Drive

Crítica – Drive

Na época do Festival do Rio, ouvi bons comentários sobre este Drive. Não consegui ver na ocasião, pelos horários escassos, mas achei que ia entrar no circuito. Ainda não entrou, mas, como já saiu o brrip, aproveitei pra conferir.

Um motorista que trabalha às vezes como dublê em filmes, às vezes como piloto de fugas para criminosos, descobre que caiu em uma armadilha quando seu último trabalho dá errado.

A princípio não tinha entendido qual o propósito de Drive. É parado demais pra ser um filme de ação, mas violento demais para um filme cabeça. Aí vi que é de Nicolas Winding Refn, o mesmo diretor de Valhala Rising, e “caiu a ficha”. É a mesma coisa: um cara misterioso, caladão e solitário, cenas looongas com a câmera parada onde nada acontece, e muita violência gráfica. Igualzinho ao seu filme anterior.

E chato. Assim como o seu filme anterior.

A gente fica esperando a história do motorista monossilábico engrenar, mas parece que o diretor só gosta de planos longos e contemplativos, onde vemos os atores parados. Muito pouca coisa acontece no filme.

Com um roteiro onde quase nada acontece, os personagens são rasos. Afinal, como eles vão se desenvolver se não há história? Assim, o bom elenco é desperdiçado: Ryan Gosling, Carey Mulligan, Ron Perlman, Albert Brooks, Christina Hendricks e Brian Cranston não têm muito o que fazer.

E tem a violência. Olha, já vi filme vagabundo de terror com desculpas menos esfarrapadas pra mostrar violência gratuita. O gore aqui é desmedido – chega a aparecer um crânio sendo esmagado – e, na minha humilde opinião, completamente fora do contexto. E olha que gosto de filmes com violência gráfica!

Pra não dizer que o filme é um lixo total, gostei da trilha sonora, que emula sons synth pop dos anos 80. Também gostei de algumas perseguições de carro – a sequência inicial é muito boa, assim como a que sucede o assalto à loja de penhores. A fotografia também é bem cuidada.

Mas é pouco. Muito pouco para um filme que está com nota 8,1 no imdb e que a respeitada crítica Ana Maria Baiana considerou o melhor de 2011. Acho que essas pessoas viram um filme diferente do que heu vi. Ou então elas curtem um filme onde nada acontece…

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