A Quinta Onda

A Quinta OndaCrítica – A Quinta Onda

Pelo trailer, parecia ser um bom filme de apocalipse alienígena. Ah, como os trailers enganam…

Quatro ondas de ataques alienígenas, cada vez mais mortais, dizimam a maior parte da população da Terra. Neste cenário, uma jovem tenta desesperadamente salvar seu irmão mais novo.

Antes de tudo, um aviso: por mais que tenha elementos de cinema catástrofe, A Quinta Onda (The 5th Wave, no original) é muito mais próxima de sagas teen de futuro distópicas como Jogos Vorazes, Maze Runner e Divergente (e até mesmo Crepúsculo). Só soube depois da sessão de imprensa, o filme se baseia numa série de livros direcionados a “jovens adultos”, escritos por Rick Yancey.

A Quinta Onda até começa bem. Mas quando começa o papinho romântico, vai tudo ladeira abaixo. E, no meio dos clichês presentes, temos até o triângulo amoroso… Vou te falar, na sessão para críticos, algumas cenas teoricamente sérias proporcionaram gargalhadas…

Pra piorar, muitas coisas parecem recicladas de outros filmes. Impossível não lembrar de Independence Day na primeira cena onde as naves aparecem, e os aliens são iguais aos “face hughers” de Alien. E não quero estragar o filme de ninguém, mas me lembrei de Marte Ataca na cena onde os inimigos estão com a “cabeça verde”…

Os méritos do filme ficam abafados por toda a baboseira. Os efeitos especiais da primeira parte são eficientes, mas estão quase todos no trailer. Chloe Moretz, veterana apesar da idade, não atrapalha, mas nem de longe lembra o seu início de carreira.

Ah, sobre o elenco, tenho outro comentário: o que aconteceu com a Maria Bello? Ok, sabemos que ela já tem 48 anos, mas ela sempre fez papeis de mulheres bonitas (e seus fãs hão de se lembrar de sua generosa nudez em Marcas da Violência, dez anos antes). Maria está acabada aqui, parece bem mais velha e mal cuidada. Espero que seja maquiagem! Ainda no elenco, Liev Schreiber, Ron Livingston, Nick Robinson e Maika Monroe.

No fim do filme, temos um gancho pra continuação. Deve vir por aí uma Sexta Onda…

Dead Before Dawn

Crítica – Dead Before Dawn

Filme de zumbi, com Christopher Lloyd no elenco? Epa, quero ver!

Um grupo de amigos universitários acidentalmente libera uma maldição que faz as pessoas cometerem suicídio e voltarem como zumbis demônios, ou “zemons”.

A ideia era boa. Mistura de zumbis com demônios era um bom ponto de partida. Mas rolava uma dúvida: por que será que Dead Before Dawn nunca tinha sido lançado no Brasil? A explicação é simples: sabe quando um filme é ruim, muito ruim? Infelizmente é o caso.

Dead Before Dawn parece uma produção de tv. Mas não uma produção de um canal legal, nada de um HBO da vida. Produção vagaba de canal teen. Me senti como se heu estivesse vendo Nickelodeon com minha filha de 12 anos.

Por ser uma “produção de tv teen”, não rola violência, nem gore, nem nudez. Tudo é muito exagerado, muito caricato – no mau sentido. A trama é ridícula, as atuações são patéticas. E os zumbis são péssimos, são fortes candidatos ao posto de piores zumbis da história do cinema.

Ah, tem o Christopher Lloyd, verdade. Coitado, mal aparece, sua participação é muito pequena, não da pra salvar o filme.

Ainda é em 3D. Sorte que não passou aqui nos cinemas, tive que baixar pra ver, então vi em 2D mesmo.

Enfim, desnecessário. Tem muita coisa melhor por aí.

Diário de um Banana 3 – Dias de Cão

Crítica – Diário de um Banana 3 – Dias de Cão

E vamos à terceira parte desta simpática franquia infanto-juvenil!

Tempos de férias escolares, tudo o que Greg quer é jogar videogame. Mas seu pai insiste que ele faça atividades fora de casa, o que leva Greg a ir a um clube, onde acaba encontrando a paixão platônica da escola.

Nunca li nenhum dos livros “O Diário de um Banana”, escritos por Jeff Kinney (perdi a conta, acho que estamos no sexto ou sétimo livro). Mas minha filha de 11 anos é uma ávida leitora das aventuras do “banana” Greg, e me falou algo curioso: “Dias de Cão” é o subtítulo do quarto livro. Fui pesquisar no imdb, descobri que este roteiro é baseado no terceiro e quarto livros. Gostei disso – se não tem história pra esticar, junta-se dois livros num filme. Muito melhor do que a atual moda caça-níqueis de se esticar um livro em dois filmes (como Harry Potter ou Crepúsculo, por exemplo).

Dirigido por David Bowers (o mesmo do segundo filme), Diário de um Banana 3 – Dias de Cão segue a linha dos primeiros filmes: um filme simples, engraçado e despretensioso, que diverte os mais jovens sem ofender a inteligência dos adultos que os acompanham – mal que ocorre em alguns filmes infantis. E, assim como acontece nos outros filmes, temos criativos efeitos visuais misturando trechos desenhados do diário com as imagens com os atores.

O roteiro é bem escrito – um dos roteiristas é o próprio Jeff Kinney. Desta vez vemos o atrapalhado Greg em suas investidas românticas. Não que tenha ficado ruim, longe disso. Mas senti falta de uma maior participação de personagens engraçados – o genial Fregley quase não aparece…

A manutenção de todo o elenco é um grande trunfo da série. Como aconteceu na franquia Harry Potter (de uma maneira muito mais modesta, claro), todo o elenco aqui estava nos dois primeiros filmes. O carismático Zachary Gordon lidera o bom jovem elenco, que conta com Robert Capron, Devon Bostick, Peyton List e Grayson Russell. Nos papeis adultos, Steve Zahn e Rachael Harris, nomes um pouco mais conhecidos.

(Chloe Moretz, que estava somente no primeiro filme, também não aparece aqui…)

Apesar da boa vendagem dos livros, a série Diário de um Banana não tem muito hype (como um Jogos Vorazes, por exemplo). O segundo filme passou nos cinemas, mas este terceiro, assim como o primeiro, acho que só chegou aqui em dvd, apesar de ter um “Cinemark” na imagem aí de cima.

Leve e despretensioso, Diário de um Banana 3 – Dias de Cão não é um grande filme – nem quer ser. Mas vai agradar os fãs da série.

Eu e Meu Guarda-Chuva


Eu e Meu Guarda-Chuva

Nova produção infanto-juvenil brasileira. Vamos ver qualé!

A sinopse: em sua última noite de férias, Eugênio, um menino de 11 anos, e seu melhor amigo, Cebola, se metem em aventuras inimagináveis para resgatar Frida, sua paixão e colega de escola, que foi sequestrada pelo fantasma do temível Barão Von Staffen.

Eu e Meu Guarda-Chuva é baseado no livro escrito por Branco Mello, Hugo Possolo e Ciro Pessoa. Sim, é o Branco Mello dos Titãs, e o Ciro Pessoa, o “quase Titã”. Tony Bellotto, autor dos livros do detetive Bellini, não é o único da banda paulista que é autor de livro que vira filme!

O filme, dirigido pelo estreante Tony Vanzolini, é curto e criativo. A história não é nada demais, é até bem simples. Mas pelo menos não insulta o espectador, como alguns filmes infantis que estão por aí.

A parte técnica funciona bem. São poucos e eficientes efeitos especiais, e a fotografia manda bem ao apresentar alguns lugares sombrios.

Falando nisso, Eu e Meu Guarda-Chuva traz boas locações. A escola onde se passa boa parte do filme é o Colégio Sion, em São Paulo, que tem ótimos cenários; e o filme ainda tem cenas gravadas na Suécia e na República Tcheca – foram usadas belas paisagens de Praga.

Ninguém se destaca no elenco. Os três garotos (Lucas Cotrim, Rafaela Victor e Victor Froiman) não atrapalham, mas também não fazem nada além do feijão com arroz. E Daniel Dantas tem o problema comum que assola dez entre dez vilões de filmes nacionais: está caricato demais. Arnaldo Antunes faz uma divertida ponta; Leandro Hassum é desperdiçado em uma ponta sem graça.

Para os pais que quiserem mostrar algo nacional para os seus filhos…

Lua Nova / New Moon

Lua Nova

Caros leitores, acredito que vocês não sabem, mas o post mais lido deste blog é, de longe, Crepúsculo, com quase cinco mil visitas em menos de nove meses. Em homenagem a esses(as) leitores(as), resolvi ver a continuação, Lua Nova, apesar de não ter gostado muito do primeiro filme.

Em Lua Nova, baseado no segundo livro de Stephenie Meyer, continuamos acompanhando a jovem e depressiva Bella (Kristen Stewart), apaixonada pelo vampiro gatinho Edward (Robert Pattinson). Por ser um amor impossível, Edward a abandona e se muda de cidade. Bella então se aproxima de Jacob (Taylor Lautner), que – ora, que surpresa! – também traz consigo um mistério.

Quem me lê por aqui sabe que heu sempre defendo que a gente deve ver um filme sabendo o que esperar. Numa comédia romântica, o mocinho vai conseguir ficar junto com a mocinha no fim; num filme de ação descerebrada, acontecerão explosões exageradas e sem sentido; num filme de terror slasher, a atriz que tirar a roupa será assassinada.

Dito isso, precisamos saber que se trata de uma saga teen onde elementos básicos da mitologia vampiresca foram deixados de lado, como o simples fato que vampiros morrem ao serem expostos ao sol. Resumindo: precisamos aceitar que existe um clã de vampiros que não bebe sangue humano, e que no sol a pele de um vampiro brilha como um diamante (ui!). Pelo menos não vemos lobisomens emos com mechas pintadas…

Em Lua Nova é tudo tão previsível… A gente consegue adivinhar quase todo o filme! Mas, antes de falar sobre isso, o aviso de spoiler!

SPOILERS!

SPOILERS!

SPOILERS!

SPOILERS!

No primeiro filme, Jacob já deixa claro que é ligado a lobisomens. Qualquer um que prestou atenção no diálogo dele com Bella na praia sacou isso logo de cara. Então, em Lua Nova, já sabemos de cara que, sem Edward por perto, Bella vai se aproximar de Taylor, que, no momento certo, vai revelar que é um lobisomem, e o triângulo amoroso humana-vampiro-lobisomem estará formado. E isso inclui uma shakespeariana tentativa de suicídio.

Acho que a única parte não óbvia do roteiro foi a entrada do clã dos Vulturi, introduzindo novos elementos na parte final do filme. Claro, isso será desenvolvido no próximo filme, Eclipse, já em pós produção…

Um dos problemas da franquia é a sua atriz principal. Kristen Stewart é bonitinha, mas é tão sem graça… Ela consegue ter sempre a mesma expressão no rosto, independente do que está acontecendo com a sua personagem. O tempo todo com o olhar para baixo, com cara de quem não sabe exatamente o que está fazendo num set de filmagens. Pattinson também é fraco como ator, mas pelo menos seu papel é menor. Lautner é o menos ruim dos três. Mas, afinal, para que precisamos de bons atores? Eles não são lindos? E não é isso que as adolescentes (maior público da franquia) querem?

(Com papéis menores, Dakota Fanning (Herois, Guerra dos Mundos) e Michael Sheen (o Lucien de Anjos da Noite) estão bem como parte do clã Vulturi. Seus personagens devem ter mais destaque no próximo filme.)

Outro problema do filme é que é tudo muito lento. Uma hora e meia dava tempo tranquilo de mostrar tudo. O filme não precisava ter mais de duas horas!

Mais uma coisa: não gostei dos lobisomens e seus pelos esvoaçantes, tudo em CGI. Este é um bom exemplo de como os computadores podem atrapalhar um filme. A transformação do Michael Jackson no videoclipe Thriller é melhor do que as daqui! E isso porque não estou citando filmes como Um Lobisomem Americano em Londres ou Um Grito de Horor!

Por fim, heu me questiono se meninas adolescentes deveriam ver este filme. O filme é machista ao extremo! Bella, com 18 anos, saindo da escola, não pensa em faculdade nem em trabalho, ela quer uma figura masculina forte para protegê-la. Se um foi embora, ela trata de procurar outro do mesmo estilo. Porque assim, continuará sendo a mocinha indefesa, dependente do namorado/marido. Meninas, existem exemplos melhores na vida! Já estamos no século XXI!

Enfim, este filme está “bombando” nos cinemas do mundo inteiro. Continuações virão… E o sucesso da saga continuará…

Hannah Montana – O Filme

hannah-montana-filme

Hannah Montana – O Filme

Quando os nossos filhos são pequenos, a gente escolhe os filmes que eles vão ver no cinema. Mas chega uma certa idade que eles começam a ter vontade própria… Minha filha de oito anos é fã da Hannah Montana… E assim que soube que estava passando nos cinemas, me pediu para levá-la… É, ser pai nem sempre é uma tarefa agradável… 🙂

Bem, para quem não conhece, Hannah Montana é uma sitcom adolescente do Disney Channel, com uma menina que leva uma vida dupla – ela é Miley Stewart, uma menina “normal” na escola; e ao mesmo tempo Hannah Montana, uma cantora pop de sucesso. A cantora / atriz é interpretada por Miley Cyrus, filha do astro do country Billy Ray Cyrus (que também faz o pai na ficção).

O filme conta o momento que Miley é trazida para sua cidade natal caipira, e resolve acabar com a vida dupla, assumindo para todos que Miley e Hannah são a mesma pessoa.

Claro que o filme é cheio de clichês. Por exemplo: todos sabemos que Miley encontrará um possível par romântico, algo atrapalhará o casal, mas tudo se resolverá no final (o mesmo acontece com o pai dela!). Mas alguns clichês ficaram forçados demais… Quer um exemplo? No meio de um show, ela tem uma crise de consciência e diz que está enganando a todos, porque, afinal, ela não é a Hannah e sim a Miley. Vamos traçar um paralelo com a vida real? Imagine a cena: num show do Queen, Freddy Mercury tem uma crise de consciência e fala que está enganado a todos, porque afinal o seu nome é Farokh Bommi Bulsara… Ora, qual o problema???

Existe outro probleminha, mas isso não posso reclamar aqui. É o “problema Clark Kent”: caramba, só porque o Super-Homem colocou um óculos, ninguém vai reconhecê-lo? Os dois têm a mesma altura, a mesma voz, o mesmo rosto!!! O mesmo acontece com Miley: ela coloca uma peruca, e vira a Hannah… E ninguém ao menos desconfia…

Mesmo assim, o filme não é ruim. Existem alguns momentos muito bons, na verdade. A cena do “hip hop hoedown”, por exemplo, é contagiante, e dá vontade até de aprender a coreografia!

E, claro, a garotada adorou – e isso é o que importa, afinal.

Meninas Malvadas

meninas-malvadas-poster02

Meninas Malvadas

Sou fã do seriado 30 Rock, sitcom escrita e estrelada pela Tina Fey, que conta os bastidores de um programa no estilo do Saturday Night Live (do qual a própria Tina participou). Quando soube que o roteiro deste Meninas Malvadas (Mean Girls no original) era escrito por ela, fiquei curioso pra ver – apesar de não ser muito chegado a comédias adolescentes…

Cady (Lindsay Lohan) é uma adolescente que passou a vida inteira morando na África, por causa do emprego dos pais, e nunca foi a uma escola convencional por isso. De volta aos EUA, já adolescente, tem que aprender a “sobreviver” na escola, onde os grupos sociais são separados. Lá, Cady fica entre dois nerds esquisitões e um grupo de patricinhas muito patricinhas.

Como era de se esperar, são vários os clichês, principalmente na formação dos personagens. Mesmo assim, o filme é divertido e flui bem. Pelo menos até a parte final – acho que o diretor Mark Waters perdeu a mão no momento que o livro com as fofocas é exposto (mas, mesmo assim, a cena do atropelamento é genial!).

De vez em quando Cady observa certos comportamentos sociais e os compara com a savana africana. São momentos muito divertidos!

Enfim, nada que vai mudar a sua vida, apenas uma boa e despretensiosa diversão!

Crepúsculo

crepusculo-galeria11

Crepúsculo

Existem climas diferentes pra se assistir filmes diferentes. Não adianta você ver um filme trash achando que vai encontrar um novo clássico do cinema, por exemplo. Ou seja, deve-se ver Crepúsculo como o que ele é: um filme teen de vampiros.

Dito isso, o filme até que não é tão ruim como foi vendido por aqui. Sim, foi mal vendido sim. Afinal, um filme de vampiros que ganha uma edição especial da revista “Capricho” não é pra ser levado a sério, né?

O filme é baseado numa bem sucedida série de livros – acho que querem o trono do Harry Potter, já que a autora deste disse que não ia mais escrever sobre o bruxinho. Ou seja: este é um filme para nos apresentar a personagens que com certeza veremos em breve e mais filmes…

Assim a história clichê se desenvolve: uma menina se muda para uma cidade pequena, e na escola conhece um cara meio diferente, que anda no meio de pessoas meio diferentes. Há uma atração mútua, e ela descobre que ele é um “vampiro do bem”.

O início do filme é bem chatinho. Acho que é porque todos os personagens e situações têm que ser explicados, aconteceu o mesmo com o primeiro filme do Harry Potter. Depois da metade, o filme melhora, apesar de continuar água com açúcar. Afinal, não podemos esquecer de que se trata de um filme teen…

(O curioso é que quando heu ouço “filme de vampiro teen”, me lembro de Os Garotos Perdidos – The Lost Boys, filme da época que heu era novo! E, na boa, Crepúsculo perde feio numa comparação com o vampirão do Kiefer Sutherland pré Jack Bauer do Lost Boys…)

Pra piorar, o filme não respeita alguns conceitos clássicos. Como assim “vampiros fogem do sol porque suas peles brilham e assim eles seriam descobertos”??? Nada disso! O sol queima a pele dos vampiros, isso é algo tão certo quanto vampiros bebem sangue!

E pra piorar ainda mais, o roteiro esquece de alguns detalhes importantes. Vampiros não envelhecem, certo? Bem, o nosso personagem principal tem 17 anos, e por isso está no segundo grau de uma escola, de uma cidadezinha onde eles têm uma base fixa. Mas, e o que acontecerá nos próximos anos? Com essas pessoas que não envelhecem e precisarão voltar pra escola???

Bem, apesar de tudo, os menos exigentes podem curtir. Mas, sobre vampiros novos, prefiro o seriado True Blood, com a Anna Paquin…