Mad Max 3 – Além da Cúpula do Trovão

Mad Max 3Crítica – Mad Max 3 – Além da Cúpula do Trovão

Num cenário ainda mais desolado do que no segundo filme, Max vai parar numa cidade depois de ser roubado.

Depois de um primeiro filme médio e de um segundo muito bom, chegamos ao terceiro – que é um desastre total!

Não sei exatamente de quem é a culpa. George Miller não dirigiu o filme inteiro, por causa da morte do amigo e produtor Byron Kennedy, que faleceu no meio da produção, num acidente de helicóptero enquanto procurava locações – o desconhecido George Ogilvie divide os créditos de diretor com Miller. Não sei se foi aí que o filme se perdeu. O fato é: tem tanta coisa errada que nem sei por onde começar.

Mad Max 3 – Além da Cúpula do Trovão (Mad Max Beyond Thunderdome, no original) até começa bem, apresentando uma cidade pós apocalíptica, Bartertown. Não sabemos exatamente o que Max foi fazer lá, nem sabemos exatamente quais os critérios da antagonista Auntie para escolhê-lo como representante na luta. Mas a luta na tal Cúpula do Trovão que dá o título ao filme até que é boa – talvez o único bom momento do filme… Porque logo depois, começa a ladeira abaixo com uma “roda da fortuna” que parece uma piada fora do contexto.

Se a primeira parte é legal (apesar de ser inferior ao primeiro filme), tudo piora – muito – quando Max sai de Bartertown e encontra a “Terra do Nunca pós apocalíptica”. A partir daí, o que já era ruim fica pior, e o filme vira um grande trash.

Não vou reclamar das cenas que copiam Caçadores da Arca Perdida (Max atirando num cara com espada) ou Guerra nas Estrelas (Max correndo por um corredor, pra voltar logo depois perseguido por dezenas de guardas; a história é contada na aldeia das crianças numa cena idêntica ao C3PO contando para os Ewoks). Ok, vamos chamar isso de homenagens. Mas algumas coisas são completamente equivocadas, como a música de aventura estilo Goonies numa cena tensa, ou uma linha de trem intacta enquanto todos os prédios estão no chão. E a parte final, quando Max resolve “abrir espaço” para o avião – toda aquela sequência não faz o menor sentido (vou falar disso num podcast daqui a alguns dias, prometo colocar o link aqui).

Tudo é tão desleixado que o ator Bruce Spence está de volta, com uma caracterização parecida com o Gyro Captain de Mad Max 2, mas com outro nome, Jedediah – afinal, era pra ser o mesmo personagem ou não?

Sobre os vilões, este terceiro filme mantém a “tradição” de vilões ruins que estão presentes em todos os Mad Max. A “Titia” de Tina Turner é ruim, mas o Master Blaster é bem pior – na minha humilde opinião, o pior vilão de toda a franquia. Como um cara que fala daquele jeito pode ser o mais inteligente???

O fim do filme é ridículo, mas quando cheguei lá, já tinha desistido. A sensação quando termina o filme é parecida com Highlander 2: uma boa franquia, estragada por um filme péssimo.

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