Until Dawn: Noite de Terror

Crítica – Until Dawn: Noite de Terror

Sinopse (imdb): Um grupo de amigos presos em um loop temporal, onde inimigos misteriosos os perseguem e os matam de maneiras terríveis, devem sobreviver até o amanhecer para escapar.

Antes de tudo, aquele aviso que quem me conhece já sabe: não sou ligado em videogames. Nunca tinha ouvido falar desse jogo. Os meus comentários serão só sobre o filme, ok?

Until Dawn: Noite de Terror (Until Dawn, no original) não teve sessão de imprensa aqui no Rio (ou se teve, não fui chamado). Heu achei que ia ser mais um filme de terror genérico e irrelevante, então eu deixei pra lá. Até que li em algum lugar que era um filme que usava loop temporal, e heu gosto muito deste sub gênero. Então, mesmo atrasado, fui ver.

Cinco jovens estão procurando uma amiga que desapareceu. Chegam em uma cabana isolada onde coisas muito estranhas vão acontecer. Os cinco acabam mortos, mas eles logo voltam ao mesmo momento de quando chegaram na cabana.

Ok, é um loop temporal. Mas não é exatamente o loop temporal que a gente está acostumado, que é quando o personagem volta e revive exatamente a mesma rotina (e que foi bem explorado no bom A Morte te Dá Parabéns). Aqui não existe  um padrão, cada vez que o dia recomeça são novos desafios que eles têm que enfrentar.

A direção é de David F. Sandberg, que chamou a atenção com o excelente curta Lights Out, mas que quando começou a fazer longas ainda está no “quase” – seu currículo tem alguns filmes ok, mas nenhum grande filme (Annabelle 2, Shazam). Ah, tem uma cena que lembra o seu famoso curta. No elenco, vários jovens irrelevantes. Ninguém é péssimo, mas também ninguém é bom. O único nome conhecido é Peter Stormare, num papel menor, porém importante.

Until Dawn tem pontos positivos e negativos, vou começar pelos positivos. Heu não conhecia nada da história e me vi envolvido no mistério onde os jovens se metem. São mortes criativas, alguns jump scares bem bolados, efeitos especiais ok – nada que eleve o filme a um patamar de “imperdível”, mas pelo menos a trama conduz o espectador para momentos divertidos.

Mas, por outro lado, achei tudo meio bagunçado. Às vezes é um único vilão, outras vezes tem vários; às vezes é um monstro, outras vezes é outro… No videogame isso deve fazer mais sentido, mas aqui achei que fez falta um antagonista, um “personagem vilão slasher”, tipo um Jason, um Freddie, um Michael… Pelo que entendi pelo cartaz do filme, que diz “toda noite um pesadelo diferente”, no universo do jogo deve ser mais amplo. Legal, mas aqui ficou solto demais. Por exemplo, pra que mostrar um monstro gigante na floresta se ele não vai aparecer nunca mais no filme?

(Claro, a gente vê esse filme e lembra de O Segredo da Cabana, que também tem uma cabana isolada e cinco jovens, e também não segue exatamente um padrão. Mas O Segredo da Cabana é MUITO melhor estruturado.)

Além disso, o final é ainda mais bagunçado. Achei bem forçado – e bem ruim, na verdade.

Quando acabou o filme, a sensação era de ter me divertido. Mas conforme ia organizando as ideias pra desenvolver meu texto aqui, o filme ia piorando. Acho que Until Dawn pode ser uma boa diversão, mas sugiro não parar pra pensar depois de assistir.

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