Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo

Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo

Dastan era um garoto de rua, órfão, que foi adotado pelo rei da Pérsia. Anos depois, quando o rei morre, Dastan, já adulto, é acusado injustamente pelo assassinato, ao mesmo tempo que descobre uma adaga mágica com poder de voltar no tempo.

Mais um filme baseado em videogame. Quem me lê por aqui sabe que não tenho o hábito de jogar videogames. Quando vejo um filme baseado em jogo, meu foco é o filme, se é bom ou ruim, não me importo se este é fiel ou não ao jogo.

A diferença aqui, pelo menos pra mim, é que conheci a versão “jurássica” deste jogo. Meu primeiro computador, em meados dos anos 90, era um XT daqueles com monitor verde monocromático. E tinha Prince of Persia nele! Joguinho simples, coerente com o hardware da época. Mesmo assim, muito divertido, e impressionantemente bem feito para um computador que só usava disquetes daqueles grandões!

Se o filme é fiel ao jogo? Sei lá. Alguns lances no início, quando Dastan ainda é criança, lembram o jogo tosco. O resto, não sei mesmo…

Deixemos o jogo de lado e falemos do filme. Trata-se de uma parceria Disney com o barulhento produtor Jerry Bruckheimer – a mesma parceria de Piratas do Caribe. Daí dá pra gente ter uma ideia do que vem pela frente: sim, é uma espécie de Piratas da Pérsia

É um eficiente filme-pipoca. Tem alguns momentos muito bons. Também tem suas falhas, claro. Mas, no geral, achei o saldo positivo.

Acho que um dos principais lances negativos é que, como se trata de um filme Disney, a violência é comedida e o sangue, inexistente. Pô, o filme pedia um pouquinho de sangue, né?

Os efeitos especiais, claro, são espetaculares. O efeito da adaga é sensacional! E, nas cenas de luta, rolam vários lances em câmera lenta, dá pra ver tudo, sem o habitual problema de câmeras tremendo. E outra coisa legal é que no jogo Dastan é uma espécie de praticante de parkour, o cara pula, escala paredes, se pendura, pula entre prédios…

Outro ponto alto é a fotografia. Belíssimas paisagens, e rolam uns travellings maneiríssimos pelas cidades – sei que deve ser tudo computador, mas, e daí? Ficou legal!

O elenco tem um problema: por que não usar um ator com ascendência árabe para ser o “príncipe da Pérsia”? Nada contra Jake Gyllenhaal, mas o cara é ocidental demais! Ben Kingsley, pelo menos, tem o physique du rôle necessário… Alfred Molina, como o comerciante 171 bonachão usado como alívio cômico, também funciona bem.

Independente disso, um nome merece um parágrafo à parte: Gemma Arterton. Mesmo sem ter uma beleza que chama a atenção como uma Monica Bellucci ou uma Megan Fox, ela conseguiu algo difícil: emplacou dois blockbusters seguidos – ela também está em cartaz como o principal nome feminino de Fúria de Titãs. Olha, se ela souber capitalizar, será uma estrela de primeira linha logo logo.

Achei o fim do filme meio forçado, mas não vou dizer mais por causa de spoilers. Mesmo assim, é uma boa diversão-pipoca. E tudo indica que, assim como Piratas do Caribe, teremos uma trilogia…

Categorias: Ação, Baseado em videogame

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