The Informers – Geração Perdida

The Informers – Geração Perdida

Los Angeles, 1983. Várias histórias com personagens de moral duvidosa se entrelaçam, envolvendo sexo, drogas, violência e AIDS.

Sabe quando um filme parece que vai ser legal, mas quando acaba, a gente fica com a sensação de que nada aconteceu em uma hora e quarenta minutos?

Algumas coisas me atraíam neste filme. A trama é ambientada em 1983 – gosto dos anos 80 – e o roteiro é baseado num livro de Brett Easton Ellis, o mesmo do cultuado (e oitentista legítimo) Abaixo de Zero. O roteiro traz alguns nomes legais, como Winona Ryder, Billy Bob Thornton, Mickey Rourke e Kim Basinger, e ainda tem a bonitinha Amber Heard, de Zombieland, com pouca roupa em quase todas as suas cenas. É, The Informers prometia…

Mas os personagens entram e saem da tela, as cenas passam, e nada interessante acontece.

São muitos personagens e várias subtramas, e algumas delas são bem sem graça. Talvez seja este o problema, talvez se o roteiro fosse mais enxuto, menos personagens, e se aprofundasse mais em menos subtramas, o filme ia ser mais interessante. Por exemplo, na minha humilde opinião, aquela história do pai que leva o filho ao Havaí era dispensável, era melhor aprofundar mais na trama do Mickey Rourke e o misterioso sequestro, ou então no popstar drogado Bryan Metro.

Pelo menos o visual do filme é muito legal, a ambientação oitentista é perfeita. E o elenco, de um modo geral, está bem. Pena que falta história…

p.s.1: Li no imdb que o livro original traz uma subtrama com um vampiro, que seria interpretado por Brandon Routh. Vampiros estão meio batidos hoje em dia, mas talvez fosse uma boa pro filme sair do marasmo.

p.s.2: Fiquei esperando pra ver se os personagens de Mickey Rourke e Kim Basinger se encontravam. Ia ser engraçado rever a dupla de 9 1/2 Semanas de Amor 23 anos depois. Principalmente porque ela virou uma cinquentona bonita, e ele está cada dia mais feio!

Território Restrito

Território Restrito

Um painel sobre imigrantes de diferentes nacionalidades lutando pela legalização em Los Angeles. O filme lida com problemas com a fronteira, fraude de documento, processo de obtenção do green card, locais de trabalho para imigrantes ilegais, naturalização, terrorismo e, claro, choque de culturas.

Território Restrito é um daqueles filmes de narrativa fragmentada, mostrando vários personagens que nem sempre se cruzam. Já vimos isso antes, isso às vezes funciona, mas nem sempre. O resultado aqui é mediano.

O que gostei é que o filme escrito e dirigido por Wayne Kramer não levanta bandeiras. Em algumas subtramas, os EUA são os “mocinhos”; em outras, são os vilões. Várias raças diferentes são mostradas, e cada uma tem um caminho diferente, independente da imagem que teremos sobre o país onde querem entrar.

É difícil falar sobre o elenco de um filme assim, afinal, cada ator tem muito pouco tempo na tela. Mas deu pena da Alice Braga. Lembro que falaram do Rodrigo Santoro em As Panteras, porque ele não falava nada. Mas seu papel não era tão pequeno. Alice Braga contracena com Harrison Ford, mas só aparece em uma única cena! Sua personagem continua sendo citada, mas ela já devia estar no set de outro filme… Além dos dois, o elenco conta com Ray Liotta, Ashley Judd, Jim Sturgess, Cliff Curtis, Alice Eve, Lizzy Caplan e Sarah Shahi.

O ritmo é um pouco lento, mas a narrativa fragmentada traz fluidez ao filme, que não fica chato em nenhum momento.

Território Restrito não é um filme essencial, mas pode ser uma boa opção.

P.s.: Curiosidade sobre o poster nacional: rolou uma “photoshopada”. No poster original, não era a Alice Braga, era o Ray Liotta à direita…

O Som do Coração

O Som do Coração

Nem dei bola pra este O Som do Coração (August Rush) quando foi lançado, em 2007. Mas a garotinha ruiva sugeriu, a gente viu, e agora vai pro blog.

O garoto Evan (Freddie Highmore), criado em um orfanato, tem um apurado mas ainda não desenvolvido dom musical. Ele quer criar uma música que traga de volta seus pais, os também músicos Lyla e Louis. Detalhe: nenhum dos dois sabe que Evan está vivo. Evan foge para Nova York, onde vira um prodígio musical.

Podemos ver O Som do Coração sob dois ângulos. Por um lado, é uma bela e emocionante história sobre encontros e desencontros; por outro lado, o roteiro é tão óbvio que dá nervoso!

Toda a trama é extremamente previsível. Dá até raiva. A gente consegue adivinhar cada passo do roteiro muito antes de acontecer. Isso atrapalha, e muito! Clichês seguidos de clichês…

O que salva é a parte musical do filme. Gostei muito de como o filme mostra o modo como Evan / August vê a música em volta dele, e também das diferentes cenas com a música clássica de Lyla misturada ao rock pop de Louis – frases do violoncelo dela entram nas melodias da banda dele em uma perfeita mixagem. E isso porque não falei da original técnica de violão de August!

(Só não deu pra engolir o moleque escrevendo partituras do nada. Que a música seja algo natural, ok. Mas para escrever na pauta precisa estudar um pouco – justamente para saber como é a “linguagem escrita” da música!)

No elenco, o nome a ser mencionado é Freddie Highmore, que confirma aqui o seu talento já demonstrado em vários outros filmes infanto juvenis, como A Fantástica Fábrica de Chocolates, As Crônicas de Spiderwick e Arthur e os Minimoys. O garoto vai longe! Ainda no elenco, Kerri Russell, Jonathan Rhys Meyers, Terrence Howard, Robin Williams e William Sadler.

Veja pela parte musical, e abstraia o roteiro ruim!

127 Horas

127 Horas

O filme novo do Danny Boyle, depois do Oscar de melhor diretor de 2009!

127 Horas é baseado na história real de Aron Ralston, montanhista que caiu numa fenda em um cânion e ficou com o braço preso debaixo de uma enorme pedra. Depois de cinco dias sozinho, sem ter como chamar ajuda, ele teve que decidir sobre medidas extremas para conseguir escapar.

Quem só conhece Danny Boyle por Quem Quer Ser um Milionário? talvez estranhe esta nova empreitada, principalmente porque rola uma angustiante e polêmica cena MUITO forte. Mas quem conhece o seu trabalho anterior, sabe que está tudo coerente com a obra do diretor de Cova Rasa e Extermínio.

Acho importante falar do apuro visual dos filmes de Boyle. O argumento de 127 Horas é curtinho – como fazer um longa-metragem com uma história tão curta? O filme é repleto de delírios visuais tirados da imaginação de Aron. E Boyle faz um belo espetáculo visual, inclusive dividindo a tela em três várias vezes ao longo do filme. Isso tornou o filme muito interessante, e em momento nenhum cansativo.

Também precisamos falar de James Franco, praticamente o único ator que aparece na tela. Ele consegue passar toda a credibilidade necessária, alternando momentos de alegria, tristeza, angústia, desespero e quase loucura. O filme tem mais atores, não é espartano como Enterrado Vivo, onde só vemos um único ator em um único cenário. Mas os outros atores têm muito pouca importância – nem consegui achar a Lizzy Caplan, de True Blood!

Voltando à cena polêmica que falei lá em cima, quero fazer um comentário, mas preciso dos avisos de spoiler antes!

SPOILERS!

SPOILERS!

SPOILERS!

SPOILERS!

SPOILERS!

Pra quem não ainda não sabe: Aron amputa o próprio braço para conseguir sair. Ele sabia que não conseguiria cortar os ossos do braço com aquele canivete cego. Então, aproveitou que o braço estava imobilizado para quebrá-lo duas vezes, uma fratura em cada osso, para depois cortar a carne com o canivete. Olha, espero que nunca tenha que passar por algo assim, mas… será que  não ia ser menos doloroso cortar o braço na articulação, perto do cotovelo? Não entendo nada de medicina, mas a cena da fratura de cada osso também é angustiante!

FIM DOS SPOILERS!

O ritmo do filme cai no terço final, temos muitas alucinações, parece que não tinha mais história pra contar, então é só enrolação. Mas em compensação, o fim do filme é catártico, emocionante, com trilha sonora bem escolhida – e aparece até próprio Aron Ralston atualmente.

Coração Louco

Coração Louco

Atrasado, mas vi Coração Louco, o filme que deu o Oscar em 2009 para o grande Jeff Bridges!

Com 57 anos, o cantor de country Bad Blake vive à sombra do próprio passado, tocando em buracos quase sempre indignos do seu talento, acompanhado de muito cigarro e muito álcool. O orgulho o impede de se aproximar de Tommy Sweet, um cantor mais novo que no passado foi seu pupilo, e hoje goza de grande fama e prestígio. Apesar de vários casamentos frustrados, Bad ainda faz uma nova tentativa com a jovem jornalista Jean.

Jeff Bridges está ótimo, como sempre. Admito que sou fã do cara, caramba, ele é o Dude Lebowski! E não só isso, é só olhar o currículo dele pra virar fã: Tron, Starman, O Pescador de Ilusões… Ele estava até em Homem de Ferro! Confesso que Bad Blake não é o meu personagem preferido de sua carreira recente – ele merecia um prêmio por Os Homens Que Encaravam Cabras, isso sim! Mas pelo menos o Oscar foi para a pessoa certa.

O resto do elenco também está ok. Colin Farrell, sei lá por que, não está nos créditos principais, mas tem um dos principais papeis como Tommy Sweet. E Maggie Gyllenhaal, feinha mas simpaticíssima, está perfeita como Jean, a mulher que sabe que precisa manter distância do homem que ama. E ainda tem Robert Duvall num papel pequeno.

Preciso falar da parte musical. Por um lado, é legal ver Bridges e Farrell cantando e tocando, gosto muito quando os atores “colocam a mão na massa” e conseguimos vê-los cantando e tocando (confira nos créditos: eles não foram dublados!). Mas, por outro lado, não sou chegado em música country… Mesmo assim, reconheço o bom trabalho – e não estou sozinho, a Academia deu à canção “The Weary Kind” o outro Oscar de Coração Louco.

Coração Louco é o filme de estreia do diretor Scott Cooper, que também escreveu o roteiro. O filme é interessante, mas é o tipo de filme que não tem muito como ser criativo. É aquilo, cantor veterano tem problemas com álcool, com mulheres, com ego… e depois tem problemas com álcool, com mulheres, com ego… Não sou muito fã do estilo, então não virei fã do filme. Mas é sempre um prazer ver Jeff Bridges atuando bem!

Minhas Mães e Meu Pai

Minhas Mães e Meu Pai

Uma premissa interessante e um bom elenco. Parece garantia de um bom programa, não? Nem sempre…

As mulheres Nic e Jules são um casal, com dois filhos adolescentes, Joni e Laser. Ambos foram concebidos por inseminação artificial, o mesmo doador foi usado para as duas mães. Joni e Laser resolvem encontrar o pai biológico, que bagunça a rotina da família com a sua chegada.

O filme não é ruim, longe disso. Mas também não é bom. É daquele tipo de filme que, quando acaba, a gente se pergunta “pra que dediquei uma hora e quarenta minutos da minha vida a isso?”. Minhas Mães e Meu Pai é daquele tipo de filme que não te leva a lugar nenhum.

Cinema tem que ter magia. Cinema tem que trazer histórias interessantes. E a história de Minhas Mães e Meu Pai é banal. E olha que me empolguei com o título original do filme, The Kids Are Allright, que foi tirado de uma música do The Who, banda que não está nem na trilha sonora!

Pena, porque o elenco é muito bom. O trio principal, Julianne Moore, Annette Bening e Mark Ruffalo, está inspirado. E os filhos são interpretados por Mia Wasikova (A Alice de Tim Burton) e Josh Hutcherson (que esteve em vários filmes infanto-juvenis nos últimos anos, como Zathura, Ponte Para Terabithia e Viagem Ao Centro da Terra).

Enfim, como disse, não é ruim. Mas só recomendo àqueles que estiverem com tempo sobrando…

Um Homem Misterioso

Um Homem Misterioso

Depois de um serviço que não deu certo na Suécia, um assassino profissional se esconde em uma pequena cidade na Itália, enquanto aguarda aquela que espera que seja a sua última missão.

Um Homem Misterioso (The American)é um filme de assassino profissional, com direito a tudo o que a cartilha de Hollywood manda ter: um assassino que quer largar a profissão, um último serviço, um envolvimento amoroso e uma traição. Mesmo assim, o diretor Anton Corbijn conseguiu fazer um filme bem diferente do padrão – Um Homem Misterioso não é um filme de ação, e sim um drama, contemplativo, paradão…

Se por um lado isso é interessante por fugir do óbvio, por outro lado o filme vai decepcionar muita gente. Porque é tão lento que às vezes fica sonolento…

O único nome famoso é o protagonista George Clooney. Mas outro nome merece ser citado: a bela e desinibida italiana Violante Placido. O filme também traz belíssimas paisagens, tanto no prólogo na Suécia, quanto no resto do filme, na Itália.

No fim, Um Homem Misterioso nem é ruim. Mas não recomendo pra quem estiver com sono atrasado…

Tetro

Tetro

Semana passada rolou aqui no Rio uma pré-estreia (pouco divulgada pela mídia) de Tetro, o novo filme de Francis Ford Coppola. Detalhe: com o próprio Coppola presente!

Prestes a completar 18 anos, Bennie vai até Buenos Aires para procurar o seu irmão mais velho, agora chamado Tetro, que um dia saiu de casa para um ano sabático e nunca mais voltou. Ao encontrar uma peça de teatro incompleta escrita pelo irmão, Bennie descobre que pode também encontrar a resposta paras os mistérios de sua família.

Antes do filme, Coppola explicou que se trata de um filme pessoal, sobre família. Um “filme menor”. E Tetro nem é ruim. Mas, sabe qual é o problema? A gente espera sempre mais de um cara que dirigiu coisas do nível de Apocalipse Now e a trilogia O Poderoso Chefão. Afinal, vinte anos atrás, “filme menor” do Coppola era O Selvagem da Motocicleta

Na verdade, Tetro é um drama familiar com cara de dramalhão latino – talvez por isso a opção de filmar na Argentina. E é, na minha humilde opinião, um pouco longo demais – o filme tem pouco mais de duas horas e chega a ficar cansativo. Se tivesse meia hora a menos, seria mais enxuto e mais agradável.

O elenco está bem. Aliás, comentei outro dia que um ator brasileiro poderia estar no lugar de Javier Bardem em Comer Rezar Amar, né? Tetro é passado em Buenos Aires, mas dentre os atores principais não tem nenhum argentino. Os irmãos são interpretados pelos americanos Vincent Gallo e o ainda desconhecido Alden Ehrenreich, e a esposa de Tetro é a espanhola Maribel Verdú. E a também espanhola Carmen Maura e o austríaco Klaus Maria Brandauer também têm papeis importantes. Os argentinos ficaram com papeis menores…

A fotografia em preto e branco mostra belas imagens do bairro Boca, em Buenos Aires. E algumas cenas de flashbacks são coloridas, granuladas. Recurso meio careta, muito usado, mas ainda eficiente.

Parece que Coppola sabe que seu novo filme não vai agradar à crítica. Em uma cena, ele parece que manda um recado direto, quando, ao encontrar uma famosa crítica de teatro, Tetro diz algo como “agora, a sua opinião não me importa mais”. É isso aí, Coppola vai fazer o que quiser. E danem-se os críticos…

Para terminar, fica aqui uma foto do “hômi”, tirada dentro do Espaço de Cinema, pelo meu amigo Luiz Alberto Benevides, também conecido como “Luiz com Z”. (Não, não consegui autógrafo…)

Boogie Woogie

Boogie Woogie

Sou muito fã do filme Boogie Nights, com a Heather Graham. Quando heu soube de um filme com a mesma atriz, chamado Boogie Woogie, corri para ver!

Mas Boogie Woogie não tem nada a ver com os temas do filme de 1997. Boogie Woogie é um quadro de Mondrian, e o filme aqui fala de arte moderna. O filme mostra os bastidores da cena londrina contemporânea de arte moderna.

O elenco é muito bom. Heather Graham, Amanda Seyfried, Gillian Anderson, Charlotte Rampling, Gemma Atkinson, Jaime Winstone, Christopher Lee, Alan Cumming, Danny Huston e Stellan Skarsgard, entre outros menos cotados. Mas o roteiro é fraco… As várias situações são jogadas aparentemente sem um objetivo, sem seguir uma ordem lógica. Por exemplo, pra que serviu a cena da cirurgia de Paige?

Boogie Woogie foi baseado num livro homônimo, provavelmente no livro tudo é melhor explicado. Mas aqui no filme não funciona…

Mesmo assim, por ter uma edição ágil e ser um filme curtinho (pouco mais de hora e meia), e pelo elenco, Boogie Woogie não é chato. Pode ser uma opção para quem não for muito exigente.

A Rede Social

A Rede Social

Estreia hoje o badalado “filme do Facebook”!

A Rede Social mostra Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg), o criador do Facebook, sofrendo acusações em dois processos. Em flashbacks, vemos como a história chegou a esse ponto.

Dirigido por David Fincher (Seven, O Clube da Luta), A Rede Social é um eficiente retrato da sociedade atual, sempre logada nas redes sociais da moda, expondo gratuitamente a sua privacidade. O desafio era interessante: como fazer um filme empolgante com um tema tão técnico? Afinal, como documentário, a ideia é boa, mas o filme é um thriller…

Essa dúvida é respondida com um ótimo roteiro de Aaron Sorkin (baseado no livro “Bilionários Por Acaso – A Criação do Facebook”, escrito por Ben Mezrich), que tem um ritmo acelerado e diálogos ágeis, e é bastante eficiente nas idas e vindas dos flashbacks. E a trilha sonora, composta por Trent Reznor (Nine Inch Nails) e Atticus Ross, é outro acerto do filme. Só antevejo um problema: talvez alguns trechos sejam de difícil compreensão para quem não está habituado ao uso do computador.

O bom elenco também está inspirado. Jesse Eisenberg faz um ótimo Mark Zuckerberg, um sujeito egoísta e antipático ao extremo. Justin Timberlake, o cantor que já mostrou que sabe atuar (Alpha Dog, Entre o Céu e o Inferno), também brilha como Sean Parker, o criador do Napster. Andrew Garfield, que em breve será o novo Homem Aranha, faz o brasileiro Eduardo Saverin, melhor amigo de Zuckerberg. E Armie Hammer interpreta, ao mesmo tempo, os gêmeos Winklevoss, num trabalho tão impressionante que parece que são dois atores diferentes.

Na minha humilde opinião, o filme tem um defeito. Quando surge a ideia da criação do Facebook, os personagens agem como se algo inédito estivesse sendo inventado. Ora, mas o Facebook foi lançado em fevereiro de 2004, pouco depois do Orkut. Ok, aparentemente as ideias embrionárias de ambos as redes de relacionamentos foram na mesma época, mas, mesmo assim, não era algo assim tão inovador. E pelo menos nós, brasileiros, temos que reconhecer que, assim como hoje o Facebook é “in” e o Orkut é “out”, o Orkut se popularizou aqui antes. Aliás, o Orkut nem é citado no filme. Falam do Friendster e do Myspace, mas “esquecem” do Orkut. Me pareceu inveja…

A Rede Social está badalado para o Oscar 2011. Será?