Martyrs (2015)

Martyrs-poster gringoCrítica – Martyrs (2015)

E vamos a mais uma refilmagem desnecessária…

Com a ajuda de uma amiga de infância, mulher busca vingança contra pessoas que fizeram mal a ela quando criança.

Voltemos alguns anos no tempo. Na década passada tivemos uma onda de filmes franceses ultra violentos, como Alta Tensão, A Invasora, O Segredo da Rua Ormes e A Fronteira. O Martyrs original, lançado em 2008, faz parte dessa leva, e é justamente um dos mais cultuados.

Aí é que mora o perigo. Se é pra refilmar uma obra cultuada, ou é pra melhorar algum ponto falho no primeiro filme; ou é pra vermos a história de um modo diferente*. Se é pra fazer igual (como acontece aqui), fica a pergunta: pra que? A primeira metade do filme é exatamente igual, só que com menos violência. E a parte final não muda nada pra melhor.

E este é o problema principal. O filme original é um dos filmes mais violentos da última década. E não é só violência por violência, tem todo um mistério sobre uma sociedade secreta – por isso o filme é cultuado. E, na refilmagem, a violência foi abrandada – e muito. Pô, gente. não dá pra cortar a violência de um filme desses! É mais ou menos como a Disney refilmando Tarantino!

O cartaz tenta enganar. “Dos produtores de A Invocação do Mal e Annabelle“. Opa, será que tem dedo do James Wan? Claro que não! Isso significa que tem a Blumhouse na produção, produtora que está por trás de boa parte dos filmes de terror contemporâneos, desde filmes bons como A Invocação do Mal e a série Sobrenatural; até filmes de qualidade questionável como A Forca e Ouija. Ou seja, Blumhouse não é garantia de qualidade.

A direção ficou com os desconhecidos irmãos Kevin e Michael Goets, que até agora só tinham feito um longa, o também desconhecido Rota de Colisão. E o roteirista Mark L. Smith, por incrível que pareça, concorreu ao último Oscar por O Regresso (coisa difícil de acreditar, por este roteiro aqui). No elenco, Troian Bellisario (Pretty Little Liars) e Bailey Noble (True Blood) nem fazem feio, mas não salvam o filme do fracasso total.

Desnecessário. Nada se aproveita. Procure o original.

* Um dos meus filmes favoritos de todos os tempos é uma refilmagem, A Pequena Loja dos Horrores da década de 80. Mas é um filme completamente diferente do original dos anos 60. Este é um bom exemplo de “ver de um modo diferente” que citei lá em cima.

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