Dredd

Crítica – Dredd

Num futuro pós apocalíptico, a única autoridade está na figura do “juiz”, um misto de policial, juiz, júri e executor. Um juiz veterano e uma novata com poderosas habilidades psíquicas são designados a uma investigação em um local controlado por uma poderosa traficante.

Judge Dredd é um personagem de quadrinhos originário da revista britânica 2000 AD, que já tinha ganhado uma adaptação, O Juiz (Judge Dredd), estrelada por Sylvester Stallone em 1995 – um filme odiado pelos fãs do quadrinho.

A direção desta nova tentativa ficou a cargo de Pete Travis, que fez um bom trabalho em Ponto de Vista. Não me lembro muito do filme anterior, mas lembro que não achei lá grandes coisas – só vi uma vez, na época que foi lançado. Não tenho como comparar as versões, mas arrisco a dizer que este novo filme é bem melhor. Dredd é um bom filme!

A ambientação é um dos trunfos de Dredd. Bons cenários, bons figurinos e efeitos especiais eficientes e bem dosados tornam o filme uma boa opção para os apreciadores de filmes de ação. Além disso, o filme é bem violento. Vemos muitas mortes com detalhes que beiram o gore de filmes de terror. Li no imdb que os quadrinhos são violentos assim…

Dredd tem uma câmera lenta muito bem feita. As cenas que retratam o uso da droga “slo mo” trazem imagens belíssimas, como poucas vezes vistas em filmes violentos de ação.

Dredd é um bom filme, mas teve um azar muito grande: estreou pouco depois de Operação Invasão / The Raid Redemption / Serbuan Maut, filme indonésio que tem uma trama bem parecida (policial quase super humano tem que pegar um chefão de drogas que mora no alto de um prédio onde tem capangas por todos os andares). Li no imdb que a produção do filme americano começou mais cedo, mas o filme indonésio estreou antes e é bem melhor. Acho que a única grande diferença é que o policial americano tem munição quase infinita enquanto o seu paralelo oriental fica sem munição e parte para a luta com artes marciais…

Achei curioso escalarem um ator relativamente famoso para um papel que nunca mostra a cara – achei que em algum momento Karl Urban (RED, Star Trek, A Supremacia Bourne) tiraria a máscara para justificar o provável alto cachê. Além de Urban, Olivia Thirlby (A Hora da Escuridão) e Lena Headey (300) estão bem.

Enfim, boa opção. Principalmente para quem não viu Operação Invasao