Death of a Unicorn

Crítica – Death of a Unicorn

Sinopse (imdb): Um pai e uma filha acidentalmente atropelam e matam um unicórnio enquanto estavam a caminho de um retiro de fim de semana, onde seu chefe bilionário tenta explorar as propriedades curativas milagrosas da criatura.

Filme novo da A24, com um bom elenco e uma premissa instigante: unicórnios. Será que presta?

Primeiro longa dirigido por Alex Scharfman, Death of a Unicorn tem uma boa premissa, mas se perde no meio de clichês e acaba entregando um resultado previsível, com efeitos toscos, e com um final bem ruim.

A ideia não era ruim. Um cara viaja com sua filha para a mansão isolada de um milionário (não entendi se ele é parente distante ou funcionário, isso é explicado no início do filme, mas comi mosca e não lembro), mas no caminho acaba atropelando um unicórnio. Quando entra em contato com o sangue do animal, descobre que o mesmo tem poder de cura. Aí claro que o milionário vai querer monetizar o poder do unicórnio; e claro que a filha vai pesquisar e descobrir que as coisas não sairão como planejadas.

A partir desse momento que a filha descobre que os unicórnios são violentos e o filme se assume como um terror, tudo vira previsível demais. Absolutamente TODAS as mortes acontecem de forma previsível. Quem está acostumado com filmes de terror vai adivinhar cada momento.

O fato dos personagens serem caricatos não ajuda. Acho que o único personagem que tem mais de uma camada é o do Paul Rudd, que precisa se equilibrar entre ser um bom pai pra sua filha e cair na tentação da ganância oferecida pelos ricos. Os outros personagens são todos mal construídos.

Pra piorar, quem me acompanha sabe que não costumo reclamar de cgi mal feito, mas aqui algumas cenas de unicórnios parecem playstation dos anos 90. Saudades de quando os filmes não tinham cgi e precisavam inventar soluções criativas. Mesmo quando era uma ideia tosca, não ficava tão ruim.

E achei o fim ruim. Não quero entrar em spoilers, mas um filme desses não precisava de um final com uma redenção forçada.

No elenco, além dos já citados Paul Rudd e Jenna Ortega, Death of a Unicorn conta com Téa Leoni, Will Poulter e Richard E. Grant (que está a cara do Christopher Walken).

Pra não dizer que não gostei de nada, curti as referências a Alien: a personagem da Jenna Ortega se chama Ridley, que pode ter conexão com o diretor Ridley Scott e também com a personagem Ripley, e tem uma cena do unicórnio se aproximando dela que lembra o primeiro Alien. Pouco, não?

Roubo nas Alturas

Crítica – Roubo nas Alturas

Filme novo com Ben Stiller, Eddie Murphy e Mathew Brodderick? Ok, vamos ver qualé.

Quando funcionários de um prédio de luxo de Nova York descobrem que caíram em um golpe, aplicado pelo rico morador da cobertura, eles resolvem se unir para tentar roubá-lo e recuperar o dinheiro perdido.

Roubo nas Alturas (Tower Heist, no original) é um daqueles filmes onde um bom elenco sustenta uma trama divertida e improvável. O plano do assalto tem algumas situações meio forçadas, mas o filme não deixa de ser interessante por isso.

O melhor de Roubo nas Alturas é sem dúvida o elenco. Eddie Murphy está bem diferente do “estilo Norbit” – onde ele faz vários papeis em uma comédia com humor de gosto duvidoso. Aqui, Murphy tem um papel secundário, e seu personagem lembra os bons tempos de comédias policiais, como Um Tira da Pesada. Gosto do Ben Stiller, ele não é um grande ator, mas sabe muito bem escolher os seus projetos, tanto como ator, quanto como diretor (tipo Trovão Tropical). E sou fã de Mathew Brodderick – pô, o cara é o Ferris Bueller! Brodderick tem um papel menor aqui, e mesmo assim é uma das melhores coisas do filme. E os três não estão sozinhos, o elenco ainda conta com outros bons nomes como Téa Leoni, Alan Alda, Casey Affleck, Michael Peña e Gabourey Sidibe.

A direção ficou a cargo de Brett Ratner, profissional competente mas sem muita personalidade – o cara dirigiu A Hora do Rush, Dragão Vermelho, X-Men 3… Como o filme é construído em cima do bom elenco, Ratner só tem que ficar quieto e não atrapalhar. E a parte técnica segue a mesma filosofia de não atrapalhar o trabalho dos atores – tudo certinho, tudo até meio previsível. Gostei das locações, com algumas belas paisagens de Nova York.

Roubo nas Alturas não vai virar o filme preferido de ninguém. Mas pode ser uma boa diversão, se você estiver no clima certo.

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