A Teoria de Tudo

A Teoria de TudoCrítica – A Teoria de Tudo

Cinebiografia do físico Stephen Hawking, abordando mais o lado humano do que o acadêmico: seu relacionamento com sua primeira esposa e sua doença degenerativa.

Stephen Hawking é um cara impressionante, um dos caras mais inteligentes da história, e que vive há décadas com um problema degenerativo que debilita o seu corpo (e pelo qual, segundo a medicina, ele só teria mais dois anos de vida). Que tal contar esta história num filme?

O problema é que o filme dirigido por James Marsh, baseado no livro autobiográfico de Jane Hawking (ex-esposa do protagonista), é burocrático demais. Tudo está lá, certinho, no seu lugar, parece que estamos vendo um telefilme. Achei um exagero A Teoria de Tudo estar indicado ao Oscar de melhor filme (são cinco indicações no total – filme, ator, atriz, roteiro adaptado e trilha sonora). Me parece que, por se tratar de um cara importante como Stephen Hawking, existe uma supervalorização aqui.

A única coisa que realmente se destaca em A Teoria de Tudo (The Theory of Everything, no original) é a atuação de Eddie Redmayne. “Anteontem” ele era um cara desconhecido (ele era um dos principais de Os Miseráveis, mas ninguém se lembra disso, afinal, ele estava ao lado de Hugh Jackman, Russel Crowe, Anne Hathaway, Amanda Seyfried, Sacha Baron Cohen e Helena Bonham Carter, né?); hoje ele deve ter boas propostas na mesa, mesmo se não levar o Oscar (ele já levou o Globo de Ouro este ano). E se levar, não será surpresa, a Academia gosta de premiar este tipo de atuação.

Felicity Jones também concorre ao Oscar de melhor atriz – no filme, seu papel é tão importante quanto o de Hawking (o filme foi baseado no livro escrito por ela). Mas ela não está tão impressionante quanto Redmayne. Ainda no elenco, David Thewlis, Emily Watson, Maxine Peake e Charlie Cox.

Pelo menos A Teoria de Tudo é bem feito, tem uma boa reconstituição de época e conta a história de um cara fascinante. Isso, aliado à grande interpretação de Redmayne, torna o filme uma boa opção – é só baixarmos a expectativa e não pensar como um filme candidato ao Oscar.

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