Apocalipse Yakuza

Apocalipse-Yakuza-1Crítica – Apocalipse Yakuza

(Como vai ser quase impossível de se ver este filme fora de festivais, incluí um spoiler leve.)

Filme novo do Takashi Miike que mistura a Yakuza com vampiros. Olha lá outro daqueles filmes que só passam em festivais!

“Filme novo do Takashi Miike” é um conceito meio abstrato. O cara faz MUITOS filmes – o imdb do cara diz que ele dirigiu 99 filmes em 25 anos de carreira! Vi poucos, não sei inserir este Apocalipse Yakuza (Gokudou Daisensou, no original) na sua filmografia.

Porque, comparando com o cinema mundial, Apocalipse Yakuza é um filme beeem fora do padrão. O fato de misturar máfia com vampirismo é o de menos. Temos uma espécie de “Van Helsing” que só fala em inglês (todo o resto do elenco fala japonês), temos um Kappa (figura mística da cultura japonesa), e temos um elemento ainda mais bizarro do que tudo isso junto: um lutador que anda de bicicleta, vestido com uma fantasia de sapo muito, muito tosca! E que quando tira a fantasia, tem cabeça de sapo!!!

Apocalipse-Yakuza-2Sobre as lutas, reconheci o nome do Yayan Ruhian no elenco, o cara estava nos 3 filmes do Gareth Evans (The Raid). Ruhian é um exímio lutador de artes marciais. O “homem sapo” também luta bem. Aliás, na parte da violência, Takashi Miike sempre manda bem.

Agora, o roteiro é preguiçoso. Várias coisas são deixadas de lado, como, por exemplo, determinada hora vemos uma horda de vampiros que mais parecem zumbis, mas todos eles somem quando é conveniente para o roteiro.

Enfim, filme maluco. Mesmo, muito maluco. E tem gancho para uma continuação. Tenham medo! Tenham muito medo!

p.s.: Quem quiser conhecer um bom filme do Takashi Miike, recomendo Ichi The Killer. Bom, violento, e nada maluco.

Kiri: Profissão Assassino

KiriCrítica – Kiri: Profissão Assassino

Um site que promove leilões para contratos de assassinos de aluguel funciona sob uma determinada ética. Até que um dia, um assassino contratado por apenas um centavo quebra regras básicas, e agora as pessoas que trabalham para o site têm que descobrir quem é o novo assassino.

Às vezes patroa implica comigo porque vivo fuçando o imdb atrás de dados sobre os filmes que vejo. Este Kiri: Profissão Assassino (Kiri: Shokugyô Koroshiya, no original) apareceu no Festival do Rio, com muito pouca informação sobre ele. Fui ver, o diretor Koichi Sakamoto tem vááários filmes dos Power Rangers no currículo. Viu só? Assim dá pra gente saber o que esperar do filme desconhecido…

Kiri: Profissão Assassino é uma divertida bobagem. Curtinho (77 minutos!), traz diversas lutas bem coreografadas, protagonizadas por belas japonesas – isso sim, algo difícil de se ver. A história é besta, mas o filme passa tão rápido que nem incomoda.

Enfim, nada demais, mas pelo menos me diverti durante a projeção. E esse é daqueles que NUNCA mais vou ter chance de ver…

Ah, não tem nada de pessoas que vestem uniformes coloridos para lutarem juntos…

p.s.: O filme é tão underground que não achei um poster no google imagens!

Anomalisa

AnomalisaCrítica – Anomalisa

Uma animação em stop-motion dirigida pelo Charlie Kaufman? Ei, isso deve ser legal!

Um escritor, autor de um best-seller corporativo, está em uma cidade para fazer uma palestra, quando encontra uma mulher que muda a sua vida.

Charlie Kaufman é um cara que merece o nosso respeito, afinal ele roteirizou alguns dos filmes mais criativos deste novo milênio – ele ganhou o Oscar pelo roteiro de Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (do Michel Gondry) e foi indicado por Quero Ser John MalkovichAdaptação (ambos do Spike Jonze). E agora ele se aventura em um longa metragem em stop-motion, um projeto realmente independente – ele usou o kickstarter, famoso site de crowdfunding, para levantar fundos. O resultado deveria ser interessante, não?

Não é. Anomalisa é chato e enfadonho. E muito pouco criativo.

Anomalisa tem 90 minutos, mas a história não tem fôlego para tanto – talvez funcionasse como um curta. O filme se arrasta em diálogos bobos e situações sem graça. Apenas uma parte tem a criatividade esperada pelo “pedigree kaufmaniano”, a sequência onde o escritor vai conversar com o gerente do hotel. Se o filme todo fosse nessa pegada, o resultado seria outro.

Um parágrafo à parte para falar da cena de sexo. Duke Johnson, que co-dirigiu o filme, declarou que levou seis meses para animar esta cena, porque queria o máximo de realismo possível. Ou seja: temos uma cena realista com bonecos feios – a cena não é sexy nem engraçada. É uma cena longa, parece interminável! Me questionei qual o sentido desta cena existir. Será que é pra afirmar que esta é uma animação stop-motion não recomendada para crianças?

Pra não dizer que o filme é um completo equívoco, gostei da parte técnica da animação, e gostei da ideia de todas as vozes secundárias serem feitas pelo mesmo ator (David Thewlis e Jennifer Jason Leigh interpretam o casal principal, todas as outras vozes são de Tom Noonan). Ah, claro, também gostei da sequência que citei ali em cima.

Mas é pouco. Charlie Kaufman é capaz de algo melhor.

Green Room

Green Room - posterCrítica – Green Room

Sem grana, uma banda punk aceita fazer um show em um bar de skinheads, mas acabam ficando presos no camarim depois de presenciar um assassinato.

Escrito e dirigido por Jeremy Saulnier, Green Room é um filme cru e violento. A história é simples, e até um pouco clichê: pessoas comuns colocadas em uma situação extrema. O interessante aqui é como isso é mostrado. As reações dos personagens são  críveis; e a violência gráfica é intensa. O clima tenso do filme é ótimo!

O elenco ajuda, todos estão bem. Se for pra destacar alguém, seria Patrick Stewart, que demora a aparecer, mas arrebenta com o seu vilão “mau como um pica pau”. Também no elenco, Anton Yelchin, Imogen Poots, Alia Shawkat, Mark Webber e Callum Turner.

Li por aí muitos elogios ao filme anterior do diretor Saulnier, Blue Ruin. É, mais um filme pouco conhecido que entrou na minha lista de filmes para procurar…

 

Paz & Amor

Love_&_PeaceCrítica – Paz e Amor

Um músico frustrado que sofre bullying por seus colegas de trabalho compra uma tartaruga, mas acaba se desfazendo dela, e se arrepende por isso. Mas sua tartaruga cresce e aprende a cantar.

No Festival do Rio do ano passado, uma das melhores surpresas foi Gangues de Tokyo, um musical hip hop em japonês. Claro que guardei o nome do diretor, Sion Sono. E claro que, quando li seu nome na programação deste ano, nem pensei duas vezes e garanti o meu ingresso.

Paz & Amor (Love and Peace em inglês) é divertidíssimo, apesar de ser um dos mais estranhos da programação deste ano. E por este motivo, não é um filme recomendado pra qualquer um, tem que ter a cabeça aberta para ver algo completamente fora da curva. Temos atuações à beira da caricatura (algo comum no cinema japonês), criaturas animadas toscamente e uma tartaruga gigante que parece o Baby da Silva Sauro.

Explicando melhor: existe uma trama paralela (que traz um belo plot twist, diga-se de passagem) onde temos brinquedos quebrados e animais abandonados que falam. E, em vez de serem animatronics ou cgi, são marionetes toscas! E a tartaruga, quando cresce, com grandes olhos e voz fina, lembra muito o personagem caçula da família Dinossauro.

Agora, mesmo com toda a tosqueira, a produção é muito bem feita. Temos grandes shows de música, e cenas bem feitas de destruição no fim. Falta de dinheiro não era um problema, a tosqueira deve ter sido uma opção da produção.

Agora aguardemos o festival de 2016, onde vou direto na programação procurar se tem algo novo do Sion Sono. E enquanto isso, passei o dia cantarolando a música tema do filme – impossível não sair do cinema com a música na cabeça!

p.s.: No trailer que tem no youtube tem a música, mas não aparece a tartaruga…

A Colina Escarlate

A Colina Escarlate posterCrítica – A Colina Escarlate

Alvíssaras! Guillermo Del Toro voltou ao terror!

Depois de uma tragédia na sua família, uma jovem escritora americana se casa e se muda para uma mansão misteriosa na Inglaterra.

O cinema de terror contemporâneo tem um grande nome, Jason Blum, que produz dezenas de filmes por ano – alguns até bem legais, como Sobrenatural, do James Wan. Legal, temos muitas opções, mas acaba que se criou uma cara “blumhouseiana”, com vários filmes parecidos. No meio dessa pasteurização, ver um filme do Guillermo Del Toro é um colírio para os olhos!

O último trabalho do Del Toro foi Círculo de Fogo, um blockbuster hollywoodiano que não agradou a todos. Mas foi um ponto fora da curva em sua filmografia. Del Toro tem uma carreira firme no cinema fantástico, com ótimos filmes como A Espinha do Diabo e O Labirinto do Fauno. A Colina Escarlate (Crimson Peak, no original) é a sua volta ao cinema fantástico.

Com roteiro do próprio Del Toro em parceria com Matthew Robbins, A Colina Escarlate é uma história de fantasmas à moda antiga. Del Toro consegue criar um clima excelente, ajudado por uma impressionante fotografia – se a Academia não for preconceituosa com filmes de terror, temos um forte candidato ao Oscar de melhor fotografia. São várias imagens belíssimas ao longo da projeção. A boa trilha sonora é outro destaque. E, numa época de filmes com “violência sem sangue”, a violência gráfica mostrada no filme também chama a atenção. Algumas cenas são bem fortes!

Infelizmente, nem tudo funciona. A primeira metade é muito lenta, toda a parte nos EUA demora a passar, o filme melhora muito quando eles chegam na tal “colina Escarlate” do título. Além disso, a trama tem alguns elementos bastante previsíveis (não entro em detalhes por causa de spoilers, mas quando vocês verem, vão concordar comigo).

O elenco é baseado em três bons atores. Mia Wasikowska (a Alice) e Tom Hiddleston (o Loki) estão bem; Jessica Chastain (Perdido em Marte) não está mal, mas perdeu a oportunidade de fazer uma vilã memorável. Também no elenco, Charlie Hunnam, Leslie Hope e Jim Beaver (o Bobby de Supernatural). Ah, os dois dos atores por trás dos fantasmas são Doug Jones, o Abe Sapiens de Hellboy, e Javier Botet, que fez a Menina Medeiros de REC e a Mama de Mama.

A Colina Escarlate pode até não ser um novo Labirinto do Fauno, mas pelo menos Guillermo Del Toro largou os blockbusters de monstros e robôs gigantes e voltou ao estilo onde ele funciona melhor.

The Lobster

The Lobster - posterCrítica – The Lobster

Quando a gente lê “futuro distópico” em uma sinopse, a gente logo lembra de filmes como Jogos Vorazes, Maze Runner ou Divergente. Bem, esqueça isso!

Vamos a uma das sinopses mais estranhas dos últimos tempos: nesta sociedade distópica, as pessoas não podem ficar sozinhas. Quem está solteiro (ou separado, ou viúvo) é levado para um hotel, onde tem 45 dias para arranjar um par (e tem que ser “pra valer”, não existe a opção de namorar por namorar). Se não conseguir um(a) companheiro(a), será transformado(a) em um animal de sua escolha. Sim, um animal, de verdade.

Depois de chamar a atenção com títulos como Dente Canino e Alpes, o diretor grego Yorgos Lanthimos partiu para uma produção mais internacional – The Lobster é uma co-produção entre Grécia, Inglaterra, Irlanda, França e Holanda, e é falado em inglês e francês.

The Lobster é um conto bizarro, parece até os filmes surrealistas do Buñuel. A sociedade apresentada no filme é absurda, mas as interpretações são sérias – os personagens levam aquilo a sério, o absurdo é só para o espectador. Isso gera cenas geniais – e engraçadíssimas!

O elenco também é bem internacional: o irlandês Colin Farrell, os ingleses Rachel Weisz e Ben Whishaw, a francesa Léa Seydoux e o americano John C. Reilly. De um modo geral, o elenco parece um pouco apático, mas é exatamente o clima que o filme pede.

The Lobster tem um problema: o ritmo cai na parte final. Enquanto a narrativa está no hotel, a trama flui bem; quando vamos para a floresta, o foco muda, mas continua fluindo. Quando a história se fecha no casal, o filme perde o fôlego. Pena.

Mesmo com o fim mais fraco, The Lobster foi um dos melhores filmes do Festival do Rio 2015. Tomara que entre em cartaz!

A Travessia

A Travessia-posterCrítica – A Travessia

Em 1974, o equilibrista Philippe Petit recruta um time de pessoas para ajudá-lo a realizar seu sonho: atravessar os topos das duas Torres Gêmeas do ainda em construção World Trade Center.

Robert Zemeckis sempre vai morar no meu coração por ter dirigido De Volta Para o Futuro. Mas a gente não pode esquecer que ele fez um monte de outras coisas boas, e, entre elas, ganhou o Oscar de melhor diretor em 1995 por Forrest Gump. A Travessia lembra bastante o formato de seu filme oscarizado: temos um personagem contando uma história fascinante. A diferença é que Forrest Gump era um personagem fictício, enquanto Philippe Petit é real.

Ok, a gente não sabe se tudo aquilo mostrado no filme aconteceu de verdade, mas o fato é: em 74, enquanto as Torres Gêmeas ainda não estavam prontas, Petit prendeu um cabo entre os dois prédios e protagonizou talvez o número de equilibrismo mais famoso da história – tanto que virou um documentário em 2008, que chegou a ganhar o Oscar, O Equlibrista (Man on Wire).

O filme é narrado pelo próprio Petit, interpretado por Joseph Gordon-Levitt, que começa contando seu passado de uma forma meio didática. O ritmo melhora quando Petit vai para Nova York, e a narrativa de A Travessia passa a se assemelhar com os “filmes de roubo” e seus planos mirabolantes. Falando em Joseph Gordon-Levitt, ele fala com sotaque francês, e isso me fez pensar por que nas produções nacionais nunca pensam nisso… Também no elenco, Ben Kingsley, Charlotte Le Bon e James Badge Dale.

Ah, o 3D. Quem me conhece sabe que só admiro o 3D em raríssimas ocasiões, como A Invenção de Hugo Cabret. Pois bem, A Travessia é um desses casos. Zemeckis consegue efeitos especiais ao mesmo tempo discretos e impressionantes, onde o 3D finalmente faz diferença!

Ainda sobre os efeitos: fiquei curioso pra saber mais sobre a cena da travessia. Claro que são efeitos, o World Trade Center nem existe mais. Mas queria saber o quanto daquilo é cgi, será que Gordon-Levitt aprendeu a andar na corda bamba?

Bem, o que importa é que o filme tem cenas de tirar o fôlego. Quem tem medo de altura deve pensar duas vezes antes de ir ao cinema.

Micróbio e Gasolina

Microbio e Gasolina - posterCrítica – Micróbio e Gasolina

Filme novo do Michel Gondry!

Dois adolescentes, excluídos socialmente na escola, se tornam grandes amigos. Um é apelidado de Micróbio por causa de seu tamanho, o outro, de Gasolina, por gostar de coisas mecânicas. Decidem construir juntos uma casa sobre rodas, usando sucata do ferro velho, e saem de férias pela França.

Michel Gondry tem um currículo curioso. Seus fãs vão me xingar pelo que vou dizer agora, mas… sua carreira lembra a de M Night Shyamalan: um filme muito acima da média, e vários filmes à sombra deste. Gondry dirigiu um dos melhores filmes do início deste século, Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, mas nunca mais fez nada à altura. Rebobine Por Favor é legal, mas inferior ao Brilho Eterno. Sua participação em Tokyo foi decepcionante, e o seu Besouro Verde é muito ruim. Gondry mudou de estilo em Nós e Eu, um filme “menor”, legalzinho, mas só.

Analisando essa filmografia, Micróbio e Gasolina (Microbe et Gasoil, no original) é uma evolução. Está longe de Brilho Eterno, mas é seu melhor filme em muito tempo.

Micróbio e Gasolina é um filme leve, despretensioso – e por isso mesmo, muito bom. O clima me lembrou os filmes do Pequeno Nicolau, também franceses, comédias leves e com personagens carismáticos, que te convidam a viver as suas fantasias. A aventura dos adolescentes Daniel “Micróbio” e Théo “Gasolina” é irresistível. O espectador fica com vontade de ter 15 anos e embarcar na casa móvel construída pela dupla.

(Me lembrei de Plunct Plact Zuuum, musical da tv brasileira onde crianças construíam um foguete com sucata. É, sou velho… A diferença é que no programa brasileiro o foguete não voava, era só imaginação.)

Enfim. É só a gente não pensar que se trata do “novo filme do diretor de Brilho eterno Sem Lembranças” que temos um ótimo filme!

Festival do Rio 2015

Festival do Rio1Festival do Rio 2015

E chegou a hora esperada pelos cinéfilos cariocas! Começa o Festival do Rio, a grande maratona cinematográfica anual carioca!

Este ano são “apenas” 280 filmes, espalhados em 26 salas do Rio durante duas semanas. Tem pra todos os gostos, tem filmes nacionais inéditos, filmes gringos inéditos, uma mostra especial em homenagem ao mestre Orson Welles, uma retrospectiva das animações japonesas do Studio Ghibli, uma mostra Hal Hartley com a presença do próprio… Temos filmes novos, filmes velhos, filmes conhecidos, filmes underground, filmes esperados – e filmes inesperados.

Quem me conhece, sabe que foco mais nesses últimos, nos “filmes inesperados”. Ora, claro que quero ver vários filmes esperados, mas esses entrarão no circuito depois. Aproveito o festival para ver filmes desconhecidos que dificilmente serão lançados aqui.

Vou aproveitar este espaço para dar algumas sugestões. Só que serão sugestões diferentes de outros sites por aí. Enquanto outros sites focam em filmes badalados, a minha lista será de filmes underground!

Só lembrando que são filmes novos e inéditos. Muitos deles nunca passaram em lugar algum. Ou seja, temos chances de encontrar obras primas, mas também temos chances de encontrar filmes de qualidade duvidosa…

Vamos à lista?

A TRAVESSIA (The Walk)
Filme novo do Robert Zemeckis (De Volta Para o Futuro), estrelado por Joseph Gordon-Levitt (Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge), contando a história (real) de Philippe Petit, que caminhou sobre um cabo de ferro entre as torres gêmeas do então recém-inaugurado World Trade Center. Ok, esse não é underground e vai entrar em cartaz…

AS FÁBULAS NEGRAS (As Fábulas Negras)
Terror nacional, baseado no folclore brasileiro! Rodrigo Aragão, Joel Caetano, Petter Baiestorf e José Mojica Marins (o Zé do Caixão) dirigem 5 histórias curtas, sobre o Monstro do Esgoto, o Saci, o Lobisomem, a Iara e a Loura do Banheiro.

SR. HOLMES (Mr. Holmes)
Inglaterra, 1947. Sherlock Holmes, hoje com 93 anos, relembra antigos casos depois de ver um filme sobre sua vida e reconhecer pouco de si. Além de ser o Magneto e o Gandalf, Ian McKellen agora também é Sherlock Holmes!

LOVE & MERCY (Love & Mercy)
John Cusack e Paul Dano interpretam Brian Wilson, líder dos Beach Boys. O filme vai desde a gravação de Pet Sounds – um dos mais influentes álbuns de todos os tempos – até os anos 1980, quando Wilson se torna confuso, sob cuidado constante de um psiquiatra.

A COLINA ESCARLATE (Crimson Peak)
Guillermo Del Toro (O Labirinto do Fauno) de volta ao terror! Uma jovem escritora que vive fugindo de um trauma de infância vai viver em uma mansão que respira, sangra e tem memória. Estrelado por Mia Wasikowska (Alice no País das Maravilhas), Jessica Chastain (Perdido em Marte) e Tom Hiddleston (o Loki).

A SEITA (A seita)
Normalmente espero para ver os filmes nacionais quando são lançados. Mas achei sensacional a sinopse desse filme: “2040 foi um ano importante pra mim por duas razões. A primeira é que foi o ano em que eu decidi deixar as Colônias Espaciais e voltar a morar no Recife. A segunda é que foi em 2040 que eu descobri a existência da Seita.” É, esse filme não deve entrar em cartaz..

ANOMALISA (Anomalisa)
Animação em stop motion dirigida por Charlie Kaufman (Quero ser John Malkovich)

APOCALIPSE YAKUZA (Gokudo daisenso)
Novo trabalho alucinado e cheio de violência do mestre japonês Takashi Miike, que mistura yakuza com vampiros.

DER NACHTMAHR: SEU PIOR PESADELO (Der nachtmahr)
Filme alemão onde uma jovem de 17 anos depois de uma noite de loucuras passa a ser assombrada por uma criatura bizarra e repugnante, que mais ninguém consegue ver.

GREEN ROOM (Green Room)
No final de uma turnê em que as coisas deram errado, uma banda aceita um último show em um bar de skinheads em uma cidadezinha, onde presenciam um assassinato. Agora, o dono do lugar não pretendem deixar que as testemunhas saiam de lá vivas. Estrelado por Anton Yelchin (Star Trek “novo”) e Patrick Stewart (Star Trek “velho”).

MICRÓBIO & GASOLINA (Microbe et Gasoil)
A nova comédia de Michel Gondry (Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças) mostra dois jovens que ficam amigos e decidem construir um lar sobre rodas e seguir juntos para um acampamento que tem papel fundamental na memória afetiva de um deles.

PAZ & AMOR (Love & Peace)
Ano passado, uma das mais agradáveis surpresas foi Gangues de Tóquio, um musical feito com rap em japonês. O mesmo diretor Sion Sono agora traz uma história onde um cara solitário reencontra uma tartaruga que ele tinha, que foi jogada pela privada. Detalhe: a tartaruga cresceu e aprendeu a falar!

THE DIARY OF A TEENAGE GIRL (The Diary of a Teenage Girl)
São Francisco, anos 1970. Uma adolescente usa um pequeno gravador como diário e ali confessa seus pensamentos mais íntimos, em uma época em que a cidade está repleta de hippies cabeludos. Com Alexander Skarsgård (True Blood), baseado na graphic novel de Phoebe Gloeckner.

THE LOBSTER (The Lobster)
Em um futuro distópico diferente, pessoas solteiras são transformadas em um animal de sua preferência e soltas no meio da Floresta. Estrelado por Colin Farrell (O Vingador do Futuro) e Rachel Weisz (Oz: Mágico e Poderoso).