La La Land: Cantando Estações

La La LandCrítica – La La Land: Cantando Estações

Em Los Angeles, um pianista de jazz que sonha em ter a sua própria casa noturna se apaixona por uma aspirante a atriz.

La La Land: Cantando Estações (La La Land, no original) chamou atenção quando ganhou sete Globos de Ouro: melhores filme, ator e atriz (comédia ou musical); diretor, roteiro, trilha sonora e canção. Ok, a gente sabe que a premiação do Globo de Ouro separa os filmes musicais dos dramas, é “mais fácil” ganhar um prêmio quando não é drama (onde normalmente estão os principais candidatos). Mas se a gente lembrar que os cinco prêmios mais importantes do Oscar são filme, diretor, roteiro, ator e atriz,  La La Land se saiu MUITO bem no Globo de Ouro.

(Atualizando: saiu a lista dos indicados ao Oscar, La La Land concorre a 14 estatuetas – número recorde, nunca um filme concorreu a 15. As chances de Oscar são bem grandes.)

La La Land foi escrito e dirigido por Damien Chazelle, o mesmo de Whiplash. Seu novo filme é um “musical clássico”, daqueles que as pessoas param de falar, começam a cantar e dançar, e, quando a música acaba, tudo volta ao normal. A boa notícia é que as músicas são muito boas, dá vontade de caçar o cd com a trilha sonora quando saímos do cinema.

Não só o filme é alegre, colorido e empolgante, como a parte técnica também é excelente. Vemos vários planos sequência complexos, cheios de coreografias de dança e sapateado!

Ainda sobre a parte técnica, queria falar sobre o Ryan Gosling tocando piano. Chazelle declarou que tudo o que vemos na tela foi realmente tocado pelo ator. Olha, posso garantir que o que vemos não é resultado de apenas alguns meses de prática. Quem toca aquilo no piano estudou por anos. Ou seja: ou Gosling já tocava piano antes, ou tem um dublê de mãos inserido digitalmente.

Ah, o elenco. Ryan Gosling não é um ator muito versátil, ele costuma ter a mesma “cara de paisagem” em todos os filmes (sempre lembro dele nos filmes Drive e Só Deus Perdoa, onde ele usa a mesma expressão durante todo o filme). Mas aqui ele está bem, ele toca piano, canta, dança sapateia, e, apesar de continuar com cara de paisagem, não incomoda. Emma Stone também está bem. Nenhum dos dois tem um vozeirão, mas os arranjos foram feitos respeitando as suas extensões vocais, então tudo desce redondinho (apesar do grave de Gosling ser bastante fraco). J.K. Simmons, que ganhou um Oscar trabalhando com Chazelle, aparece num pequeno papel; o músico John Legend também tem um papel importante.

Claro que tem gente que não suporta musicais e vai passar longe. Mas quem não tiver preconceito verá o primeiro grande filme de 2017.

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