O Discurso do Rei

O Discurso do Rei

Existem grandes filmes feitos a partir de histórias simples. E existem filmes simples, que são engrandecidos porque contam grandes histórias. O Discurso do Rei é um exemplo do segundo caso.

O Discurso do Rei conta a história real do homem gago que virou o Rei da Inglaterra e enfrentou a Alemanha na Segunda Guerra Mundial. O Príncipe Albert (Colin Firth), gago desde a infância, era o segundo na linha de sucessão, mas seu irmão abdicou do trono para se casar com uma americana divorciada (na Inglaterra, o rei é também o líder da Igreja). Albert precisava então lutar contra a gagueira e contra a desconfiança dos outros (afinal, ele “ganhou” o trono), e se preparar para se tornar o rei George VI e liderar a Inglaterra através da guerra. E, contra a gagueira, usa os métodos pouco convencionais do fonoaudiólogo Lionel Logue (Geoffrey Rush).

A história é muito boa. Toda a indecisão de Albert sobre o trono e sobre a luta contra a gagueira é muito interessante. E os meios como Lionel Logue consegue convencer Albert a continuar o tratamento geram cenas muito legais.

O filme, dirigido pelo semi-desconhecido Tom Hooper, traz uma boa história, mas é um filme simples demais. Acho que 12 indicações ao Oscar foi um certo exagero…

Se o filme não merece as 12 indicações, algumas são bem-vindas, como os dois atores principais, Colin Firth e Geoffrey Rush. Ambos estão excelentes. Helena Bonham Carter também foi indicada, mas achei um dos exageros… Ainda no elenco, Michael Gambon, Guy Pearce, Derek Jacobi e um impressionante Timothy Spall interpretando Winston Churchill!

(Pequeno parênteses pra continuar o assunto de idades dos atores, que citei ontem, ao falar sobre as idades de Mark Wahlberg e Christian Bale e seus personagens em O Vencedor – por que usar Guy Pearce, um ator 7 anos mais novo que Colin Firth, pra fazer seu irmão mais velho?)

Hoje à noite rola o Oscar. Pela quantidade de indicações, são grandes as chances de vários prêmios para O Discurso do Rei. Veremos. Achei um bom filme, mas, na minha humilde opinião, tem opções melhores entre os dez indicados.

p.s.: ATUALIZAÇÃO – 28 / 02

Ontem rolou o Oscar, e realmente, O Discurso do Rei confirmou o favoritismo. Ganhou só 4 estatuetas, mas foram 4 importantes: melhor filme, melhor diretor, melhor roteiro original e melhor ator (Colin Firth) – os cinco prêmios mais importantes são considerados filme, diretor, roteiro, ator e atriz.

A Origem também ganhou 4 Oscars, mas foram 4 prêmios técnicos: efeitos especiais, fotografia, som e edição sonora. A Rede Social ganhou roteiro adaptado, trilha sonora e edição; O Vencedor ganhou ator coadjuvante (Christian Bale) e atriz coadjuvante (Melissa Leo); Toy Story 3 ganhou longa de animação e canção; Cisne Negro ganhou atriz (Natalie Portman); Alice no País das Maravilhas ganhou direção de arte e figurino; e O Lobisomem ganhou maquiagem.

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