Transcendence – A Revolução

0-TranscendenceCrítica – Transcendence – A Revolução

Ficção científica nova, estrelada por Johnny Depp acompanhado de um bom elenco. Será que é bom?

Um cientista, famoso por suas polêmicas pesquisas na área de Inteligência Artificial, sofre um atentado vindo de um grupo extremista contra a evolução da tecnologia. Depois disso, ele resolve fazer um upload de sua consciência para o programa de IA.

Transcendence – A Revolução (Transcendence, no original) é um daqueles filmes que nos fazem pensar sobre a espiritualidade na evolução da sociedade. Por isso, é o tipo de filme que gera debate. Mas a função da crítica é analisar a obra, e não a filosofia, então vou tentar separar uma coisa da outra.

Transcendence parte de uma premissa fascinante: e se fosse criada uma inteligência artificial capaz de substituir Deus? Por um lado, seria um mundo perfeito: fim das doenças e melhor contato do homem com a natureza. Mas, e se o preço a se pagar por isso fosse a perda da liberdade individual?

Esta é a questão filosófica levantada. Agora, analisemos friamente…

Transcendence é a estreia na direção de Wally Pfister, diretor de fotografia que ganhou o Oscar por A Origem – e também foi indicado outras três vezes, por Batman Begins, O Grande Truque e Batman – O Cavaleiro das Trevas, todos do Christopher Nolan (que aqui aparece como produtor). Como diretor de fotografia, Pfister é muito bom; como diretor, nem tanto.

Além do filme ter sérios problemas de ritmo – a parte do meio, principalmente, é arrastaaada, a história tem alguns lances sem sentido – por exemplo: um diálogo entre Rebecca Hall e Paul Bettany logo antes da sequência final dá a entender que o filme teria uma grande virada de roteiro, mas isso é ignorado logo na cena seguinte.

O elenco é bom, né? Além dos já citados Johnny Depp, Rebecca Hall e Paul Bettany, Transcendence conta com Morgan Freeman, Cillian Murphy, Kate Mara e Cole Hauser. Mas eles não salvam o roteiro sem sal. Aliás, se tirassem a personagem de Kate Mara da história, nada mudava.

Se salva o visual do filme, e também alguns efeitos especiais. Mas é pouco. O questionamento filosófico proposto merecia um filme melhor.

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