Alice no País das Maravilhas

Alice no País das Maravilhas

Heu já estava na pilha para ver este filme há um tempo, desde que vi a minissérie para tv Alice, do SyFy. Mas tive que esperar para ver junto com a minha filha de nove anos. Afinal, o nome dela é Alice…

No filme, Alice, agora com 19 anos, foge de uma festa onde ela será proposta em casamento, e acaba caindo novamente no buraco do coelho. O problema é que ela não se lembra de nada da sua visita anterior, e seus antigos amigos tampouco têm certeza se é a “Alice certa”. E agora Alice precisa cumprir o seu destino e lutar contra a Rainha Vermelha.

Alice no País das Maravilhas é Tim Burton, né? Burton é um dos poucos cineastas com um trabalho autoral atualmente. E a história de Lewis Carroll da Alice no País das Maravilhas se encaixa perfeitamente no seu estilo viajante. O visual do filme é alucinante. Tudo, cenários, cores, personagens, props (objetos de cena), tudo é muito legal dese ver.

(Em 1989, li o livro original. É uma grande viagem lisérgica. Na época, fiquei imaginando que o único diretor capaz de transpor isso para as telas seria Terry Gilliam. Afinal, na época, Gilliam tinha acabado de fazer As Aventuras do Barão Munchausen, enquanto Burton estava envolvido no primeiro filme do Batman. Mas admito que Burton fez um bom trabalho. Será que existe em Hollywood um terceiro diretor capaz de um fato destes? Que tal uma versão mais dark por Guillermo del Toro?)

A ainda desconhecida australiana Mia Wasikowska interpreta o papel título, num filme onde poucos atores mostram a cara de verdade. Digo isso porque efeitos de maquiagem e de cgi mudaram bastante as feições de Johnny Depp e Helena Bonham Carter (atores que estão em boa parte dos filmes de Burton), e também de Anne Hathaway e Crispin Glover.  Isso porque vi a versão dublada, então nem ouvi as vozes de Stephen Fry, Michael Sheen, Alan Rickman, Timothy Spall e Christopher Lee…

Os efeitos especiais são excelentes. Alice muda de tamanho diversas vezes, animais conversam, um dos exércitos é de cartas enquanto o outro é de peças de xadrez… Os efeitos são tão detalhistas que o Valete de Crispin Glover parece um boneco e não uma pessoa!

De negativo, podemos constatar que o 3D não é lá grandes coisas. Alice no País das Maravilhas não foi filmado em 3D, o efeito foi inserido depois, dividindo o filme em camadas, então não tem profundidade. Não acho certo que o espectador pague mais caro por isso!

Para finalizar, deixo uma pergunta para quem viu o filme: Você sabe qual é semelhança entre um corvo e uma escrivaninha?

Categorias: Fantasia, Johnny Depp, Tim Burton

8 comentaram em “Alice no País das Maravilhas

  1. Helvis, achei o roteiro meio fraco.. no fim das contas porque tinham que matar o tão dragão.. ninguém explicou isto.
    Mas adorei os efeitos especiais e adorei também o figurino da Alice e do Chapeleiro Maluco. Achei a Anne Hathaway fraquíssima.. já vi filmes dela muito melhores.. achei que não souberam aproveitar o papel dela.
    Achei o filme visualmente LINDO, espetacular… mas Tim Burton já fez melhor.. bem melhor!

    beijos,

    PS: Moret é o Danilo.. risos

  2. Sobre o corvo e a escrivaninha:

    Da boca do próprio Lewis Carrol (na minha versão do livro Alice): “Tantas vezes me foi perguntado se é possível imaginar alguma resposta para o Enigma do Chapeleiro que posso também registrar aqui o que me parece uma resposta claramente apropriada, qual seja: “Porque pode produzir algumas notas, embora sejam muito chatas; e nunca é posto de trás para a frente!” Isso, contudo, é uma mera reflexão posterior; o Enigma, tal como originalmente inventado, não tem resposta nenhuma.”

    [“Enquiries have been so often addressed to me, as to whether any answer to the Hatter’s Riddle can be imagined, that I may as well put on record here what seems to me to be a fairly appropriate answer, viz: “Because it can produce a few notes, tho they are very flat; and it is nevar put with the wrong end in front!” This, however, is merely an afterthought; the Riddle as originally invented, had no answer at all.”]

    Leia em inglês. Repare que “never” está escrito “nevar”, que de trás para frente forma “raven”, palavra em inglês para “corvo”.

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