O Homem dos Sonhos

O Homem dos Sonhos

Sinopse (imdb): Um infeliz pai de família vê sua vida virar de cabeça para baixo quando milhões de estranhos começam a vê-lo em seus sonhos. Quando suas aparições noturnas tomam um rumo de pesadelo, ele é forçado a lidar com um novo estrelato.

Quando fiz minha lista de expectativas 2024, comi mosca em um detalhe que não costumo falhar. O Homem dos Sonhos (Dream Scenario, no original) é o novo filme do diretor e roteirista norueguês Kristoffer Borgli, o mesmo de Doente de Mim Mesma, filme que vi no Festival do Rio ano passado. Logo heu, que sempre reparo defendo que a gente deve reparar quem é o diretor do filme… Seria mais um motivo para O Homem dos Sonhos estar na lista das expectativas!

Segundo o imdb, Borgli apresentou o roteiro para Ari Aster, que dirigiria o filme com Adam Sandler no papel principal. Mas quando Doente de Mim Mesma começou a ter bons reviews, Aster e a A24 encorajaram Borgli a dirigir o próprio roteiro.

Se Doente de Mim Mesma trazia uma personagem capaz de fazer qualquer coisa para chamar a atenção, aqui o tema é parecido, mas sob outro ângulo. Paul Matthews não quer chamar a atenção, mas ele acaba chamando de qualquer maneira, e, querendo ou não, experimenta os seus “15 minutos de fama”. E depois, ainda involuntário, experimenta o “cancelamento” e passa a ser rejeitado. Mais uma vez o roteirista é diretor traz um estudo sobre comportamento social.

Mas, na minha humilde opinião, o melhor de O Homem dos Sonhos é o seu ator principal. Todo mundo conhece Nicolas Cage, todo mundo sabe de suas escolhas duvidosas na carreira, todo mundo sabe do seu over acting. E aqui ele está excelente, tanto no “mundo real”, quando dentro dos sonhos. Também no elenco, Julianne Nicholson, Michael Cera, Dylan Gelula, Dylan Baker e Tim Meadows – estão todos ok, mas ninguém se destaca.

Também preciso dizer que curti muito os momentos de sonhos – e também dos pesadelos. São momentos divertidíssimos, o filme podia ter mais cenas nos sonhos!

O Homem dos Sonhos tem claramente três momentos. Os dois primeiros são muito bons, tanto a ascensão de Paul como ícone pop involuntário, quanto o seu “cancelamento” por causa dos pesadelos. Já a conclusão da história não é tão boa, o filme meio que não sabe pra onde vai. Mas, preciso dizer que adorei a cena final, aquela que inclui o terno gigante do David Byrne.

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