Ponte dos Espiões

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Uêba! Filme novo do Spielberg com o Tom Hanks!

Durante a Guerra Fria, um advogado especializado em seguros é contratado para defender um espião russo. Quando vê que será impossível defendê-lo, propõe que ele seja usado como uma apólice de seguro para uma eventual futura troca de prisioneiros com a União Soviética.

Logo de cara, já sabemos que veremos um filmão, afinal, temos um dos melhores atores contemporâneos repetindo a parceria com um dos melhores diretores contemporâneos – eles já trabalharam juntos outras três vezes, em O Resgate do Soldado Ryan, O Terminal e Prenda-me se for Capaz. Mas, se por um lado isso é garantia de qualidade, por outro lado a gente sobe as expectativas. Ainda mais quando lê que o roteiro é dos irmãos Coen.

Vamulá. Ponte dos Espiões (Bridge of Spies, no original) não é um grande filme, para ficar na história, como Soldado Ryan foi. Mas é um eficiente filme sobre a Guerra Fria. E Spielberg é muito competente ao formatar isso: não só a fotografia e a trilha sonora são muito bem cuidadas, como a sua câmera flui como poucos diretores da atualidade sabem fazer.

(Curiosamente, a parte que mais me decepcionou foi ver que o roteiro, apesar de bem escrito, não tem “cara” de irmãos Coen…)

Ponte dos Espiões foi inspirado em fatos reais. A ponte, inclusive, existe, e foi usada para troca de prisioneiros. Será uma boa aula de história para as gerações mais novas que não viveram a Guerra Fria. Só não gostei do maniqueísmo (que já era previsível): o preso russo fica calmamente pintando quadros na cadeia dos EUA, enquanto o americano é torturado na cadeia soviética.

É interessante vermos um filme como Ponte dos Espiões nos dias de hoje, quando temos verdadeiras batalhas nas redes sociais defendendo e atacando criminosos e justiceiros. Abel, o espião russo, foi julgado e condenado pela opinião pública mesmo antes de entrar no tribunal. Se existisse na época da Guerra Fria, o facebook estaria bombando!

No elenco, o único grande nome é Tom Hanks, que consegue dar credibilidade ao seu “segundo homem mais odiado do país”  (o primeiro era o espião que ele defendeu). Também no elenco, Mark Rylance, Alan Alda, Amy Ryan e Austin Stowell.

Pelo clima do filme e pela época do ano que foi lançado, não me espantarei se Ponte dos Espiões estiver na lista do Oscar ano que vem…

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