Victor Frankenstein

victor-frankensteinCrítica – Victor Frankenstein

Mais uma modernização de um clássico do terror…

Contada a partir da perspectiva de Igor, conhecemos as origens obscuras do jovem e conturbado assistente, sua amizade redentora com o jovem estudante de medicina Victor Von Frankenstein, e como ele se tornar testemunha ocular do surgimento de como Frankenstein se tornou o homem – e a lenda – que conhecemos hoje.

O grande chamariz pra este filme é a dupla principal de atores, Daniel “Harry Potter” Radcliffe e James “Prof. Xavier” McAvoy. E isso já traz um problema logo de cara: Radcliffe é galã, mas como interpreta o feioso Igor, logo arranjam uma desculpa pra ele deixar de ser corcunda. Desnecessário, na minha humilde opinião, Radcliffe está bem como corcunda no início do filme.

Dirigido por Paul McGuigan (Heróis, Xeque Mate), Victor Frankenstein (idem, no original) não é um grande filme. Mas pelo menos é melhor que Frankenstein – Entre Anjos e Demônios, aquela bomba estrelada por Aaron Eckhart.

O roteiro é de Max Landis, um nome ainda pouco conhecido, mas com pedigree: trata-se do filho de John Landis, diretor que sabia como poucos transitar entre a comédia, o terror e o musical (o cara dirigiu, entre outros, Blues Brothers, Um Lobisomem Americano em Londres e Trocando as Bolas, entre vários outros bons filmes). Bem, a comparação é inevitável, mas o Landis filho ainda não mostrou o talento do pai…

Entre trancos e barrancos, o filme até flui bem pelos primeiros dois terços. Pena que escorrega feio na parte final, justo quando temos a criatura.

Gostei muito da atuação de James McAvoy, que consegue transmitir bem a loucura do dr. Frankenstein. Radcliffe não está mal, mas é mais do mesmo. Ainda no elenco, Jessica Brown Findlay e Andrew Scott.

No fim, depois de mais uma modernização de um clássico do terror, mais uma vez a gente se pergunta: precisava?

Xeque Mate

Xeque Mate

Normalmente, um filme com um elenco desses é para ser visto no cinema e na época do lançamento. Mas comi mosca, nem sabia que esse filme existia!

Slevin (Josh Hartnet) é o cara errado no lugar errado. Ele é confundido com um amigo que deve dinheiro a dois mafiosos rivais e por causa disso, se mete em vários problemas.

Xeque Mate (Lucky Number Slevin no original) é daquele tipo de filme que você tem que prestar atenção nos detalhes. Várias coisas só são revelados no fim do filme. Isso é muito legal, você pega pistas, e no fim, tudo é amarrado. O problema é que você tem que curtir o filme sem pensar muito, aí você não repara numa ponta solta aqui ou num furo no roteiro acolá…

Gostei muito da edição ágil do filme. Algumas das seqüências são muito boas, como a parte inicial, que mostra todo o quebra cabeça em volta da aposta nos cavalos. Me lembrou uma leva de filmes nos anos 90 que queriam seguir a onda aberta com Tarantino e seu Pulp Fiction. Quero mais filmes assim!

O elenco é muito bom. Além de Hartnet, temos Bruce Willis, Morgan Freeman, Ben Kingsley e Lucy Liu, e coadjuvantes de luxo como Stanley Tucci, Danny Aiello e Robert Forster. E o diretor Paul McGuigan foi o mesmo que fez Herois este ano.

Resumindo: não é um filme essencial, mas é um bom programa.