Boyhood – Da Infância à Juventude

boyhoodCrítica – Boyhood – Da Infância à Juventude

Que tal um filme cujas filmagens demoraram 12 anos?

Boyhood é simples: conta a história de Mason, desde os 5 anos até os 18 anos de idade.

Boyhood – Da Infância à Juventude vai entrar pra história, acho difícil outro diretor repetir tal feito: foram apenas 45 dias de filmagem, mas espalhados ao longo de 12 anos – 3 ou 4 dias por ano! Nunca antes na história do cinema acompanhamos o desenvolvimento de um personagem de maneira tão perfeita!

Claro, existe todo um marketing em torno disso – “o filme que demorou 12 anos para ser completado”. Mas, se não fosse o talento de Richard Linklater (Escola de Rock), Boyhood não chamaria a atenção. Seria apenas um filme experimental, que poucos cinéfilos iam conhecer. Nada disso, Linklater nos apresenta um dos melhores filmes do ano.

Na verdade, não há muita história a ser contada. Linklater sabe fazer filmes simples, baseados em pessoas e em diálogos – vide a trilogia Antes do Amanhecer, Antes do Por do Sol e Antes da Meia Noite, onde apenas acompanhamos Ethan Hawke e Julie Delpy, muitas vezes em diálogos improvisados na hora.

Linklater, também autor do roteiro, deve ter usado um esquema parecido aqui. Não vemos grandes eventos da vida de Mason, e sim situações do cotidiano. Pontuando aqui e ali, temos músicas de cada época e citações à cultura pop, como Harry Potter e Lady Gaga. Simples, não? E apenas isso, filmado com talento, ficou ótimo!

Claro, o filme não é perfeito. São quase três horas, e não precisava de tanto…

Sobre o elenco, Richard Linklater deu sorte com o ator Ellar Coltrane, o protagonista, que se revelou um bom ator. Pena que Lorelei Linklater (a filha do diretor) não é tão talentosa, em algumas cenas ela deixa a desejar (inclusive a menina chegou a desistir do projeto lá pelo terceiro ou quarto ano de filmnagem, e pediu para seu pai matar o seu personagem – mas Linklater a convenceu a ficar). Completam a família Patricia Arquette, e, claro, Ethan Hawke (acho que este é a sexta parceria entre o ator e o diretor).

Por fim, um fato curioso. Lá pelo meio do filme, numa cena filmada em 2008, Mason e seu pai conversam sobre um possível Star Wars 7. E eles acertaram: ano que vem teremos o sétimo Star Wars!

p.s.: Com Boyhood, encerro minha participação no Festival do Rio 2014. Por problemas pessoais, vi pouca coisa, apenas 11 filmes… Ano que vem compenso!

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