Poder sem Limites

Crítica – Poder sem Limites

É, mais um filme com “filmagens encontradas”…

Três amigos adolescentes entram em contato com um misterioso artefato e ganham poderes telecinéticos. Quase super herois, eles agora têm que lidar com os próprios problemas.

Poder sem Limites (Chronicle, no original) é o mais novo exemplar da “família found footage” – filmes onde a câmera subjetiva é usada para tentar criar um realismo maior. Mas, na minha humilde opinião, esta característica atrapalha este filme. Vou explicar: desta vez, não é uma “câmera encontrada”. Todo o filme é feito usando a câmera subjetiva, mas são várias as fontes. Além da câmera do protagonista, tem a câmera de uma coadjuvante, cenas pela webcam, através de câmeras de segurança e até de celulares. Por um lado, isso deu uma agilidade maior à montagem. Mas por outro lado, alguns ângulos ficaram forçados demais – como por exemplo em parte da luta final, onde o personagem precisa manter celulares flutuando em volta dele. Ora, não era mais fácil se usassem um estilo tradicional de filmagem? Achei que essa proposta enfraqueceu o filme.

Pena, porque a premissa era interessante: uma espécie de filme de super heroi mas sem o papo de identidades secretas e de salvar os mais fracos. Os adolescentes, quando ganham os super poderes, continuam agindo como adolescentes normais.

A direção é de Josh Trank, que co-escreveu o roteiro com Max Landis. Ambos são novatos, mas um deles é filho de John Landis – ele mesmo, diretor de Um Lobisomem Americano em LondresIrmãos Cara de Pau. O filme não tem estrelas, mas tem pedigree…

Como quase todo filme de “found footage”, o elenco é de desconhecidos (acho que o único filme no estilo com gente famosa é Atividade Paranormal 2, estrelado por Sprague Grayden). O trio principal Dane DeHaan, Alex Russell e Michael B. Jordan tem uma boa atuação, apesar de trabalhar com personagens perto de clichês.

Os efeitos são muito bons, aquilo tudo realmente parece de verdade – sensação amplificada pelo lance da câmera na mão. A parte final do filme é eletrizante, como poucas vezes visto em filmes do estilo. O povo que fez Cloverfield deve ter ficado com inveja…

Tem uma parte do roteiro que não gostei muito. Nada grave, nada que estrague o filme. Spoilers leves abaixo:

SPOILERS!

SPOILERS!

SPOILERS!

Se eles planejaram não contar pra ninguém, por que fazer o show de mágica? Aquilo me pareceu meio fora de propósito…

FIM DOS SPOILERS!

Poder sem Limites pode não ser um dos melhores filmes do ano, mas está bem longe dos piores!

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Categorias: Ação, Câmera Subjetiva

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