e Vincent Cassel.

Enfim, nada de novo. Mas vai agradar os fãs.

Capitão Phillips

Crítica – Capitão Phillips

Esqueça Jack Sparrow! É hora de falar de piratas de verdade!

A história real do Capitão Richard Phillips e o sequestro do navio americano MV Maersk Alabama por piratas somalianos em 2009, o primeiro navio de carga norte americano sequestrado em duzentos anos.

Capitão Phillips é baseado em uma história real. Se por um lado, isso é um spoiler do fim (a gente sabe que o cara não morreu), por outro, proporciona um drama maior à história.

O filme foi dirigido por Paul Greengrass, o mesmo do segundo e do terceiro Bourne. O cara é eficiente em criar climas tensos – algo essencial para um filme desses. Mas, por outro lado, ele é adepto da câmera “documental”, sempre na mão, sempre tremendo. Enche o saco, cansa a vista. Vou propor uma vaquinha pra comprarmos uns tripés pra emprestar pra ele.

Pelo menos a tensão é bem construída, e o fime tem um bom ritmo – são pouco mais de duas horas de duração, mas nem parece. E Capitão Phillips ainda tem uma vantagem: acompanhamos a situação sob os dois pontos de vista, tanto dos americanos sequestrados quanto dos piratas somalianos. O filme consegue fazer um bom retrato político sem ser panfletário.

O grande destaque aqui é o elenco. Curiosamente, Capitão Phillips só tem um ator conhecido, Tom Hanks, não reconheci mais ninguém no elenco (só uma ponta rápida da Catherine Keener como a sra. Phillips no início do filme). Hanks está ótimo, como era de se esperar. O outro destaque é que é uma surpresa: Barkhad Abdi, ator somaliano que morava nos EUA (onde trabalhava como motorista) em seu primeiro trabalho como ator. Abdi (que é bem parecido com o Ronaldinho Gaúcho) arrebenta, e tem vários bons momentos ao lado de Hanks.

(Hanks está muito bem, mas achei a cena final over. Parece que a cena só está lá para gerar mais uma indicação ao Oscar para ele…)

Quem conseguir aguentar a “câmera com mal de Parkinson” terá um bom programa.