Stallone Cobra

stallone-cobraCrítica – Stallone Cobra

Uma ode à testosterona oitentista!

Um policial durão tem que proteger uma bela modelo, a única pessoa que pode reconhecer um assassino que faz parte de um culto, auto denominado “Nova Ordem”, que está matando dezenas de pessoas.

Podemos rever Stallone Cobra hoje em dia sob dois pontos de vista. Por um lado, é um filme tosco e boçal, datado e mal feito. Por outro lado, é um filme tosco e boçal, datado e mal feito, e muito divertido!

Curiosamente, a gênese de Stallone Cobra está em outro filme bem mais light. Stallone escreveu um roteiro para Um Tira da Pesada, filme que ele também protagonizaria. Mas ele queria um filme de ação, enquanto os produtores preferiam um tom mais de comédia. Assim, Stallone levou seu roteiro para outra produção, Eddie Murphy foi chamado e virou um astro.

O melhor do filme dirigido por George P. Cosmatos (que já tinha trabalhado com Stallone em Rambo II – A Missão) é o personagem título, que vive de óculos espelhados, luvas de couro e um palito pendurado na boca, tem um carro vintage maneiro, e que passa o filme inteiro falando frases de efeito enquanto mata boa parte do elenco. Ah, o nome Marion Cobretti é uma homenagem a John Wayne, que tinha “Marion” como nome de batismo.

Pra mim, uma cena resume o espírito do filme. Depois de ter matado um bandido, Cobra chega em casa, pega uma pizza na geladeira, corta um pedaço com uma tesoura e come enquanto limpa a arma – isso tudo sem tirar as luvas!!!

Li que existe uma versão mais longa , de cerca de 130 minutos (a versão oficial tem 87 min), que foi cortada para o filme ter mais sessões por dia e competir com a bilheteria de Top Gun, lançado na mesma época. Claro que isso causou furos no roteiro…

Além disso, tem coisa na trama que não faz sentido, mas acho que não foi culpa da edição, tipo os bandidos que chamam mais atenção tentando matar a mocinha do que se deixassem ela em paz. Mas claro que isso pouco importa, o que importa aqui é a violência exagerada.

No principal papel feminino, a então sra. Stallone, Brigitte Nielsen, em seu segundo filme com ele (ambos estavam em Rocky IV um ano antes). O casamento durou menos de dois anos, na época rolou um boato que Brigitte teria trocado Stallone pela sua secretária… Ainda no elenco, uma curiosidade: Reni Santoni (Tony Gonzalez) e Andrew Robinson (detetive Monte) estiveram juntos 15 anos antes em Dirty Harry, Perseguidor Implacável – outro “filme de policial durão”.

Por fim: este filme passou tantas vezes na tv brasileira que existe um “culto trash” à sua péssima dublagem – tão ruim que combina com os exageros boçais do filme…

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