Top 10: Melhores Momentos de Andor

Top 10: Melhores Momentos de Andor

Quando estreou a série Andor, fiz um post sobre os 3 primeiros episódios, e fiquei de voltar para outro ao fim da série. Então bora para o top 10 melhores momentos de Andor!

Um breve comentário antes. Um amigo usou uma expressão que gostei: Andor é “Star Wars para adultos”. Quase todos os filmes, séries e animações são de aventuras espaciais, e por mais que nós, fãs, não gostemos de admitir, são produtos voltados mais para o público infanto juvenil. E aqui não: temos uma trama densa, que envolve política e espionagem, e além disso temos uma galeria de excelentes personagens!

Ah, os personagens! Lembro que Rogue One trazia protagonistas sem carisma, o robô K2SO era mais carismático que os dois principais. Já aqui, a gente tem vários bons personagens. Aliás, a série podia se chamar “Luthen” em vez de “Andor”. Que personagem fantástico é o Luthen Rael do Stellan Skarsgård! Mon Mothma e Kino Loy idem! Tem uma boa quantidade de bons personagens!

Andor foi criada por Tony Gilroy (mais conhecido como roteirista, escreveu os roteiros de Rogue One e dos quatro primeiros filmes da franquia Bourne, dentre outros). Se antes Gilroy tinha nossa curiosidade, agora certamente tem a nossa atenção!

Vamos à lista? Claro, spoilers liberados a partir daqui.

10- Transformação do Luthen
A gente vê como Stellan Skarsgård é um grande ator, ele muda de cara em poucos segundos!

9- Cameo do K2SO
Andor é preso por um robô do mesmo modelo do K2SO.

8- Luthen e Andor enganam Syril
Syril acha que seu plano deu certo. Não, não deu.

7- Luthen e Saw Gerrera
Dois revolucionários de estilos diferentes. Dois grandes atores. Uma cena arrepiante!

6- Mon Mothma enganando o Império
Mon Mothma sabe que o motorista é um espião, e dá um jeito dele ouvir um desabafo sobre seu marido gastando dinheiro com jogo. E assim consegue justificativa para o seu rombo financeiro pró rebelião.

5- Discurso do Kino
Logo antes da fuga da prisão, Kino Loy faz um discurso que inflama todos os prisioneiros. E também os espectadores!

4- O Olho
A gente passa alguns episódios ouvido falar do “olho”, um fenômeno astronômico que ocorre no planeta. E quando finalmente vemos esse fenômeno, ele não decepciona. A cena é ótima!

3- A nave do Luthen
O terceiro lugar fica com talvez o momento mais “star wars” de toda a série: a fuga da nave de Luthen. Primeiro, o modo como ele escapa do raio trator, depois uma nave com grandes “sabres de luz” acoplados. Massaveísmo total!

2- Cena Pós Créditos
O último episódio teve uma cena pós créditos onde a gente descobre pra que servem as peças construídas na prisão. Não só é uma cena com um significado forte, como é uma cena belíssima.

1- Funeral da Marva
É difícil tirar o primeiro lugar do funeral da Marva. São duas cenas em sequência, as duas são ótimas. Primeiro, o funeral da Marva, com as pessoas tocando aqueles instrumentos de sopro e percussão – talvez para manter uma tradição do Guerra nas Estrelas clássico, o som é “sujo”, a gente sente que são pessoas tocando naquele contexto, a música não está exatamente bem tocada, existem imperfeições na execução e na mixagem. E depois tem o discurso da Marva através do holograma. Essa sequência é de arrepiar!

Star Wars: Histórias dos Jedi

Crítica – Star Wars: Histórias dos Jedi

Sinopse (Disney+): Um evento em 6 episódios que apresentam histórias sobre os Jedi numa era antes da que conhecemos. Uma jornada pela vida de dois Jedi distintos: Ahsoka Tano e Conde Dookan. Eles serão testados enquanto tomam decisões que determinarão os destinos deles.

Hoje em dia a gente tem muitas opções tanto no cinema quanto no streaming. Muitas opções, pouco tempo. Nesse cenário, fico feliz quando vejo uma série curtinha como essa Histórias dos Jedi (Tales of the Jedi, no original). São 6 episódios de aproximadamente 15 minutos cada. Em uma hora e meia a gente mata toda a temporada! (Melhor que isso só a série do Groot, que eram 5 episódios de 3 minutos cada…)

Agora, preciso avisar que Histórias dos Jedi não é para todos. Não é uma história fechada, são historinhas soltas, que se encaixariam em diferentes pontos da saga. Ou seja, uma pessoa leiga em Star Wars vai ficar perdida.

São seis episódios, três com a Ahsoka, três com o Dooku. Curiosamente, o primeiro é da Ahsoka, depois são os três do Dooku, e fecha com mais dois da Ahsoka. Não vou entrar em detalhes sobre cada episódio, vou fazer apenas alguns comentários por alto, ok?

O primeiro episódio mostra o nascimento da Ahsoka, e ela começa a se mostrar “force sensistive” ainda bebê. Episódio meio besta.

Os três do Dooku mostram uma coisa que gosto de ver no universo de Star Wars. Os filmes clássicos são muito maniqueístas, o bem contra o mal, a luz contra a escuridão, tudo é muito binário. Mas o mundo real tem os tais “tons de cinza”, nada é 100% de um lado ou do outro. Então gosto quando mostram que certas questões são mais complexas do que uma luta do “lado bom” contra o “lado mau”. Vemos o Dooku ainda Jedi, lidando com questões políticas onde existem interesses. A gente consegue entender parte da motivação do Dooku. Não, ele não vira “mocinho”, a série não o transforma em um herói, mas mostra que ele tinha motivações para ir contra o Conselho Jedi. Gosto de ver situações e personagens assim dentro deste universo!

O quarto episódio tem um momento que me arrepiou. Sem spoilers, é o momento que usa o tema da Força.

Meu episódio favorito foi o quinto, que mostra o treinamento da Ahsoka. Seu mestre, Anakin, resolveu dificultar os treinos para melhorar as habilidades da padawan. E essa parte do treino foi muito legal! O episódio termina sem fim, na hora não entendi, mas um amigo me explicou que o que acontece depois é uma parte de Clone Wars onde as pessoas se perguntam “como a Ahsoka saiu viva disso?” Pois bem, aqui está a resposta!

O sexto mostra que a Ahsoka estava no enterro da Amidala, e pra onde ela foi depois. Não tem tanta ação quanto o anterior, mas tem um belo duelo.

Gostei muito de Histórias dos Jedi, aguardo ansiosamente por outra temporada. Pena que sei que não é um material para indicar para qualquer um.

Andor

Crítica – Andor

Sinopse (Disney+): Muito antes da missão de garantir os planos da Estrela da Morte fazer dele um herói da Rebelião, um imprudente Cassian Andor procura informações sobre seu passado. Essa obsessão o leva aos bairros decadentes de um mundo onde um encontro com as autoridades faz dele um criminoso procurado. Sua tentativa de se esconder no planeta Ferrix traz seus problemas para casa.

Antes de falar da série, preciso avisar que, diferentemente da maioria dos atuais fãs de Star Wars, Rogue One não é um dos meus favoritos. Dos cinco filmes novos, prefiro o ep 7. Rogue One é bom, muito bom, mas acho a primeira metade muito lenta. A segunda metade é excelente e o fim é sensacional, mas a primeira metade me fez tirá-lo do topo da lista. Por isso, uma série derivada do filme não era algo tão aguardado por mim.

Dito isso, preciso admitir o meu lado fanboy e dizer que fico feliz com todo e qualquer novo produto Star Wars! Bora pra série!

Andor terá 12 episódios (e segundo o imdb, depois teremos mais uma temporada com mais 12 episódios). A Disney+ liberou os três primeiros, e hoje vou comentar aqui essa introdução. Dependendo de como a série se desenrolar, volto a falar depois quando acabar a temporada.

Uma coisa que heu gosto muito é ver outras rotinas nessa galáxia muito muito distante que a gente tanto gosta. Conhecemos planetas novos, chega de ficar em Tatooine o tempo todo! E aqui a gente vê coisas que realmente não vemos nos outros filmes – acho que foi a primeira vez que alguém faz sexo em Star Wars (ok, não vemos a cena de sexo, mas o casal dormiu junto!). Também temos referências a prostituição, bebidas alcoólicas e até a café.

Algumas pessoas se esquecem que Star Wars aconteceu “a long time ago”, o que vemos neste universo não é o futuro do planeta Terra. Então, temos espaço para planetas diferentes com povos em diferentes estágios de civilização – aqui a gente conhece um povo que parecem indígenas, mas que moram num planeta por onde passou algo grande (provavelmente o planeta foi usado para mineração). Gostei de ver um povo completamente à parte do que acontece na galáxia.

Sobre os personagens, até agora o único que já conhecemos é o protagonista Cassian Andor, ainda acho cedo para comentar sobre os outros – inclusive tem personagem que aparece no trailer que ainda não apareceu na série. Por enquanto, posso dizer que gostei do antagonista.

Lembro que um dos personagens mais carismáticos de Rogue One era o robô K2S0. Andor mantém a tradição e traz um bom robô, o B2EMO, um robô gago e meio depressivo que me lembrou o Marvin de Guia do Mochileiro das Galáxias.

Tecnicamente falando, a série é muito boa. Em tempos de She Hulk e Pinóquio, aqui não tem nenhum cgi ruim saltando aos olhos. Ok, tem muita cena escura, e a gente sabe que cena escura normalmente é pra esconder falhas no cgi, mas, mesmo assim, não achei ruim, achei um recurso válido. A parte sonora da série também é bem construída, tem uma sequência muito boa no terceiro episódio com as pessoas batendo no metal, numa crescente que serve pra aumentar a tensão.

Li em algum lugar que aqui, diferente das últimas séries Star Wars / Disney, foram usadas locações em vez de só estúdio. Parece que eles agora usam um novo estúdio que projeta imagens ao fundo durante as filmagens, e isso por um lado é bem legal mas por outro lado gera cenas “apertadas”, como critiquei em Obi Wan. Aqui são locações, o que ficou bem melhor – imagina o planeta dos Kenari se fosse dentro de um estúdio?

O terceiro episódio usa bem os flashbacks. São duas linhas temporais misturadas de maneira inteligente. E ainda temos algumas soluções inventivas usadas pelos personagens. Se os dois primeiros episódios foram lentos, esse terceiro já mostrou que a série pode mostrar algo a mais.

Tá rolando um mimimi sobre o trailer vender um produto diferente do que foi anunciado. Ok, reconheço que isso é verdade, o trailer tem stormtroopers, tie fighters, aparece o Saw Gerrera, aparece a Mon Mothma, e por enquanto não vimos nada disso. Aliás, a série por enquanto nem parece Star Wars, não tem nada nesses primeiro episódios que conecte ao que a gente já conhece (a não ser o personagem título). Vai ter gente reclamando que “não é Star Wars!”

Ouvi amigos comentando que o ritmo é lento. Concordo. São três episódios de aproximadamente 40 minutos cada, ou seja, é quase um “longa metragem que deu origem à série”. Precisava? Acho que não, podiam ser apenas dois episódios na minha humilde opinião. Mas, se a gente lembrar que Rogue One tem um ritmo diferente dos outros filmes, parece mais um drama de guerra do que uma aventura espacial, Andor está coerente com a proposta.

Aguardemos os próximos. Que o desenvolvimento seja mais para Mandalorian e menos para Obi Wan.

As 6 tosqueiras mais toscas de Obi Wan Kenobi

As 6 tosqueiras mais toscas de Obi Wan Kenobi

Não escondo de ninguém que sou fã de Guerra nas Estrelas. Pra mim, qualquer filme ou série ligado a Star Wars será bem vindo, e vou falar bem. Reconheço que passo pano.

Mas… Essa série do Obi Wan tem tanta coisa tosca… É uma boa série, me diverti, tem alguns momentos excelentes, mas, talvez, se dessem uma enxugada e transformassem num longa metragem, talvez o resultado fosse bem melhor (são 6 episódios entre 40 e 50 min cada, vamos arredondar, seriam 4 horas e meia no total, corta a metade, tem um filme de 2 horas e 15 minutos).

Vejam bem, não estou falando de head canon. Conheço gente que não gostou porque pelo trailer a série seria com o jovem Luke, e na verdade foi foi com a jovem Leia. Gosto de ser surpreendido, não trouxe nenhum head canon para a série.

Também não estou falando de decisões burras dos personagens, como por exemplo o Bail Organa mandar uma mensagem que poderia facilmente ser interceptada. Boa parte do cinema como conhecemos hoje é baseada em decisões burras de personagens.

Meu problema foram detalhes toscos. Gostei da série, gostei de vários momentos, todas as cenas com o Darth Vader nos dois últimos episódios são muito boas. Mas ao lado tinham vários detalhes que a gente pensava “seriously?”.

Vou listar os seis que achei mais toscos. Claro, spoilers liberados.

6- A gente vê uns 50, talvez 100 Stormtroopers, esperando pra entrar na caverna. Tem um canhão lá fora, o ideal seria dar uns tiros de canhão antes, pra dar uma limpada, mas, deixa pra lá. O problema é depois. Ok, a gente sabe que stormtroopers não são bons de mira, a gente sempre viu isso. Mas, é um corredor estreito e eles estão muito perto. Essa cena, pra funcionar, teria que ser num espaço mais amplo, ou com menos gente. Colocar esse monte de gente aglomerada atirando ficou muito ruim. Será que não tinha um estúdio maior?

5- Essas naves menores parecem os snow speeders do Império Contra Ataca. Ok, elas chegam atirando. Mas… Saem atirando de qualquer maneira, acertaram vários stormtroopers, poderiam ter acertado Obi Wan e Leia! E outra coisa: pela velocidade que chegam, não teriam como manobrar e fazer a volta.

4- Os caras têm uma porteira laser. Isso faz sentido para a estrada, para impedir veículos. Por que o Obi Wan precisava atirar e interromper a barreira? Não era só dar a volta?

3- A perseguição na floresta que acontece no primeiro episódio tem que ser citada aqui. Os sequestradores são os mais incompetentes da história, parece até que estávamos vendo um filme dos Trapalhões.

2- A cena do fogo é intrigante. Darth Vader resolve queimar Obi Wan, para se vingar. Aí ele mostra que facilmente pode apagar o fogo. Mas, logo depois, não pode mais? Pra piorar: essa “parede” de fogo tem uns 50 metros. Por que os stormtroopers não deram a volta?

1- Em primeiro lugar, não tem como não ser a fuga da base imperial com a Leia escondida debaixo do roupão. Sim, debaixo do roupão. Sem precisar de muito esforço, qualquer um consegue pensar em vários jeitos melhores dessa fuga acontecer.

Pra terminar, não é exatamente um detalhe, mas achei que a Reva não deveria estar no último episódio. Ela levou um golpe de sabre de luz na barriga – por que Quin Gon Jin morreu, se aqui dois personagens levaram exatamente o mesmo golpe e estão serelepes pela série? Mas, ok, ela sobreviveu. Não estou reclamando disso, estou reclamando dela ir pra Tatooine sem motivo – pra que ela queria o Luke? E aquela redenção dela ficou ruim, muito ruim. Tire a Reva do sexto episódio, o episódio cresce em qualidade.

Obi-Wan Kenobi

Crítica – Obi Wan Kenobi (episódios 1 e 2)

Sinopse (imdb): Spin-off da saga Guerra das Estrelas, centrada em Obi-Wan Kenobi.

Diferente de Mandalorian e Boba Fett, que tinham como protagonistas personagens novos ou secundários, Obi Wan Kenobi traz alguns dos personagens centrais da saga: é o momento entre os episódios 3 e 4, onde Obi Wan vai para Tatooine para proteger Luke Skywalker criança (pra quem não se lembra de detalhes dos filmes, tem um resumo antes do primeiro episódio). E um dos trunfos da série é a volta de Ewan McGregor ao papel de Obi Wan (ok, a gente já sabe que também vai ter Hayden Christensen, mas esse nunca teve outro filme ou papel marcante além de Star Wars, enquanto McGregor tem uma carreira cheia de filmes marcantes).

Um ponto positivo aqui é que todos os seis episódios têm a mesma diretora, Deborah Chow. Sei que ela dirigiu dois episódios de Mandalorian, mas não conheço o trabalho dela. Mas acho positivo toda a série ser dirigida por apenas uma pessoa.

Como fã de Star Wars, uma coisa que acho muito legal (e que também tinha em Mandalorian e Boba Fett) é ver rotinas que aconteciam muito tempo atrás em uma galáxia muito muito distante. Vemos Obi Wan trabalhando numa espécie de açougue, vemos que existe um comércio clandestino de drogas, vemos um ex clone trooper que virou mendigo (interpretado pelo mesmo Temuera Morrison, afinal, eram clones!).

A primeira cena do primeiro episódio mostra jovens jedis sendo atacados pela Ordem 66, numa sequência bem emocionante. E logo depois temos uma cena que lembra Bastardos Inglórios, onde um inquisidor à procura de um jedi fugitivo interroga um comerciante. A série começa excelente!

Quero comentar sobre o meio e sobre o fim, mas vamos aos avisos de spoilers:

SPOILERS!
SPOILERS!
SPOILERS!

Pela sinopse e pelo trailer, a gente achava que a série seria sobre o Obi Wan protegendo o pequeno Luke Skywalker. Luke até aparece, mas de longe, numa cena muito rápida, que até está no trailer. Mas, surpresa! Temos a pequena Leia Organa! Somos apresentados a uma Leia de dez anos de idade, uma menina esperta, inteligente e desafiadora. A personagem é ótima, e a atriz Vivien Lyra Blair está muito bem!

Gostei do personagem Haja Estree, do Kumail Nanjiani – Star Wars sempre teve muito maniqueísmo, o bem é 100% bem e o mal é 100% mal, gosto quando vemos personagens de moral duvidosa.

A princípio não gostei da Third Sister, achei que ela, com aquela insubordinação, seria punida pelo Inquisidor. Mas no fim descobrimos que existe algo por trás, que liga ela ao Darth Vader, então passei a aceitar a sua postura.

Sobre a cena final do segundo episódio, conversando com amigos, ouvi duas interpretações. A Third Sister fala para Obi Wan que Anakin ainda está vivo. Amigos meus acharam que Obi Wan se surpreendeu ao saber que Anakin virara Vader, mas, se não me engano, ele já sabia disso desde o ep. 3. A minha interpretação foi outra: Obi Wan já sabia que Anakin era Vader, sua surpresa foi por saber que ele ainda estava vivo – a última vez que ele tinha visto Anakin foi em Mustafar, quando Anakin estava queimado, à beira da morte.

Por fim, sei que está rolando uma discussão sobre o Inquisidor, porque o personagem aparece em Rebels, e vemos sua morte neste episódio. Mas, como não lembro de Rebels, não sei se é o mesmo personagem ou um parecido – e não podemos esquecer que em Star Wars, alguns personagens morrem e voltam depois.

FIM DOS SPOILERS!

Alguns comentários sobre o elenco. Ewan McGregor está excelente, talvez esta seja uma de suas melhores interpretações. Me surpreendi com Vivien Lyra Blair, ela estava em Pequenos Grandes Heróis, num papel importante, mas numa interpretação fuén. Também gostei do já citado Kumail Nanjiani, tomara que seu papel tenha mais importância. Hayden Christensen vai voltar, mas ainda não podemos julgar sua participação. Outro que volta é Jimmy Smits, que estava na trilogia prequel como Bail Organa. Achei curioso ver que os inquisidores são atores relativamente conhecidos, tem o Rupert Friend (o Assassino 47), o Sung Kang (o Han de Velozes e Furiosos) e Rya Kihlstedt (que já vi em alguns filmes mas sempre em papeis secundários). Joel Edgerton está bem como o tio Owen, não sabemos se ele terá uma participação maior. Não gostei de Moses Ingram, que faz a vilã Reva, achei caricata demais, mas pode melhorar com o decorrer da série. E achei uma surpresa divertida ver Flea, do Red Hot Chili Peppers, como o sequestrador.

Serão seis episódios, quarta que vem tem mais um, já estou ansioso!

Boba Fett e o mimimi nerd

Boba Fett e o mimimi nerd

Heu estava esperando o fim da série The Book Of Boba Fett pra fazer um texto sobre toda a temporada. Mas essa semana os nerds chatos estão tão chatos que resolvi antecipar e fazer um post só pra falar do mimimi nerd.

Está rolando um hate geral pela série, e não consigo entender por que. Parece que é hate só pelo prazer de hate – tipo o que rolou com o filme do Han Solo, uma divertida aventura espacial, cheia de fan services, mas que tem muito fã que gosta de dizer que é ruim só pelo prazer de ser chato.

Me mandaram um link de um cara que escreveu pro uol – não é um blog pessoal, é o uol! O cara escreveu falando mal, mas parece que o cara não viu a série. Por exemplo, ele fala que determinado momento do episódio tem uma luta onde duas pessoas estão cercadas por seis oponentes, e que os oponentes “começam a cair no chão”. Caramba, chegaram reforços, dois gamorreanos entraram na luta! Amigo, larga o celular e presta atenção no que tá na tela!

O carinha do uol reclama que uma série do Boba Fett já começa errado porque o personagem morreu. Ué, a gente vê logo no início do primeiro episódio como ele se salvou. Por outro lado, o Imperador Palpatine morreu no Retorno do Jedi e volta no episódio 9, e ninguém falou nada. Pior ainda: Darth Maul morreu, a gente viu o cara cortado no meio, e ele volta  em Clone Wars e em Han Solo. E em nenhum desses dois casos explicaram como é que os personagens voltaram à vida.

Cheguei a ler o absurdo de gente criticando The Book of Boba Fett porque alguns personagens têm motos coloridas. Seriously? Se as motos power rangers forem a pior crítica que vocês conseguem achar, a média tá boa.

Até o episódio quatro, estava rolando um mandela effect sobre a direção dos episódios. Recebi comentários vindo de três fontes diferentes a informação de que Robert Rodriguez seria o diretor de todos os episódios. Galera, vocês não leem os créditos? O nome do Robert Rodriguez aparece no primeiro e no terceiro episódios. O segundo foi dirigido por Steph Green, e o quarto, por Kevin Tancharoen. Rodriguez ainda vai dirigir pelo menos mais um, mas não é tudo dele!

O quinto episódio (dirigido pela Bryce Dallas Howard) é bem diferente dos anteriores (e concordo que é bem melhor). Os haters aproveitaram pra dizer “é melhor porque tem o Mandaloriano em vez do Boba Fett!”. Gente, vocês precisam entender que o Mandaloriano existe POR CAUSA do Boba Fett. Fett foi um personagem secundário que apareceu no fim de Império Contra Ataca e início de Retorno do Jedi, e que caiu na graça dos fãs. Os fãs começaram a criar um culto ao personagem – tanto que ele ganhou importância na trilogia prequel. Se a gente teve a excelente série The Mandalorian, precisamos agradecer à existência do Boba Fett. Sem ele, não teria Baby Yoda!

(E, lembrando que a primeira aparição do Boba Fett foi no Star Wars Holiday Special, a gente chega à conclusão que quem gosta do Grogu precisa respeitar o Holiday Special!)

Alguns haters sob o efeito do mandela effect disseram que o quinto episódio foi melhor porque a Bruce Dallas Howard dirigiu episódios de The Mandalorian. Verdade. Mas Robert Rodriguez também dirigiu! Galera, se esforcem mais nos argumentos hater!

Detesto usar o argumento do “nerd velho”, que é quando uma pessoa argumenta que é mais fã porque viu a trilogia clássica no cinema. Acho que todo mundo tem direito de ser fã, seja o cara que estava lá no cinema em 1978, seja o cara que só conheceu tudo depois do streaming. Todo mundo é fã, ponto. Dito isso… Preciso usar a carta do nerd velho. Heu vi O Retorno do Jedi no cinema em 1983, e esperei 16 anos por um novo filme da saga. A gente viu Caravana da Coragem no cinema achando que era continuação do Retorno do Jedi! E, depois de esperar 16 anos, a gente viu um filme com o Jar Jar Binks! E viu mais de uma vez, e depois comprou o DVD!!! O “nerd novo” tá mal acostumado, desde que a Disney comprou Star Wars em 2012, foram cinco filmes nos cinemas e três temporadas de séries – e não estou contando as animações. Pô, galera, tem material pra caramba, dá pra todo mundo ser feliz, se você não quiser ver um deles, é só não ver.

Quem não quiser gostar de The Book of Boba Fett, não goste. Gosto é pessoal, goste do que você quiser.
Mas não encha o saco!

Star Wars Visions

Crítica – Star Wars Visions

Sinopse (imdb): Uma série de curtas animados dentro do universo Star Wars que verá os melhores animadores de anime do mundo darem vida a esta amada franquia.

Star Wars Visions são animes de Star Wars. 9 historinhas, entre 14 e 21 minutos, feitas por estúdios diferentes, independentes entre si, todas dentro do universo de Guerra nas Estrelas.

Admito que não sou fã de animes. Nada contra, mas o formato nunca me seduziu, vi muitos poucos animes na minha vida. Lembro de ter visto A Viagem de Chihiro no cinema, gostei, e pensei “vou catar mais filmes do studio Ghibli”, mas até hoje ainda não vi nenhum outro.

E por que curti a ideia deste Visions? É porque me lembrou do universo expandido, que existia antes da Disney comprar a Lucasfilm.

Nos anos 90 existia muito pouco material de Guerra nas Estrelas. Mas, quem era fã, procurava o universo expandido, que tinham livros, HQs e videogames contando histórias dentro do mesmo universo. Às vezes usando os mesmos personagens, outras vezes não. Acho que o exemplo mais famoso desse universo são os livros Herdeiros do Império, que contam o que teria acontecido depois de O Retorno de Jedi – livros excelentes, são tão marcantes que alguns elementos criados no livro entraram na saga oficial, como o planeta Coruscant.

Mas quando a Disney chegou, disse “não existe mais Universo Expandido, pode jogar tudo fora”. Até entendo o ponto de vista comercial disso, mas é uma pena porque muita coisa bacana foi deixada de lado.

Enfim, uma coisa legal que tinha no Universo Expandido era trazer novas histórias e novos personagens dentro do universo de Guerra nas Estrelas. Mais ou menos que nem Mandalorian e Rogue One, que são histórias que não são focadas na família Skywalker. Isso acontece aqui em Visions – acho que o único personagem dos filmes é o Jabba, que aparece no episódio Balada de Tatooine. O resto é tudo novidade.

Mas, novidades dentro do universo que a gente conhece e gosta tanto. Tipo,o já citado Balada de Tatooine, que traz uma banda que se apresenta antes de uma corrida de pod racers, aquela que o Anakin correu no Ep 1. Ou o A Noiva Aldeã, onde alguns personagens se conectam com a natureza de uma maneira que me lembrou o Chirrut, de Rogue One, que ficava falando “I’m one with the Force and the Force is with me”.

Alguns episódios trazem algumas ideias realmente novas, como TO-B1, que traz um robô jedi; ou O Nono Jedi, que tem sabres de luz que mudam suas características de acordo com quem os empunha. Talvez algum fã chato se incomode com essas inovações, mas heu achei muito legais – e de quebra esses dois episódios estão entre os meus favoritos.

(Os meus favoritos são TO-B1, O Nono Jedi e O Duelo, que quebra o clássico maniqueísmo entre o bem e o mal que permeia toda a saga Guerra nas Estrelas, quando traz um cara que não é nem Jedi nem Sith.)

Tenho minhas dúvidas se Visions pode ser visto por um “leigo”. Um exemplo simples: alguns episódios citam cristais kyber, que são usados para construir sabres de luz (não me lembro se algum filme chegou a falar desses cristais). Agora, quem é fã provavelmente vai curtir e muito.

Top 5 Plágios de Guerra nas Estrelas

Top 5 Plágios de Guerra nas Estrelas

Guerra nas Estrelas – ou Star Wars, como é mais conhecido hoje em dia (sim, sou velho) foi um grande sucesso desde o seu lançamento, lá em 1977 (aqui no Brasil foi em 1978). E o que acontece quando algo faz muito sucesso? Aparecem cópias.

Às vezes Hollywood tem “filmes gêmeos”, mas aí não é exatamente uma cópia de um filme que fez sucesso. Um grande estúdio anuncia um filme sobre um tema, aí outro estúdio desenvolve outro filme no mesmo tema, e um acaba surfando no sucesso do outro. Filmes como Armagedom e Impacto Profundo, ambos lançados em 1998, que são filmes catástrofe com um asteroide ou cometa que vai se chocar com o planeta. Ou Inferno de Dante e Volcano, ambos de 1997, ambos filmes catástrofe com vulcões. Ou ainda Robin Hood Príncipe dos Ladrões e Robin Hood Herói dos Ladrões, ambos de 1991 – e ainda teve o Robin Hood do Mel Brooks em 1993!

Mas, o vídeo de hoje não é sobre esses filmes. Esses não são plágios. Mas, se o assunto te interessa, aqui tem um Podcrastinadores sobre esse tema.

O vídeo de hoje é sobre cópias. Muitas delas, plágios na maior cara de pau. Acho que todos os brasileiros se lembram daqueles DVDs lançados nas Lojas Americanas – a Pixar lançou Carros, apareceu o DVD Carrinhos; a Pixar lançou Ratatouile, apareceu o DVD Ratatoing. Outro bom exemplo é a produtora Asylum, que produz títulos como Transmorfers ou The Terminators. Quando anunciam um novo filme, a Asylum pega o título e a sinopse, e faz um filme rapidinho pra lançar no mercado antes do lançamento do oficial. É assim que eles conseguem escapar de processos – como o filme deles é feito antes, não é uma cópia do filme em si, e sim em cima da ideia.

Ainda preciso citar outro exemplo, que é a paródia, filmes como Top Gang, Máquina Quase Mortífera e Todo Mundo em Pânico. Preciso citar paródias porque provavelmente muita gente vai pensar em Spaceballs, do Mel Brooks. Não dá pra chamar de plágio, porque, propositalmente, Spaceballs usa elementos de Guerra nas Estrelas pra fazer piadas. Tipo ter um capacete parecido com o Darth Vader, e a gente ouve a respiração, e quando abre o capacete, é o Rick Moranis, de óculos e com dificuldade de respirar. Genial!

Vamos aos plágios? Desta vez não tem exatamente uma ordem. É complicado pensar numa ordem, seria de pior pra melhor? De mais tosco pra menos tosco? De mais plágio pra menos plágio? Vamos sem ordem mesmo.

Message From Space (1978)

George Lucas se inspirou em elementos da cultura japonesa para o seu filme. Message From Space pode ser uma espécie de revanche. Até então o filme mais caro produzido pela Toei (entre 5 e 6 milhões de dólares), Message From Space traz um planeta escravizado por um tirano espacial, e sua população pede ajuda para um time intergalático.
Message From Space tem uma trama diferente da trama de Guerra nas Estrelas, mas são vários elementos visuais que lembram. Tem uma princesa, um robô, um vilão imponente, um exército do mal, naves em trincheiras…

Mercenários das Galáxias / Battle Beyound the Stars (1980)

Se George Lucas se inspirou em A Fortaleza Escondida, de Akira Kurosawa, Roger Corman fez uma aventura espacial baseada em outro clássico do Kurosawa, Os Sete Samurais. O filme conta a história de um jovem fazendeiro que precisa de ajuda pra impedir que um ditador destrua o seu planeta. Apesar de plágio descarado, Mercenários das Galáxias não é um filme ruim. E tecnicamente, tem dois nomes que se tornariam muito mais importantes no futuro: James Cameron nos efeitos especiais e James Horner na trilha sonora.

Star Crash (1978)

Se é uma lista de plágios, não podemos deixar de ter um italiano!
Não sei como funcionam as leis de direitos autorais na Itália. Mas lembro que quando comecei a procurar cds piratas de artistas que gosto, quase todos eram italianos.
Antes de seguir, um parênteses pra explicar a diferença entre compartilhamento de arquivos e bootlegs. Hoje em dia a pirataria na internet consiste basicamente em você compartilhar um arquivo sem pagar pelos direitos. Existe aos montes, com filmes e com músicas. Mas trata-se de cópia de material oficial. Bootlegs não eram oficiais. Eram gravações de shows, muitas sem qualidade, e quase sempre sem o artista saber da existência.
Ambos são pirataria, ambos são ilegais. Mas são coisas diferentes.
Aproveito pra contar uma história pessoal. Uma vez encontrei pra vender uns cds piratas dos Mutantes. Sou muito fã de Mutantes, claro que comprei. Supostamente, era uma gravação bootleg do último show deles, em 1978.
Anos depois, fiz um trabalho de transcrição de partituras para songbook com o Luciano Alves, que era o tecladista dos Mutantes nessa época. Pensei “será que ele ia gostar de saber que tenho um cd pirata com ele tocando?” Resolvi contar pra ele, e ele ficou feliz, porque já tinha ouvido falar da existência dessa gravação, mas não sabia se era real ou não. Ele me pediu uma cópia, e disse que ia repassar pro Rui Motta, que era o baterista nessa ocasião.
Fiz a “volta completa” no bootleg: adquiri um cd pirata, e depois copiei pro próprio artista que foi pirateado!
Voltando ao cinema… Claro, o cinema italiano tem vários casos de cópias de filmes hollywodianos – tanto que criaram o termo “western spaghetti” pra falar de faroestes feitos na Itália. E o que é curioso é que teve gente talentosa que surgiu no meio desses filmes copiados, gente como Sergio Leone e Dario Argento.
Star Crash é uma “ficção científica spaghetti”. É uma aventura espacial com cara de Guerra nas Estrelas. Sabe a frase “A long time ago in a galaxy far far away”? Que tal trocar por “Into the farthest reaches of space and time”? É uma cópia tão descarada que tem até um sabre de luz! Bem, uma coisa Starcrash fez antes de Guerra nas Estrelas. Anos antes do biquini dourado, a personagem Stella Star passa quase o filme inteiro com poucas roupas.
The Man Who Saves The World – Turkish Star Wars (1982)

Este The Man Who Saves The World deve ser um dos maiores casos de plágio descarado da história do cinema. O filme simplesmente usa cenas de Guerra nas Estrelas ao fundo. E ainda usa a trilha sonora de Caçadores da Arca Perdida! Sério, não tem muito mais o que falar. Cara de pau nível máximo.

Battlestar Galactica (1978)

Battlestar Galactica, ou BSG, é um caso à parte. Vamos por partes.
Em primeiro lugar, o roteiro já existia antes do lançamento de Guerra nas Estrelas, mas a produção só conseguiu luz verde depois.
Em segundo lugar, porque a série ganhou um reboot em 2004, e esse reboot é muito muito bom – arrisco a dizer que é – dentre todas as séries que já vi – a melhor série de todos os tempos. Então fica estranho algo de tão boa qualidade ser chamada de plágio.
Além disso ainda tem o lance que BSG é uma série, e aqui estou falando de filmes. Mas, tem uma área cinzenta aí. Os três primeiros episódios juntos fazem “o filme que deu origem a série”, e passou nos cinemas em alguns lugares. Lembro de ter visto no cinema do Barra Shopping!
Mas… A série de 1978 tem tantos elementos parecidos que George Lucas chegou a processar a Universal, detentora dos direitos sobre BSG. (Sério, Lucas? Processa BSG e deixa o Turkish Star Wars passar?). Ralph McQuarrie e John Dykstra inclusive trabalharam nos efeitos especiais das duas produções.
Bem, como fã de Guerra nas Estrelas e também de BSG, preciso dizer que a versão de 2004 não tem nada de plágio, é uma série fortemente recomendada. E a versão de 1978 tem cara de plágio sim, mas era divertida.

Star Wars: The Bad Batch

Crítica: Star Wars The Bad Batch

Sinopse (imdb): O ‘lote ruim’ de clones experimentais e de elite abrem caminho por uma galáxia em constante mudança logo após as Guerras Clônicas.

Até um tempo atrás, a gente estava acostumado a esperar uma semana para o novo episódio da série que estávamos acompanhando. Veio o streaming, e algumas séries tiveram a temporada inteira lançada de uma vez, levando a galera a fazer binge watch. A Disney voltou a trazer episódios semanais e mostrou pra gente as vantagens de uma série vista assim. Depois de Mandalorian, veio Wandavision, depois Falcão e o Soldado Invernal, sempre às sextas. Menos esta semana. Por que guardaram a estreia de Star Wars The Bad Batch pra terça?

Pra quem não sabe, dia 4 de maio é considerado o “dia de Star Wars”, por causa do trocadilho em inglês – May the fourth, aí guardaram o Star Wars novo pro dia 4.

(Curioso que tem uma galera que acha que o dia de Star Wars deveria ser 25 de maio, porque o filme estreou 25/05/77. Mas 25/05 acabou virando dia do orgulho nerd, ou dia da toalha (em referência ao Guia do Mochileiro das Galáxias).)

Star Wars: The Bad Batch é a nova série de animação de Star Wars. Sim, animação. Sei que muita gente tem preconceito, e até entendo. Vi todos os filmes, mais de uma vez cada, e não vi tudo o que de animações – vi Rebels, vi parte de Clone Wars, não vi Resistance… Vou te falar que também tenho um certo preconceito, reconheço. Quando vi Mandalorian e a Ahsoka citou o nome do Grande Almirante Thrawn, pulei da cadeira só de pensar em vê-lo –  e esqueci que ele já tinha aparecido em Rebels. Mas, olha, vi e gostei muito deste novo Bad Batch.

Foram anunciados 16 episódios. Logo saem mais episódios, então não vou entrar muito na trama, porque certamente ficarei desatualizado.

A trama segue os acontecimentos de Clone Wars. Não vi todo Clone Wars, mas sei que os Bad Batch apareceram em alguns episódios daquela série, vou até catar o arco onde eles aparecem.

O primeiro episódio de Bad Batch começa no momento que a Ordem 66 é executada. O que a gente conhece da Ordem 66 foi no Star Wars 3, bem legal ver isso acontecer visto de outro ângulo. Uma curiosidade: o padawan que aparece no início quando crescer vai virar o Kanan, um dos principais personagens de Rebels (foi até dublado pelo mesmo ator, o Freddie Prinze Jr., que acho que é o único nome conhecido no elenco deste episódio). Tem outro personagem de filme / série que aparece aqui, mas desta vez não digo quem é por causa de spoilers.

Somos apresentados ao time dos Bad Batch, clones modificados (e por isso “defeituosos”, daí o nome “bad batch” / “lote ruim”), cada um com suas características, e, reconheço: são bons personagens, carismáticos, engraçados, e se não a série não fosse sobre eles, heu ia querer vê-los em algum outro filme ou série. Um episódio e já virei fã do time.

A parte técnica da animação é excelente. Os primeiros Clone Wars tinham um desenho quadradão, estilo do Genndy Tartakovsky, mas depois o traço foi se modernizando. Não sei se as últimas temporadas de BB já tinham o traço como esse BB, mas posso dizer que os detalhes enchem os olhos. Mas… Como fã chato, preciso reclamar de uma coisa: os uniformes dos Stormtroopers em Kamino são pintados de vermelho com uma textura que não combina muito com o Império. Parece uma pintura artesanal, combinaria mais com os Bad Batch do que com os Stormtroopers que sempre foram muito certinhos. Pelo menos ficou bonitão.

Agora aguardemos os outros episódios. A série começou bem, que continue mantendo o nível!

Star Wars Episódio 9 – A Ascensão Skywalker

Crítica – Star Wars Episódio 9 – A Ascensão Skywalker

Sinopse (imdb): Os membros sobreviventes da resistência enfrentam a Primeira Ordem mais uma vez, e o lendário conflito entre os Jedi e os Sith atinge seu auge, levando a saga Skywalker ao fim.

(Antes de entrar no texto, um aviso. Os últimos textos sobre Star Wars foram escritos “no calor do momento”, e com um segundo texto para desabafar spoilers. Mas este sobre o Ep. 9, estou atrasado, devido aos problemas pessoais no heuvi. Então é um texto mais “pé no chão”, e não farei um segundo post com spoilers. Peço desculpas aos leitores!)

E, depois de nove filmes, chega ao fim a saga Skywalker!

Sou muito fã de Star Wars. É o único tema onde não consigo separar o “crítico” do “fã”. Ouvi um monte de gente falando de problemas técnicos, mas tenho dificuldade de vê-los. Sento na poltrona do cinema, começa a tocar o tema do John Williams, e toda a razão se apaga. Sou uma pessoa feliz vendo os filmes da saga!

Mas, vamulá. Star Wars Episódio 9 – A Ascensão Skywalker (Star Wars: Episode IX – The Rise of Skywalker, no original) tinha uma responsabilidade enorme: encerrar uma série que começou 42 anos antes e ganhou uma enorme importância na cultura pop. Sendo assim, não podemos vê-lo apenas como “mais um filme”. Não, é a parte final de uma das mais importantes sagas da história do cinema.

Como filme isolado, Star Wars Episódio 9 funcionaria melhor. Mas, como capítulo final, não foi tão bem. A direção voltou para JJ Abrams, que tinha feito o Ep. 7. E a gente vê que algumas coisas parecem conflitantes com o Ep. 8 – como, por exemplo, deixarem de lado o flerte entre a Rose e o Finn; ou, esquecerem que a Maz Kanata ia explicar como o sabre do Luke foi parar em suas mãos (um furo de roteiro que talvez seja explicado num livro). Não sei se foi isso, mas deu a impressão que os roteiros da trilogia não foram pensados como uma única história.

Teve outro problema, mas aí não é culpa do roteiro ou da produção. O Ep. 7 mostrava o Han Solo; o Ep. 8 mostrava o Luke Skywalker. Este filme mostraria a Leia Organa, mas a atriz Carrie Fischer morreu antes das filmagens. Então várias cenas ficaram estranhas, porque foram adaptadas – ou com a personagem em cgi, ou de costas. Pena, a gente queria mais da Leia…

Agora, um comentário com spoilers.

SPOILERS!
SPOILERS!
SPOILERS!

Um pequeno parágrafo com spoilers. Adorei a participação do Han Solo! Sensacional! Por outro lado, achei que trazer o Palpatine de volta não foi a melhor escolha. Não tinha nenhum outro vilão?

FIM DOS SPOILERS!

Dito isso tudo, afirmo sem medo: adorei o filme! Não tem sensação melhor do que sentar num cinema e entrar mais uma vez no universo de Star Wars! Pra melhorar, Star Wars 9 é cheio de fan service. Em vários momentos os fãs iam ao delírio durante a sessão.

No elenco, a novidade que não é exatamente novidade é a volta de Billy Dee Williams como Lando Calrissian – pena que não voltou nos filmes anteriores. E me parece que Anthony Daniels foi o único a “completar o álbum” – ele esteve nos nove filmes como C3PO! Estão de volta aos seus papeis Daisy Ridley, Oscar Isaac, John Boyega, Adam Driver, Mark Hamill, Carrie Fisher, Ian McDiarmid, Domhnall Gleeson, Kelly Marie Tran e Lupita Nyong’o (e Joonas Suotamo, pela quarta vez sob a fantasia de Chewbacca); as novidades são Naomi Ackie, Richard E. Grant e Keri Russell (Greg Grunberg e Dominic Monaghan devem ser amigos do diretor JJ, porque frequentemente aparecem em seus projetos; o próprio JJ Abrams faz a voz do novo robô apresentado, mas esse novo robô é um personagem bem bobo, principalmente se comparado aos robôs já apresentados desde que Star Wars foi pra Disney (BB8, K-2SO, L3-37)).

Chega, né? Ainda podia escrever muito, mas a ideia era fazer um texto curto. Só resumindo: Star Wars 9 tem seus problemas. Mas a gente que é fã deixa isso pra lá e fica feliz na cadeira do cinema.

Ah, por fim, um recado para os fãs que gostam de reclamar. Temos filmes novos no cinema todos os anos (5 filmes entre 2015 e 2019), temos séries live action e desenhos. Galera, vocês que reclamam não sabem o que é não ter material para consumir! Nos anos 90 a gente lia os livros do Timothy Zahn porque não tinha nada mais! Parem de reclamar e aproveitem que Star Wars está na moda!

E que venham mais filmes de Star Wars!