Maníaco (1980)

 

Crítica – Maníaco (1980)

Quando vi Maníaco no Festival do Rio, dois meses atrás, fiquei curioso para ver o original. Foi difícil de achar, mas finalmente encontrei!

Desequilibrado, Frank Zito assassina mulheres em Nova York e guarda seus escalpes para adornar os vários manequins que ele tem guardados em casa.

Maníaco é um típico slasher dos anos 80. O que mais importa aqui são as mortes. Neste aspecto, o filme é eficiente. O protagonista é bem construído, o gore é abundante e o clima de tensão rola por toda a projeção.

Assim como acontece na refilmagem, a trilha sonora é bem interessante. Efeitos sonoros tirados de sintetizadores analógicos ajudam o clima tenso – às vezes lembra Dario Argento.

O diretor William Lustig não tem um currículo interessante. Antes deste filme, dirigiu dois pornôs sob o pseudônimo Billy Bagg; depois, o que fez de mais conhecido é a série Maniac Cop. Podemos dizer que Maníaco foi seu ponto alto na carreira.

No elenco, o destaque é para Joe Spinell e seu desagradável Frank Zito. Ainda no elenco, a bela Caroline Munro, logo depois de ter feito a “pérola” Starcrash. O maquiador Tom Savini faz um papel pequeno, mas a morte de seu personagem é a cena mais famosa do filme (a cabeça que explode).

O filme é legal, mas nem tanto. Tem uma coisa que me incomodou: me parece difícil que um cara feio e esquisitão como Joe Spinell consiga se aproximar de uma mulher bonita como Caroline Munro…

Agora, a inevitável comparação. Este Maníaco de 1980 é bom, mas achei a refilmagem melhor. Por exemplo, a maquiagem é excelente (Tom Savini era o melhor maquiador do estilo), mas o filme atual mostra detalhes muito mais realistas. Outra coisa: o Frank da refilmagem tem uma profissão, tem uma vida – o que faz este Frank para viver? Por fim, gostei da câmera “POV”, característica da refilmagem, que não existe aqui.

Mesmo assim, Maníaco ainda é uma boa opção. E obrigatório para apreciadores de slasher dos anos 80.

p.s.: Pra quem gosta de um pornô vintage, Sharon Mitchel interpreta uma das enfermeiras. Mas aviso logo: ela aparece rapidamente e não tira a roupa!

El Mariachi

Crítica – El Mariachi

Li há pouco tempo uma entrevista com o Robert Rodriguez, um dos meus diretores favoritos, onde ele falava sobre produções simples e baratas. Me empolguei pra rever El Mariachi, seu filme de estreia.

Um mariachi chega em uma cidade atrás de trabalho, mas é confundido com um assassino que sempre carrega suas armas num case de violão.

Vi El Mariachi no cinema, na época que foi lançado por aqui. Não achei um bom filme na ocasião, e confirmo agora, não é um bom filme. Mas é um filme importante e essencial para os fãs de Rodriguez.

El Mariachi é um grande “laboratório”: Rodriguez estava aprendendo a fazer cinema. Seu talento está na tela – ângulos, movimentos de câmera – mas os recursos eram perto de zero. Aliás, este filme é famoso por ser um dos filmes mais baratos da história, diz a lenda que custou apenas 7 mil dólares (num tempo pré cinema digital, foi filmado em película). Lembro de reportagens na época com profissionais brasileiros afirmando que seria impossível se fazer um longa com tão pouco dinheiro, que só a parte da película sairia mais cara que isso…

Mas Rodriguez fez. E uma prova de que isso foi uma aprendizagem e que não custou muito é a quantidade de tarefas que ele próprio fez no filme. Além de produzir, dirigir, escrever o roteiro e editar o filme, Rodriguez está creditado como fotografia, edição adicional, operador de câmera, operador de dolly, efeitos especiais, edição de som e fotos still.

(Rodriguez manteve este estilo ao longo de sua carreira, ele é um workaholic que gosta de fazer de tudo um pouco em seus filmes. Mas acho que nunca fez tanta coisa como aqui.)

Mas, apesar de todo o talento e vontade de Rodriguez, a falta de dinheiro é clara. Quase todo o elenco é amador, e isso fica claro com várias atuações bem abaixo da crítica. E tudo fica pior nas cenas de ação – se Rodriguez estivesse fazendo um drama, talvez o visual não fosse tão tosco.

Três anos depois, Rodriguez fez praticamente uma refilmagem, com A Balada do Pistoleiro. Mas esse ainda preciso rever antes de palpitar…

No elenco, claro, ninguém conhecido. O papel principal é de Carlos Gallardo, que depois voltaria a trabalhar com Rodriguez em A Balada do Pistoleiro e Planeta Terror. Gallardo também trabalhou por trás das câmeras, aqui ele produziu, operou a dolly e trabalhou nos efeitos especiais. Consuelo Gómez também voltou para A Balada do Pistoleiro; e podemos esquecer o resto do elenco. 😉

Mesmo assim, achei o resultado final positivo. El Mariachi pode não ser um grande filme, mas é uma aula de como se fazer cinema barato.

 

Hick

Crítica – Hick

Filme novo da Chloe Moretz. Vamos ver qualé?

Logo após completar 13 anos, uma adolescente foge da casa dos pais bêbados e tenta ir para Las Vegas, mas encontra pessoas ao longo do caminhgo que a fazem repensar seus objetivos.

Não li nada sobre Hick antes, fui ver o filme apenas porque sou fã da Chloe Moretz (Kick-Ass, Deixe-me Entrar, Hugo Cabret, Sombras da Noite). Bem, ela não decepciona. Já o filme…

Dirigido pelo desconhecido Derick Martini, Hick não chega a ser ruim. Mas é mal desenvolvido. O roteiro cria situações desnecessárias, e alguns personagens são mal construídos e jogados na trama desordenadamente – por exemplo, me parece que Alec Baldwin só entrou no filme como uma espécie de “agradecimento”, já que Chloe Moretz fez uma participação na sua série 30 Rock

O que é curioso é saber que o roteiro foi escito pela mesma Andrea Portes, autora do livro no qual o filme foi baseado. Será que o livro tem os mesmos problemas do roteiro?

Se salvam as atuações. Chloe Moretz, que ainda tem 15 anos (tinha 14 na época do lançamento de Hick), até hoje não decepcionou. Além dela, o filme conta com Blake Lively, Juliette Lewis, Eddie Redmayne e Rory Culkin, além da já citada ponta de Alec Baldwin.

Enfim, não os fãs de Chloe Moretz vão gostar. Mas que Hick podia ser melhor, ah, isso podia.

Top 10: Filmes Sobre Corrida

Top 10: Filmes Sobre Corrida

Pouco mais de um ano atrás comecei a correr. Corridas a pé, de rua, nada de veículos! Desde então, corri pouco mais de dez corridas de 5 e de 10 km, além de uma meia maratona de 21 km. Já escrevi duas vezes sobre isso no TBBT, aqui e aqui.

Depois de rever Corra Lola Corra, pensei: por que não um Top 10 de filmes de corrida?

Como sempre, não cabem todos os filmes na lista. Menção honrosa para Rocky, que é sobre boxe mas tem uma famosa cena de corrida; e para The Loneliness of the Long Distance Runner, filme semi-obscuro de 1962, que nem sei se foi lançado por aqui.

Bons treinos!

10. O Sobrevivente (The Running Man, 1987)

Ficção científica baseada em Stephen King. Arnold Schwarzenegger corre pela sua vida, num jogo onde ele é o alvo.

9. Maratona do Amor (Run Fatboy Run, 2007)

Disposto a reconquistar a ex-namorada, Simon Pegg resolve correr uma maratona onde vai competir com o atual namorado dela. Filme de estreia como diretor de David Schwimmer, de Friends.

8. Prova de Fogo (Without Limits, 1998)

Biografia de Steve Prefontaine, corredor olímpico que morreu jovem, com Billy Crudup e Donald Sutherland no elenco. Existe outro filme sobre o mesmo Prefontaine, estrelado por Jared Leto, lançado no ano anterior.

7. Juno (idem, 2007)

Paulie Bleeker, personagem de Michael Cera, um dos protagonistas deste badalado filme independente, faz parte da equipe de corrida da escola.

6. Grease – Nos Tempos da Brilhantina (Grease, 1978)
O Danny Zuko de John Travolta larga (temporariamente) o estilo bad boy e entra na equipe de corrida para tentar conquistar a Sandy de Olivia Newton-John.

5. Corra Lola Corra (Lola Rennt, 1998)

Neste filme alemão, não só Lola corre o filme inteiro, como as cenas da corrida se repetem, pra gente a ver correndo de novo.

4. Os Incríveis (The Incredibles, 2004)

Desenho da Pixar sobre uma família de super herois. O super poder do filho do meio é a velocidade.

3. Maratona da Morte (Marathon Man, 1976)

Filmão clássico dos anos 70. O protagonista, interpretado por Dustin Hoffman, está se preparando para uma maratona.

2. Carruagens de Fogo (Chariots of Fire, 1981)

O filme mostra a equipe britânica de atletismo nas Olimpíadas de 1924. O tema, composto por Vangelis, virou símbolo de corridas.

1. Forrest Gump (Forrest Gump, 1995)
Não é exatamente um filme sobre corrida, mas o personagem Forrest Gump passa boa parte do filme correndo.

Valente

Crítica – Valente

Era uma vez a indústria de longas metragem de animação, dominada pela Disney, garantia de qualidade, mas que usava quase sempre a mesma fórmula. Aí apareceu a Pixar, mezzo parceira, mezzo concorrente, que nos mostrou, através de filmes como Toy Story, Monstros S.A. e Wall-E, que longas de animação poderiam almejar um patamar bem mais alto. A qualidade excepcional da Pixar nos deixou mal acostumados…

Em Valente, a jovem princesa Merida foi criada pela mãe para ser a sucessora perfeita ao cargo de rainha. Mas, rebelde, a menina não quer saber da rígida vida de herdeira, então resolve procurar uma bruxa pra tentar se livrar do destino.

Dirigido pela dupla Mark Andrews e Brenda Chapman, Valente não é ruim, longe disso. Parte técnica impecável, história envolvente e personagens carismáticos – o problema é que a Pixar nos ensinou a esperar sempre algo mais. E Valente não tem nada demais. Aliás, Valente parece mais Disney do que Pixar: mais uma princesa para vender bonecas no natal, com uma história convencional, e ainda rolam os números musicais pra vender cds com a trilha sonora. Nada contra, mas isso tem cara de Disney.

Bem, como disse, Valente não é ruim (diferente de Carros 2, o único Pixar que ficou devendo até agora). A parte técnica, como esperado, é impressionante, o cabelo desgrenhado de Merida está perfeito. O roteiro traz um bom equilíbrio entre o humor, a ação e o drama – os três moleques ruivos são um alívio cômico sensacional, do nível do esquilo Scrat d’A Era do Gelo. Não posso falar do 3D, vi a versão 2D. Tampouco posso falar das vozes originais de Kelly Macdonald, Billy Connolly, Emma Thompson, Robbie Coltrane e Kevin McKidd, porque vi dublado – a dublagem é boa, felizmente algo comum atualmente.

Só fica aquela decepção no ar por ser uma produção da Pixar. Como falei, ficamos mal acostumados. A Pixar nos ensinou que “bom” não é o suficiente…

p.s.: Não entendi muito o “Valente” do título. A Mulan merecia mais este nome…

Triângulo do Medo

Crítica – Triângulo do Medo

Ouvi falar deste Triângulo do Medo quando pesquisava para o Top 10 de filmes com Viagens no Tempo. Consegui ver agora.

Um grupo de amigos vai para o alto mar em um passeio de veleiro, e são surpreendidos por uma tempestade. Pouco depois conseguem alcançar um navio aparentemente abandonado. Mas talvez entrar no navio não seja a melhor escolha.

Parece sinopse de filme de terror, mas trata-se de um suspense com toques de viagem no tempo. Escrito e dirigido pelo pouco conhecido Christopher Smith, Triângulo do Medo (Triangle, no original) tem um roteiro muito bem organizado, que brinca com loops temporais, sem deixar furos na história. A estrutura do filme me lembrou o espanhol Los Cronocrimenes, onde pontas soltas são deixadas e depois resolvidas. É filme pra gente prestar atenção nos detalhes, tudo o que aparece tem sentido!

O roteiro é muito bom, mas teve uma coisa que me incomodou. Mas antes, os avisos de spoiler.

SPOILERS!!!

SPOILERS!!!

SPOILERS!!!

A única coisa estranha do roteiro foi a amnésia de Jess. Por que ela esquece tudo é repete os atos que deram errado?

FIM DOS SPOILERS!!!

No elenco, dois nomes conhecidos, a protagonista Melissa George, de Cidade das Sombras; e Liam Hemsworth (Jogos Vorazes, Os Mercenários 2, irmão do Thor Chris Hemsworth). Ainda no elenco, Rachael Carpani, Emma Lung, Jack Taylor e Henry Nixon.

Triângulo do Medo foi muito mal lançado por aqui. Tem que dar sorte de encontrar numa locadora, ou então, só via “torrent TV”…

O Iluminado

Crítica – O Iluminado

Hora de rever o clássico de Stanley Kubrick!

O escritor Jack Torrance é contratado como zelador de um grande hotel que fica fechado durante o inverno. Porém, o contínuo isolamento começa a lhe causar problemas e ele vai se tornado cada vez mais agressivo e perigoso.

Incontestavelmente, Stanley Kubrick foi um dos maiores diretores da história do cinema. No fim de sua vida, seu ritmo de filmar era lento. Depois de Barry Lyndon, de 1975, Kubrick só fez três filmes: este O Iluminado, de 1980, Nascido Para Matar, de 1987, e De Olhos Bem Fechados, que estava sendo finalizado quando Kubrick morreu, em 1999. Se a quantidade era pequena, pelo menos a qualidade não caiu. Diferente de alguns colegas de profissão, seus últimos filmes mantiveram a qualidade de sempre (só tenho um pé atrás com De Olhos Bem Fechados, um dia hei de rever e ter uma segunda opinião).

Aqui Kubrick mostra porque é um dos gigantes na sua área. O ritmo do filme é diferente do que estamos acostumados, mais lento, com muitos planos longos e muita câmera parada. O ritmo lento é acentuado pela edição, que traz várias sequências longas com poucos cortes.

Tem mais: rolam vários movimentos de câmera bem planejados, como os travellings seguindo o velocípede pelos corredores do hotel, ou andando pelo labirinto. Isso é aliado a grandiosos cenários e a uma trilha sonora muito bem escolhida (acho que boa parte das músicas já existia, não foram compostas para o filme). O resultado final é um filme tenso como poucas vezes visto na história do cinema.

Kubrick era um perfeccionista, famoso por refilmar as cenas incontáveis vezes, até que ficasse satisfeito com o resultado. A cena onde Halloran conversa com Danny foi filmada 148 vezes – o recorde mundial! E a cena do sangue escorrendo pelo elevador só foi filmada três vezes, mas a preparação para ela durou quase um ano. Esses atrasos na produção acabaram atrasando outros filmes que precisavam do mesmo estúdio em Londres, como O Império Contra-Ataca e Os Caçadores da Arca Perdida.

O Iluminado foi baseado em um livro de Stephen King. Li por aí que o livro teria monstros (não li o livro, então não tenho certeza da informação), e que a adaptação de Kubrick não foi muito fiel neste aspecto. Mas gostei desta mudança, o filme ficou mais sério, mais assustador.

Um dos grandes responsáveis por O Iluminado ser um filme tão assustador foi a magnífica interpretação de Jack Nicholson, uma das mais impressionantes de sua premiada carreira. Nicholson faz uma cara de louco que dá medo! Outros atores foram cogitados para o papel, como Robert de Niro, Robin Williams e até Harrison Ford, mas vendo Nicholson na tela, fica difícil de imaginar Jack Torrance vivido por outro ator. Outro destaque é o garoto Danny Lloyd, que curiosamente só fez mais um filme. Ainda no elenco, Shelley Duvall com sua “beleza exótica” e Scatman Crothers.

Curiosidade: nem todos concordam que O Iluminado é um grande filme. Na época do lançamento, concorreu a duas Framboesas de Ouro, de pior diretor e pior atriz (para Shelley Duvall). Claro que não ganhou…

Enfim, filmaço. Recomendadíssimo!

Battlestar Galactica: Blood and Chrome

Crítica – Battlestar Galactica: Blood and Chrome

Alvíssaras! Battlestar Galactica está de volta!

Estamos no décimo ano da primeira guerra contra os cylons, cerca de 40 anos antes do BSG de 2004. O cadete William Adama, cabeça quente, rebelde e recém formado na Academia, é designado para servir a bordo da nave de combate Galactica.

Em 2009 tivemos outro prequel, Caprica, que mostrava a origem dos cylons. Caprica teve só uma temporada, de 18 episódios, e decepcionou os fãs – os últimos dez minutos do episódio final são sensacionais, mas o resto da série foi devagar demais. O ideal seria alguém editar os episódios em uma minissérie de duas ou três horas, aí Caprica valeria a pena…

O novo Battlestar Galactica: Blood and Chrome tem um formato incomum. Era pra ser o piloto de uma série do canal Syfy, mas a série foi cancelada por causa do alto custo dos efeitos especiais. Resolveram então fazer um telefilme, que foi dividido em 10 webisódios, de 10 a 12 minutos cada, exibidos pelo site Machinima – os dois primeiros saíram na sexta passada. No início do ano que vem, o filme será exibido na televisão americana pelo próprio Syfy, e o blu-ray tem o lançamento previsto para 19 de fevereiro (já está em pré-venda pela Amazon). O Syfy ainda não descarta sua produção como série, embora isto dependa da receptividade dos webisódios, da transmissão na TV e da venda dos blu-rays.

E qual foi o resultado?

Bem, ainda não dá pra falar muito, já que até agora só temos dois episódios de 12 minutos cada. Mas o início foi muito bom – a sequência inicial é uma batalha espacial de tirar o fôlego, que não fica devendo nada à série antiga. E, ao fim do segundo episódio, a expectativa é grande para o que vem por aí. Mas… Infelizmente, tenho que admitir que ver um filme assim, em doses homeopáticas, não é a melhor opção. Quando começa a “esquentar”, acaba…

Mesmo assim, contarei os dias para cada novo webisódio. Não é todo dia que temos material inédito de BSG, e material de qualidade – se os efeitos especiais sofreram algum corte de orçamento, não foi nada que ficasse visível, os efeitos são muito bons.

No elenco, ninguém conhecido – Edward James Olmos, o Adama original, já era um nome famoso antes de BSGCaprica trazia dois nomes “médios”, Eric Stoltz e Esai Morales. Battlestar Galactica: Blood and Chrome conta com Luke Pasqualino, Ben Cotton, Lili Bordan, Jill Teed, Adrian Holmes e Carmen Moore.

Agora, resta esperar os outros oito episódios, e depois comprar o blu-ray. Heu apoio a volta de BSG!

So say we all!

 

Lockout – Sequestro no Espaço

Lockout – Sequestro no Espaço

Produção e roteiro de Luc Besson, nomes famosos no elenco… Mas apesar disso, não se deixe enganar, Lockout – Sequestro no Espaço é mais um filme “B”!

Ano 2079. Um homem acusado de um crime que não cometeu é convocado para resgatar a filha do presidente dos EUA, que está sequestrada em uma cadeia que fica em órbita.

Dirigido pela dupla estreante Stephen St. Leger e James Mather (que escreveram o roteiro junto com Luc Besson) Lockout – Sequestro no Espaço é uma produção B que, se vista no espírito certo, é até divertida. Parece uma versão espacial de Fuga de Nova York – que já tinha cara de filme B (mas era beeem melhor…), com uma pitada de Duro de Matar.

No início do filme rola uma perseguição de carros com cara de videogame. Sério, as ruas não parecem reais, nem os carros, muito menos as pessoas. Achei que seria proposital, um estilo, algo a ser repetido ao longo do filme. Nada, foi só naquela cena. Ficou tosco. As cenas espaciais que acontecem mais pra frente no filme não são nenhuma maravilha, mas pelo menos não têm cara de videogam.

As cenas de ação do resto do filme podem não ter muito sentido em questão de roteiro, mas pelo menos são bem feitas, o ritmo de Lockout – Sequestro no Espaço é o suficiente para chegarmos ao fim do filme sem desistir no meio do caminho.

O elenco tem pelo menos três nomes conhecidos: Guy Pearce, Maggie Grace e Peter Stormare. Não sei se propositalmente ou não, mas Lennie James e Vincent Regan fazem versões genéricas de Don Cheadle e Gerard Butler, respectivamente – James chegou a me enganar, procurei o nome de Cheadle nos créditos…

Resumindo: Lockout – Sequestro no Espaço não é um grande filme, mas acho que nunca almejou tal feito – tem cara de filme que é lançado direto em home video. Mas é divertido pra quem entrar no clima.

 

Looper – Assassinos do Futuro

Crítica – Looper – Assassinos do Futuro

Em 2074, quando a máfia deseja se livrar de alguém, eles enviam a pessoa de volta 30 anos no tempo, no momento exato em que haverá um assassino armado esperando para executá-la. Esses assassinos são chamados “Loopers”.

Gosto de filmes com viagem no tempo, tanto que já fiz um Top 10 sobre o assunto. Não sei se Looper – Assassinos do Futuro teria vaga no Top 10, mas posso dizer que é um bom filme. Escrito e dirigido pelo semi desconhecido Rian Johnson, o filme traz uma equilibrada mistura entre ação, ficção científica e drama, com uma pitada de elementos fantásticos.

Tenho coisas boas e ruins pra falar do roteiro de Johnson. O lado bom é que é um roteiro bem escrito que usa de maneira inteligente os paradoxos da viagem temporal – tem uma cena chave que acontece duas vezes, com uma pequena variação, e tudo faz sentido (tive que rever esta parte pra sacar os detalhes).

Mas… Por outro lado, o roteiro tem umas falhas bizarras. Vou falar depois dos avisos de spoiler.

SPOILERS!!!

SPOILERS!!!

SPOILERS!!!

Não vou falar que este sistema inventado pra mandar alguém pro passado pra então ser assassinado não tem lógica, porque seria muito mais fácil matar no futuro e mandar só o corpo, ou mandar o cara com um peso nos pés no meio do oceano. Também não vou falar que ninguém explicou como os loopers saberiam o local e a hora que receberiam a “encomenda”. Tampouco vou falar que seria mais fácil mandar outra pessoa pra matar o looper velho, pra não ter problemas de consciência.

Só vou falar uma coisa: se no futuro é tão complicado matar alguém que tiveram que inventar um sistema envolvendo viagens no tempo, como é que uma das coisas que movimenta a trama é justamente o assassinato da mulher do Bruce Willis???

FIM DOS SPOILERS!!!

Uma outra coisa me incomodou no conceito de Looper – Assassinos do Futuro: a escolha do elenco principal. Sinceramente, não acho Bruce Willis parecido com Joseph Gordon-Levitt. Ok, a maquiagem ficou bem feita. Mas Gordon-Levitt já é um rosto conhecido, ele ficou com cara de “Joseph Gordon-Levitt maquiado”, e não com cara de Bruce Willis!

Apesar desses detalhes, gostei do filme, que tem um bom ritmo e traz uma visão interessante de um sombrio futuro próximo.  Looper – Assassinos do Futuro também traz personagens bem construídos e um bom elenco – além de Willis e Gordon-Levitt, o filme conta com Emily Blunt, Piper Perabo, Paul Dano, Jeff Daniels, Noah Segan, Tracie Thoms, Garret Dillahunt e o garoto Pierce Gagnon.

O que é uma pena é ver que uma história bem bolada com viagens no tempo ter um roteiro com tantos furos. Looper – Assassinos do Futuro é legal, mas poderia ser bem melhor.