O Homem nas Trevas 2

Crítica – O Homem nas Trevas 2

Sinopse (imdb): A sequência se passa nos anos após a invasão mortal de sua casa, agora Norman Nordstrom vive em um conforto tranquilo até que seus pecados passados o alcancem.

Antes de falar da continuação, um breve comentário sobre o primeiro filme. Talvez seja um spoiler, mas acredito que quem vai ver esse deve ter visto o primeiro, né?

No primeiro filme, temos um grupo de jovens que resolve assaltar a casa de um velho cego. O que seria a princípio um trabalho fácil, se torna algo complicado, porque o velho é badass, e, como está em casa, domina o território. Até aí, tudo bem. O problema é que em determinado momento do filme, pra gente ter alguma empatia pelos assaltantes, a gente descobre que o velho é um cara ruim, muito ruim. Essa inversão que acontece no primeiro filme me incomodou um pouco, porque heu preferia torcer pelo velho, mas a gente acaba o filme vendo que o velho é muito pior que os assaltantes.

Isso até funciona numa história fechada. Mas, se é pra ter uma continuação, atrapalha, e muito. Porque heu sei que esse cara é um cara ruim. Por que devo simpatizar com ele?

E assim, começamos O Homem nas Trevas 2 (Don’t Breathe 2, no original). Um filme com um protagonista odioso. Quer assaltar? Pode assaltar, ele não merece a nossa empatia.

E aí, claro que o roteiro tem que inventar algumas mirabolâncias pros antagonistas serem ainda piores…

Enfim, quem conseguir se desligar dessas características dos personagens, pode até curtir o filme.

O primeiro Homem nas Trevas foi escrito por Fede Alvarez e Rodo Sayagues, e dirigido pelo primeiro (que antes tinha feito a refilmagem de Evil Dead). A dupla escreve o roteiro da continuação, mas quem assumiu a direção foi Rodo Sayagues, que copiou direitinho o estilo do companheiro.

Tecnicamente falando, O Homem nas Trevas 2 tem seus bons momentos. Algumas cenas são bem filmadas. Quem estiver atrás apenas de boas cenas de ação com um velho cego badass vai curtir.

Stephen Lang repete o papel do velho cego, e ele está muito bem. Com quase 70 anos de idade, ele convence como o idoso duro na queda. Ok, a gente precisa de uma suspensão de descrença maior que no primeiro filme (que se passa todo dentro da casa dele). Aqui ele está em locais desconhecidos, e às vezes parece que enxerga melhor que as pessoas não cegas. Mas, se a gente não se importar com isso, ele protagoniza boas cenas, tanto batendo quanto apanhando.

Mas, pra mim, a redenção proposta pelo roteiro foi rasa, e não me convenceu. É um bom personagem, mas não dá pra ficar do lado dele.

Vai agradar os menos exigentes. Mas, pra mim, foi desnecessário.

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